terça-feira, 30 de outubro de 2018

Inacreditável! Mas uma galinha foi vendida por R$ 74 mil no interior de São Paulo

Galinha gigante - betinaÉ a ave mais valorizada na raça Índio Gigante. E ainda é uma franga. Ela foi batizada de Betina da Diamante. Essa ave conseguiu o inacreditável preço de R$ 74 mil durante o 3º Leilão Diamante Índio Gigante, realizado recentemente, na cidade de Jaguariúna, interior de São Paulo. Com 105 centímetros de comprimento, ela reúne todas as caraterísticas desejáveis ao Índio Gigante, oriundo do cruzamento entre galináceos altivos e a galinha caipira. “Com este resultado, Betina é certamente a franga mais valorizada da raça atualmente”, garante um dos promotores, o criador Haroldo Poliselli.
Ele e o irmão Diogo Poliselli são os mesmos que chocaram milhares de pessoas ao revelar os maiores exemplares do mundo. Betina, aliás, é filha do recordista absoluto Voodoo da Diamante, de 126 cm, o maior galo que já existiu. “Já recusamos propostas de até R$ 200 mil por ele. O resultado do leilão confirma que nossa decisão foi certeira”, diz Diogo.
O tamanho avantajado e a conformação racial é o que mais chamou a atenção Ademir Melauro, dono do criatório Francano, sediado em Franca, São Paulo, que arrematou a ave. “Certamente me taxarão de louco ao saber que comprei uma galinha por quase R$ 74 mil, mas quem é do mercado sabe o quanto ela é preciosa. É difícil conseguir aves grandes e o acesso a essa genética exige alto investimento”, relata o criador.
Ademir já tem um pretendente para Betina, o Galo Mezenga, um de seus maiores exemplares, com 118 cm. “Desse cruzamento sairão aves ainda mais imponentes, o que se busca no mercado do Índio Gigante atualmente, apontado como o mais rentável do agro por m², rendendo mais que o boi e até mesmo a soja”, compara o criador, reforçando a credibilidade da Diamante Índio Gigante.

O objetivo de Haroldo e Diogo nunca foi superar recordes, mas isto vem ocorrendo com frequência na Diamante Índio Gigante. Depois de revelar os galos Pajé, de 118 cm (2015), Canário, de 124 cm (2016), e Voodoo da Diamante, de 126 cm, além das frangas Viola, de 106 cm, e a Mamba, de 109 cm (as maiores já vistas) , o criatório pode ter alcançado também o maior faturamento em leilões ao movimentar quase R$ 400 mil. “Fato é que, além da franga mais valorizada, atingimos a maior média do mercado (R$ 15.000,00/ave)”, garante Haroldo.

Acordo viabiliza primeira área de estudo oficial da Carne Baixo Carbono

Na última semana foi assinado, em São Paulo (SP), contrato entre a Embrapa e o Grupo Roncador. A parceria prevê verificar até 2020 a viabilidade técnica de se considerar os sistemas de pastagens intensificadas e de integração lavoura-pecuária (ILP), adotados nas propriedades rurais Roncador e Água Viva do Grupo Roncador, em Mato Grosso, como sistemas pecuários aptos a mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e passíveis de enquadrar-se nas diretrizes do protocolo Carne Baixo Carbono (CBC), em fase de finalização pela Embrapa.
A assinatura ocorreu durante uma oficina de trabalho para debater o acordo de cooperação técnica entre a Embrapa e a Liga do Araguaia, representada pelo Grupo Roncador. O evento técnico, promovido pelo Observatório ABC, foi realizado no Centro de Estudos do Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGVAgro) e contou com a participação de representantes de diversas instituições públicas e privadas.
“Será a primeira área de estudo oficial do CBC. Iremos coletar e analisar amostras de solo dos sistemas propostos quanto ao teor de carbono e estimar os estoques de carbono do solo, de acordo com o protocolo CBC, para alinhamento ao plano ABC para pecuária de baixa emissão de carbono”, afirma o pesquisador da Embrapa Gado de Corte Roberto Giolo, um dos responsáveis pelo contrato.
Giolo e os pesquisadores Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária, e Manuel Macedo, da Embrapa Gado de Corte, estarão nos próximos meses, in loco, escolhendo as áreas para coleta e acompanhamento, divididas em três categorias – áreas de vegetação nativa, pastagens intensificadas e degradadas.
A região do estudo encontra-se no bioma Cerrado. As 24 fazendas da Liga do Araguaia, incluindo as duas em estudo, somam 89 mil hectares somente de pastagem e estão no denominado Vale do Araguaia. Elas passam, desde 2015, por um processo de intensificação (reforma e recuperação de pastagem) e integração de sistemas. A iniciativa chamada Projeto Carbono Araguaia evidencia, em resultados iniciais, o potencial que tais modelos apresentam de neutralizar a emissão entérica dos animais. Entre os documentos orientadores do projeto estão o Programa de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) da Embrapa e o Guia de Indicadores da Pecuária Sustentável do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS).
Segundo o consultor do grupo José Carlos Pedreira, a ideia é “acompanhar e verificar se cientificamente isso, de fato, acontece. Se o carbono aumentado no solo pela melhoria das pastagens neutraliza as emissões. Ao avaliar esses modelos por 21 meses, e com a devida validação, os produtores pretendem buscar a certificação CBC”, afirma. Ele comenta que a intensificação reduz a idade de abate de 48 meses para 18 meses. Uma das propriedades tem registro de abate aos 11 meses, o que reflete diretamente nas emissões.
Para a Embrapa, a cooperação representa ainda “mais um passo da ciência ao lado do setor produtivo, no sentido de desenvolver soluções sustentáveis para a produção pecuária, que contribuam para a otimização do desempenho agrícola e a conservação do meio ambiente”, afirma Ronney Mamede, chefe-geral interino da Embrapa Gado de Corte. A expectativa é que a proposta contribua, efetivamente, para a validar o conceito CBC, o qual “possibilitará a oferta de carne de qualidade e produzida em conformidade com rígidos critérios de sustentabilidade, reconhecidos internacionalmente”.
O diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Soares, explica que a Empresa está se aproximando do setor produtivo, por meio de parcerias como essa, com o objetivo de disseminar conhecimentos, tecnologias e boas práticas para o desenvolvimento sustentável dos territórios.
Além de Ronney Mamede, foram palestrantes do workshop em São Paulo: Angelo Costa Gurgel, professor da FGV e coordenador do Observatório ABC; Eduardo Assad e Roberto Giolo, pesquisadores da Embrapa; Roberto Strumpf, sócio-diretor da Pangea Capital; Cleber Soares, diretor da Embrapa; Pelerson Penido e Caio Penido, do Grupo Roncador.

