sexta-feira, 26 de junho de 2020

Projeto investe em cooperação com setor produtivo para inovação na caprinocultura e ovinocultura

Adilson Nóbrega - Projeto aposta na integração com setor produtivo para superar desafios na caprinocultura e ovinocultura
Projeto aposta na integração com setor produtivo para superar desafios na caprinocultura e ovinocultura
Superar, por meio da inclusão tecnológica, os principais desafios para a produção sustentável de carne, leite e produtos derivados da caprinocultura e ovinocultura e apoiar as cooperativas de modo a favorecer a geração de renda para produtores rurais no Semiárido brasileiro. Esta é a perspectiva do projeto Agronordeste Agroindústria, ação integrada da Embrapa e da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - com financiamento da SAF, do Projeto Dom Hélder Câmara e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) - no âmbito do programa Agronordeste. E, para isso, o projeto aposta em um modelo de inovação com compartilhamento de conhecimentos e informações junto a diversos atores do setor produtivo.
Nos próximos dois anos, o projeto atuará em quatro polos produtivos de cinco estados nordestinos, compondo uma rota de apoio tecnológico de mais de 3.000 km, com meta de fazer a promoção da inovação por meio da disseminação de conhecimentos, capacitando, de forma direta, 550 técnicos e produtores multiplicadores, além da montagem de 20 unidades de referência tecnológica. As capacitações já tiveram início nesta semana, com um curso de atualização tecnológica para técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Nos territórios, estes multiplicadores experimentarão o uso de soluções tecnológicas diversas desenvolvidas pela Embrapa, de acordo com a natureza das demandas locais. Entre as possibilidades previstas estão o serviço AssessoNutri, para formulação de dietas de custo acessível; a Técnica Embrapa de Inseminação Artificial em Caprinos; o plantio de forrageiras adaptadas ao Semiárido; o aplicativo Orçamento Forrageiro, para gerenciar recursos alimentares aos rebanhos; o Controle Integrado de Verminose; os modelos de sistemas agroflorestais e ILPF para a Caatinga; as boas práticas para ordenha e para fabricação de produtos lácteos; os programas de melhoramento genético de rebanhos – Capragene e Genecoc; o manejo sanitário orientado a partir das informações da plataforma CIM Zoossanitário; as ferramentas voltadas para gestão da produção do Centro de Inteligência e Mercado de Caprinos e Ovinos; a produção de lácteos a partir de tecnologias da Embrapa; as orientações para cortes especiais de carnes ovina e caprina.
O projeto pretende desenvolver um modelo de inovação tecnológica que contemple o engajamento conjunto e o compartilhamento de conhecimentos entre atores diversos do setor produtivo. A ideia é atuar em rede para adaptar escalonar soluções tecnológicas para resolver os principais gargalos tecnológicos, criando uma grande onda de inovação que vá se disseminando em outros polos produtivos. Uma primeira etapa de mobilização foi realizada no mês de maio, com reuniões realizadas de forma remota (online), que envolveram produtores rurais, técnicos extensionistas e representantes de cooperativas, associações e agroindústrias dos territórios do Cariri Paraibano, Sertão Pernambucano, Sertão dos Inhamuns (CE), Bacia do Jacuípe (BA) e Vale do Itaim (PI).
“Projetos assim só podem se dar certo se houver discussão na base, com pessoas que sabem os reais problemas e as necessidades de cada região”, avalia Mirionaldo Rodrigues, secretário-executivo da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Município de Betânia do Piauí (Ascobetania), da região do Vale do Itaim. “Temos a expectativa de que esse programa se consolide e colabore com a necessidade do produtor, que é geração de renda”, acrescenta ele.
Nas reuniões, foram destacados os eixos principais de atuação da Embrapa em cada território, a partir de demandas identificadas. Alguns dos participantes puderam reforçar demandas tecnológicas e de governança, necessárias para a superação de gargalos produtivos. “Precisamos de um controle de qualidade do leite mais arrojado, de suporte para nutrição animal, buscar melhor qualidade dos produtos e baixar custos. É preciso dar celeridade prática a tudo isso”, destaca Rubens Remígio, gerente de Negócios da Cooperativa dos Produtores Rurais de Monteiro-PB (Capribom).
Com a mobilização, a expectativa é de um projeto onde a cooperação e o compartilhamento de conhecimentos tragam mais eficiência na adoção de soluções tecnológicas. “É uma grande aliança, em que a Embrapa vem com aporte de conhecimentos e tecnologias focadas na produção de caprinos e ovinos, acumulados ao longo do tempo, mas que se soma ao conhecimento de técnicos habituados a trabalhar nesses ambientes e de conhecimentos de produtores que, há 50, 60, 100 anos vão passando de pai para filho. Será importante o olhar dessas pessoas para avaliar impacto e possíveis fatores limitantes das tecnologias”, destaca o pesquisador Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Na avaliação do produtor rural Valcyr Rios, diretor do FrigBahia, de Pintadas-BA, esta atuação conjunta em um processo de inovação tecnológica pode render resultados positivos para comércio e agroindústria na ovinocultura de corte. “Este programa chegou em momento oportuno. Estamos apostando nessa iniciativa em que, com o poder do Estado, do cooperativismo e dos produtores, tenhamos um cordeiro ideal. É uma relação em que muitos ganham: o mercado terá carne de melhor qualidade, a indústria terá um ganho de carcaça melhor”, destaca ele.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Ministro Rogério Marinho anuncia R$ 75 milhões para trens no RN



