Assentadas do Médio São Francisco criam cooperativa de doce e polpa de frutas | ![]() | ![]() | ![]() |
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Primeira turma de Pedagogia da Terra se forma no RN
Cento e cinqüenta e seis trabalhadores rurais assentados estão formados na primeira turma do curso superior em licenciatura plena em Pedagogia da Terra. A colação de grau será nesta sexta-feira (18). A solenidade está marcada para às 19h, no Ginásio de Esportes Jerônimo Vingt Rosado Maia, no Campus Universitário Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), em Mossoró (RN).
O superintendente regional do Incra em exercício, Mário Moacir de Almeida, acompanha a cerimônia junto ao reitor da Uern, professor Milton Marques de Medeiros. O paraninfo será o professor Francisco José de Carvalho, coordenador do Projeto Pedagogia da Terra.
O curso, com carga horária de 3.270 horas-aula, é uma iniciativa do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera) do Incra. A grade curricular incluiu disciplinas com temas relacionados à licenciatura plena em pedagogia e ao meio rural. Os estudantes assistiram aulas presenciais no Campus da Uern e no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró. As aulas foram concluídas em janeiro deste ano com a apresentação da monografia de final de curso, cujo tema foi Pedagogia e o Meio Rural.
Agentes multiplicadores
Os formandos são trabalhadores rurais de 60 assentamentos da reforma agrária e de dez municípios dos Territórios da Cidadania do Açu/Mossoró e Sertão do Apodi que atuarão, nos assentamentos onde moram, como agentes multiplicadores do conhecimento adquirido na universidade. Para Almeida, a presença de pedagogos em assentamentos será muito importante para o desenvolvimento da educação nas comunidades. “Eles irão contribuir para o aprendizado das crianças, adolescentes e, também, dos adultos”, disse.
O superintendente regional do Incra em exercício, Mário Moacir de Almeida, acompanha a cerimônia junto ao reitor da Uern, professor Milton Marques de Medeiros. O paraninfo será o professor Francisco José de Carvalho, coordenador do Projeto Pedagogia da Terra.
O curso, com carga horária de 3.270 horas-aula, é uma iniciativa do Programa Nacional de Educação para Reforma Agrária (Pronera) do Incra. A grade curricular incluiu disciplinas com temas relacionados à licenciatura plena em pedagogia e ao meio rural. Os estudantes assistiram aulas presenciais no Campus da Uern e no Centro de Treinamento Libânia Lopes Pessoa, em Mossoró. As aulas foram concluídas em janeiro deste ano com a apresentação da monografia de final de curso, cujo tema foi Pedagogia e o Meio Rural.
Agentes multiplicadores
Os formandos são trabalhadores rurais de 60 assentamentos da reforma agrária e de dez municípios dos Territórios da Cidadania do Açu/Mossoró e Sertão do Apodi que atuarão, nos assentamentos onde moram, como agentes multiplicadores do conhecimento adquirido na universidade. Para Almeida, a presença de pedagogos em assentamentos será muito importante para o desenvolvimento da educação nas comunidades. “Eles irão contribuir para o aprendizado das crianças, adolescentes e, também, dos adultos”, disse.
Inserção produtiva das mulheres e acesso a crédito são destaques da pauta da Contag
01/04/2011 07:38
O Governo Federal recebeu nesta sexta-feira (1º) a pauta do 17º Grito da Terra, que será realizado em Brasília (DF) nos dias 17 e 18 de maio. O documento foi entregue pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, durante encontro com a presidenta Dilma Rousseff e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, realizado no Palácio do Planalto. As demandas tratam de ações de combate à pobreza rural e à desigualdade de gênero, fomento à geração de renda e à sustentabilidade econômica, social e ambiental. O fortalecimento do crédito e das políticas voltadas para a autonomia produtiva das mulheres foram destaques no encontro.