Carne Baixo Carbono
O Conceito refere-se à produção em sistemas integrados ou não, com pastagens sem a presença de árvores. A partir do tratamento adequado do pasto, melhora-se a qualidade do solo e, consequentemente, sua capacidade de estocagem de carbono.
O CBC tem apoio da Marfrig Global Foods e a parceria objetiva colocar a carne baixo carbono no mercado e explorar um nicho de mercado com grande potencial de crescimento, os alimentos produzidos por meio de processos sustentáveis.

O Grupo Roncador
Considerado um dos principais grupos agropecuários do Brasil, iniciou suas atividades em 1978, ano em que seu fundador, Pelerson Soares Penido, adquiriu as primeiras terras no estado de Mato Grosso.
Referência em pecuária de corte na região do Vale do Araguaia, o Grupo Roncador trabalha com cria, recria e engorda de gado e possui um plantel de aproximadamente 50 mil animais das raças nelore, angus, rubia gallega, caracu e araguaia. Em 2008, a Fazenda Roncador iniciou o plantio de soja no sistema integração lavoura-pecuária. Na safra 2014/15, foram plantados 40 mil hectares do grão na fazenda.
O grupo também possui minas e usinas de beneficiamento de calcário, insumo fundamental para a agricultura na região.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

UMA REALIDADE PREOCUPANTE >> A água no Brasil: da abundância à escassez



Garantir o acesso à água de qualidade a todos os brasileiros é um dos principais desafios para os próximos gestores do país. Culturalmente tratado como um bem infinito, a água é um dos recursos naturais que mais tem dado sinais de que não subsistirá por muito tempo às intervenções humanas no meio ambiente e às mudanças do clima.
Em várias regiões do país, já são sentidos diferentes impactos, como escassez, desaparecimento de nascentes e rios, aumento da poluição da água. Os especialistas alertam que os problemas podem se agravar se não forem tomadas medidas urgentes e se a sociedade não mudar sua percepção e comportamento em relação aos recursos naturais.
O Brasil tem 12 regiões hidrográficas que passam por diferentes desafios para manter sua disponibilidade e qualidade hídrica. Mapeamento do Ministério do Meio Ambiente mostra que, nas bacias que abrangem a Região Norte, o impacto vem principalmente da expansão da geração de energia hidrelétrica. Na Região Centro-Oeste, é a expansão da fronteira agrícola que mais desafia a conservação dos recursos hídricos. As regiões Sul e Nordeste enfrentam déficit hídrico e a Região Sudeste apresenta também o problema da poluição hídrica.
Em nível global, o desafio é conter o aumento da temperatura do clima, fator que gera ondas de calor e extremos de seca que afetam a disponibilidade de água. O relatório especial do Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas, das Nações Unidas, divulgado recentemente, mostra que, se a temperatura global subir acima de 1,5°C, em todo o mundo mais de 350 milhões de pessoas ficarão expostas até 2050 a períodos severos de seca.

