segunda-feira, 6 de julho de 2020

 
DESENVOLVIMENTO

“Nordeste será o próximo polo do agro”, diz ministra

Aposta é em assistência técnica para aumentar produtividade
A ministra Tereza Cristina aposta que o Nordeste deve ser a próxima região de desenvolvimento de sucesso no Brasil. Com uso de tecnologia e assistência técnica é possível aproveitar as características e a posição privilegiada da região para aumentar a produtividade. Esse é o foco do Programa Agronordeste. Lançada no ano passado a iniciativa quer impulsionar o desenvolvimento econômico, social e sustentável do meio rural de 230 municípios dos nove estados da região e parte de Minas Gerais, impactando 1,7 milhão de pessoas.
“Temos que fazer uma política especial para o Nordeste brasileiro. Nós já temos várias ilhas de excelência, mas temos que democratizar e massificar essa tecnologia para que chegue a um número maior de produtores rurais”, disse.
Com apoio do Banco do Nordeste, que lançou R$ 8,26 bilhões no Plano Safra para 590 mil produtores da região, os setores de inovação, energia solar, irrigação, pesca, aquipesca, devem receber incentivo para financiamento e juros mais baixos, especialmente os agricultores familiares, mini, pequenos e médios produtores rurais.
A região responde, atualmente, por 21,6 milhões de toneladas de grãos, em 8,1 milhões de hectares, incluindo algodão, soja, milho e arroz.  É a região que mais planta feijão, com 1,5 milhão de hectares. Também é destaque em ovino e caprinocultura e fruticultura, entre outras atividades.

domingo, 5 de julho de 2020

Barragem de São Vicente

 Quem esteve ontem na cidade de Fernando Pedroza, foi o Deputado Federal Benes Leocádio. Benes veio entregar um ônibus a Prefeitura Municipal através de uma emenda de sua autoria. Na oportunidade solicitou o projeto da Barragem de São Vicente para a devida atualização financeira. através do DNOCS, Os pedrozenses ficaram bastante satisfeitos e ansiosos pela construção da obra prometida a anos.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Febre Aftosa-Urgente

O IDIARN acaba de informar, que a vacinação contra aftosa, foi prorrogada até o dia 31 de julho do corrente ano. O prazo seria até 30 junho passado, mas, em virtude do baixo índice de vacinação, o governo resolveu adiar mais uma vez a vacinação.

Os Prazos: vacinação até 31.07.2020;
Declaração do rebanho: durante o mês de agosto 2020.


 

EMPARN participa da 1a Exposição Agropecuária Virtual


A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte- EMPARN- participa, de 04 a 12 de julho, da 1a Exposição Agropecuária Virtual do RN. A ação é uma iniciativa do Governo do RN, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca do RN, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE/RN e a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte – FAERN.
Tourinhos e matrizes com a genética e a qualidade da EMPARN já reconhecidas pelo público estarão à venda pelo aplicativo da Agrobatida, disponível gratuitamente na Play Store e Apple Store, empresa especializada em venda de animais, plataforma digital escolhida para abrigar o evento.
Serão 12 animais sendo 10 bovinos e 02 jumentos pêga. Entre os bovinos estão 02 tourinhos Guzerá; 01 tourinho e 01 matriz com um bezerro ao pé Sindi; 02 tourinhos e 01 matriz Pardo Suiço; e 02 tourinhos e 01 matriz Gir Leiteiro.
O interessado em comprar deve baixar o aplicativo Agrobatida(http://onelink.to/34zswj), disponíveis gratuitamente na Play Store ou Apple Store fazer o cadastro e acessar o pavilhão dos animais que lhe interessar.
Pelo aplicativo o comprador, que não paga comissão pela compra, visualiza todas as informações sobre o rebanho, com fotos, vídeos e até genealogia do animal. O app disponibiliza um chat para esclarecer qualquer dúvida.
Programação Científica
A 1a ExpoVirtual contará com diversos especialistas da agropecuária em webinars abordando conteúdos relacionados ao setor. O primeiro deles acontece no sábado (04), às 16h, com o tema: Alimentação Animal no Semiárido: Recursos Forrageiros e Meios de Conservação será apresentado pelos dos pesquisadores da Emparn, Emater e Senar.
Na ocasião o pesquisador, Embrapa/Emparn Guilherme Ferreira Costa Lima vai expor sobre os "Caminhos para o desenvolvimento e expansão da palma forrageira no RN"; o pesquisador Embrapa/Emparn, Marcone César Mendonça Chagas vai tratar da “Cochonilha-de-escama em palma forrageira: conheça a praga e o seu manejo de controle”; o pesquisador da Emater, Manoel Neto, falará sobre “Passos para uma silagem de qualidade" e o subtema “Fenação - Reserva estratégica de forragem para o período seco”, será apresentado pela pesquisadora do Senar- Adelílian Baracho.
A programação científica do evento contará ainda com outros temas como registro de queijeiras, SISBI, vacinação animal e crédito rural. A exibição será feita simultaneamente pelos perfis do youtube do Governo do RN, Sebrae, Senar e TV Cheiro da Terra, sempre às 16h.