O ministro Afonso Florence reforçou a importância dessas ações para promover o desenvolvimento no meio rural. “A presidenta destacou as políticas para as mulheres e em especial a construção e manutenção de creches para viabilizar a inserção produtiva e a autonomia das mulheres”. Florence anunciou ainda que o governo federal vai investir na verticalização da produção, ou seja, na industrialização dos produtos da agricultura familiar.
“A presidenta Dilma disse que não se combate a pobreza sem fortalecer as ações da agricultura familiar, assentados da reforma agrária e as mulheres no campo”, reforçou o presidente da Contag. Broch afirmou que durante o encontro foi enfatizada a inserção das mulheres camponesas no processo produtivo, a educação no campo para a juventude rural e a garantia de assistência técnica.
O ministro Afonso Florence reforçou a importância dessas ações para promover o desenvolvimento no meio rural. “A presidenta destacou as políticas para as mulheres e em especial a construção e manutenção de creches para viabilizar a inserção produtiva e a autonomia das mulheres”. Florence anunciou ainda que o governo federal vai investir na verticalização da produção, ou seja, na industrialização dos produtos da agricultura familiar.
“A presidenta Dilma disse que não se combate a pobreza sem fortalecer as ações da agricultura familiar, assentados da reforma agrária e as mulheres no campo”, reforçou o presidente da Contag. Broch afirmou que durante o encontro foi enfatizada a inserção das mulheres camponesas no processo produtivo, a educação no campo para a juventude rural e a garantia de assistência técnica.
Florence ressaltou ainda que, por orientação da Presidenta Dilma Rousseff, ele e o ministro Gilberto Carvalho irão mediar a pauta da Contag com outros ministérios.
Inverno Irregular
Contrariando as expectativas dos órgãos, o período chuvoso de 2011 continua irregular. Chove em algumas partes e outras não. Assim tem sido na zona rural de Fernando Pedroza. Mas, vamos aguardar abril, OK?
Ass. Pelo Sinal II
Na próxima semana, a Associação Pelo Sinal II, vai receber um Tanque de resfriamento de leite, através de um convénio firmado com a EMATER-RN, em 2010. A comunidade assistida, construiu um prédio com instalações adequadas, para receber o tanque com capacidade para 2.000 litros de leite. Um benefício excelente para aquela Associação comunitária pedrozense. O Conselho Municipal do FUMAC de Fernando Pedroza, deu todo apoio para que os associados possam daqui pra frente, venderem o seu leite a APASA, melhorando assim, o bem estar de cada um.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
José Alencar
PONTO FINAL
José Alencar nasceu, viveu e morreu (que Deus o tenha!), mas não viu os juros no Brasil num patamar aceitável.
Grande Brasileiro.
José Alencar nasceu, viveu e morreu (que Deus o tenha!), mas não viu os juros no Brasil num patamar aceitável.
Grande Brasileiro.
O Nosso Milho de Cada Dia
Governo tenta conter preço de alimentos
Por Edna Simão
Brasília (AE) - Com a disparada dos preços das commodities no mercado internacional, o governo federal mudou de estratégia e intensificou este ano a realização de leilões de alimentos. A preocupação principal é o milho, cujo valor está pressionado desde outubro do ano passado. Esse grão é utilizado como comida para animais e, portanto, influencia diretamente nos preços das carnes bovina, suína e de frango.
rodrigo sena
A preocupação principal é o milho, cujo valor está pressionado desde outubro do ano passado
O objetivo dos leilões de estoques do governo é segurar os preços, impedindo pressões adicionais na inflação. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão ligado ao Ministério da Agricultura, mostram que a quantidade de toneladas de alimentos leiloados pelo governo no primeiro trimestre já ultrapassou de longe os números de 2010. Nos três primeiros meses de 2011, foram ofertados 3,713 milhões de toneladas de alimentos, e 2,112 milhões de toneladas foram negociadas, resultando em R$ 751,812 milhões.