Brasil: o mito da abundância 

“As gerações mais antigas foram criadas com o mito do país riquíssimo em água, que água seria um problema crônico, histórico, só no Nordeste, no semiárido. Obviamente, desde 2013, na primeira crise que a gente teve, o apagão, que na verdade foi um “secão”, porque não foi resultado só de uma questão elétrica, ficou claro que o Sudeste e o Centro-Oeste têm problemas concretos, intensificados nos últimos dois anos, de disponibilidade de água”, destacou Ricardo Novaes, especialista em Recursos Hídricos do WWF-Brasil.
O pesquisador explica que a crise resulta também da falta de adequada gestão do uso da água, sobretudo em períodos de estiagem -  tendência que deve se manter tendo em vista o baixo índice de precipitação registrado no início desta primavera.
“Temos indicativos de que há um risco de, no próximo verão, ou talvez no outro ano, termos novamente um quadro muito complicado em São Paulo, talvez em todo o Sudeste. Os reservatórios estão com níveis abaixo do que estavam há dois anos,  antes da crise de 2014 e 15”, afirmou.
Depois da grave crise hídrica de 2015 que afetou a população de São Paulo, os moradores do Distrito Federal (DF) também passaram pelo primeiro racionamento nos últimos 30 anos devido à falta de água nas principais bacias que abastecem a região. Por mais de um ano, os moradores da capital do país tiveram que se adaptar a um rodízio de dias sem água devido ao esgotamento dos reservatórios das principais bacias que abastecem a cidade.
Na área rural, o governo do DF decretou estado de emergência agrícola. Na época, foi estimado um prejuízo de R$ 116 milhões com a redução de 70% na produção de milho, segundo estudo da Secretaria do Meio Ambiente do DF.

Berço de águas escassas

Os especialistas apontam que uma das principais causas para a crise hídrica é o uso inadequado do solo. No Centro-Oeste, por exemplo, estão concentradas as nascentes de rios importantes do país, devido a sua localização no Planalto Central. Conhecida como berço das águas, a região tem vegetação de Cerrado, bioma que ocupa mais de 20% do território e atualmente é um dos principais pontos de expansão da agropecuária, atividade que usa cerca de 70% da água consumida no país.
Como consequência do avanço da fronteira agrícola, o Cerrado já tem praticamente metade de sua área totalmente devastada. Os efeitos da ausência da vegetação nativa para proteger o solo já são percebidos principalmente na diminuição da vazão dos rios e na escassez de água para abastecimento urbano.
Brasília - Barragem de Santa Maria apresenta nível baixo de água (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Os especialistas apontam que uma das principais causas para a crise hídrica é o uso inadequado do solo - Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Segundo a coordenadora do programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), Isabel Figueiredo, que integra a Rede Cerrado, o desmatamento acelerado está impactando tanto a frequência de chuvas, que vem diminuindo nos últimos cinco anos na região, quanto na capacidade do solo de absorver e armazenar a água no subsolo e devolvê-la para os rios.
“A mudança do uso da terra tem alterado demais o ciclo da água e faz com que a gente tenha menos água nos rios, os rios muito assoreados e menor disponibilidade de chuva. Então, o ciclo da água está num pequeno colapso”, afirmou Isabel.
Projeções do Painel Brasileiro de Mudança Climática (PBMC) apontam que nas próximas três décadas o bioma do Cerrado poderá ter aumento de 1°C na temperatura superficial com diminuição percentual entre 10% a 20% da chuva.
“A contribuição do Cerrado para as bacias hidrográficas importantes do Brasil, como São Francisco, Tocantins, por exemplo, vai diminuir muito, se esse processo de desmatamento continuar nesse nível”, completou.
A especialista lembra ainda que o desmatamento do Cerrado não afeta somente as comunidades locais, que já relatam dificuldades para plantar, mas também outras regiões. “Os biomas e ecossistemas brasileiros estão todos interligados. O desmatamento do Cerrado afeta a chuva que cai em São Paulo, o desmatamento na Amazônia afeta a chuva que cai aqui no Cerrado”, explica.


Mapa aprova pedido do Paraná para antecipar retirada da vacinação contra aftosa

Sanidade

A primeira etapa que ocorrerá em maio do próximo ano, no entanto, ainda deverá ser feita em animais com até 24 meses de idade


O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aprovou o pedido do estado do Paraná de antecipar para novembro do próximo ano a retirada da vacinação contra a febre aftosa. A aprovação veio após análise dos resultados de duas auditorias: uma delas do Quali-SV do Ministério, que avaliou positivamente todo o sistema de defesa agropecuária paranaense e outra, feita pela Agência de Defesa do Paraná (Adapar), dos postos de fiscalização de trânsito agropecuário.
Mesmo antecipando a retirada da vacinação, o Paraná continuará integrando o Bloco V previsto no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção Da Febre Aftosa (PNEFA) junto com o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (que não vacina), estados que irão parar de vacinar em maio de 2021. A manutenção será devido a razões geográficas.
Segundo o diretor do DSA, Guilherme Marques, na campanha de vacinação de maio do ano que vem, os criadores do Paraná ainda deverão vacinar todo o rebanho com idade até 24 meses, conforme determina o calendário nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa.
“Além das auditorias mostrarem que o PR tem condições de avançar na retirada da vacinação, o estado se organizou juntamente com o setor privado e montou um controle de fronteira, que será feito no Norte do Paraná, com os demais estados vizinhos, como São Paulo e Mato Grosso do Sul. Foram construídos postos fixos de fiscalização de trânsito, com equipes que vão permanecer dia e noite”, explicou o diretor. Atualmente, o Paraná tem 33 postos de fiscalização em funcionamento em suas fronteiras.
A partir de outubro do próximo ano, o ministério deverá determinar restrições à entrada de animais de outros estados no Paraná, com exceção de Santa Catarina. “Portanto, haverá tempo suficiente para a adequação e a melhoria de eventual inconformidade observada ainda nesses estados. E também para que o setor privado juntamente com o oficial se organize para esta restrição, com antecedência de aproximadamente um ano”, completou o diretor.
Nota Blog:Faz um tempão que este Blog vem comentando, que as aplicações das vacinas contra a aftosa, tem que serem revistas em alguns estados. Aqui no RN, não se tem noticias de casos da doença a bastante tempo. Neste período, onde o pasto já esta bastante seco, consequentemente, o rebanho bovino se ressente, causando perca de ´peso, uma dose de vacina contra a aftosa em gado fraco, não é boa coisa.  Mas, lei é para ser cumprida. 