O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, cumprirá uma série de compromissos no estado do Rio Grande do Norte, tanto na capital quanto em municípios do interior, nestas quarta (24) e quinta-feira (25). A agenda envolve vistorias técnicas a barragens, destinação de R$ 75,7 milhões para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Natal, inauguração de uma estação ferroviária em Parnamirim e reunião com a governadora do Estado, Fátima Bezerra.
A primeira parada da quarta-feira, no entanto, será em território paraibano, próximo à divisa com o Rio Grade do Norte. O ministro acompanhará o andamento das obras da Barragem Santa Rosa dos Padres, na cidade de Brejo do Cruz (PB), às 8h45. A infraestrutura fornecerá água para a região e também servirá para a o cultivo da piscicultura.
Já em solo potiguar, às 10h, Rogério Marinho visitará a Barragem Passagem das Traíras e anunciará o repasse de R$ 549 mil para serviços de modernização e recuperação da infraestrutura, executados pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). A construção fica entre as cidades de Caicó, Jardim do Seridó e São José do Seridó, integra a bacia do Rio Piranhas-Açu e é uma das mais importantes do estado.
Na sequência, às 11h, o titular do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) vistoria o andamento das obras na Barragem Oiticica, em Jucurutu (RN), que está sendo construída com recursos da União e contrapartidas do governo estadual. A infraestrutura deve ser finalizada até o fim deste ano e terá capacidade para garantir segurança hídrica a mais de 2 milhões de pessoas.
Às 14h30, Marinho sobrevoará a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, reservatório recuperado pelo Dnocs para receber as águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco no Rio Grande do Norte.
Na Região Metropolitana de Natal, Rogério Marinho irá inaugurar, às 16h30, a nova Estação Ferroviária de Parnamirim e anunciará a destinação de R$ 75,7 milhões para a implantação de duas novas linhas da CBTU e reparos de vagões do sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) e aquisição de uma nova locomotiva.
Por fim, às 18h30, o ministro se reúne com a governadora do Estado, Fátima Bezerra, no Palácio de Despachos de Lagoa Nova.
Já na manhã de quinta-feira (25), o ministro visitará obras em Natal que estão sendo construídas com repasses do Ministério do Desenvolvimento Regional. As vistorias serão feitas no projeto de contenção de encostas da Praia de Ponta Negra; nas instalações de serviços de saneamento nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul; nas obras de drenagem, pavimentação e revitalização no bairro Planalto; e na construção do Túnel Arena das Dunas. A agenda terá início às 7h30, com a presença do prefeito Álvaro Dias.
SERVIÇO
Viagem do ministro Rogério Marinho ao Rio Grande do Norte
24 DE JUNHO