Em relação a 2010, houve um aumento de 69% no volume de toneladas ofertadas e de 161,7% no que foi negociado. Em 2010, essas operações renderam R$ 297,283 milhões - queda de 152% na comparação apenas com o primeiro trimestre deste ano. Praticamente tudo do que foi leiloado neste ano é milho. Foram ofertado 3,695 milhões de toneladas de milho e 2,111 milhões foram negociadas, o que rendeu R$ 750,193 milhões ao governo.
Estabilidade
Segundo o superintendente de operações comerciais da Conab, João Paulo de Moraes Filho, entre 2008 e o início de 2010, os leilões do governo eram realizados, prioritariamente, para garantir o preço mínimo dos produtos ao agricultor. Porém, a partir do segundo semestre de 2010, esse comportamento mudou por causa da forte elevação dos preços das commodities no mercado externo.
“Agora, o objetivo é dar estabilidade aos preços. Os estoques do governo são justamente para isso”, disse o superintendente. “Não posso manter os preços artificialmente baixos. Mas posso vender uma quantidade para manter a estabilidade.”
A política de intervenção no mercado para evitar disparada dos preços é elaborada pelos técnicos do Ministério da Agricultura e da Conab com base no comportamento do mercado. Normalmente, os produtos são vendidos em locais onde ocorreu perda de safra ou atraso na colheita por questões climáticas.
Para o analista de milho da Celeres Consultoria, Anderson Galvão, os leilões de venda de milho têm pouca influência para segurar os preços. Isso porque existe uma percepção do produtor de que o governo não tem estoques suficientes para conseguir evitar a disparada dos preços. “A Conab tem estoques suficientes para atender a demanda, mas não para derrubar os preços.”
Arroz. Se por um lado o governo vende milho, por outro está comprando arroz. Os preços caíram consideravelmente e, para garantir uma renda mínima ao produtor, a Conab está comprando para estocar. “O objetivo é não deixar o produtor desestimulado”, afirmou o superintendente da Conab.
domingo, 3 de abril de 2011
Fortaleza do Umbu | ![]() | ![]() |
Sobre o Umbu
Também conhecida como imbú, esta fruta é nativa do nordeste do Brasil e é típica da caatinga, o sertão desta região semi-árida. O nome vem de uma palavra do idioma dos índios Tupi Guarani, ymb-u, que significa "árvore que dá de beber". Esta árvore, com sua folhagem em forma de guarda-chuva, tem um sistema especial de raízes que formam grandes tubérculos capazes de armazenar até 3.000 litros de água durante a estação das chuvas, de modo que pode resistir a longos períodos de seca. Um importante recurso numa das áreas mais pobres e mais secas do Brasil, onde a agricultura, baseada no milho, no feijão e na mandioca, sofre períodos cíclicos de seca.
As frutas da árvore são redondas e de tamanhos variados (de uma cereja ao de um limão), têm casca verde ou amarela, é macia e tem polpa suculenta, aromática e agridoce. Elas são colhidas manualmente e podem ser comidas cruas ou transformadas em conservas. Tradicionalmente elas são cozidas até que a casca se separe da polpa. Depois se escorre a calda, acrescenta-se açúcar de cana e o cozimento continua até que se forme uma gelatina (geléia). Outra forma de preparo é separar a polpa das sementes e acrescentar açúcar, depois cozinhar-se por um longo tempo, até que se torne um doce creme denso ligeiramente amargo.
O umbu também pode ser usado para fazer suco de fruta, vinagre (obtido cozinhando-se as frutas quando estão um pouco passadas), marmelada (obtida a partir de tiras de polpa secas ao sol) e, com a adição de açúcar, uma compota (umbu em calda). A polpa da fruta fresca ou o vinagre, são usados com leite e açúcar para fazer a tradicional umbuzada, que às vezes é comida ao invés da refeição da noite.