Atenção especial dos pecuaristas para o início da segunda etapa de vacinação contra aftosa

Vacina aftosa - vacinando bezerroA campanha começa no próximo dia 1º de novembro, quando a maior parte dos estados brasileiros vai iniciar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. Desta vez, serão imunizados os animais com até 24 meses. Apenas o Acre, Espírito Santo, Paraná e parte de Roraima vacinarão todo o rebanho, entre animais jovens e adultos.
Na etapa de maio foram vacinados 197,87 milhões de animais de um total previsto de 201,23 milhões de cabeças. A cobertura vacinal atingiu 98,33%. Atualmente o rebanho brasileiro de bovinos e bubalinos é de 217.493.867. Os estados com maior número de animais são o Mato Grosso com 30 milhões de animais, seguido de Minas Gerais com 23,3 milhões de cabeças. A cidade com maior rebanho é São Félix do Xingu, no Pará: 2,2 milhões de cabeças.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, diz que “até novembro de 2019, com a retirada gradual da vacinação, o ganho direto do criador poderá ser revertido na melhoria do rebanho e da propriedade, com investimentos em insumos e tecnologia que irão trazer maior produtividade”. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017-2026), dividiu o país em cinco blocos de Estados para a retirada completa da vacinação no país.
O Brasil é considerado livre da aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O estado de Santa Catarina, que não vacina o rebanho desde 2000, é reconhecido, desde 2007, como área livre da doença sem vacinação. Conforme estimativas da Divisão de Febre Aftosa (Difa) do Mapa, em 2018 deverão ser utilizadas 337.713.800 doses  de vacinas; em 2019, serão 308.235.501; em 2020, 269.395.197; em 2021, 155.118.834. Com a redução do uso da vacina, a partir de 2019, a economia será de R$ 44 milhões; em 2020, de R$ 102 milhões; em 2021, de R$ 274 milhões e, em 2022, de R$ 506 milhões, alcançando quase R$ 1 bilhão, sem contabilizar os gastos com o manejo envolvido na vacinação (mão de obra, cadeia de frio, transporte e outros).
Atenção para os cuidados com a vacinação:
Compre as vacinas somente em lojas registradas.
Verifique se as vacinas estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C.
Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre.
Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação.
Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos.
Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação.
Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 5 ml. O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma. Para evitar a formação de caroço no local da vacina.

Não se esqueça de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oficial do seu estado junto com a nota fiscal de compra das vacinas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A importância do rebanho bubalino no Brasil

búfalos criaçãoO búfalo, no Brasil como no mundo, é usado de diversas formas pelo homem. Na Ásia, por exemplo, trabalha no cultivo do arroz. No Brasil, ajuda no patrulhamento da Amazônia. No nordeste vem se destacando como produtor de leite e animal de muita força e resistência física.
O Brasil tem o maior rebanho do Ocidente: um milhão e oitocentos mil animais. Entre os criadores brasileiros, são comuns quatro raças de búfalo: uma de origem italiana, a Mediterrâneo; duas indianas, a Murrah e a Jafarabadi. E a Carabao, de origem filipina, a única adaptada às regiões pantanosas. No Brasil ela é encontrada na ilha de Marajó, no Pará, local onde os búfalos foram introduzidos no país no final do século XIX.
Localizada no norte do Pará, em uma área em que nem os pescadores sabem dizer onde termina o rio e começa o mar, a ilha concentra o maior rebanho de búfalos do Brasil. De acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do IBGE, o Pará contava com cerca de 520 mil cabeças (38% do total nacional) em 2016, das quais mais de 320 mil estavam na costa norte e nordeste da ilha. Só o município de Chaves concentra pouco mais de 30% do rebanho do Estado, cerca de 160 mil animais – para se ter uma ideia, o segundo município com o maior número de búfalos no Brasil é Cutias, no Amapá, onde havia pouco menos de 77 mil cabeças.
No Brasil, a exploração de búfalos destina-se principalmente à produção de carne, pois ainda falta tradição dos criadores brasileiros em explorar a produção leiteira. Entretanto, a partir dos anos 80, verificou-se crescente interesse em animais com aptidão leiteira ou duplo propósito (leite/carne). A exploração para corte é normalmente feita sob sistemas extensivos, tendo como base alimentar as pastagens, porém sem suplementação adequada, o que leva ao não suprimento das exigências nutricionais do animal, fazendo com que esse não desempenhe sua capacidade produtiva, o que muitas vezes leva o produtor a abandonar a atividade.
A região Nordeste do Brasil compreende nove Estados da União ocupando uma área de aproximadamente 1,64 milhões de km2 , correspondendo a aproximadamente 20% do território nacional. Essa região vem sendo destaque nacional quanto à produção de búfalos, o que tem contribuído totalmente ou parcialmente com a renda de muitos produtores. Diante do potencial da bubalinocultura e de sua importância econômica para o Nordeste brasileiro.
Dados do IBGE, coletados em 2011, indicam que o rebanho de búfalos no Brasil chegava a 1,277 milhão de cabeças, o que representou um aumento de 7,8% em relação ao ano anterior (IBGE 2011), já em relação a 2002 esse crescimento foi de 14,5%, o que demonstra que a bubalinocultura tem apresentado expansão significativa pelo país.
O crescimento da bubalinocultura no Nordeste pode ser explicado pelo avanço do conhecimento por parte dos pecuaristas, que estão reconhecendo que os búfalos são animais que apresentam alta rusticidade, resistência a doenças e adaptabilidade a solos e climas nordestinos, apresentando a capacidade de produzir proteínas de alto valor biológico (carne e leite) a partir alimentos fibrosos de baixa qualidade, além de menor necessidade de reposição, visto a maior longevidade desses animais.
O Maranhão é disparado o Estado com maior efetivo de búfalos da Região Nordeste, possuindo 6,5% do efetivo de búfalos do Brasil, sendo o terceiro principal produtor do pais. Em 2011 apresentou um total de 82,65 mil animais, tendo o maior crescimento de 2002 a 2011 em relação ao número desses animais e também aos demais Estados do Nordeste. A bubalinocultura na Bahia e Pernambuco também é significativa, entretanto, este último Estado apresentou uma redução de 21,8% do rebanho desses animais no período estudado. Essa redução no número de animais é dada pela dificuldade que os produtores encontram para comercializarem seus produtos, uma vez que não há incentivo para o consumo desses e há uma grande necessidade de mais laticínios especializados em transformar o leite de búfala em

