segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Rodada na Expofruit deve gerar R$ 7 milhões em negócios futuros





Fazer bons negócios é ainda mais fácil quando fornecedores e compradores se juntam em um único local para se conhecerem e conversar. O produtor procura quem possa comprar sua produção e os empresários buscam diversidade, qualidade e preço. A Rodada de Negócios realizada nos dias 21 e 22, no stand no Sebrae na Expofrui 2016, foi o momento ideal para essa aproximação.

Os sócios de uma rede de supermercados em Natal e Grande Natal, a SuperCoop, com 18 lojas, participaram da rodada de negócio do Sebrae pela primeira vez nesta edição da Expofruit. Cristiano Campos (diretor financeiro), Carlos Ranieri (presidente da rede) e Jonatas Gomes (vice-presidente da rede) tiveram encontro com cerca de doze novos fornecedores e suas expectativas superadas com o conhecimento de novos produtos

Governador Robinson decreta situação de emergência em 153 municípios

Resultado de imagem para estado de emergenciaO Diário Oficial do Estado, edição deste sábado (24), traz a publicação do decreto nº 26.365, que “declara situação de emergência nas áreas dos Municípios do Estado do Rio Grande do Norte, afetados por desastre natural climatológico por estiagem prolongada que provoca a redução sustentada das reservas hídricas existentes”.

O documento uma lista de 153 municípios (CLIQUE AQUI), “considerando que a seca já tem a duração de cinco anos (2012-2016), que apresenta um quadro de extrema falta d’água nos reservatórios públicos e privados do Estado e que os níveis estáticos dos diversos lençóis freáticos do Rio Grande do Norte se apresentam extremamente baixo”.                                      

O Vale do São Francisco é o principal exportador de uva brasileira

uvas-no-sao-franciscoO Vale do São Francisco foi o principal responsável pelas exportações de uva no Brasil no ano passado, contribuindo com aproximadamente 99,87% do volume (34,3 mil toneladas) e 99,78% do valor bruto de produção total (U$ 72,1 milhões). Os estados de Pernambuco e Bahia são os principais exportadores, com 26,6 mil toneladas e U$ 55,5 milhões, e 7,6 mil toneladas e U$16,5 milhões, respectivamente.
O valor vem aumentando gradativamente ao longo dos anos, conforme informações da Associação de Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), embora tenha sido observada uma queda nas exportações de uva nos anos de 2009 e de 2014. No entanto, em 2015 o volume voltou a crescer, indicando uma nova tendência de aumento.
Segundo dados divulgados pela Valexport, nos próximos três meses a previsão é que 20 mil toneladas de uva sejam comercializadas para o exterior. A expectativa é que a exportação da fruta movimente U$ 72 milhões. Só para os Estados Unidos, por exemplo, espera-se um crescimento de 10% nas exportações.
Cerca de 251 mil toneladas de uva foram produzidas, em 2015, nos projetos públicos de irrigação geridos pela Codevasf em Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, representando um valor bruto de produção de R$ 895 milhões. O desempenho coloca a viticultura como a atividade que mais se destaca nessas áreas devido ao rendimento elevado e à qualidade dos frutos produzidos.
A viticultura nos projetos públicos de irrigação da Codevasf é explorada por pequenos, médios e grandes produtores. O custo variável médio de produção fica em torno de R$ 48 mil por hectares, com rendimento bruto em torno de R$ 140 mil por hectare. Embora a margem seja alta, o principal custo ainda está na implantação do pomar no primeiro ano de cultivo, que fica em torno de R$ 120 mil por hectare.

Existem mais de oito variedades de uva exploradas no Vale do São Francisco, sendo que algumas estão voltadas para o mercado externo. A variedade Itália (Bicane x Moscatel de Hamburgo) ainda é a mais cultivada, e por isso sujeita a oscilações de mercado. No entanto, outras variedades são produzidas: dentre as uvas com semente estão a Benitaka e a Red Globe, e entre as sem semente estão Crimson, Thompson e Festival.

