segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Já tem gado Sindi com registro puro de origem criado no Brasil.

gado sindiOs animais são descendentes diretos da segunda importação de bovinos da raça oriundos do Paquistão, realizada em 1952. Desde 1996 passaram para o domínio da Embrapa Semiárido, onde vêm sendo mantidos como um rebanho fechado, sem cruzamento com outras linhagens. “Por isso pode ser considerado o gado Sindi mais puro do Brasil”, afirma a pesquisadora da Embrapa Rosângela Barbosa.
Um fato importante da criação foi que um grupo de 46 bovinos da raça Sindi, pertencente ao rebanho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), foi registrado como Puro de Origem (PO) pela Associação Brasileira de Criadores de Zebuínos (ABCZ). O registro dos animais foi recebido com muita expectativa pelos criadores da raça. De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Sindi (ABCSindi), Ronaldo Bichuette, existia uma grande demanda de gado importado para refrescar o sangue dos rebanhos nacionais. Agora, no entanto, não é mais preciso buscar os animais na Índia ou no Paquistão: “O gado está aqui”, comemora.
Ele explica que o refrescamento dos rebanhos é importante para evitar os defeitos no acasalamento provocados pela endogamia, que é o cruzamento entre parentes. Como a população de Sindi no Brasil ainda é pequena, restrita a poucas famílias, é necessário buscar animais da mesma raça, mas sem parentesco, como é o caso do rebanho da Embrapa. Além disso, o gado pode contribuir emprestando as qualidades que ele já tem para outros animais, pois, segundo Bichuette, “o Sindi é naturalmente um gado rústico, mas esse aqui é mais ainda”.

Uma parceria entre a Embrapa e a ABCSindi está sendo discutida para disponibilizar aos criadores o material genético deste rebanho. Os primeiros passos foram o estudo da pureza genética do gado, realizado pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), e o recente Registro Genealógico feito pela ABCZ. As próximas etapas incluem a implantação do controle leiteiro e avaliações dos animais para identificar, dentro do grupo, aqueles de melhor desempenho ponderal. Também está sendo estudada pela Embrapa a melhor forma de repassar esse material, considerando as normas de negociações de contratos públicos com entidades particulares.

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