- Visita à Barragem Santa Rosa dos Padres
Horário: 8h45
Local: Barragem Santa Rosa dos Padres, em Brejo do Cruz (PB), próximo à divisa com o Rio Grande do Norte


- Vistoria e anúncio de liberação de recursos para a Barragem Passagem das Traíras
Horário: 10h
Local: Barragem Passagem das Traíras, em Caicó (RN)


- Visita técnica à Barragem Oiticica
Horário: 11h
Local: Barragem Oiticica, em Jucurutu (RN)


- Sobrevoo à Barragem Engenheiro Armando Ribeiro
Horário: 14h30
Local: Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em Assú (RN)


- Inauguração da Estação Ferroviária de Parnamirim e anúncio de recursos para a CBTU
Horário: 16h30
Local: Estação Ferroviária de Parnamirim
Endereço: Av. Dr. Luiz Antônio, 6, Centro - Parnamirim (RN)


- Reunião com a governadora Fátima Bezerra
Horário: 18h30
Local: Palácio de Despachos de Lagoa Nova
Endereço: BR-101, Km 0, Lagoa Nova - Natal (RN)

25 DE JUNHO

- Vistorias técnicas: obras de contenção de encostas da Praia de Ponta Negra; instalações de serviços de saneamento nos bairros Nossa Senhora da Apresentação e Lagoa Azul; obras de drenagem, pavimentação e revitalização no bairro Planalto; intervenções no Túnel Arena das Dunas
Horário: a partir das 7h30


Fonte: Portal Grande Ponto

Nuvem de gafanhotos continua a se deslocar em direção ao Uruguai, informa serviço argentino ao Mapa

Grupo de trabalho permanece em situação de alerta e mobilização. Até o momento, é pouco provável que a nuvem avance em território brasileiro
O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) informou hoje (24) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que a nuvem de gafanhotos, em movimento dentro do território argentino, está se dirigindo rumo ao sul daquele país, em direção ao Uruguai, conforme a previsão inicial. De acordo com os dados meteorológicos para a região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável - até o presente momento - que a nuvem avance em território brasileiro.
No entanto, grupo de trabalho do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa permanece em situação de alerta e mobilização, em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, assim como as unidades de vigilância agropecuária do  Ministério localizadas na fronteira com o Rio Grande do Sul.
Com base neste cenário, estão sendo trabalhadas estratégias passíveis de adoção para um eventual surto da praga no Brasil, caso ocorram alterações climáticas favoráveis ao deslocamento da nuvem de gafanhotos para o nosso país.
O deslocamento da nuvem de gafanhotos pode ser acompanhado por meio de mapas atualizados pelas autoridades argentinas, no link:https://geonode.senasa.gob.ar/maps/1806
Medidas
Desde 2015, a formação de nuvens desses insetos nos países vizinhos da Bolívia, Paraguai e Argentina, tem ocorrido de forma relativamente frequente. Em virtude destes registros, o Mapa está, entre outras medidas, trabalhando na elaboração de um manual de orientações de ações de controle da praga, direcionado aos produtores rurais e aos órgãos estaduais de defesa agropecuária e de extensão rural.
Espécies
São várias as espécies de gafanhotos que causam prejuízos econômicos no Brasil. Entretanto, duas espécies merecem destaque pelos danos causados: Rhammatocerus schistocercoides e Schistocerca cancellata.
Da espécie Schistocerca cancellata, que compõe a nuvem presente agora na Argentina, foram várias infestações nos anos de 1938, 1942 e 1946, de focos originários da Argentina que ingressaram pela região Sul do Brasil, alcançando os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais. Atualmente, voltaram a causar danos na Bolívia, Paraguai e Argentina.
Da espécie  Rhammatocerus schistocercoides ocorreram várias infestações entre os anos de 1984 e 1992, de focos originários de áreas indígenas do Brasil, alcançando 12 estados da federação: BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, MA, PI, PA, RO e MT. Atualmente, essa espécie se mantém em sua fase solitária e não apresenta perigo.
Diversos fatores podem originar o aumento das populações de gafanhotos, como climáticos (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica acumulada), assim como predadores, parasitóides e doenças.