Em reunião do Brics, Blairo defende mais cooperação para garantir a segurança alimentar global

Ministro propôs ainda a criação de grupo para tratar da facilitação do comércio agrícola


Ministros do Brics debatem propostas para aperfeiçoar comércio agrícola (Divulgação)

Ao participar nesta sexta-feira (23) da Reunião Ministerial de Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Nova Deli (Índia) o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu o aprimoramento da cooperação multilateral para garantir a segurança alimentar mundial, o que passa pelo fortalecimento da agricultura. Ele também destacou a sustentabilidade agrícola brasileira, que tem o papel decisivo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no desenvolvimento de tecnologia e inovação.
 
De acordo com Blairo, é necessário fortalecer o setor agrícola para acabar com a pobreza. Isso também exigirá investimento no desenvolvimento econômico de pequenos e médios agricultores e na inovação do mercado.  “É preciso que o mundo reconheça a importância da agricultura e dos agricultores. Sem produtores, não há comida.” Para ele, o cooperativismo é um dos caminhos mais promissores para alcançar esse objetivo.
Ele propôs ainda que o Brics crie um grupo de monitoramento para tratar de temas como a facilitação do comércio agrícola e de medidas sanitárias, além de outros obstáculos ao fluxo mais eficiente de produtos agropecuários. “A abertura dos mercados agrícolas tem papel fundamental nas políticas de segurança alimentar e nutricional, porque amplia e diversifica a oferta de alimentos e garante o bem-estar da sociedade.”
Em seu discurso, o ministro ressaltou que o Brics tem importância na formulação de políticas multilaterais, especialmente na área agrícola. “Este bloco econômico representa 42% da população mundial e 14% do PIB global.” Na avaliação de Blairo, o Brics precisa avançar em suas conquistas. “Sem isso, não mudaremos a vida dos cidadãos que representamos aqui.”
Desenvolvimento sustentável
O ministro ressaltou também que setor produtivo tem papel importante na conservação da biodiversidade. “É fundamental que o desenvolvimento no campo seja sustentável. No Brasil, usamos apenas 8% do território para o plantio, 19,7% para a pecuária e 13% estão reservados aos índios. Hoje, 61% da área do país ainda está conservada. Produzimos 200 milhões de toneladas de grãos e podemos duplicar este volume, sem agredir o meio ambiente, graças à tecnologia.”
Segundo Blairo, a Embrapa tem dado grande contribuição à sustentabilidade brasileira. Com o desenvolvimento de tecnologia e inovação, a empresa promove diversas iniciativas, como a recuperação de pastagens degradadas, a ampliação das áreas de plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta, a adoção de técnicas de fixação de hidrogênio e o tratamento de resíduos animais.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016


Trabalho de Regularização Fundiária em Poço Branco chega a 50%


ASCOM/SEARA

Técnicos da Secretaria de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara) estão no município de Poço Branco acompanhando os trabalhos de regularização fundiária de terra que estão sendo feitos pela empresa Tec Agri, contratada para realizar as atividades de cadastro e georreferenciamento de terra, que fazem parte do processo de regularização. Até o momento, já foram cadastrados 104 lotes e medidas 155 propriedades rurais, esses dados correspondem a 50% do trabalho realizado no município.
Hoje, a empresa está com uma equipe de 15 pessoas fazendo a varredura de todas as propriedades rurais de Poço Branco.  Ao finalizar, todos os dados dos agricultores familiares serão inseridos no Sistema de Cadastro Rural (SNCR) e no Sistema de Gestão Territorial (SGT), para os técnicos da Seara fazerem as peças técnicas e depois ser realizada a titulação.
A ação de regularização fundiária é fruto de convênio firmado entre o Governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e está contemplando treze municípios da região Alto Oeste e do Mato Grande do estado. São eles: Venha-Ver, Coronel João Pessoa, Doutor Severiano, Encanto, Paraná, Portalegre, Riacho de Santana, Parazinho, Pedra Grande, Poço Branco, São Miguel do Gostoso, Jardim de Angicos e João Câmara.
Deste convênio, já foram titulados os municípios de João Câmara e Jardim de Angicos e, recentemente, a Tec Agri concluiu o cadastro e georreferenciamento dos municípios de Parazinho e Pedra Grande.

