domingo, 13 de março de 2011

Notícias do PRODECENTRO

Algodão feito no Oeste Potiguar é destaque de produção agroecológica


Trabalho realizado por agricultores da região vira tema de reportagem na France 5, televisão pública francesa
Foto: Divulgação/Diaconia
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Famílias aumentaram a renda por meio de um plantio sem agrotóxicos

04/03/2011 - O ano de 2011 começou bem para os agricultores familiares de algodão agroecológico do Oeste Potiguar. Em janeiro, a equipe da France 5, televisão pública francesa, esteve no Brasil para conhecer essa experiência de produção agroecológica de sucesso e fazer uma reportagem sobre o assunto. A iniciativa escolhida é resultado de uma parceria entre famílias de agricultores dos municípios de Umarizal, Caraúbas, Apodi e Antônio Martins e a empresa francesa Tudo Bom?.
 
Embora o reconhecimento esteja acontecendo agora, o trabalho começou em 2002, quando agricultores parceiros da Diaconia implantaram uma Unidade Demonstrativa (UD) de algodão agroecológico, consorciado com duas culturas, milho e gergelim. A iniciativa partiu de um intercâmbio que o grupo participou no município de Tauá, no Ceará. Na localidade, era realizada uma experiência de plantio de algodão agroecológico, consorciado a diversas culturas, tais como gergelim, milho, amendoim e outras. O tímido resultado da experiência com a UD do algodão agroecológico deu um resultado positivo e foi vendido para o comércio local.
Em 2007, 60 famílias envolvidas no projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), apoiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), cultivaram o algodão agroecológico consorciado. Porém, naquele ano, algumas famílias não obtiveram um bom resultado em virtude do excesso e, em alguns casos, da falta de chuva. Ao final de 2007, 25 famílias colheram grande parte da produção e realizaram a primeira venda para o comércio exterior, através da Empresa Francesa de Comércio Justo – Envão. Além de firmar uma relação de compra e venda mais forte, com essa venda os produtores conseguiram estabelecer uma relação comercial direta com o comprador, acabando com os atravessadores.
Em 2008, os agricultores e agricultoras se lançaram em mais um desafio para a valorização do seu produto: conquistar o selo de Certificação Orgânica Nacional e Internacional. Esse desafio foi superado em 2009 e, desde então, os agricultores certificados mantêm relações comerciais com as empresas de comércio justo, sendo elas a Envão e a Tudo Bom?.
Hoje essas famílias integram a Rede de Produtores de Algodão Agroecológico do Nordeste, onde participam os estados do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí, caminham para a organização da sua produção de algodão agroecológico e acesso ao mercado justo internacional.
“As famílias estão vivendo um processo de amadurecimento na organização da sua produção. O valor que o produto tem no comércio justo, tem sido importante para estimulá-las no cultivo. Outro ponto positivo é que elas estão com a autoestima bastante elevada, em virtude de poderem resgatar a cultura do algodão, considerado o “ouro branco” do agricultor, antes abandonado por causa da praga do bicudo. Para o futuro há a expectativa quanto à sustentabilidade do grupo, objetivo a ser perseguido”, afirma Hesteolivia Shyrlley, técnica da Diaconia.
A produção fortalece a agricultura familiar e possibilita que as famílias envolvidas possam aumentar a sua renda com um produto livre de agrotóxicos e sustentável. Além disso, busca-se a comercialização dos outros produtos envolvidos no consórcio.
A Diaconia, organização que presta assistência aos produtores, considera que essa visita da televisão francesa foi muito importante para o fortalecimento desse trabalho feito pelos agricultores. “Acredito que esse processo de visibilização do trabalho com algodão agroecológico só demonstra, cada vez mais, a importância da agricultura familiar e seu importante papel na economia e na segurança alimentar de um país”, Joseílton Evangelista, Coordenador de Comunicação e Mobilização de Recursos da Diaconia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Parabens as Mulheres

Parabens a todas as mulheres pelo seu dia.
Uma grande mulher: Dona Olélia, minha querida mãe(in memorian).
PARA PENSAR:
“Aquele que conheceu apenas uma mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil”
Leon Tolstoi

PARA REFLETIR:
“O difícil não é conquistar várias mulheres, mas sim, conquistar a mesma mulher várias vezes”
Frase popular sobre o
Dia da Mulher