Banco do Brasil anuncia a destinação de R$ 103 bilhões para a safra que inicia hoje

A ministra Tereza Cristina destacou a parceria histórica da instituição com o setor agropecuário brasileiro
PlanoSafraBB.jpg

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quarta-feira (1º) do lançamento do Plano Safra do Banco do Brasil, que terá R$ 103 bilhões disponibilizados para o setor. A ministra lembrou que o Banco do Brasil é parceiro histórico e fundamental do governo no Plano Safra. “Quero agradecer ao presidente Rubem Novaes por dar continuidade a essa longa e frutífera parceria entre o Banco do Brasil e a agropecuária brasileira, vital para o desenvolvimento econômico do país”.
Destacando os números gerais do Plano Safra lançado pelo governo, Tereza Cristina disse que os recursos vão garantir a continuidade da produção no campo e o abastecimento de alimentos no país durante e após a pandemia do novo Coronavírus. “Por isso a importância do credito mais abundante e com juros mais baixos. Não tenho duvidas de que a agropecuária brasileira vai fazer a diferença, gerando empregos e divisas para o nosso país”. Para a safra 2020/2021, que inicia hoje, foram destinados R$ 236,3 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional, um aumento de R$ 13,5 bilhões em relação ao plano anterior.
Tereza Cristina disse que espera que os produtores tenham facilidade na contratação do crédito. “O Mapa fez essa conversa com muitas instituições para que esse ano pudesse agilizar. Foram muitos detalhes conversados durante a confecção desse Plano Safra. Espero que a gente possa encaminhar mais rápido, para que os produtores possam comprar melhor os insumos para o seu custeio e aqueles que queiram investir também já fazer o seu planejamento nas várias linhas que tem no Plano Safra”.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, destacou que os produtores rurais têm sido essenciais para que o país possa enfrentar as adversidades dos últimos meses. “Temos muito orgulho de apoiar a agropecuária brasileira, um setor que a cada dia, a cada safra, se supera demonstrando pujança e protagonismo no cenário mundial. A força dos nossos produtores rurais é orgulho para todo o Brasil”, disse.
Novaes destacou que, na safra 2019/2020, o BB aplicou um volume recorde de recursos para crédito, chegando a R$ 92,5 bilhões. “É o maior desembolso da história do Banco do Brasil em um Plano Safra”, disse.  
Plano Safra Banco do Brasil
O Banco do Brasil vai disponibilizar R$ 103 bilhões para o setor na safra 2020/21, que tem início hoje. Desse valor, R$ 10,3 bilhões serão destinados para as agroindústrias e R$ 92,7 bilhões para o crédito rural - R$ 64,6 bilhões vão financiar a safra da agricultura empresarial, R$ 14,4 bilhões para os médios produtores e R$ 13,7 bilhões para a agricultura familiar.
Ao apresentar os números do Plano Safra do BB, o vice-presidente de Agronegócios e Governo, João Rabelo, também anunciou que o Banco vai destinar nesta safra um incremento de R$ 2,5 bilhões em recursos próprios para o Programa Moderfrota, que possibilita a modernização de tratores agrícolas e outros equipamentos. “Nós achávamos que esse programa precisava de mais recursos, por isso conversamos com o Banco do Brasil, que se comprometeu em colocar mais recursos para essa linha que é muito bem sucedida”, comemorou a ministra Tereza Cristina.