Ações da Fortaleza
A Cooperativa Coopercuc tem 59 membros-produtores que recolhem o umbu das comunidades locais e o transformam em produtos de alta qualidade. Graças à Fundação Slow Food para Biodiversidade e à ONG Horizon 3000, nos primeiros meses de 2006, foram construídas mini-fábricas para completar os primeiros estágios de processamento, e depois a fruta semi-processada é entregue à cooperativa. Desde que a Fortaleza participou do Salone del Gusto em Turim em 2004, do Hall of Taste e do Aux Origines du Goût, organizado em Montpellier pela Slow Food França, em 2005, potes de umbu começaram a viajar pelo mundo.Área de Produção
Municípios de Uauá, Curaçá e Canudos, Bahia, nordeste do BrasilTerritório Sertão do São Francisco
Frutos do Sertão
Aspectos gerais:
O umbuzeiro ou imbuzeiro (Brazilian plum para povos de língua inglesa) - Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae - é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) RN, sertão e agreste, a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos. E encontrado vegetando desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais.
No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corrutelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclídes da Cunha.
Inicio
Descrição da planta:
Árvore de pequeno porte em torno de 6 m. de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 m. a 15 m. projetando sombra densa sobre o solo, vida longa (100 anos), é planta xerófila.
Suas raízes superficiais (exploram 1 m. de profundidade) possuem um órgão (estrutura) -túbera ou batata - conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras.
O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15 cm de comprimento.
Fruto - umbu ou imbu é uma drupa, com diâmetro médio 3,0 cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%). Sua polpa é quase aquosa quando madura. Semente arredondada a ovalada, peso de 1 a 2,0 gramas e 1,2 a 2,4 cm de diâmetro, quando despolpada.
100 gramas de polpa do fruto contem, 44 calorias, 0,6 g. de proteína, 20 mg. de cálcio,14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, 30 mmg. de vitamina A, 33 mg. de vitamina C, 0,04 mg. de vitamina B1 e 0,04 mg. de vitamina B1. O fruto é muito perecível.
Inicio
Fisiologia do umbuzeiro:
- O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas.
- A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas). 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro.
- A frutificação inicia-se em período chuvoso e permanece por 60 dias.
- A sobrevivência do umbuzeiro, através de tantos períodos secos, deve-se à existência dos xilopódios que armazenam reservas que nutrem a planta em períodos críticos de água.
Inicio
Utilidades do umbuzeiro:
Vários órgãos da planta são úteis ao homem e aos animais à saber:
Raiz: batata ou túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce - doce-de-cafofa.
A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarreica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.
Folhas: verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.
Fruto: o umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase liquida. E consumido ao natural fresco - chupado quando maduro ou comido quando "de vez" - ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais. A industrialização caseira do umbu sugere os seguintes produtos:
- Fruto maduro: polpa para suco integral, casca para obtenção de pasta, casca desidratadas ( ao sol ou forno) e moídas para preparo de refrescos, xarope.
- Fruto "de vez" (inchado) ou verde: umbuzadas, pasta concentrada, compota.
- Fruto verde (figa): umbuzeitona, doce de umbu.
- Casca do caule: remédio
- Folhas: salada da folha verde e salada refogada da folha.
Inicio
Necessidades da planta:
O umbuzeiro cresce em estado nativo, nas caatingas elevadas de ar seco, de dias ensolarados, e noites frescas. Requer clima quente, temperatura entre 12ºC e 38ºC, umidade relativa do ar entre 30% e 90%, insolação com 2.000-3.000 horas/luz/ano e 400 mm a 800 mm de chuva (entre novembro e fevereiro), podendo viver em locais com chuvas de 1.600 mm/ano. Vegeta bem em solos não úmidos, profundos, bem drenados, que podem ser arenosos e silico-argilosos. Evitar plantio em solos que estejam sujeitos ao encharcamento.