Solicitação do Incra é atendida e TCU desbloqueia 400 mil famílias de assentados do PNRA



O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou nesta quarta-feira (21/9) a solicitação do Incra no sentido de reconsiderar os efeitos do Acórdão 775/2016, que identificou 578 mil indícios de irregularidades em projetos de assentamentos. A corte bloqueara, em abril, o acesso de aproximadamente 500 mil famílias beneficiárias do Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) a políticas públicas de crédito, assistência técnica e demais ações desenvolvidas pelo Incra. O TCU atendeu parcialmente ao pedido da autarquia e suspendeu, por 120 dias, os efeitos do acórdão. Estimativas preliminares da área técnica do Incra indicam que a nova decisão do tribunal atinge aproximadamente 400 mil famílias.
O desbloqueio parcial autorizado pelo TCU foi resultado de um trabalho de 90 dias que mobilizou diversas áreas do Incra, no sentido de prestar esclarecimentos e preparar o Plano de Providências apresentado este mês ao tribunal. De acordo com o presidente do Incra, Leonardo Góes, reverter os efeitos do Acórdão 775 foi prioridade desde que tomou posse. “Ao assumir, encontrei o Incra paralisado, por conta da decisão do tribunal. Dei prioridade à tarefa de encontrar uma solução para o caso, pois os grandes prejudicados eram os assentados. Graças ao trabalho dos técnicos da autarquia e da Procuradoria Federal Especializada, conseguimos reverter os efeitos do acórdão para boa parte das famílias afetadas pelo bloqueio”, salienta Góes.
A decisão desta quarta-feira permitirá que as famílias beneficiárias acessem linhas de crédito para o plantio da safra 2017/2018, além de contar com os serviços de assistência técnica. O bloqueio colocava em risco a subsistência dos assentados.
Mobilização – A solicitação do desbloqueio das famílias beneficiárias afetadas pela decisão do TCU mobilizou diversos seguimentos da sociedade. Parlamentares, membros do Governo Federal e lideranças dos movimentos sociais destacaram os graves efeitos sociais gerados pelo acórdão, que colocava em risco os agricultores familiares atendidos pelo PNRA. Para o presidente do Incra, a decisão tomada nesta quarta-feira demonstra sensibilidade por parte dos ministros do tribunal.
“Todos os ministros do TCU sempre se mostraram abertos ao diálogo com o Incra. O tribunal tem um papel a cumprir e isso precisa ser respeitado. Partimos desse pressuposto e trabalhamos em duas frentes: apresentar medidas para sanar possíveis irregularidades e esclarecer questões que pudessem gerar dúvidas sobre a situação de assentados regulares. A corte, sem perder de vista a sua função de órgão de controle, foi sensível e reconsiderou os efeitos do acórdão. Nesse esforço, contamos com o apoio de parlamentares, autoridades do Executivo e lideranças das entidades representativas da agricultura familiar”, destaca o presidente do Incra.
Plano de Providências – No início deste mês, o Incra encaminhou ao TCU o Plano de Providências elaborado para sanar possíveis irregularidades e projetos de assentamento, além de esclarecer inconsistências verificadas pelo tribunal. O documento prevê também uma série de medidas – algumas delas já em andamento – capazes de assegurar transparência e controle ao processo de cadastro e seleção de beneficiários da reforma agrária. O Plano de Providências será implementado pelas 30 Superintendências Regionais, sob supervisão da direção do Incra.
Góes acredita que a decisão do TCU desta quarta-feira marca o início de uma nova etapa para o Incra: “O desbloqueio parcial autorizado pelo TCU sinaliza uma mudança na imagem do Incra. Os órgãos de controle externo entenderam que queremos atuar de forma absolutamente transparente e dentro dos parâmetros estabelecidos pelos marcos legais. Isso é uma prova de confiança na autarquia, o que também aumenta a nossa responsabilidade”.
A Procuradoria Federal Especializada aguarda a publicação da nova decisão do TCU para obter mais detalhes e orientar as Superintendências Regionais sobre os procedimentos que serão adotados a partir de agora.
Assessoria de Comunicação Social do Incra

CONVITE PARA ELEIÇÃO DO STTR DE ANGICOS

AVISO
               A Comissão Eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Angicos, convida todos os associados e associadas do Sindicato, quites com sua mensalidade do mês de agosto de 2016, até o dia 14 de setembro de 2016, e os aposentados que já Tem o desconto em seu benefício, para a Eleição da Diretoria e conselho fiscal, que ocorrerá neste SABADO, dia 24 de Setembro do corrente ano, das 08:00 horas as15:00 horas, na sede do Sindicato, sito a rua São Jose, 236, Centro, Angicos/RN.
AGRADECE,
SUELENE DA SILVA ANDRA
ANTONIO LOPES DA SILVA
PEDRO DE ALCANTARA RIBEIRO

Comissão Eleitoral do STTR de Angicos/RN

Parelhas recebe palestra sobre crédito rural


EMATER/Parelhas

A Emater-RN, em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), realizou palestra sobre Crédito Rural no município de Parelhas, na última segunda-feira (19). A palestra encerrou um ciclo de encontros promovidos através do Programa Agroamigo Mais, que envolveu ações nos municípios de Parelhas, Jardim do Seridó (25/05) e Ouro Branco (25/06).
 