derivados, o que levaria a agregação de valor e estimularia o consumo e, consequentemente, a produção. O Rio Grande do Norte e a Paraíba apresentaram os maiores percentuais de crescimento, 426,2 e 865,3%, respectivamente. O Estado de Alagoas apresentou o maior percentual de redução (55,4%), passando do quarto para o sexto maior rebanho do Nordeste. Nos Estados de Sergipe, Piauí e Ceará também observa-se evolução da bubalinocultura.

O elogio e a crítica


Essas duas palavras "elogio" e "crítica" parecem estar de lados completamente opostos num primeiro momento. Santo Agostinho já dizia: "Prefiro os que me criticam, por que me corrigem, aos que me elogiam, por que me corrompem". Quem trabalha com ciência, certamente já ouviu muito essa frase, tendo em vista que a crítica é a base para o seu avanço. E, de fato, para quem não se policia, elogios acomodam, mais do que corrompem, ao meu ver. 

Mas acho que estamos exagerando... nada que o outro faz está bom: O motorista de ônibus, deveria andar mais rápido para o passageiro que está dentro dele e mais devagar para quem está fora; o chefe deveria trabalhar para reduzir a burocracia da empresa, mas os órgãos de controle querem que ele melhore os mecanismos de acompanhamento dos processos e das pessoas; meu filho acha que deveria ter mais tempo para brincar e a professora diz que ele precisa estudar mais... Eita... 

O que vejo é que o elogio está cada vez mais raro... tudo bem que o excesso de elogio acomoda, mas a falta dele desestimula...  e pior, cria um ambeinte extremamente desagradável...
Devemos elogiar mais...  e em público e criticar menos... e em separado. Quando alguém recebe um elogio quer melhorar ainda mais... mas se você começa a frase assim: você foi bem,parabéns, mas da próxima vez veja se faz de tal jeito! Poxa isso, não é elogio. É crítica! Elogie com o coração, mesmo que não esteja tão bom e verá que da próxima vez vai estar bem melhor, pois a autocrítica existe e só se expressa em cima de elogios e num ambiente que o ataque não é a melhor defesa.

Um forte abraço. 

Boi

Lento escoamento da carne dita ritmo no mercado do boi gordo

Com a queda do consumo interno, sazonal para este período de fim de mês, o escoamento da carne está lento
     
Com a queda do consumo interno, sazonal para este período de fim de mês, o escoamento da carne está lento. Associado a esse fator, a melhora da oferta de boiadas vista nas últimas semanas, garantiu aos frigoríficos um “fôlego” para os estoques. Sendo assim, as ofertas de preços abaixo das referências estão ganhando força e, consequentemente, já se nota uma maior pressão de baixa para arroba do boi gordo em algumas regiões. 

É o caso do Paraná, onde na última terça-feira (23/10) a referência para a arroba do boi gordo ficou em R$149,50, à vista, livre de Funrural. Houve tentativas de compras de até R$2,00 abaixo desta referência, mas vale destacar que nestes patamares menores os negócios travaram. Rondônia é outra praça que merece destaque, nos últimos sete dias a arroba se desvalorizou 2,9% e a referência ficou em R$132,00/@, à vista livre de Funrural. Por lá o mercado está frio, com poucos negócios efetivados devido à pressão de baixa. No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estão estáveis frente ao último levantamento (22/10). A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$9,63/kg. 