Notícias do PRODECENTRO

Pesca e Aquicultura

Governo quer que pescado integre merenda de 20% dos municípios
O Ministério da Pesca e Aquicultura quer que o pescado coletado por pescadores artesanais ou criado por aquicultores familiares integre o cardápio da merenda escolar em pelo menos 20% das cidades brasileiras até 2012. Nesta segunda-feira (28), o governo federal já exige que a merenda contenha, no mínimo, 30% de produtos agrícolas de pequenos produtores familiares.
No entanto, segundo a ministra Ideli Salvatti, a dificuldade para incluir o pescado é maior do que para incluir produtos agrícolas. “Diferentemente do agricultor, que entrega o feijão, o arroz, a batata, a cebola, a abobrinha, sem precisar processar o produto, no caso do pescador é diferente. Tem que tirar a espinha, tem que processar o pescado. Nós não temos como fazer automaticamente a entrada do pescado na merenda escolar”, disse.
Por isso, segundo a ministra, o governo federal está fazendo um levantamento para conhecer os locais que já têm equipamentos suficientes para fazer o beneficiamento do pescado e que se organizam em cooperativas ou associações, a fim de que possam receber o pagamento da prefeitura.
Segundo o Ministério, grupos com três ou mais pescadores podem se unir para criar uma cooperativa e receber o pagamento das prefeituras.

Notícias do PRODECENTRO

Produção Vegetal

A pesquisa da Emparn, na área de produção vegetal tem como objetivo desenvolver cultivares que tragam benefícios aos produtores rurais, como precocidade, e qualidade, que diminui os custos de produção e a garantia de um bom produto no mercado.
1. Obtenção e difusão da geração XI do milho Cruzeta, super precoce, para lavouras de sequeiro no Nordeste, apresentando potencial produtivo de 6.000 kg/ha e ciclo de 65 dias da germinação à colheita, para o mercado de milho verde e 100 dias à colheita na forma de grãos secos.
2. Indicação de cultivares de milho para a produção de grãos e de milho verde em regimes irrigado e sequeiro. Destaque para os híbridos AG 8012, AG 5011 e Zeneca 8501 em cultivo irrigado, com potencial produtivo acima de 30.000 espigas verdes/ha e mais de 9.000kg/ha de milho em grãos.
3. Determinação e indicação de sistema de produção para o cultivo de algodão irrigado no Rio Grande do Norte. A cultivar CNPA 7H com população de 120.000 plantas/ha, lâmina d'água de 700 mm, controle químico de ervas daninhas e pragas e adubação equilibrada, teve produção acima de 4.000 kg/ha de algodão em rama.
4. Lançamento da cultivar de sorgo forrageiro BRS-Ponta Negra. Variedade com autopolinização, ciclo médio, destinada à produção de forragem (silagem e corte). Atinge a época de colheita com grãos em torno de 90 dias após o plantio, sendo, portanto, uma cultivar com alto potencial produtivo e apropriada para utilização em regiões de pouca disponibilidade de recursos hídricos. Em função de suas características agronômicas, o BRS Ponta Negra é indicado tanto para agricultores de base familiar como para médios e grandes produtores do semi-árido da Região Nordeste, com rendimentos de massa verde de 40 a 60t/ha (por corte) e de grãos secos entre 3 a 4t/ha.
5. Indicação de cultivares de feijão phaseolus para o plantio em sequeiro e áreas irrigadas no Rio Grande do Norte. A variedade Princesa, do grupo carioca, com ciclo em torno de 70 dias, produziu cerca de 1.400 kg/ha e 2.500 kg/ha, em sequeiro e irrigado, respectivamente. A variedade IPA 10, do grupo preto, com ciclo de 76 dias produziu 1600kg/ha e 2600kg/ha, respectivamente em sequeiro e irrigado.
6. Lançamento e indicação da cultivar de feijão macassar ou caupi BRS Potiguar com alto potencial de produção e valor comercial dos grãos para cultivo em sequeiro e irrigado nas microrregiões de Mossoró, Chapada do Apodi, Médio Oeste, Pau dos Ferros e Vale do Açu. Nos plantios conduzidos seguindo as orientações técnicas preconizadas, as produtividades esperadas são de 700kg/ha em cultivo de sequeiro e 1800kg/ha em cultivo irrigado.
Lançamento e indicação da cultivar de feijão macassar ou caupi Amapá com alto potencial de produção e valor comercial dos grãos para cultivo em sequeiro e irrigado nas microrregiões de Baixa Verde, Borborema e Agreste Potiguar, Litoral Nordeste, Macaíba, Natal e Litoral Sul. Nos plantios conduzidos seguindo as orientações técnicas preconizadas, as produtividades esperadas são de 700kg/ha em cultivo de sequeiro e 1500kg/ha em cultivo irrigado.