O evento em Parelhas foi destinado a 25 pequenos produtores, e dedicou-se ao tema da agroecologia – os participantes foram orientados sobre o uso de tecnologias agroecológicas de produção e o crédito específico disponível para esse fim. A palestra foi ministrada pelo assistente de extensão rural da Emater e assessor regional de crédito rural do Escritório Regional em Caicó, Francisco Guaraci Gomes.
 
A parceria entre Emater e BNB ajuda a levar informações técnicas e de crédito para os agricultores familiares atendidos pelo programa Agroamigo Mais, do BNB. Na primeira palestra do ciclo, realizada em Ouro Branco, os agricultores foram orientados sobre as linhas de crédito rural disponíveis que mais se adequam às suas necessidades; na segunda, realizada em Jardim do Seridó, a temática foi dedicada às linhas de créditos voltadas para uma produção mais sustentável, como as do Pronaf-Floresta,Agroecologia e Eco.

EXPOFRUIT 2016

Termina hoje a maior feira da fruticultura irrigada do nordeste brasileiro em Mossoró. As avaliações preliminares dos organizadores, dão conta que, o volume de negócios até o dia de ontem (22), ultrapassou as expectativas dos produtores. Parabéns a todos os organizadores pelo evento.

Primavera começa sob efeito do fenômeno La Niña


ASSECOM/EMPARN

Exatamente às 11h21 do dia 22 de setembro chega a Primavera e com ela se inicia o período mais seco do ano para o Nordeste brasileiro. De acordo com a previsão da gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), a nova estação começará sob o efeito do fenômeno La Niña. Essa condição, associada a outras características, como a diminuição da atividade solar, deve influenciar no comportamento do clima para os próximos meses.

Os resultados dos modelos climatológicos mostram que, no Rio Grande do Norte, os índices pluviométricos são baixos em setembro e outubro, variando de 0,0 milímetros (mm) a 30mm. Em novembro e dezembro, os índices devem aumentar um pouco, variando de 10 a 40mm em praticamente todo o estado. É importante esclarecer que a meteorologia da EMPARN segue monitorando constantemente as condições dos Oceanos Pacífico e Atlântico para poder informar com mais precisão o comportamento do clima para os próximos meses e o início da próxima estação chuvosa.

Agosto
     
Ao analisar o mês de agosto de 2016, a meteorologia constatou que as poucas chuvas ocorridas, principalmente nas regiões leste e agreste do RN, se justificaram pela predominância de vento sul/sudeste, que atuou durante todo o mês. A média climatológica normalmente fica em torno de 80 a 100 milímetros (mm) no litoral e de 50mm no Agreste. No último mês de agosto, o acumulado de chuvas variou entre 20 e 80mm nas duas áreas, comprometendo a recarga das lagoas localizadas nas bacias difusas do Leste. Nas regiões Central e Oeste, a média em agosto costuma ficar abaixo dos 10 mm e foi o que aconteceu. Nestas áreas praticamente não se observou chuvas, mantendo a condição de seca em todo o semiárido potiguar

Cooperação trilateral apoia beneficiamento do óleo de gergelim em Honduras

DICTA - Atualmente, a extração de óleo de gergelim está em fase de validação junto aos produtores
Atualmente, a extração de óleo de gergelim está em fase de validação junto aos produtores
A extração e comercialização do óleo de gergelim é mais uma alternativa disponibilizada aos produtores hondurenhos através do programa de cooperação trilateral Brasil - Estados Unidos – Honduras, cujo objetivo é reduzir a pobreza e a fome e fortalecer a produção agrícola naquele país. Autoridades da Direção de Ciência de Tecnologia Agropecuária (Dicta, órgão equivalente à Embrapa), vinculada à Secretaria de Agricultura e Pecuária de Honduras (SAG) promoveram no final de agosto, na capital Tegulcigalpa, uma demonstração de como se realiza a extração do óleo de gergelim e do potencial da cultura para a economia do país. "A extração de óleo de gergelim é uma das mais recentes pesquisas desenvolvidas pelos técnicos da SAG e está à disposição dos produtores do país", informa a SAG.