Algodão

Exportação de algodão deve atingir recorde histórico de 1,2 milhão de toneladas, segundo a Anea

Com desempenho excepcional, País pode se tornar o segundo maior exportador de algodão mundial, atrás somente dos Estados Unidos
     
O mercado de algodão brasileiro está em um novo patamar. Com uma safra recorde de 2,1 milhões de toneladas registrada na temporada 2017/2018, a qualidade do produto ofertado no mercado internacional, preço competitivo e câmbio favorável, o Brasil tem o potencial de se tornar o segundo maior exportador mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. A previsão é da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). Atualmente, o País ocupa a 4ª posição no ranking global da exportação desta commodity, depois de Estados Unidos, Índia e Austrália.

“O Brasil está bem consolidado nos principais mercados consumidores de algodão e ainda há espaço para expansão dessa atuação. Esse é um bom momento por conta da qualidade, da regularidade no fornecimento, da perspectiva de uma melhor absorção do produto brasileiro nos principais países consumidores”, afirma Henrique Snitcovski, presidente da Anea.

A Associação prevê ainda que a exportação de algodão em pluma vai atingir a marca de histórica de 1,2 milhão de toneladas, com os embarques do período de julho de 2018 a junho de 2019. O último recorde histórico verificado com a exportação brasileira desta commodity foi de 1,03 milhão de toneladas, entre julho de 2011 e junho de 2012. Desde então, o volume embarcado oscilava entre 500 mil e 900 mil toneladas. “O momento representa uma ótima oportunidade para o País, que produz algodão em grande escala com tecnologia e responsabilidade socioambiental, fazendo com que o Brasil seja o maior fornecedor de algodão certificado do mundo”, ressalta Snitcovski. De acordo com o presidente da Anea, o segmento é bastante unido e trabalha constantemente para superar os desafios e aperfeiçoar os processos existentes, o que possibilitou ao País galgar as atuais oportunidades neste cenário positivo. 

Curso - Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos

O curso abordará aspectos técnicos e práticos de uma das principais biotecnologias da reprodução utilizadas no Brasil, a Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos, no período de 02 a 04 de Outubro de 2018. Estão sendo disponibilizadas 10 vagas, cujas inscrições podem ser feitas on-line através do link: http://bit.ly/iacaprinos. O custo das inscrições é de R$ 600,00 sem hospedagem e R$ 750,00 com hospedagem e alimentação no Nutec (Núcleo de Treinamento e Capacitação) da Embrapa Caprinos e Ovinos. O publico alvo deste curso são: Manejadores, produtores, estudantes, médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos, técnicos agrícolas e áreas afins. A programação do curso esta disponível no link: http://bit.ly/iacaprinos-programacao
Unidade Responsável: Embrapa Caprinos e Ovinos
Promoção: Promovido pela Embrapa

Público-alvo: Grandes e Médios Produtores Rurais e Cooperativas, Pequenos Produtores Rurais e Cooperativas, Agentes de Transferência de Tecnologia (TT-ATER), Comunidade Científica e Acadêmica 

Parceria com iniciativa privada lança cajuína orgânica em lata

Bebida genuinamente brasileira e típica da Região Nordeste, a cajuína ganhou nos últimos anos espaço no mercado nacional e, para atender a demanda do nicho voltado aos consumidores de produtos orgânicos, a Embrapa Agroindústria Tropical (CE), em parceria com as empresas Natvita e a Tijuca Alimentos, também de Fortaleza, desenvolveram a primeira cajuína orgânica em lata, que começou a ser comercializada pelas grandes redes de supermercados do País este ano.
A bebida passa por um processo moderno de microfiltragem que a higieniza e melhora sua aparência. O produto ainda apresenta um forte apelo comercial por não conter químicos nem ingredientes de origem animal, como gelatina, por exemplo. A embalagem de alumínio preserva o produto da luz e permite que ele seja comercializado em áreas mais competitivas dos supermercados.
A embalagem de vidro da cajuína sempre foi uma tradição desde os tempos do farmacêutico e sanitarista cearense Rodolfo Teófilo, que criou o produto em meados da década de 1930. Com a modernização do processo produtivo a partir do uso de membranas de microfiltração, a escala produtiva foi melhorada e o produto entrou em outro patamar de mercado. As embalagens individuais, mais práticas de usar e em quantidades relativas ao consumo total de uma só vez, levaram a indústria a optar por novos tipos de envasamento, com um apelo visual moderno, tendo em vista os consumidores urbanos.
Segundo Fernando Abreu, engenheiro de alimentos da Embrapa Agroindústria Tropical, outro aspecto está relacionado ao manuseio e à estocagem do produto acabado, com maior facilidade de empilhamento e ajuste fácil às gondolas e balcões frigoríficos dos pontos de venda. Assim, a cajuína apresentada ao consumidor nesse tipo de embalagem foi concebida para estar em prateleiras onde já se encontra a maioria de outras bebidas de pronto consumo.
De acordo com o empresário Fernando Furlani, diretor da Natvita, a ideia de se criar uma cajuína em latinha surgiu em 2013: “Queríamos aumentar a vantagem competitiva do produto, que sempre foi comercializado em garrafas de vidro. Por isso, tivemos de procurar uma embalagem mais versátil, com um peso especifico menor e que ainda fosse capaz de manter as características sensoriais e físico-químicas da cajuína tradicional”.
A Natvita foi contratada pela Tijuca Alimentos por apresentar os requisitos necessários exigidos pelo mercado, como boa qualidade, padrão de escala com volume e regularidade no atendimento. Desde então, a empresa dedicou-se ao desenvolvimento do novo produto. A proposta era envasar a cajuína tradicional orgânica com o rótulo da Tijuca, tendo como principal destaque a opção em “latinha”, tornando-se a primeira marca a comercializar a bebida nesse tipo de embalagem, além de contar com o diferencial de possuir o selo de orgânico, que abre novos mercados ao produto.
De acordo com o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável (Orgânico Brasil), o mercado de orgânicos movimentou R$ 3,5 bilhões em 2017 no Brasil, um crescimento de 20% na comparação com o ano anterior. Ainda segundo o conselho, cerca de 15% da população consome produtos orgânicos.
Fernando Furlani explica que a embalagem mais leve e menos sujeita a avarias aumenta o interesse tanto do consumidor quanto da rede de distribuição. "A novidade chama atenção. A Natvita lançou a cajuína com outro patamar de qualidade adotando técnicas modernas de produção e certificações de qualidade e orgânica. Mas ainda se trata de um nicho de mercado, pois foge do grande consumo de néctar e sucos diluídos", argumenta.
O caju utilizado na fabricação da cajuína tradicional, tanto nas versões garrafa quanto na “latinha” da bebida, é produzido em sistema totalmente orgânico na Tijuca Alimentos, em Beberibe (CE). “Para garantir o padrão de qualidade exigido pelo mercado, a Natvita acompanha a produção do produto desde o campo, passando pelo processamento até o envase na lata”, garante Fernando Furlani.