A recuperação judicial do produtor rural como uma saída para a crise de Covid-19



O novo coronavírus está provocando impactos em todo o planeta e em todos os seguimentos econômicos mundiais, não há situação imune. Por evidente, o mercado agropecuário não passaria incólume às consequências da pandemia. Afinal, contratos de commodities estabelecem, de um modo geral, relações jurídicas e econômicas de longa duração e envolvendo o dispêndio de valores significativos para as partes contratantes.

"O Brasil já está dentro do Mapa da Fome", denuncia ex-presidente do Consea


A pandemia do novo coronavírus, que já causou mais de 51 mil mortes no Brasil e uma crise socioeconômica sem precedentes, fez com que a latente ameaça da insegurança alimentar dos últimos anos se tornasse realidade para as populações mais pobres do país. 
No ano passado, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) havia alertado que o Brasil poderia voltar a ser incluído no Mapa da Fome, ou seja, na relação de países que têm mais de 5% da população ingerindo menos calorias que o recomendável. Desde 2014, o país já havia deixado essa lista.
A estimativa do Banco Mundial é que cerca de 5,4 milhões de brasileiros atinjam a extrema pobreza, chegando ao total de 14,7 milhões de pessoas até o fim de 2020, ou 7% da população. 
“O Brasil já está dentro do Mapa da Fome. Vamos ter que fazer todo um esforço de reconstrução. Esperamos que um dia se reponha a participação social no país, de forma que possamos, novamente, sair do Mapa da Fome, e oferecer condições de alimentação com comida de verdade para nossa população”, afirma Francisco Menezes, ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Apesar do peso inegável da covid-19, na avaliação de Menezes, o vírus não pode ser apontado como o único responsável pelo cenário desastroso. Ele explica que há uma evidente piora no combate à fome e extrema pobreza no Brasil desde 2016, resultado das políticas neoliberais adotadas desde então, com destaque para o desmantelamento das políticas de segurança alimentar e nutricional.
Entre elas, a extinção do próprio Consea, responsável pelo controle social e participação da sociedade na formulação, monitoramento e avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional assim que Bolsonaro chegou ao governo. 
 
PECUÁRIA

Sucesso da criação de caprinos e ovinos exige cercamento eficaz da propriedades

A criação de caprinos e de ovinos tem crescido no Brasil

A criação de caprinos e de ovinos tem crescido no Brasil. Concentradas no Nordeste, a caprinocultura conta com mais de 11 milhões de animais; forte no Nordeste e também na região Sul, a ovinocultura tem mais de 19 milhões de ovinos espalhados pelo território nacional, de acordo com o IBGE. "Essas duas atividades têm se profissionalizado cada vez mais, o que é positivo para a economia, especialmente porque ajuda a fixar o homem no campo e a fomentar a economia regional", afirma o analista de mercado da Belgo Bekaert, Danilo Moreira.
De acordo com o especialista da Belgo Bekaert, o fortalecimento da cadeia produtiva de caprinos e ovinos está diretamente ligado à padronização de abatedouros especializados para as duas espécies bem como de laticínios, no caso dos caprinos, processo que vem sendo observado nos últimos anos. "Essa profissionalização é exigência do mercado. Os criadores precisam fazer a sua parte para contribuir com o suprimento da demanda de carne e leite, sem deixar de considerar as características regionais e, principalmente, as necessidades naturais dos rebanhos".
Cerca de 80% da produção de caprinos estão concentrados em quatro estados: Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará. A Bahia também é líder na criação de ovinos, com 22% do rebanho. O Rio Grande do Sul é o segundo colocado, com 17%. Em seguida, aparecem Pernambuco, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, comprovando a força da caprino-ovinocultura na região.
Para Danilo Moreira, zootecnista formado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), a profissionalização das propriedades de caprinos e ovinos exige eficácia no cercamento, tanto para proteção quanto para garantir o bem-estar dos animais. Dedicada a oferecer modernas tecnologias para os criadores brasileiros, a Belgo Bekaert disponibiliza a Tela Belgo Campestre Carneiro, ideal para fazendas de caprinos e ovinos, inclusive utilizada para cercamento da sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Sobral (CE).
"A Tela Belgo Campestre Carneiro é ideal para animais de médio porte, como caprinos e ovinos. Com alta durabilidade, é de fácil instalação e manutenção, garantindo a segurança das fazendas. Essa cerca pronta conta com espaçamentos inteligentes, proporciona alto retorno econômico para os criadores e está disponível para venda online na loja de nossa parceira ArcellorMital (https://loja.arcelormittal.com.br/cercas)", finaliza Danilo Moreira.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves atinge 65,95% da sua capacidade.

A barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (foto), localizada no leito do rio Piranhas-Açu e a maior coleção hídrica potiguar, continua recebendo aporte hídrico mesmo com o fim da quadra chuvosa no interior do RN.
O reservatório acumula 1.565.139.675 m³, o que corresponde a 65, 95% da sua capacidade total que é 2.373.066.510 m³, conforme apresentou o Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais - monitorados pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) - divulgado nesta segunda-feira (22).
Antes, o volume da represa era de 1.562.430.780, correspondentes a 65,84%, aponta informação da assessoria de imprensa do Instituto, em Natal.
As reservas hídricas superficiais totais do estado somam 2.485.327.772 m³, que representam em termos percentuais, 56,78% do total de água que os 47 reservatórios monitorados pelo Igarn conseguem acumular juntos.
Em comparativo com o último relatório, divulgado no dia 16 de junho, o acumulado do estado estava em 2.485.347.559 m³, que correspondiam aos mesmos 56,78% do total das reservas do RN, reforça a nota proveniente do órgão de comunicação do Igarn, em Natal.

Mapa e CBI lançam Plano de Investimento para Agricultura Sustentável

Objetivo é dar maior visibilidade ao cenário de oportunidades de investimento verde no agronegócio brasileiro
Os sucessivos aumentos de produção e produtividade, obtidos a partir da utilização de modernas tecnologias e práticas sustentáveis no campo, contribuem para impulsionar o mercado de títulos verdes no Brasil. A avaliação consta do Plano de Investimento para Agricultura Sustentável lançado nesta terça-feira (23) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Climate Bonds Initiative (CBI), durante o webinar “Destravando o Potencial de Investimento Verdes para Agricultura no Brasil”.
O plano foi elaborado para fornecer maior entendimento e visibilidade sobre o cenário de oportunidades de investimento verde no agronegócio brasileiro. A CBI é a principal autoridade mundial no tema e a única certificadora global de títulos verdes.
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lembra que o plano nasceu a partir da assinatura de um protocolo entre o Mapa e a CBI em novembro do ano passado, em Nova York. “Queremos ser protagonista desta nova tendência. Daí a importância de se fortalecer esse mercado de finanças verdes no Brasil, que é uma potência agroambiental, comprometida com a sustentabilidade”, afirmou.