O acordo de cooperação trilateral teve início em 2013 e visa à validação de diversas tecnologias para melhorar a produção agrícola familiar no corredor seco de Honduras (área semelhante ao Semiárido brasileiro), através de quatro projetos voltados para as culturas do caju e gergelim, segurança alimentar e apicultura.

As ações de capacitação e transferência de tecnologia são implementadas através de convênio firmado entre a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) com a Universidade da Flórida e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), Embrapa e Secretaria de Agricultura e Pecuária de Honduras.

Atualmente, a extração de óleo de gergelim está em fase de validação junto aos produtores. O resíduo do processamento é usado para a fabricação de farinha de gergelim, um concentrado que contém cerca de 40% de proteína, aproveitando-se 100% do produto.

Honduras produz de 1,2 a 2 mil toneladas de gergelim por ano. Atualmente são 850 produtores envolvidos nesse cultivo. Entre as nove variedades de gergelim promovidas pela SAG, duas foram desenvolvidas pela Embrapa (BRS Seda e BRS 196). Conforme a SAG o Japão, maior importador do gergelim hondurenho, demanda 3,5 mil toneladas de gergelim por ano.

Fertilização in vitro pode acelerar melhoramento genético de rebanhos leiteiros

Com o uso da técnica de fertilização in vitro (FIV) na reprodução de bovinos leiteiros, o caminho da seleção e do melhoramento genético pode ser encurtado em pelo menos três gerações ou cerca de 10 anos de seleção, permitindo rápidos saltos na produção e na qualidade do leite. Pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF) trabalham no aperfeiçoamento da técnica para mostrar que o procedimento é o investimento mais assertivo para que os produtores melhorem o padrão genético dos rebanhos.

Apesar de um pouco mais cara que a inseminação artificial por tempo fixo (IATF), a FIV pode contribuir para o aumento da produtividade em bacias leiteiras como a do Distrito Federal e dos municípios vizinhos. Considerando hipoteticamente um rebanho de produção média de 4.000 kg de leite/lactação, se fosse utilizada a inseminação artificial com sêmen de um touro que adicione 500kg de leite/lactação em sua filhas, seria necessário aproximadamente 30 anos para se obter um fêmea com produção de 9.000 kg de leite/lactação. Com a FIV, utilizando uma fêmea superior (9.000kg/lactação) de outro rebanho e o sêmen sexado do touro do exemplo acima, já na primeira geração (três anos) seria possível obter uma fêmea com produção média de 9.500kg/lactação. A produção de leite da primeira lactação desta fêmea já pagaria com tranquilidade o investimento com a compra de genética, por meio de prenhezes de FIV.

Martins explica que muitos criadores não incorporam genética de qualidade aos rebanhos por falta de conhecimento. Mas, segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados, a FIV está cada dia mais acessível, sendo realizada por um crescente número de laboratórios. Dados da International Embryo Transfer Society (IETS) apontam que o Brasil é líder mundial na produção de embriões bovinos por FIV. Em 2013, ano do último relatório publicado pelo IETS, o País produziu mais de 366 mil embriões bovinos pela técnica, ou 70,8% do total mundial.

"Talvez os criadores não saibam que podem comprar um processo de tecnologia ou genética por um preço mais baixo que há alguns anos. É possível financiar a aquisição de prenhezes de animais extremamente produtivos e premiados e obter retorno imediato, já que as mães e os pais são provados (avaliados em provas de genética) e a chance de as filhas serem grandes produtoras de leite é bastante elevada", explica o pesquisador Carlos Frederico Martins, da Embrapa Cerrados.

No DF, a maioria dos produtores de leite é de pequeno e médio porte, sendo que 80% das propriedades têm área de até 20 hectares. Segundo especialistas, o fraco desempenho produtivo na região tem estreita ligação com a qualidade genética dos rebanhos, predominantemente mestiços das raças Gir e Holandês e sem registro de genealogia. "A monta natural ainda é muito utilizada, principalmente por pequenos produtores. Isso atrasa a seleção genética, pois os cruzamentos são feitos sempre com os mesmos touros, e esses animais normalmente não são provados", aponta.