Inicio
Propagação / obtenção de mudas:
A propagação do umbuzeiro pode ser feita através da semente, de estacas de ramo ou de enxertia. Para a obtenção de pomares uniformes e com indivíduos com características de plantas com produção e qualidade do fruto sugere-se a obtenção via enxertia. Produção de mudas via sementes: as sementes devem ser provenientes de frutos de plantas vigorosas, sadias e de boa produção; os caroços devem ser originários de frutos com casca lisa, forma arredondada e sadios. O caroço (semente) se possível despolpado, deve ter de 2,0 a 2,4 cm de diâmetro; para quebrar a dormência da semente deve-se efetuar um corte em bisel na parte distal do caroço (oposta ao pedúnculo do fruto) para facilitar a emergência da plantinha. O recipiente a receber a semente pode ser saco de polietileno ou outro com dimensão de 40 cm x 25 cm, que possa receber 5 Kg de mistura de barro com esterco de curral curtido na proporção 3:1. Três a quatro caroços são colocados no recipiente a 3-4 cm de profundidade; a germinação dá-se entre 12 e 90 dias (de ordinário em 40 dias), podendo-se obter até 70% de germinação. Efetuar desbaste com plantinhas com 5 cm de altura. Muda apta ao campo com 25-30 cm de altura.
Produção de mudas via estacas de ramos: estacas do interior da copa da planta, são colhidas entre os meses de maio e agosto; devem ter 3,5 de diâmetro e comprimento entre 25 cm e 40 cm. As estacas são postas a enraizar (brotar) em leitos de areia fina ou limo, enterradas em 2/3 do seu comprimento, em posição inclinada; a estaca também pode ser enterrada no local definitivo de plantio.
Produção de mudas via enxertia: método em experimentação/observação; trabalhos do IPA (Pernambuco) asseguram êxito no obtenção da muda por enxertia via método janela aberta; a Embrapa/CPATSA obteve 75% de "pega" em enxertos de garfos de umbuzeiro sobre cajazeira (Spondias lutea). Não há registros de frutificação/produção de frutos dos enxertos.
Inicio
Plantio:
O espaçamento: sugere-se 10m x 10 m (100 plantas/ha) 12 m x 12 m (69 plantas/ha) e até 16m x 16m (39 plantas/ha em terrenos férteis). As covas devem ter dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm ou 50 cm x 50 cm x 50 cm segundo textura do terreno. Ao abrir a cova separar terra dos primeiros 15-20 cm; sugere-se adubação de cova com 20 litros de esterco de curral curtido, 300 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio misturados a terra de superfície e colocadas no fundo da cova 30 dias antes do plantio. No plantio retirar recipiente que envolve o torrão da muda e irrigar a cova com 20 litros de água. O plantio deverá ser feito no início das chuvas.
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Tratos culturais:
Manter o umbuzeiro livre da concorrência de ervas nos primeiros 5 anos; efetuar capina em coroamento em torno da planta e roçagem em ruas e entre plantas nas chuvas. Podar galhos secos, doentes e mal-colocados (que se dirijam de fora para dentro da copa) antes do início da estação chuvosa.
Sugere-se adubar em cobertura com leve incorporação, 30 dias após plantio, a 20 cm do pé da planta, com 50 g de uréia e 30 g de cloreto de potássio; no final das chuvas aplicar a mesma dose. No 2º ano adubar em cobertura com incorporação no início das chuvas, com 60 g de uréia, 200 g de superfosfato simples e 40 g de cloreto de potássio, por planta.
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Pragas e doenças:
Pragas: a cachonilha escama-farinha (Pinnaspis sp) ataca ramos finos e frutos; cupim (Cryptotermes sp) escava galerias no caule; lagarta-de-fogo (Megalopyge lanata Stoll) e patriota (Diabrotica speciosa, Germ, 1824) atacam as folhas e abelha-erapuá (Trigona spinipes, Fabr.1973) ataca os frutos. Ainda cita-se ataque de mosca branca (Aleurodicus) e mané-magro (Stiphid).
Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 80).
Doenças: as doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos (Elsinoe sp) e septoriose (Septoria sp).
