segunda-feira, 22 de abril de 2013

As plantas da caatinga e a seca no Sertão do Nordeste


 Imbuzeiro verde na caatinga seca
 Juazeiro verde na caatinga seca
 Mandacaru com flores na seca
Mandacaru com frutos na seca


As fotos
Nestas fotografias podemos observar uma planta de imbuzeiro e de juazeiro com suas folhas verdes. Uma planta de mandacaru com flores e frutos. As fotografias foram obtidas no município de Petrolina, PE, em 12 de abril de 2013.
Os fatos
A seca que afeta a região semiárida do Nordeste neste momento, tem apresentando características diferentes de outras secas que já ocorreram na região. Há localidades onde as chuvas têm ocorrido em quantidade suficiente para a formação de água e pastagem para os animais e outras onde os agricultores conseguiram planta e estão colhendo um pouco de feijão. Contudo, a maior parte da região semiárida esta enfrentada uma seca sem precedentes, onde falta água e alimentos para os rebanhos locais. O grande diferencial é que a água para o consumo humano tem sido fornecida, embora irregular, pelos carros-pipas. No Sertão de Pernambuco segundo a APAC (Agência Pernambucana de Água e Clima), no mês de janeiro os municípios onde foram registrados os maiores volumes acumulados foram: Moreilândia (277,0 mm), Araripina (227,0 mm), Ouricuri (199,0 mm), Exu (186,2 mm), Iguaraci (164,7 mm), Santa Cruz da Venerada (152,7 mm), Ipubi (152,0 mm), Bodocó (147,4 mm) e Afrânio (145,2 mm). No mês de fevereiro as maiores chuvas foram registradas em: Exu (69,6 mm), Araripina (57,0 mm), Santa Cruz da Baixa Verde (42,0 mm), Triunfo (34,3 mm) e São José do Egito (33,3 mm). No mês de março as maiores precipitações, foram observadas em: Araripina (174,0 mm), Quixaba (154 mm), Afogados da Ingazeira (132 mm) e Santa Teresinha (117, o mm). No mês de abril, até o momento, as maiores precipitações no Sertão foram observadas nos municípios de Araripina (23,0 mm); Moreilândia (13,0 mm); Ouricuri (46,6 mm); Exu (31,6 mm); Afrânio (112,5 mm). Como se pode observar, em alguns municípios do Sertão os volumes de chuvas são significativos, embora a seca ainda esteja causando danos severos para a agricultura e pecuária da região. No Sertão do São Francisco, especificamente no município de Petrolina, PE, até o momento choveu somente 119,2 mm, sendo 92 5 mm no mês de janeiro. Essa situação está configurando um novo panorama no Sertão, onde a vegetação começa a se representada pelas plantas nativas que tem suportado a seca como o imbuzeiro, o juazeiro, a baraúna, o mandacaru, entre outras. Para os criadores de animais do Sertão, principalmente os criadores de bovinos, é hora de sentar, pensar e planejar o futuro de seus empreendimentos neste novo cenário nordestino.

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