Resultados no campo

Produtor e selecionador de Gir Leiteiro em Planaltina (DF) há mais de 30 anos, Paulo Horta começou a contar com a tecnologia ainda no início da década de 1990. Ele destaca que a FIV permite ganho de tempo e de velocidade na seleção genética. "Tenho uma vaca top, de alta lactação, que rendeu 12 prenhezes em uma aspiração folicular. Podemos multiplicar rapidamente uma cabeceira de rebanho", diz Horta, que também utiliza sêmen de touros provados em programas de avaliação como os da Embrapa.

Para o produtor, o avanço genético permitido pela técnica é significativo, uma vez que o potencial do animal já se traduz em aumento de produção logo na primeira geração, e o investimento já é pago. "A FIV e a transferência de embriões mudaram tremendamente o Gir Leiteiro nos aspectos de venda e genética". Horta é usuário de tecnologias reprodutivas desde que iniciou na atividade – o primeiro animal Gir Leiteiro da propriedade nasceu de inseminação artificial em outubro de 1983. "Sou pequeno produtor, comecei do zero. Então, tenho que ganhar em tecnologia e me cercar de bons profissionais", afirma, destacando o apoio técnico da Emater-DF e da Embrapa.

Marcelo Toledo, superintendente técnico da Associação de Criadores de Zebu do Planalto (ACZP), filiada à Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), diz que ainda faltam políticas públicas para facilitar o acesso dos pequenos produtores à técnica. "Com o aumento da concorrência entre laboratórios, o custo da FIV tem diminuído, ficando cada vez mais acessível. Antes, você não conseguia uma prenhez por menos de R$ 800, e hoje há empresas oferecendo por R$ 400. A logística no DF é favorável e existem linhas de crédito, mas é preciso haver um trabalho direcionado para essa tecnologia", afirma.

A técnica e suas vantagens

Na FIV, oócitos (células sexuais femininas) aspirados dos folículos ovarianos de uma vaca são fecundados, em laboratório, por espermatozoides contidos no sêmen de um touro. Os embriões originados desse processo são transferidos a uma fêmea receptora, que deve ser preferencialmente novilha ou vaca de primeira cria. Por essa técnica, uma fêmea pode produzir, em média, 10 embriões, considerando-se a taxa de 50% de sucesso na fecundação. Isso permite a triagem dos animais de forma mais rápida que na IATF, técnica que gera apenas um embrião por inseminação.

A cada 15 dias, uma nova aspiração folicular pode ser feita, obtendo-se assim mais prenhezes. Como o sêmen de vários touros pode ser usado, a técnica permite variabilidade genética. "Mesmo se a vaca doadora ficar prenha, é possível fazer aspirações durante os cinco primeiros meses de gestação. Com oito aspirações em apenas quatro meses, por exemplo, obtém-se cerca de 80 embriões e 32 a 40 prenhezes, contra apenas uma prenhez para cada IATF, que vai imobilizar a fêmea por quase um ano", explica Martins.

Segundo o pesquisador, para quem seleciona genética, o uso da FIV permite um salto de três gerações em comparação à monta natural e à IATF: "É o tempo de o animal crescer e ter a primeira lactação. Para quem está formando o rebanho, a técnica é ainda mais indicada, porque você vai direto ao que há de melhor em genética, juntando a melhor fêmea provada com o melhor touro e produzindo embriões em escala".

Outra vantagem é a maior eficiência na utilização do sêmen sexado para fêmea, ferramenta muito importante para a pecuária de leite, pois proporciona cerca de 90% de chances de nascimento de animais do sexo feminino. "Você dirige o melhoramento. Com o sêmen não sexado, a chance de nascer fêmeas é de apenas 50%. Já com o sêmen sexado, aumenta a chance de o produtor obter mais fêmeas extremamente melhoradas na propriedade sem a necessidade de descartar ou vender os machos", ressalta.