domingo, 6 de março de 2011

Bode Murciano PO-Vende-se

Vende-se um Bode Murciano PO - Excelente reprodutor, animal de alta linhagem. Troco também por outro reprodutor a altura ou por cabras leiteiras. Informações ligar para 91080357.
Foto Ilustrativa da raça.

O Guzera - Uma Ótima Opção

Se você pretende obter uma qualidade melhor no seu rebanho, através de uma genética excelente para o futuro do seu rebanho, aí estar uma boa opção. O guzerá. Rusticidade, robustês, carne, leite, além de possuir um animal de alta performance. Em nossa região central, um dos principais criadores e vendedor do guzerá é Alexandre Wanderlei, logo ali, no segundo chafariz após a Fazenda São Miguel.

sábado, 5 de março de 2011

PARA PENSAR:
“Alegria é um bloco de carnaval que não liga se não é fevereiro”
Adriana Falcão

PARA REFLETIR:
“Carnaval, Carnival, Carneval... Vida, carnaval: euforia no começo, cinzas ao final”
Francismar Prestes Leal

ENTRAVES E DESENTRAVES



De repente, a produção pode entravar na porteira, por forças que chegam do lado de fora. O que pode ser feito pelo produtor e pelas entidades regionais?


A questão não é apenas produzir. É preciso produzir - e bem! - para atender a um mercado que será cada vez mais exigente. Assim, o papel mais importante é promover a "Cadeia Produtiva", ou seja, promover as atividades dentro dos currais e também as que atuam fora das porteiras. O mercado está longe das porteiras, mas não é um bicho-papão. Pelo contrário, ele segue regras bem definidas, mesmo que sejam desconhecidas pelos produtores que ficam dentro da porteira. A atividade, para ter sucesso, precisa ter equilíbrio entre as atividades dentro e fora da porteira. A falta de equilíbrio é um dos entraves que aflige toda atividade em início de vida. O que tem faltado, então, é um esforço abrangente para organizar a atividade, de forma a atender a todos os interessados, ao mesmo tempo.
Como começar essa organização? É preciso responder às perguntas básicas, que - geralmente - são as seguintes: O que fazer? Por que fazer? Como fazer? Quando fazer? Quem deve fazer? Com que fazer? Traduzindo para o trabalho diário, as perguntas seriam: Produzir o quê? Há mercado para ser atendido? Há infraestrutura suficiente para atender o mercado? Quais os melhores momentos de produção? Quais são os produtores capacitados para produzir com eficiência? Quais são os recursos disponíveis, tanto em termos de crédito ou insumos, como de recursos genéticos?
Cada Associação regional pode começar seu planejamento, pois cada região, ou cada situação, ou cada momento, ou cada mercado, pode exigir um planejamento específico. Assim, não existe uma receita milagrosa para atender todos os casos. O jeito é começar sempre respondendo às perguntas básicas, antes de arregaçar as mangas. A precipitação leva ao prejuízo, quase sempre! Afinal, existe uma pecuária adequada a cada região e cada situação.
Uma boa maneira de começar é procurar ao SEBRAE, ou ao BNB, ou Emater, ou Federações e Secretarias de Governo, ou ainda outros organismos, um roteiro de como estudar e consolidar a Cadeia Produtiva em questão.

 

Tecnologias simples para melhorar o desempenho das propriedades.