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Colheita / Rendimentos:
O pé franco do umbuzeiro inicia produção a partir do 8º ano de vida. A maturação do fruto é observada quando a cor da sua casca passa do verde ao amarelo. Maduro o fruto cai ao chão, sem danificar-se; deve-se preferir frutos arredondados e com casca lisa. Para consumo imediato o fruto é colhido maduro; para transportar colher o fruto "de vez".
Cada planta pode produzir 300 Kg de frutos/safra (15.000 frutos). Um hectare com 100 plantas, produziria 30 toneladas. O umbu é considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvores que crescem espontaneamente. Em 1988 a produção brasileira foi de 19.027t. (Bahia - 16.926t).
As regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Nordeste e Sudoeste são importantes produtoras de umbu na Bahia.
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O umbuzeiro ou imbuzeiro (Brazilian plum para povos de língua inglesa) - Spondias tuberosa, L., Dicotyledoneae, Anacardiaceae - é originário dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro; nas regiões do Agreste (Piauí), Cariris (Paraíba), Caatinga (Pernambuco e Bahia) RN, sertão e agreste, a planta encontrou boas condições para seu desenvolvimento encontrando-se, em maior número, nos Cariris Velhos. E encontrado vegetando desde o Piauí à Bahia e até norte de Minas Gerais.
No Brasil colonial era chamado de ambu, imbu, ombu, corrutelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber". Pela importância de suas raízes foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclídes da Cunha.
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Descrição da planta:
Árvore de pequeno porte em torno de 6 m. de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 m. a 15 m. projetando sombra densa sobre o solo, vida longa (100 anos), é planta xerófila.
Suas raízes superficiais (exploram 1 m. de profundidade) possuem um órgão (estrutura) -túbera ou batata - conhecida como xilopódio que é constituído de tecido lacunoso que armazena água, mucilagem, glicose, tanino, amido, ácidos, entre outras.
O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15 cm de comprimento.
Fruto - umbu ou imbu é uma drupa, com diâmetro médio 3,0 cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%). Sua polpa é quase aquosa quando madura. Semente arredondada a ovalada, peso de 1 a 2,0 gramas e 1,2 a 2,4 cm de diâmetro, quando despolpada.
100 gramas de polpa do fruto contem, 44 calorias, 0,6 g. de proteína, 20 mg. de cálcio,14 mg de fósforo, 2 mg de ferro, 30 mmg. de vitamina A, 33 mg. de vitamina C, 0,04 mg. de vitamina B1 e 0,04 mg. de vitamina B1. O fruto é muito perecível.
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Fisiologia do umbuzeiro:
- O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas.
- A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas). 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro.
- A frutificação inicia-se em período chuvoso e permanece por 60 dias.
- A sobrevivência do umbuzeiro, através de tantos períodos secos, deve-se à existência dos xilopódios que armazenam reservas que nutrem a planta em períodos críticos de água.
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Utilidades do umbuzeiro:
Vários órgãos da planta são úteis ao homem e aos animais à saber:
Raiz: batata ou túbera ou xilopódio é sumarenta, de sabor doce, agradável e comestível; sacia a fome do sertanejo na época seca. Também é conhecida pelos nomes de batata-do-umbu, cafofa e cunca; criminosamente é arrancada e transformada em doce - doce-de-cafofa.
A água da batata é utilizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarreica. Ainda, da raiz seca, extrai-se farinha comestível.
Folhas: verdes e frescas, são consumidas por animais domésticos (bovinos, caprinos, ovinos) e por animais silvestres (veados, cagados, outros); ainda frescas ou refogadas compõem saladas utilizadas na alimentação do homem.
Fruto: o umbu ou imbu é sumarento, agridoce e quando maduro, sua polpa é quase liquida. E consumido ao natural fresco - chupado quando maduro ou comido quando "de vez" - ou ao natural sob forma de refrescos, sucos, sorvete, misturado a bebida (em batidas) ou misturado ao leite (em umbuzadas). Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos, ameixa (fruto seco ao sol). O fruto fresco ainda é forragem para animais. A industrialização caseira do umbu sugere os seguintes produtos:
- Fruto maduro: polpa para suco integral, casca para obtenção de pasta, casca desidratadas ( ao sol ou forno) e moídas para preparo de refrescos, xarope.