O Banco do Brasil vai operar com as taxas anunciadas no Plano Safra do Ministério da Agricultura. Pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contam com juros que variam de 2,75% e 4% ao ano para custeio e comercialização. Para os médios produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros praticadas foram reduzidas para 5% ao ano - ante 6% na safra anterior. Para os grandes produtores, a taxa de juros será de 6% ao ano.
Rabelo destacou que o Banco vai continuar investindo na parceria com o produtor rural. "Essa é a nossa razão de ser. Foi assim que o Banco do Brasil foi criado, nós sabemos a importância do produtor rural para o país e para o povo brasileiro”, concluiu.
Caern suspende abastecimento de água em Angicos e mais 7 cidades da Região Central Nesta quarta-feira (1º), a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) deu início a uma manutenção corretiva no conjunto motor bomba responsável pelo abastecimento de oito cidades da Regional Sertão Central. São elas: Angicos, Fernando Pedroza, Pedro Avelino, Lajes, Caiçara do Rio do Vento, Pedra Preta, Jardim de Angicos e Riachuelo. Além das comunidades de Cachoeira do Sapo, que é município de Riachuelo e de Mulungu, pertencente à Santana do Matos. O equipamento apresentou um vazamento na sua conexão com a adutora Sertão Central Cabugi, na Estação de Bombeamento 1, localizada na cidade de Itajá. O fornecimento de água foi suspenso e a previsão da companhia é que o conserto seja concluído até às 18h desta quarta-feira, quando o abastecimento será retomado imediatamente. Já o prazo de normalização, ou seja, para que todos os imóveis estejam abastecidos é de até 48 horas, observa informação da assessoria de imprensa da estatal. Postado por F Damião como montar uma loja virtual
Caern suspende abastecimento de água em Angicos e mais 7 cidades da Região Central Nesta quarta-feira (1º), a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) deu início a uma manutenção corretiva no conjunto motor bomba responsável pelo abastecimento de oito cidades da Regional Sertão Central. São elas: Angicos, Fernando Pedroza, Pedro Avelino, Lajes, Caiçara do Rio do Vento, Pedra Preta, Jardim de Angicos e Riachuelo. Além das comunidades de Cachoeira do Sapo, que é município de Riachuelo e de Mulungu, pertencente à Santana do Matos. O equipamento apresentou um vazamento na sua conexão com a adutora Sertão Central Cabugi, na Estação de Bombeamento 1, localizada na cidade de Itajá. O fornecimento de água foi suspenso e a previsão da companhia é que o conserto seja concluído até às 18h desta quarta-feira, quando o abastecimento será retomado imediatamente. Já o prazo de normalização, ou seja, para que todos os imóveis estejam abastecidos é de até 48 horas, observa informação da assessoria de imprensa da estatal. Postado por F Damião como montar uma loja virtual
 
LEITE

Comportamento do mercado de leite no Brasil reflete desajuste entre oferta e demanda