É hora de mudar as discussões dentro das Associações, que - normalmente - dão muito destaque ao "BEL" (Bicho + Exposição + Leilão) e passar para assuntos que levem "todos os associados" a ganhar mais dinheiro com a atividade. Esta é a finalidade principal de qualquer Associação.
O "BEL" é apenas uma finalidade "promocional" que, normalmente, é financiada pelos associados mais ricos. A Associação precisa enxergar mais longe, precisa olhar o mercado de consumo de carne, de leite, de peles e não apenas o mercado de animais premiados.
O mercado do "BEL" caminha sozinho: não precisa de muito esforço. Já a montagem de uma Cadeia Produtiva ­exige muito trabalho e a união de várias entidades e organismos para poder chegar ao sucesso que interessa a todo ­criador (grande ou pequeno), às indústrias, aos frigoríficos, aos exportadores, etc.
O "BEL" tem vida curta, pois interessa - sempre - a uma minoria que ocupa a parte superior da pirâmide do criatório. De que adianta estimular o surgimento de Campeões e animais caríssimos em leilões, se os frigoríficos estão vazios? Se a carne consumida vem de outro país? Se o produtor comum não consegue introduzir tecnologia primária em sua propriedade, por ser cara demais? Se não existe Crédito para a atividade, de forma generalizada?
O "BEL" é importante, mas o restante da pirâmide da criação de caprinos e ovinos também é. As Associações podem mudar o cenário, rapidamente, estimulando a produção, o consumo, a distribuição e a exportação. É só começar a pensar em Cadeia Produtiva, que é o grande entrave.

Planejando e organizando a cadeia produtiva

A melhor maneira de organizar a base da cadeia produtiva é responder, primeiramente, às perguntas:
- O que fazer?
- Por que fazer?
- Como fazer?
Sugestões resumidas de respostas estão na Tabela 1.
Nenhuma atividade caminha sozinha, no início. É preciso uma orientação, para ganhar tempo. O que pode ser feito em 10 anos, pode levar 50, se não ­houver uma orientação precisa por parte de órgãos governamentais e órgãos de ­classe.
A Tabela 2 mostra o planejamento de atividades de apoio; o que precisa ser feito e como.
Todo esforço pode terminar em fracasso se, de repente, a atividade for bombardeada por algum problema sanitário. Já houve exemplos na bovinocultura, na suinocultura e na avicultura. Não é preciso que tais episódios repitam-se também na caprino-ovinocultura. Basta haver uma regulamentação clara, objetiva e abrangente, acessível a todos os produtores no campo. A Tabela 3 mostra o que fazer, porque e como.

 

 


 


Notícias do PRODECENTRO

Proposta facilita condições de financiamento do Banco da Terra

Arquivo - Laycer Tomaz
Assis do Couto
Assis do Couto quer aumentar prazos de carência e diminuir juros.
A Câmara analisa proposta que facilita a compra de imóveis rurais por meio de financiamento com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária - Banco da Terra (Lei Complementar 93/98). A medida, prevista no Projeto de Lei Complementar 1/11, garante uma série de benefícios aos que buscam recursos do fundo. Entre eles, estão: aumento dos prazos de amortização e de carência, diminuição dos juros e ampliação do perfil de possíveis contratantes.
A proposta amplia o prazo de amortização de até 20 anos para 20 a 35 anos, e o prazo de carência passa de até 36 meses para 36 a 60 meses. O projeto também diminui os juros de até 12% para até 2% ao ano. Segundo a proposta, não poderá haver cobrança de juros durante o período de carência - o que não está previsto na lei hoje.
O projeto também proíbe que o nome do contratante inadimplente seja inscrito nos órgãos de proteção ao crédito ou no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin). "Se o agricultor está com dificuldades em cumprir com suas obrigações referentes ao pagamento da terra, essa providência somente agrava esse quadro", justificou o autor da proposta, deputado Assis do Couto (PT-PR).
Limite de patrimônio
A proposta também estabelece que estão proibidos de contratar o financiamento com o Banco da Terra aqueles que possuírem bens de valor superior a 80% da quantia máxima permitida para financiamento por beneficiário. Pela lei, hoje estão impedidos todos aqueles que tenham patrimônio acima de R$ 30 mil.
Com o percentual, explica o deputado, o valor de referência poderá ser alterado de acordo com a realidade da época. "A obtenção de patrimônio é necessária para a realização das atividades da agricultura familiar", aponta o autor.
O projeto possibilita que pessoas com renda anual bruta familiar superior a R$ 15 mil façam esse tipo de financiamento - hoje a lei impede. A proposta também permite que o financiamento seja feito por quem possuia herança de imóvel rural, no caso em que um dos herdeiros compra a parcela de outro. Atualmente essa exceção não existe na lei.
Segundo Assis do Couto, a medida é necessária porque é comum a situação em que um dos herdeiros não tem condições de continuar as atividades da propriedade. E sem possibilidade de contratar financiamento, os demais herdeiros não conseguem comprar essa parcela, diz o deputado. "A solução comumente encontrada é a venda a terceiros, estranhos a relação familiar ali estabelecida, causando uma ruptura no sistema de cultivo e respeito às tradições empregadas pela agricultura familiar", explicou.
Tramitação
A proposta tramita em regime de prioridadeNa Câmara, as proposições são analisadas de acordo com o tipo de tramitação, na seguinte ordem: urgência, prioridade e ordinária. Tramitam em regime de prioridade os projetos apresentados pelo Executivo, pelo Judiciário, pelo Ministério Público, pela Mesa, por comissão, pelo Senado e pelos cidadãos. Também tramitam com prioridade os projetos de lei que regulamentem dispositivo constitucional e as eleições, e o projetos que alterem o regimento interno da Casa. e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para o plenário.