Empresa começou na incubadora

A Natvita foi uma das empresas incubadas pela Embrapa Agroindústria Tropical por meio do Programa de Incubação de Agronegócios da Embrapa (Proeta). A parceria permitiu ao empreendimento incorporar a tecnologia ao seu sistema produtivo, passando a produzir e comercializar inicialmente a cajuína microfiltrada em garrafas de 500 ml, com selo orgânico concedido pela associação Instituto Brasileiro de Biodinâmica (IBD).
 

O "pulo do gato" tecnológico na fabricação da cajuína

Fernando Abreu, da Embrapa, considera que a cajuína disponível em lata representa uma revolução no modo como a bebida é comercializada e consumida. Essa mudança é um novo desdobramento das profundas transformações pelas quais o suco clarificado de caju, nome técnico da cajuína, vem passando.
A “nova” cajuína é resultado de uma tecnologia moderna de microfiltragem, na qual o suco integral de caju passa por um tratamento em membranas. Além de clarificar o suco, retirando todas as partículas em suspensão, as membranas possuem capacidade de retenção em nível microbiológico, possibilitando dessa forma um suco de alta qualidade do ponto de vista de higiene, sem nenhum tipo de contaminação.
Ao ser embalada com uma carga microbiana muito baixa, possibilitando um tratamento térmico mais brando, a cajuína resulta em um produto mais saboroso e com menor perda de vitamina C pelo calor excessivo do tratamento térmico da cajuína tradicional. Os processos de clarificação e estabilização (diminuição da oxidação no líquido por meio da redução de componentes oxidativos) do suco foram desenvolvidos no Laboratório de Processos Agroindustriais da Embrapa Agroindústria Tropical.
Fernando Abreu destaca ainda que a alta condutibilidade térmica do material da lata, o alumínio, permite a fluidez e transferência do calor no contato com a água de cozimento das embalagens. Com isso, o calor chega imediatamente ao produto, com eficiente taxa de destruição de microrganismos ali presentes. “O vidro, nesse caso, é menos eficiente e pode quebrar durante essa operação”, explica.
Além disso, a cajuína em lata é envasada sob atmosfera inerte, ou seja, há uma injeção de nitrogênio líquido, que ao entrar em contato com o produto transforma-se em um gás inerte e inócuo à saúde humana, permitindo a eliminação do oxigênio dissolvido no suco, a causa de processos oxidativos que culminam com a perda gradativa da vitamina C e vai escurecendo o produto durante a etapa de armazenamento.
Por ser feita por tecnologia de membranas, a cajuína não usa gelatina ou qualquer outro material de natureza animal ou aditivos químicos para sua produção. O suco é simplesmente extraído da fruta, filtrado para a clarificação e envasado. “A natureza se encarregou de dar ao caju as principais características desejadas em um suco saboroso: a acidez, a doçura e o pH necessários a um processamento térmico brando para sua total estabilização, além de ser uma generosa fonte de vitamina C e um sabor tipicamente brasileiro-nordestino, de onde é originário o caju”, pondera o engenheiro.