A ministra citou medidas que têm tornado a agropecuária brasileira uma das mais sustentáveis do mundo, como a produção em áreas degradadas sem a necessidade da abertura de novas áreas, o que possibilita a preservação de 66% da vegetação nativa nacional, e tecnologias de sustentabilidade desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a criação de animais sadios a partir de sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Precisamos do desenvolvimento das finanças verdes do agro como forte indutor da concretização deste cenário”, afirmou.
Segundo a ministra, os investimentos verdes podem alcançar cifras bilionárias no Brasil, levando em conta que o capital de giro para movimentar atividades agropecuárias se aproxima de US$ 100 bilhões por ano. O montante aumenta ao se considerar todo o agronegócio, como a produção de insumos, logística, industrialização e comercialização.
No webinar, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, destacou que o governo federal dispõe de uma carteira de investimentos em infraestrutura bastante robusta, e que todos os projetos já incluem na fase de planejamento a perspectiva da sustentabilidade, como uso menor de combustível fóssil no transporte de cargas. “Tenho certeza que a nossa inserção na questão da sustentabilidade e na obtenção de títulos verdes será um sucesso”, disse.
Já o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apontou que a governança sustentável passou a ser tema na agenda de todos os Bancos Centrais do mundo. Segundo Campos Neto, o Brasil tem um grande potencial nas finanças  verdes, que precisa ser desenvolvida. Ele citou, por exemplo, que somente 20% das emissões de carbono do país são precificadas. “As políticas de governança influenciam nos investimentos. Nós podemos e devemos participar mais deste mercado”.
Para a presidente do Banco UBS no Brasil, Sylvia Coutinho, o Brasil dispõe de todas as condições para se tornar o líder mundial em investimentos verdes, destacando a Lei 13.986, que torna os títulos de crédito do agronegócio mais simples, menos burocráticos e flexíveis para o mercado financeiro verde.  A executiva mencionou que uma pesquisa com 3 mil investidores de 85 países revelou que os investidores brasileiros lideram ranking como os mais estão atentos ao tema ao destinar recursos para empreendimentos. “O Brasil tem os maiores ativos ambientais do planeta e o mais competitivo agronegócio do planeta”.  
De acordo com o diretor de investimentos do PGGM (fundo de pensão da Europa), Jeroen Verleum, o país necessita capacitar os investidores para ampliar a aplicação de recursos nas finanças verdes.
A diretora-executiva da CBI, Justine Leigh-Bell, ressaltou que os investimentos verdes no Brasil podem crescer em grande escala, por meio de melhor visibilidade dos segmentos aptos para investimento. “Estamos na direção certa, mas há muito trabalho a ser feito. Eu tenho expectativa de que haverá muito sucesso por parte do Brasil”.

Sustentabilidade
Os resultados expressivos do mercado agropecuário brasileiro - maior exportador de carne bovina, aves, soja, café, suco de laranja, açúcar – já o transformaram no segundo maior mercado de títulos verdes da América Latina e Caribe. O país representa 34% da emissão na região, somando quase US$ 6 bilhões.
O primeiro título verde do país foi emitido em junho de 2015 e, desde então, já são 25 títulos emitidos. “Mas é um mercado no Brasil ainda incipiente, considerando o potencial do setor. Há inúmeras oportunidades, mas essas precisam ser identificadas e promovidas, incluindo os tipos de ativos e projetos que podem ser classificados como aptos para financiamento verde”, afirma José Ângelo Mazzillo Jr, secretário-adjunto da Secretaria de Política Agrícola do Mapa.
No cenário global, esse volume, somente em 2019, chega a emissão recorde de aproximadamente US$ 260 bilhões. No acumulado, desde 2013, são US$ 800 bilhões, segundo o Plano de Investimento para Agricultura Sustentável.
O plano é resultado dos esforços desenvolvidos pelo Mapa e a CBI por meio de consultas a representantes de governo federal, de entidades de classe e do setor agrícola.
Políticas
Nas últimas quatro décadas, aponta o Plano, o Brasil implementou várias práticas agrícolas sustentáveis, como o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e a fixação biológica de nitrogênio, conduzidas pelo Ministério da Agricultura. O plantio direto, por exemplo, foi adotado na produção de soja e milho, melhorando a fertilidade do solo e diminuindo o uso de fertilizantes químicos.
A adoção do Código Florestal e o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) têm sido vitais para a expansão de uma agricultura sustentável. Por meio do aumento da produtividade agrícola e da adoção de boas práticas e tecnologias, apenas 7,8% do território brasileiro - 66 milhões de hectares - são destinados à produção agrícola.
Uma avaliação do Plano ABC, que completa 10 anos em 2020, mostra que as tecnologias de baixo carbono foram implementadas em 59 milhões de hectares, cerca de 25% da área utilizada para atividades agropecuárias. A expansão dessas tecnologias e outras práticas agrícolas aumentará a produtividade e a eficiência e, consequentemente, elevará o número de novas oportunidades de investimento. O uso de pastagens de baixa produtividade para fins de cultivo é outra alternativa para aumentar a produtividade e a eficiência.
Entre outras práticas e técnicas já presentes na agricultura nacional para aumentar a eficiência e a produtividade está a utilização de biofertilizantes e biodefensivos. O país já conta com uma política nacional de bioinsumos. A Embrapa desenvolveu diferentes iniciativas de baixo carbono para a produção de carne bovina, como a Carne Carbono Neutro (CCN) e a Rede ILPF.
Expansão
Para fortalecer o crescimento do mercado de capitais verde no Brasil, o plano elenca uma série de medidas a serem adotadas como a expansão do plano (política) e do programa (crédito)ABC. Uma das diretrizes é a adoção de novas tecnologias para aumentar a produtividade, máquinas, armazenamento, insumos, além de permitir uma maior implementação de práticas existentes.
Outro ponto será necessário aperfeiçoar a regulamentação infra legal da matéria, a fim de criar os incentivos adequados para melhorar o ambiente de negócios e facilitar o acesso do produtor ao mercado de capitais. A promoção de mecanismos de melhoria de crédito, de instrumentos como seguros e mecanismos de compartilhamento de perdas serão providências importantes para alavancar capital público e atrair investidores privados.

