Limão e o seu poder de cura.
O limão é verdadeiramente uma jóia da
natureza. Pode ser considerado o rei dos frutos curativos, sendo
impressionante a quantidade e variedade das suas aplicações. No entanto,
tendemos a repudiá-lo, quando pensamos no seu gosto azedo, e a
minimizar as suas virtudes, tanto na manutenção e recuperação da saúde,
quanto ao seu valor nutricional e possibilidades múltiplas de utilização
culinária.
Esta atitude se instalou pela suposição
de que ele é agressivo para o estômago, que pode acidificar o sangue,
descalcificar e enfraquecer o organismo… Ora, nada mais falso e oposto à
realidade. Vejamos:
Propriedades
Através de estudos prolongados,
constatou-se que o uso do limão estimula a produção do carbonato de
potássio no organismo, promovendo a neutralização de acidez do meio
humoral. Efetivamente, apesar de no estado livre ter como princípio
ativo o poderoso ácido cítrico, este, em contacto com o meio celular, no
interior do nosso organismo, é transformado durante a digestão e
comporta-se como um alcalinizante, ou seja, um neutralizante da acidez
interna. Os seus diversos sais, por seu turno, convertem-se em
carbonatos e bicarbonatos de cálcio, potássio, etc, os quais concorrem
para acentuar positivamente a alcalinidade do sangue.
Um dos efeitos notáveis do limão é, por
exemplo, o de combater o ácido úrico – temível inimigo (tantas vezes
letal) de muitos cidadãos quando chegam a uma idade mais “respeitável”.
Tomado pela manhã, em jejum (10 a 20
minutos antes do desjejum), descongestiona e desintoxica o organismo e,
se usado com regularidade, erradicará por completo todos os uratos.
Deste modo, é evidente a sua grande
valia nas diversas patologias reumáticas e artríticas. Com efeito, a
ingestão da dieta de limões (ver abaixo), aumenta na urina a excreção de
ácido úrico, uréia e ácido fosfórico.
Seu uso Interno (como também externo) é
muito útil na regeneração dos tecidos inflamados das mucosas,
reconduzindo ao estado e funcionamento normal de todos os órgãos do
aparelho digestivo. Nas afecções gastro intestinais, os ácidos do limão
destroem os germes e as bactérias nocivas que se libertam e que
contribuem para gerar as ulcerações. Ainda combate as fermentações e os
gases.
É um amigo do pâncreas e, malgrado
certas apreensões quanto a supostas incompatibilidades com o sistema
bilioso, revela-se um expurgador e um tonificante do fígado e da
vesícula.
Relativamente ao aparelho
genito-urinário, bem como ao sistema cardiovascular, é igualmente um
poderosíssimo eliminador de toxinas e um tônico privilegiado. Tem,
assim, ação que impede e neutraliza a proliferação das tão temidas
afecções arterioscleróticas.
Gargarejos do seu suco fresco são
benéficos para todos os tipos de afecções do trato nasofaríngeo, bem
como para laringites e gengivites. Inalado (puro ou diluído), é um bom
desinfetante nas rinites e sinusites.
Indicações de uso Interno
. Asma; Enfisema (paralelamente com a terapia do limão, deve erradicar-se os regimes hiperprotéicos)
. Infecções pulmonares, Tuberculose pulmonar e óssea, Bronquite crônica, Constipações e Gripes
. Afecções Cardiovasculares, Varizes e Flebites
. Fragilidade capilar; Dermatites várias, Prurido, Eczema e Despigmentação
. Hiperviscosidade sanguínea (fluidificante sanguíneo)
. Doenças infecciosas (coadjuvante no tratamento de mononucleoses, leucocitoses, blenorragias, sífilis, etc.)
. Paludismo e Piorréia alvéolo dental
. Febres (infusão de folhas de limoeiro e/ou cascas do fruto, podendo juntar-se o suco)
. Gastrites, Dispepsias e Aerofagias (também se podem mastigar finas lascas da casca do citrino)
. Úlceras de estômago e do duodeno, Esofagite de refluxo
. Insuficiência hepática e pancreática; Icterícia e congestão hepática (utilização e quantidades adaptados a cada caso)
. Desinteria, Diarréias, Febre tifóide e Hemorróidas
. Colites, Meteorismo e Parasitas intestinais (ralar a casca do limão e fervê-la em água, com ou sem açúcar)
. Fortalecedor da visão, Glaucoma e Hipertensão ocular
. Hemorragias, Hemofilia e Escorbuto
. Astenia, Anemias e Desmineralizações (aumenta a capacidade imunológica)
. Amamentação, Obesidade e Disfunções metabólicas (reequilibrante)
. Hipertensão arterial; hipotensão arterial (regulador da pressão)
. Afecções do sistema nervoso (fortalece e equilibra. As flores do limoeiro são também muito benéficas)
. Diabetes, Leucemia (preventivo), Cancro (preventivo), Enfarte (preventivo) e Tromboses; embolias (preventivo)
. Escleroses, Arteriosclerose, Doenças reumáticas e Artrites
. Descalcificações, Linfatismo e Ascites
. Retenções urinárias e Litíase urinária e biliar
. Prevenção de epidemias, Antitóxico; Antivenenos
Indicações de uso Externo
. Conjuntivites; Fortalecedor da visão
(gota do suco utilizada como colírio) e Tonificante ocular (banhando os
olhos, de manhã, ao levantar, com água acidulada por algumas gotas de
limão)
. Cefaléias (neste caso, colocar compressas embebidas em sumo na fronte e nas têmporas)
. Febre do feno, Sinusites e Anginas
. Hemorragias nasais (epistaxis) e Otites
. Estomatites, Glossites, Aftas e Sifílides bucais
. Blefarites, Terçóis e Herpes
. Dermatoses (erupções, furúnculos, etc), Feridas infectadas e Picadas de insetos
. Verrugas, Seborréia facial, Tônico e adstringente facial
. Unhas quebradiças e Pés sensíveis (friccionar com sumo ou polpa)
. Queda do cabelo (fazer lavagens e fricções do couro cabeludo com o sumo puro)
. Tonificante corporal (juntando suco de limões espremidos à água do banho)
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