Custo que compensa

Apesar de mais elevado que o da IATF, o custo da FIV com sêmen sexado de um touro de elevado valor genético é inferior ao de um animal arrematado em leilão – e que pode não ter sido avaliado em provas de genética, o que não garante a certeza de filhas produtivas. Martins explica que por R$ 2 mil, o criador pode adquirir uma prenhez de elevado valor genético, produzido com espermatozoide de um touro bem ranqueado em teste de progênie e com oócito de vaca provada. Mas ele não consegue comprar bons animais num leilão por esse preço. "É, portanto, um investimento com retorno rápido e assertivo, com quase 100% de chance de inserção de uma boa genética no rebanho", garante. "A partir do momento em que essa genética de qualidade é instituída na propriedade, o ganho é imediato. A produção pode duplicar ou triplicar com essa ação", completa Marcelo Toledo, da ACZP.

A IATF é um procedimento mais simples que a FIV e até mais barato que a própria monta natural, por eliminar a necessidade de manter touros na propriedade. O produtor pode comprar doses de sêmen de diferentes touros provados, ganhando em variabilidade genética. A desvantagem é que não há garantia de alta eficiência de prenhez quando se utiliza sêmen sexado na técnica.

Caso o criador utilize na IATF sêmen sexado de um touro provado de boa qualidade, deve desembolsar cerca de R$ 120 por dose, sendo que cada dose é inseminada em apenas uma fêmea. Martins ressalta: "A IATF não garante um rebanho com genética melhorada em curto tempo. Haverá prenhez de animais certamente superiores, mas será no máximo uma para cada inseminação. E o produtor ainda corre o risco de perder uma dose de sêmen num valor mais elevado na inseminação (que não resultar em prenhez)".

Já na FIV, a dose de sêmen sexado é maximizada, garantindo economia com o material genético do macho. Produtor e selecionador das raças Gir Leiteiro e Girolando em Paracatu (MG), a 230 km de Brasília, Rodrigo Borges passou a utilizar a técnica em 2009. Ele estima que pelo menos 60% dos animais criados e comercializados pela propriedade desde então sejam oriundos da FIV.  "Além de multiplicar animais identificados como superiores, o custo do sêmen sexado é diluído no maior número de prenhezes, já que uma dose pode ser usada em até 200 oócitos e gerar vários embriões ao mesmo tempo", diz. Outra vantagem, segundo Borges, é que a técnica dispensa o uso de hormônios nas vacas doadoras. "Nunca tive problemas de perda de vacas ou de fertilidade dos animais por causa da FIV", completa.

Além de comercializar prenhezes de Gir Leiteiro e de Girolando para diversas regiões do País, ele tem feito parcerias com pequenos produtores de Paracatu, Luziânia (GO) e Cristalina (GO) para compartilhar genética Girolando meio sangue. As fêmeas selecionadas do produtor são aspiradas e os oócitos fertilizados em laboratório. Os embriões resultantes são inseridos em vacas dos produtores parceiros. "A produção é dividida de acordo com o que cada um paga ao laboratório. É uma relação ganha-ganha, já que aumentamos o número de receptoras e os parceiros têm acesso mais facilitado à FIV", garante.

Carlos Frederico Martins salienta que o produtor que ainda não conta com animais de valor genético na fazenda não deve utilizar a FIV com o material genético do próprio rebanho, pois nesse caso a técnica não trará benefícios. Ele recomenda que o produtor primeiro identifique o material genético de um animal diferenciado no mercado, com características desejáveis, para depois iniciar o processo na propriedade.

Benefícios para a cadeia produtiva

No Centro de Tecnologias em Raças Zebuínas Leiteiras (CTZL) da Embrapa Cerrados, os trabalhos de pesquisa buscam a validação de animais de genética superior nas raças Gir, Sindi e Girolando, além de acelerar a multiplicação de animais de alta produção de leite por meio das técnicas de reprodução, entre elas a FIV.

A estratégia do CTZL é formar um rebanho forte de Zebu, com Gir, Sindi e Guzerá, que servirá de base para a formação de rebanhos mestiços, utilizando o melhor touro de uma raça com a melhor vaca de outra e vice-versa. "A ideia é testar diferentes formas de se fazer mestiços. Queremos fazer o Sindolando, animal um pouco maior, rústico e voltado à maior produção de leite, o Sinjersey, que é um animal menor, com leite rico em sólidos e com maior produção, além de um rebanho Girolando de alta produção em escala", projeta Martins.
Fonte: EMBRAPA