Notícias do PRODECENTRO

Encontro debate união entre agricultura familiar e educação ambiental


Programa conjunto é uma demanda feita pelos representantes da agricultura familiar durante o Grita da Terra de 2009
Foto: Divulgação/MMA
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Secretária Samyra Crespo diz que o desafio agora é obter metodologia adequada

02/03/2011
- Representantes de vários órgãos envolvidos com a questão da agricultura familiar, como Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Agrário e Integração Nacional, entre outros, participaram, na última segunda-feira, dia 28, em Brasília, de um momento de intercâmbio para debater as experiências de construção da proposta do Programa Nacional de Educação Ambiental e Agricultura Familiar.
O objetivo do Programa, cujo projeto é resultado da cooperação técnica entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA), visa contribuir para melhorar a qualidade de vida e a sustentabilidade da produção rural do pequeno agricultor, partindo do princípio do desenvolvimento rural sustentável.
Durante o encontro, foram apresentadas as oficinas piloto realizadas em três territórios rurais (Águas Emendadas, Chapada dos Veadeiros e Vale do Paranã), de forma que os subsídios dessas experiências foram discutidos para colaborar com a construção do Programa.
Como a proposta prevê metodologia que estimule a participação dos atores envolvidos, com a construção coletiva dos conteúdos e das prioridades de cada região, os representantes dos três territórios que participaram das oficinas piloto destacaram o caráter humanístico do processo, permitindo aos agricultores que se conheçam e unam esforços, antes isolados, em ações conjuntas de educação ambiental e desenvolvimento sustentável para a convivência harmônica com o meio ambiente.
De acordo com a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, o Programa é fruto de uma demanda feita pelos representantes da agricultura familiar durante o Grito da Terra de 2009. O objetivo é implementá-lo com a maior brevidade possível.
"Com essa demanda foi identificada a necessidade de unir a educação ambiental e a agricultura familiar. O desafio agora é fazer como se deve, com a metodologia adequada, contando com a construção coletiva e a participação efetiva dos pequenos agricultores", disse a secretária.
Para o representante do IICA, Manuel Otero, o "programa é uma oportunidade de termos uma carteira de projetos que, de fato, gere impacto no desenvolvimento rural sustentável por meio da educação ambiental".
Além disso, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Roberto Vizentin, também presente ao evento, destacou a importância de um programa de educação ambiental aliado ao Mais Ambiente. "É fundamental que a visão ambiental seja apreendida pelos agricultores familiares como um componente da transformação do modo de produção e como facilitador para a regularização fundiária", afirmou.

Por Melissa Silva
Fonte: Ministério do Meio Ambiente (Publicado em 28/02/2011)

quarta-feira, 2 de março de 2011

Deu no Boca Maldita

 

 

 

