quarta-feira, 28 de setembro de 2022

 

Primeira usina brasileira a gerar energia combinando biocombustível e biomassa

  

O empreendimento é estratégico para o Brasil, porque inaugura um novo modelo de geração renovável, e também para Roraima, único estado que ainda não pertence ao Sistema Interligado Nacional. Até 2020, parte do seu abastecimento elétrico era feito com energia importada da Venezuela, e o restante era suprido com térmicas a diesel. Após o fim do contrato de importação de energia da Venezuela, o fornecimento passou a ser feito exclusivamente com a geração movida a combustível fóssil. Além da poluição que a queima do diesel provoca, nos últimos anos houve vários episódios em que a segurança do abastecimento de energia ficou comprometida, sendo os dois principais a crise do país vizinho e a greve dos caminhoneiros – que paralisou estradas e comprometeu o transporte do diesel.

A nova usina híbrida da BBF vai evitar a queima de cerca de 43 milhões de litros de combustível fóssil por ano na região Amazônica. A substituição do diesel fóssil poupará a população e o meio ambiente da emissão de cerca de 99 mil toneladas de carbono anualmente na atmosfera. “Com essa nova usina termelétrica, teremos o ciclo completo em nossa operação: plantamos, colhemos, esmagamos o fruto, produzimos biocombustíveis e geramos energia elétrica e, a partir de agora, vamos transformar a biomassa resultante em energia e eliminar de forma adequada e produtiva parte dos resíduos da nossa operação. É um modelo completamente sustentável”, explica Milton Steagall, presidente da BBF. Além dos benefícios energéticos e ambientais, o projeto irá gerar mais de 80 postos de trabalho diretos na região.

A Usina tem 17,9 MW de capacidade de geração recebeu R$ 166 milhões de investimentos e vai contribuir para evitar a emissão de cerca de 99 mil toneladas carbono por ano da atmosfera Amazônica. O projeto da BBF foi viabilizado por meio do Leilão de Energia 01/2019 para atender localidades de Roraima e solucionar parte do problema de segurança energética nessa região. “Atuamos no desenvolvimento sustentável do Estado há anos, conhecemos seu potencial, por isso viabilizamos um projeto de geração de energia que fosse renovável e independente, com os recursos da própria região”. conclui.

 

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