- Fruto "de vez" (inchado) ou verde: umbuzadas, pasta concentrada, compota.
- Fruto verde (figa): umbuzeitona, doce de umbu.
- Casca do caule: remédio
- Folhas: salada da folha verde e salada refogada da folha.
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Necessidades da planta:
O umbuzeiro cresce em estado nativo, nas caatingas elevadas de ar seco, de dias ensolarados, e noites frescas. Requer clima quente, temperatura entre 12ºC e 38ºC, umidade relativa do ar entre 30% e 90%, insolação com 2.000-3.000 horas/luz/ano e 400 mm a 800 mm de chuva (entre novembro e fevereiro), podendo viver em locais com chuvas de 1.600 mm/ano. Vegeta bem em solos não úmidos, profundos, bem drenados, que podem ser arenosos e silico-argilosos. Evitar plantio em solos que estejam sujeitos ao encharcamento.
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Propagação / obtenção de mudas:
A propagação do umbuzeiro pode ser feita através da semente, de estacas de ramo ou de enxertia. Para a obtenção de pomares uniformes e com indivíduos com características de plantas com produção e qualidade do fruto sugere-se a obtenção via enxertia. Produção de mudas via sementes: as sementes devem ser provenientes de frutos de plantas vigorosas, sadias e de boa produção; os caroços devem ser originários de frutos com casca lisa, forma arredondada e sadios. O caroço (semente) se possível despolpado, deve ter de 2,0 a 2,4 cm de diâmetro; para quebrar a dormência da semente deve-se efetuar um corte em bisel na parte distal do caroço (oposta ao pedúnculo do fruto) para facilitar a emergência da plantinha. O recipiente a receber a semente pode ser saco de polietileno ou outro com dimensão de 40 cm x 25 cm, que possa receber 5 Kg de mistura de barro com esterco de curral curtido na proporção 3:1. Três a quatro caroços são colocados no recipiente a 3-4 cm de profundidade; a germinação dá-se entre 12 e 90 dias (de ordinário em 40 dias), podendo-se obter até 70% de germinação. Efetuar desbaste com plantinhas com 5 cm de altura. Muda apta ao campo com 25-30 cm de altura.
Produção de mudas via estacas de ramos: estacas do interior da copa da planta, são colhidas entre os meses de maio e agosto; devem ter 3,5 de diâmetro e comprimento entre 25 cm e 40 cm. As estacas são postas a enraizar (brotar) em leitos de areia fina ou limo, enterradas em 2/3 do seu comprimento, em posição inclinada; a estaca também pode ser enterrada no local definitivo de plantio.
Produção de mudas via enxertia: método em experimentação/observação; trabalhos do IPA (Pernambuco) asseguram êxito no obtenção da muda por enxertia via método janela aberta; a Embrapa/CPATSA obteve 75% de "pega" em enxertos de garfos de umbuzeiro sobre cajazeira (Spondias lutea). Não há registros de frutificação/produção de frutos dos enxertos.
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Plantio:
O espaçamento: sugere-se 10m x 10 m (100 plantas/ha) 12 m x 12 m (69 plantas/ha) e até 16m x 16m (39 plantas/ha em terrenos férteis). As covas devem ter dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm ou 50 cm x 50 cm x 50 cm segundo textura do terreno. Ao abrir a cova separar terra dos primeiros 15-20 cm; sugere-se adubação de cova com 20 litros de esterco de curral curtido, 300 gramas de superfosfato simples e 100 gramas de cloreto de potássio misturados a terra de superfície e colocadas no fundo da cova 30 dias antes do plantio. No plantio retirar recipiente que envolve o torrão da muda e irrigar a cova com 20 litros de água. O plantio deverá ser feito no início das chuvas.