Kit de Ordenha para Leite de Cabra será Implantado no Estado-Blog BOCA MALDITA



As pesquisadoras Selene Benevides e Viviane de Souza, da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE), estarão entre os dias 13 e 19 de fevereiro em Afonso Bezerra (RN), para a implantação da tecnologia do Kit Embrapa de Ordenha Manual para Caprinos Leiteiros no estado. As pesquisadoras estarão à frente de equipe que conduzirá três dias de coleta de leite segundo as atuais condições dos produtores locais, um dia de treinamento para utilização do Kit Embrapa de Ordenha Manual para Caprinos Leiteiros e três dias de coleta do leite já com uso da tecnologia, para análise de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana total (CBT). Essas coletas possibilitarão avaliar benefícios para a qualidade do leite com uso do kit.
O Rio Grande do Norte será o terceiro estado a ser contemplado com o kit, após a Paraíba e Ceará que já têm projetos piloto de validação da tecnologia em andamento, conduzidos pelo projeto "Melhoria do acesso dos agricultores familiares ao mercado por meio de tecnologias que promovam a qualidade do leite de cabra e de seus derivados", liderado por Selene. Em território potiguar, serão observados os resultados da sua implantação em trinta propriedades de agricultores familiares.
O Kit Embrapa de Ordenha Manual para Caprinos Leiteiros é uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora-MG), voltado para a ordenha em bovinos, que foi adaptada pela Embrapa Caprinos e Ovinos para utilização na caprinocultura leiteira. Entre suas vantagens, o fato de consistir em equipamentos de fácil acesso e custo relativamente reduzido: o conjunto, composto por acessórios como baldes para ordenha e para água clorada, cloro comercial, luvas de borracha, detergente em pó, escova ou bucha natural, pode ser adquirido a um preço médio de R$ 150,00.
O objetivo do Kit é possibilitar uma ordenha de leite caprino com redução de contaminação por bactérias ou resíduos químicos, que proporcionem melhor qualidade para o produto e seus derivados (queijos, iogurtes, doces, entre outros). O treinamento aos agricultores envolve noções da higiene necessária ao processo de ordenha.
A equipe que participará da implantação do Kit no Rio Grande do Norte contará ainda com bolsistas da Embrapa Caprinos e Ovinos e a professora Patrícia Lopes (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Sobral). No estado, a condução do projeto piloto contará também com apoio do Sebrae, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Emater-RN e IFRN.
Mais informações
Selene Benevides - pesquisadora

Deu no Diáriode Natal

Parceria com Japão beneficia mais de quarenta famílias de agricultores potiguares

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Representantes da Japanese International Cooperation Agency, JICA, agência de cooperação japonesa no Brasil, reuniram-se com a governadora Rosalba Ciarlini na manhã desta quarta-feira, 02, para tratar da finalização das instalações necessárias para as atividades da agência no Estado.

A JICA tem sede em Brasília e correspondentes em vários estados brasileiros. No Rio Grande do Norte, o projeto desenvolvido é de uma cadeia produtiva de biodiesel a partir do girassol, beneficiando mais de 40 famílias de agricultores familiares da região do Alto Oeste.

A governadora garantiu o cumprimento da contrapartida do governo estadual com a construção de dois galpões. “Tivemos a informação de que o custo da construção de dois galpões simples tinha sido orçado em mais de R$ 1 milhão. O secretário Simplício Holanda (secretário adjunto da Sape) está me apresentado um novo orçamento no valor de R$ 252 mil reais, e esse valor, sim, condiz com o que vai ser construído e eu autorizo”, disse a governadora Rosalba Ciarlini.

De acordo com Katsuhiko Haga, representante-chefe da JICA no Brasil, os equipamentos para beneficiamento já estão comprados, só faltava o espaço para a instalação. Segundo Katsuhiko, o objetivo da atuação da JICA no Brasil é aproveitar o potencial natural do estado através da viabilização de uma cadeia produtiva de biodiesel, melhorando a qualidade de vida dos agricultores familiares. A JICA atua em várias regiões do Brasil desde 1959, quando iniciou pesquisas voltadas para a agricultura irrigada.

De acordo com Simplício Holanda, secretário adjunto da secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca – Sape, o projeto está sendo desenvolvido na região do Alto Oeste, principalmente nos municípios de Lucrécia e Marcelino Vieira. “É a região que menos possui opções para desenvolvimento”, disse Simplício, comentando que “o Alto Oeste possui poucas opções, o plantio do algodão não existe mais e o investimento em cajueiros não é viável devido às condições naturais.”

Ainda de acordo com ele, outras culturas, como a da mamona e do pinhão, também geram uma boa fonte de biodiesel, mas que no Rio Grande do Norte foi constatado que o girassol é a melhor opção. “O girassol apresenta 40% de óleo, 30% de resíduo e 25% de casca, sendo que os últimos dois ainda podem ser usados para a alimentação animal”, detalhou Simplício.

De acordo com a governadora Rosalba Ciarlini, a parceria com a JICA, que vai até 2013, pode ser estendida para outras áreas. “Queremos projetos na área de transportes, logística e desenvolvimento da irrigação no estado, sejam muito bem-vindos”, disse a governadora. Também participou da reunião o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Benito Gama.