Nuvem de gafanhotos vinda da Argentina se aproxima do Brasil


Uma nuvem de gafanhotos que vem da Argentina se aproxima da fronteira brasileira, alertaram nesta terça-feira, 23, autoridades dos dois países.
Os gafanhotos passam pela região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira com o Brasil, alertou a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) e do Ministério da Agricultura, em nota emitida nesta terça-feira, 23.
Segundo o monitoramento climático que vem sendo realizado pelos especialistas argentinos, a nuvem deve seguir em direção ao Uruguai. Mesmo assim, considerando a proximidade com a região fronteiriça, autoridades regionais foram acionadas para orientar e monitorar os agricultores no estado do Rio Grande do Sul, diz a nota.
O ministério da Agricultura recebeu o alerta do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).


Uma live para discutir a importância do mapeamento e interpretação dos solos no Nordeste

 
solos do nordeste - webinarSerá nesta quinta feira, – 25/6 – o webinar “Mapeando e interpretando o Nordeste do Brasil”, acontece às 16 horas, e será transmitido pelo canal da Embrapa no Youtube. O encontro é coordenado pela Embrapa Solos (RJ), em parceria com a Embrapa Semiárido (PE), que faz parte das comemorações dos 45 anos dos dois centros de pesquisa. Os debates vão girar em torno da importância dos trabalhos de mapeamento e interpretação das potencialidades dos solos e mostrará resultados de sucesso já alcançados na Região, especialmente com os zoneamentos agroecológicos.
A moderação do seminário virtual ficará a cargo do pesquisador Flávio Adriano Marques, coordenador-substituto da Unidade de Execução de Pesquisa da Embrapa Solos em Recife (UEP-Recife) e que se dedica principalmente ao levantamento e classificação de solos e a estudos da matéria orgânica do solo.
Os debatedores serão Margareth Simões, pesquisadora que atua na sede da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro (RJ), em temas ligados à Geoinformática aplicada às Geociências, com ênfase em sensoriamento remoto, sistema de informações geográficas, análise espacial, monitoramento ambiental e agrícola e modelagem do uso da terra; José Coelho, pesquisador que trabalha na UEP-Recife em zoneamentos agroecológicos, levantamento de solos, diagnóstico ambiental e classificação de terra para irrigação; e Tony Jarbas, pesquisador da Embrapa Semiárido que se dedica aos zoneamentos agroecológicos, estudos ambientais, capacidade de uso da terra, potencial de terras para irrigação, substâncias húmicas, solos antropogênicos, matéria orgânica e solos antrópicos antigos.
Os especialistas irão refletir sobre a importância do zoneamento agroecológico para o desenvolvimento sustentável da região Nordeste, mostrando como esse instrumento técnico-científico, construído a partir do conhecimento das potencialidades e vulnerabilidades ambientais de determinada região, pode subsidiar políticas públicas ao indicar, por exemplo, a aptidão das terras para o uso agrícola. Os pesquisadores também responderão a perguntas feitas pelos internautas durante o webinar. Você pode participar acessando o endereço abaixo.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Cuidados também com o Produtor Rural-Covid 19

