terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Emparn em Caicó e agricultores buscam alternativas contra a seca

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 07:28 capim emparn
Do G1 RN – Mais um período chuvoso se aproxima e a esperança de precipitações no sertão do Rio Grande do Norte parece não ter fim. A seca que assola o município de Caicó, principal cidade da região Seridó do estado e que fica distante a 256 quilômetros da capital, preocupa agricultores e especialistas em meteorologia.
Segundo dados registrados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) no município em 2012, a média de chuvas registradas foi de 185 milímetros, muito abaixo do que o esperado, em torno de 600 milímetros. No mês de abril, não foi registrada qualquer precipitação na região. Já em junho, último mês com registro de chuvas, apenas 44 milímetros foram verificados pelo órgão, o que justifica o pedido de estado de calamidade feito pelo Governo do estado para 142 dos 167 municípios potiguares.
Para o gerente da Emparn em Caicó, José Augusto Filho, a seca do ano passado foi uma das mais severas para o homem do campo. No entanto, a expectativa é de que a situação possa melhorar. “Tivemos uma seca muito dura no ano passado e muitos agricultores perderam o que plantaram. Para este ano, a situação tende a melhorar, já que há indícios no clima de que as chuvas estão por vir”, conta o gerente da Emparn em Caicó.
No mês de janeiro deste ano, foram registrados 31 milímetros de chuva em Caicó, segundo a Emparn. Contudo, as chuvas ainda estão esparsas, sem o fechamento completo das nuvens. Em alguns pontos da cidade, como em bairros e comunidades periféricas, ainda não foram registradas chuvas.
O gerente da Emparn em Caicó explica que devido a falta de chuvas, muitos agricultores perderam tudo que plantaram, como também os criadores de gado, já que não tinham comida para dar aos animais. A solução encontrada por eles foi a mudança no local dos pastos e das áreas de plantio para os principais cultivos, como feijão, milho e batata.
“Com a seca, alguns agricultores estão plantando nas margens de pequenos riachos e açudes, utilizando basicamente o cultivo de milho, feijão e batata. Outros que possuem animais, plantam o capim elefante (de corte), que serve como alimento para o gado”, conta José Augusto Filho.
Em Caicó, uma parceria entre a Emparn e um grupo de agricultores, faz com que a situação melhore para quem sofre com os tormentos da seca. São 210 agricultores, que receberam uma vazante, que é um pequeno trecho de terra, às margens do açude Mundo Novo, com uma extensão de 20×100 metros. A forma utilizada pelos agricultores é plantar na beira da água. A medida que o nível sobe, eles se apressam para realizar a colheita e fazer um novo plantio.

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