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Tratos culturais:
Manter o umbuzeiro livre da concorrência de ervas nos primeiros 5 anos; efetuar capina em coroamento em torno da planta e roçagem em ruas e entre plantas nas chuvas. Podar galhos secos, doentes e mal-colocados (que se dirijam de fora para dentro da copa) antes do início da estação chuvosa.
Sugere-se adubar em cobertura com leve incorporação, 30 dias após plantio, a 20 cm do pé da planta, com 50 g de uréia e 30 g de cloreto de potássio; no final das chuvas aplicar a mesma dose. No 2º ano adubar em cobertura com incorporação no início das chuvas, com 60 g de uréia, 200 g de superfosfato simples e 40 g de cloreto de potássio, por planta.
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Pragas e doenças:
Pragas: a cachonilha escama-farinha (Pinnaspis sp) ataca ramos finos e frutos; cupim (Cryptotermes sp) escava galerias no caule; lagarta-de-fogo (Megalopyge lanata Stoll) e patriota (Diabrotica speciosa, Germ, 1824) atacam as folhas e abelha-erapuá (Trigona spinipes, Fabr.1973) ataca os frutos. Ainda cita-se ataque de mosca branca (Aleurodicus) e mané-magro (Stiphid).
Para controle químico das pragas indica-se produtos a base de malatiom (Malatol 50 E) óleo mineral, triclorfom (Dipterex 50) e carbaryl (Carvim 85 M, Sevin 80).
Doenças: as doenças afetam os frutos do umbuzeiro; os agentes são fungos causadores da verrugose-dos-frutos (Elsinoe sp) e septoriose (Septoria sp).
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Colheita / Rendimentos:
O pé franco do umbuzeiro inicia produção a partir do 8º ano de vida. A maturação do fruto é observada quando a cor da sua casca passa do verde ao amarelo. Maduro o fruto cai ao chão, sem danificar-se; deve-se preferir frutos arredondados e com casca lisa. Para consumo imediato o fruto é colhido maduro; para transportar colher o fruto "de vez".
Cada planta pode produzir 300 Kg de frutos/safra (15.000 frutos). Um hectare com 100 plantas, produziria 30 toneladas. O umbu é considerado produto vegetal de extração (não cultivado), coletado em árvores que crescem espontaneamente. Em 1988 a produção brasileira foi de 19.027t. (Bahia - 16.926t).
As regiões econômicas do Baixo Médio São Francisco, Nordeste e Sudoeste são importantes produtoras de umbu na Bahia.
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Frutos do Sertão II
Umbu

Nome científico : Spondias tuberosa Arruda
O umbuzeiro perde totalmente as folhas durante a época seca e reveste-se de folhas após as primeiras chuvas.
Flores brancas, aromáticas e melíferas. A floração, pode iniciar-se após as primeiras chuvas independentemente da planta estar ou não enfolhada; a abertura das flores dá-se entre 0 hora e quatro horas (com pico as 2 horas).
Frutos tipo drupa de forma arredondada, de 2 a 4 cm de comprimento, casca amarelo-esverdeada com um caroço. Polpa comestível branca, mole, suculenta e de sabor agridoce. 60 dias após a abertura da flor o fruto estará maduro.
Frutificação no verão. O umbu é utilizado na fabricação de polpa, suco, sorvete, doce, geléia e uma grande variedade de produtos. Industrializado o fruto apresenta-se sob forma de sucos engarrafados, de doces, de geléias, de vinho, de vinagre, de acetona, de concentrado para sorvete, polpa para sucos.
O umbu possui metade de vitamina C do suco de laranja. A resistência à seca é a principal característica do umbuzeiro, uma planta originária do semi-árido nordestino. É na raiz que se encontra o cheropódio, uma espécie de batata que armazena água utilizada pela planta nos períodos mais secos. Um umbuzeiro adulto vive em média 100 anos e pode até armazenar dois mil litros de água em suas raízes.
Seu nome em tupi-guarani é "y-mb-u", que significava "árvore que dá de beber"


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