Considerando o cenário de perigo iminente diante da atual situação epidemiológica do novo coronavírus na China e a confirmação da disseminação da doença em outros países, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), acaba de lançar uma nota técnica, protocolo clínicofluxo de atendimento.
O objetivo é alertar os profissionais de saúde quanto a possíveis casos sintomatológicos de doença respiratória que tenham histórico de viagem para as áreas de transmissão nos últimos 14 dias e que atendam à definição de caso suspeito do novo coronavírus.
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo - como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Os principais sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios: tosse, febre e dispneia (dificuldades ao respirar). Não existe tratamento especifico para infecções causadas por coronavírus humano. Dependendo do caso algumas medidas podem ser adotadas para alivio dos sintomas, como uso de medicamento para dor e febre. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar ou descartar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
A Sesap orienta aos profissionais de saúde que todo caso suspeito deverá ficar mantido em isolamento respiratório e deve ser notificado de forma imediata pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/RN).
As precauções recomendadas para o público em geral são:
  • Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de 20 segundos, ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes;
  • Ficar em casa quando estiver doente;
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel descartável, jogando-o no lixo após uso;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou garrafas);
  • Evitar aglomeração de pessoas;
  • Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
  • Evitar viagens à China e países com transmissão local do vírus, neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.

Mais produtividade para o feijão de corda com a adubação racional

   
feijao de corda - plantaçãoO manejo racional da adubação do solo com maiores doses de fósforo e zinco aumenta expressivamente a qualidade nutricional e a produtividade do feijão-de-corda (Vigna unguiculata), também conhecido como feijão-caupi e feijão macassar. Um estudo do pesquisador Francisco Brito, da Embrapa Meio-Norte (PI), revelou que as aplicações de doses dos minerais no solo elevou o teor de proteína bruta nos grãos em 8,3%, alcançando o valor máximo de 30,3%, percentual considerado alto para a cultura. A maioria das cultivares atinge 22% de proteína bruta, segundo Brito.
O outro resultado importante da pesquisa e que animou o cientista foi a produtividade de grãos. A adubação gerou um retorno líquido cerca de três vezes maior em comparação às lavouras que não receberam o fertilizante. O experimento revelou um valor máximo de 1,8 tonelada por hectare em regime de sequeiro. A média de produtividade de variedades de feijão-caupi em ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU), que é o protocolo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para registro de cultivar, alcançou até 1,6 tonelada por hectare, também sem irrigação. As que mais se destacaram foram: BRS Guariba (1,4 tonelada), BRS Imponente (1,3 tonelada), BRS Itaim (1,6 tonelada) e BRS Aracê (1,2 tonelada).
A pesquisa com o manejo racional da adubação foi desenvolvida com a cultivar BRS Imponente, lançada pela Embrapa em 2016. Os experimentos foram conduzidos em um solo classificado como Latossolo Amarelo Distrocoeso, de textura média, nos municípios de Magalhães de Almeida, no cerrado leste do Maranhão, a 409 quilômetros de São Luís; e Parnaíba, no litoral do Piauí, a 370 quilômetros de Teresina.