Pandemia adiciona mais variáveis que influenciam o mercado de leite
A pandemia do novo coronavírus tem desafiado a cadeia produtiva de lácteos que, segundo os especialistas, passa por movimentos bruscos. Primeiro, houve elevação nos preços dos produtos lácteos devido aos movimentos de consumo logo após o início do isolamento social. Para o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Carvalho, assim que a crise teve início, ocorreu uma elevação na demanda, aumentando os preços do leite UHT e do leite em pó, que durou até o fim de março. Em um segundo momento, que perdurou até meados de maio, ocorreu a regularização do consumo e a reorganização da captação e do mix de produtos pelos laticínios, privilegiando o leite UHT e o leite em pó, segundo Carvalho. “A indústria agiu rapidamente e os preços se normalizaram, mas depois começaram a cair”, conta.
Os derivados do leite seguiram caminhos diferentes. O analista da Embrapa Denis Rocha informa que produtos como a muçarela e diversos tipos de queijo, cujo  consumo depende muito de estabelecimentos comerciais como restaurantes, bares e pizzarias, foram fortemente afetados pelo fechamento dos canais de alimentação fora do lar. “A consequência foi a queda de preços desses produtos, puxando para baixo o mercado 'spot' (comércio de leite entre laticínios) e até mesmo o leite UHT foi afetado”, relata Rocha.
Essa dinâmica de preços se refletiu no pagamento do leite ao produtor, que caiu 5% em maio. Para atenuar o impacto negativo sobre a rentabilidade, naquele mês também houve uma ligeira queda nos custos de produção (veja quadro abaixo). Já na segunda quinzena de maio, Rocha relata que “o mercado virou novamente, com forte valorização de preços, que vem se sustentando até este momento”. Para o especialista, isso se deve, principalmente, à baixa disponibilidade interna de leite e ao aquecimento da demanda, fortalecida pela liberação do auxílio emergencial do governo, beneficiando mais de cinquenta milhões de brasileiros, cujos recursos recebidos foram usados basicamente para a alimentação. “Tal valorização refletiu positivamente no pagamento de junho e nova alta deverá ocorrer em julho,” acredita Carvalho.
Menos leite 
Em meio à desorganização provocada pela pandemia, o pesquisador alerta que alguns fatores devem ser monitorados: “Estimativas do Banco Central apontam queda de cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Já são visíveis os reflexos negativos sobre os empregos e a renda da população, o que pode estabelecer um teto no preço de lácteos ao consumidor”. Rocha completa: “Ainda há grandes incertezas quanto à retomada da atividade econômica no País, o importante agora é manter a cautela na tomada de decisões”.
Fora a pandemia, o fato de haver menos leite no mercado também influencia na direção em que os preços devem seguir. A nota de conjuntura publicada em junho pelo Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa aponta quatro fatores que contribuem para a baixa disponibilidade do produto no mercado: o período de entressafra na produção nacional; a piora na rentabilidade do produtor (que faz com que descartem vacas e reduzam a produção); problemas climáticos; e queda nas importações.
O primeiro fator se deve a razões sazonais. Os meses de maio a junho são o período de menor produção de leite no Brasil. O volume de leite produzido diariamente em maio fica em torno de 10% menor que a média anual. Neste ano, a produção ainda está sendo penalizada pela alta nos custos, puxados principalmente pelos gastos com concentrado. 
Quanto ao clima, o Rio Grande do Sul sofreu com eventos de seca no início do ano, comprometendo a produção. Já a respeito do volume das importações, os índices estão 39% mais baixos que em 2019 e a balança comercial de lácteos representa uma queda na oferta de quase 200 milhões de litros de leite. Portanto, o momento econômico dificulta estabelecer horizontes mais claros, mas não é exclusivo da cadeia produtiva do leite. 
BALANÇA COMERCIAL

Agro puxa exportações do Brasil em junho

País registrou superávit comercial recorde, de US$ 7,5 bilhões. O Ministério da Economia divulgou nesta quarta-feira (01) os dados de importações e exportações de junho. O país fechou com saldo positivo de US$ 7,5 bilhões, acima do que se projetava para junho, que estava na casa de US$ 6,95 bilhões.
As importações caíram 27,4%. Em produtos agropecuários que entraram em território brasileiro a queda foi de 15,6%. As exportações também caíram, 12% em comparação com o mesmo período do ano passado. A exceção é o setor do agronegócio cujas vendas tiveram alta de quase 30% (29,7%) no mês.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

VEREADOR CHICO IVO COBRA SOLUÇÕES AO DEPUTADO BENES PARA A CONSTRUÇÃO DA RN LAJES CERRO CORÁ

O vereador Chico Ivo atendendo ao pedido dos condutores de veículos do município de Lajes e cerro corá solicita ao Deputado Federal Benes Leocádio deputado federal mais atuante do Brasil,  que desenrole a construção do asfalto da RN 203 que liga lajes a cerro cora.

