Fortaleza do Umbu |
Sobre o Umbu
Também conhecida como imbú, esta fruta é nativa do nordeste do Brasil e é típica da caatinga, o sertão desta região semi-árida. O nome vem de uma palavra do idioma dos índios Tupi Guarani, ymb-u, que significa "árvore que dá de beber".Esta árvore, com sua folhagem em forma de guarda-chuva, tem um sistema especial de raízes que formam grandes tubérculos capazes de armazenar até 3.000 litros de água durante a estação das chuvas, de modo que pode resistir a longos períodos de seca. Um importante recurso numa das áreas mais pobres e mais secas do Brasil, onde a agricultura, baseada no milho, no feijão e na mandioca, sofre períodos cíclicos de seca.
As frutas da árvore são redondas e de tamanhos variados (de uma cereja ao de um limão), têm casca verde ou amarela, é macia e tem polpa suculenta, aromática e agridoce. Elas são colhidas manualmente e podem ser comidas cruas ou transformadas em conservas. Tradicionalmente elas são cozidas até que a casca se separe da polpa. Depois se escorre a calda, acrescenta-se açúcar de cana e o cozimento continua até que se forme uma gelatina (geléia). Outra forma de preparo é separar a polpa das sementes e acrescentar açúcar, depois cozinhar-se por um longo tempo, até que se torne um doce creme denso ligeiramente amargo.
O umbu também pode ser usado para fazer suco de fruta, vinagre (obtido cozinhando-se as frutas quando estão um pouco passadas), marmelada (obtida a partir de tiras de polpa secas ao sol) e, com a adição de açúcar, uma compota (umbu em calda). A polpa da fruta fresca ou o vinagre, são usados com leite e açúcar para fazer a tradicional umbuzada, que às vezes é comida ao invés da refeição da noite.
Ações da Fortaleza
A Cooperativa Coopercuc tem 59 membros-produtores que recolhem o umbu das comunidades locais e o transformam em produtos de alta qualidade. Graças à Fundação Slow Food para Biodiversidade e à ONG Horizon 3000, nos primeiros meses de 2006, foram construídas mini-fábricas para completar os primeiros estágios de processamento, e depois a fruta semi-processada é entregue à cooperativa. Desde que a Fortaleza participou do Salone del Gusto em Turim em 2004, do Hall of Taste e do Aux Origines du Goût, organizado em Montpellier pela Slow Food França, em 2005, potes de umbu começaram a viajar pelo mundo.Área de Produção
Municípios de Uauá, Curaçá e Canudos, Bahia, nordeste do BrasilTerritório Sertão do São Francisco
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