Vida útil prolongada e características preservadas

Como a conservação da cajuína se dá à temperatura ambiente, os processos oxidativos e microbiológicos são pontos críticos a serem considerados. Tanto a cajuína em lata quanto a cajuína em garrafas de vidro possuem uma forte barreira à entrada de oxigênio e bactérias do meio ambiente. A lata apresenta, no entanto, uma barreira a mais contra a luminosidade, que catalisa essas reações. O alumínio é barreira total ao oxigênio e à luz. Além disso, a lata de cajuína é pressurizada com nitrogênio líquido frações de segundos antes do seu fechamento. Daí é criada uma atmosfera inerte, sem oxigênio, e que permite uma vida útil mais prolongada, preservando muito mais seu sabor e coloração levemente âmbar.
“O tempo e a tradição nordestina de se fazer cajuína tradicional já mostraram que o doutor Rodolfo Teófilo estava certo ao inventar a bebida. Ambos os processos são eficientes, porém, com a adoção de técnicas modernas e dentro de conceitos básicos da Engenharia de Alimentos conseguimos, em parceria com o setor privado, evoluir e otimizar o processo. Disso resulta um produto mais confiável na linha dos alimentos de conveniência, pronto para o consumo e em uma embalagem ecologicamente correta e totalmente reciclável. Trata-se de um belo exemplo de aplicação de conhecimentos científico-tecnológicos em parceria entre quem pesquisa e quem produz comercialmente”, comenta o engenheiro de alimentos.

Processo de ultrafiltração por membrana mudou fabricação da cajuína

A produção da cajuína sem uso de gelatina foi viabilizada por meio da tecnologia de membranas microporosas de micro e ultrafiltração. O processo foi primeiramente desenvolvido em escala-piloto de bancada nos laboratórios da Embrapa em Fortaleza, onde foram testados e avaliados os principais parâmetros operacionais para a obtenção do suco clarificado, límpido e livre da adstringência natural do suco de caju.
Em meados de 2008, a Embrapa lançou edital de incubação de empresas de base tecnológica por intermédio do programa Proeta, no qual uma das selecionadas foi a empresa cearense Natvita. O processo de incubação visava aos trabalhos de desenvolvimentos finais e extrapolação de escala para uma linha de pesquisa que tinha como base a utilização de membranas para o tratamento de derivados de caju, mais precisamente um extrato de fibras de pedúnculos de caju resultantes da extração do suco. Esse extrato, quando concentrado, apresenta um forte potencial como fonte de carotenoides (pigmentos naturais) e polifenois para uso na linha de produtos funcionais obtidos de fontes naturais.
Esse material também tem potencial para ser usado como corante, e foi trabalhado em membranas, definindo-se todas as etapas de obtenção e concentração em escala-piloto e, paralelamente, passando a usá-la para a clarificação do suco de caju e fabricação de cajuína, inovação que resultou em uma nova oportunidade para o aproveitamento e a valorização do pedúnculo de caju com um produto diferenciado. Assim nasceu a cajuína microfiltrada, que representa um avanço no estado da técnica em relação à cajuína tradicional. “Os trabalhos de laboratório com tecnologia de membrana em suco de caju permitiram uma extrapolação de dados teóricos de engenharia em laboratório para uma escala de produção industrial”, ressalta Fernando Abreu.
O engenheiro de alimentos ressalta ainda que essa cajuína, além de conter alto teor de vitamina C (250 mg/100 ml), não contém qualquer aditivo de origem química ou animal, como é o caso da gelatina geralmente usada nesse tipo de bebida, podendo ser portanto utilizada sem problemas mesmo por um consumidor vegano.

Cajuína em lata é destaque no
4º Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial

A trajetória de sucesso dessa parceria entre mercado e pesquisa, bem como os desafios e gargalos envolvidos, será relatada na sessão Cases de sucesso do 4º Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial, que acontecerá no Sebrae de Fortaleza, nos dias 7 e 8 de novembro de 2018.  A cajuína tradicional orgânica em lata é um dos destaques tecnológicos do evento.
O workshop reunirá empreendedores, pesquisadores e empresas do setor agropecuário e agroindustrial, bem como produtores rurais, distribuidores comerciais, profissionais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), formuladores e gestores de políticas públicas e estudantes de agronegócio.
Nos dois dias de evento os participantes poderão debater - por meio de painéis, casos de sucesso e visita técnica - temas como tendências e potencialidades das cadeias produtivas do Nordeste e contribuições da bioeconomia para o mercado de nichos, além de participar das Rodadas de Negócios Tecnológicos.
As inscrições para o workshop são gratuitas e estão abertas até 30 de outubro no site do evento.
IV Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial
Data: 7 e 8 de novembro de 2018
Local: Centro de Negócios Sebrae de Fortaleza (CE), avenida Monsenhor Tabosa, 777, Praia de Iracema.

Embrapa Agroindústria Tropical 

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Parabéns Angicos

A N G I C O S
"Terra do pêlo" "Coração do Rio Grande do Norte""
Pico do Cabugi de Angicos.

Pico do Cabugi de Angicos.

Parabéns ANGICOS. Parabéns Angicanos. 82 anos de Emancipação Política e Administrativa.
Cidade polo da Região Central do Estado do RN.


ANGICOS DO MEU TEMPO-ANILTON SOUZA
Em Angicos:
Pleno inverno. O sertão é uma beleza,
No Pataxó vai se elevando a enchente...
Com esse novo sorrir da natureza,
Volta a esperança ao coração da gente.
Do campo, um grato aroma rescendente,
Espalha-se por toda a redondeza.
Carrega-se de nuvens o nascente,
Abre sulcos na terra a correnteza.
Cessada a intensidade do aguaceiro,
A neblina persiste... Aqui... Ali...
Ruidosas enxurradas no terreiro.
Quando a janela cauteloso abri,
Surgia de frente o denso nevoeiro,
O soberbo perfil do CABUGI.
Parabéns Angicos. Parabéns Angicanos.


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