Pois a situação da estrada no momento estar crítica e quase  intransitável.
é muitos veículos que transitam na citada RN 203 todos os dias.
As pessoas que residem nos assentamentos nas fazendas que vem para a cidade todos os dias.

Entre essas pessoas estão muitos vendedores de frutas e verduras que se descolam de cerro cora para Lajes e vise versa,o Vereador Chico Ivo pede providencias por parte do Deputado Benes junto ao Governo Federal para a construção da citada RN.




Mapa finaliza sistema para registro nacional de equipamentos agrícolas

A plataforma, que deve ser lançada em agosto, permitirá o registro oficial de tratores e equipamentos agrícolas, sem custo para o produtor rural.
Plataforma AGID.jpg
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentou nesta terça-feira (30), em videoconferência com o Instituto Pensar Agro, a Plataforma Nacional de Registro e Gestão de Tratores e Equipamentos Agrícolas (AGID). O sistema, que deve ser lançado até a primeira semana de agosto, permitirá o registro oficial de tratores e equipamentos agrícolas, sem custo para o produtor rural.  A Plataforma está sendo desenvolvida em conjunto com o Instituto CNA, por meio de um acordo de cooperação técnica. 
Com o registro, será possível ter um documento único com identificação geral do veículo e histórico de donos. Assim, em caso de roubo e furto, será possível compartilhar informações com instituições policiais para averiguações e investigações de casos suspeitos.
O registro também facilitará as operações financeiras de compra, venda, financiamento e seguro e também a comunicação de sinistros. Quando lançada, a plataforma estará disponível na versão web e em aplicativos IOS e Android.
Participaram da apresentação a ministra Tereza Cristina, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, e o diretor de Inovação, Cleber Soares, além de parlamentares e representantes da CNA. 
A Lei nº 13.154/2015 e a Resolução Contran nº 587/2016 estabelecem que os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas fabricados a partir de 1º de janeiro de 2016, desde que facultados a transitar em via pública, são sujeitos ao registro, em cadastro específico do Ministério da Agricultura.

Reabertura das atividades econômicas exige responsabilidade das empresas ou haverá retrocesso na retomada

A governadora Fátima Bezerra disse em entrevista coletiva nesta terça-feira, 30, que o início da retomada gradual das atividades econômicas programada para esta quarta-feira, 1º de julho, é uma decisão tomada com base nas análises feitas pelo Comitê Científico de assessoramento ao Estado na pandemia, que apontam a redução da taxa de transmissibilidade e a ocupação de leitos. "Esses indicadores orientam a retomada gradual e segura das atividades após mais de 100 dias do primeiro decreto com as medidas de proteção no enfrentamento ao novo coronavírus", afirmou.

A chefe do Executivo estadual alertou que as medidas restritivas continuam valendo. "Carreatas, passeatas, manifestações que gerem aglomerações continuam proibidas e o governo será rigoroso na fiscalização", disse, conclamando os prefeitos e autoridades municipais a fortalecerem o Pacto Pela Vida. O Governo vai fiscalizar o cumprimento das normas e protocolos sanitários pelas empresas na realização de suas atividades e dará todo suporte através dos órgãos da segurança pública, do Procon RN e da Vigilância Sanitária às prefeituras que devem somar nesta fiscalização. Os municípios com mais de 15 mil habitantes devem definir horários para o funcionamento do comércio e do transporte público.

Fátima Bezerra ressaltou que o momento não é de liberação geral. O plano que começará a ser executado estabelece a retomada gradual das atividades e precisa contar com o comprometimento dos empresários, trabalhadores e poderes para que as normas de sanitárias e de distanciamento social sejam cumpridas.

“Precisamos manter o esforço concentrado, através do Pacto pela Vida, para que possamos dar este passo de retorno às atividades com segurança. Ainda não vivemos tempos de normalidade. A situação requer cautela e há a necessidade imperiosa de mantermos o distanciamento e o isolamento social associados ao uso obrigatório da máscara", reforçou governadora.

O plano de reabertura gradual das atividades econômicas do Governo do RN tem como base uma proposta apresentada pelos setores produtivos representados por federações como as do Comércio e da Indústria. "Portanto, os empresários também devem somar neste esforço cumprindo as regras sanitárias e medidas protetivas, orientando e fornecendo insumos de prevenção aos empregados. A retomada deve ser muito organizada e responsável para que não tenhamos um retrocesso, como ocorreu em outros Estados. Se houver aumento da contaminação e da ocupação de leitos não hesitaremos em voltar a restringir as atividades para proteger a vida das pessoas. Nosso Governo não abre mão da defesa da vida. Tomamos esta decisão com muita responsabilidade para retomada consistente e gradual", afirmou a governadora.

RETOMADA REQUER OBEDECIMENTO DE REGRAS

O coordenador do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN e integrante do Comitê Cientifico de assessoramento ao Governo do RN, professor Ricardo Valentim, também enfatiza que o momento é de o setor produtivo e toda a população obedecerem às regras para retomada gradual das atividades.

“O Comitê Científico monitora diariamente o comportamento da pandemia. Devemos agir com cautela e cuidado. O momento é também de reforçar as ações do Pacto pela Vida para que não seja preciso retroagir caso haja mudança do quadro de transmissibilidade e ocupação de leitos", explicou, para acrescentar que "se aumentar a taxa de transmissibilidade, que vem reduzindo, se houver aumento da demanda por leitos, e se não houver compromisso com as medidas sanitárias a suspensão das atividades vai voltar mais rígida. Não é ‘liberou geral’. É uma liberação gradual e muito cuidadosa, com planejamento e medidas sanitárias".

EMPRESAS ORIENTAM SEUS FUNCIONÁRIOS

Também durante a coletiva de imprensa, o professor Juciano Lacerda, do Programa de Pós-graduação em Estudos de Mídia da UFRN e integrante do Comitê Científico destacou a co-responsabilidade do setor produtivo na implementação da retomada. Ele alertou que é preciso que as empresas trabalhem com a sociedade para que pessoas não interpretem que está tudo liberado, como ir à praia. As medidas de proteção continuam em vigor. “Nas cidades onde houve a retomada, nos primeiros dias a população foi em massa às ruas e houve agravamento da situação. Não queremos isso”, lembrou. Juciano considera importante que as empresas e instituições devem atuar através dos seus canais de comunicação nas redes sociais divulgando mensagens educativas, cuidados que devem continuar sendo adotados e informando sobre como cada segmento vai funcionar.

LEITOS

O Governo do RN continua investindo para ampliar a assistência aos casos de Covid-19 e já disponibilizou 415 leitos exclusivos para tratamento da doença. São 214 UTIs e 201 leitos clínicos em todo o Estado. Nos últimos 15 dias foram instalados mais 42 leitos de UTIs na rede estadual e nos próximos dias serão abertos mais 67, sendo 15 no Hospital João Machado, 10 no Hospital Walfredo Gurgel, mais 10 em Macaíba, outras 10 em Assu, 5 em João Câmara, mais 5 em Currais Novos, 5 em Santo Antônio, 5 em São Gonçalo e 2 em Caicó.

APOIO AOS MUNICÍPIOS

Sobre o apoio governamental aos municípios, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), Francisco Araújo, explicou que as Polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros Militar irão atuar na fiscalização e atenderão as solicitações para que sejam respeitadas as medidas protetivas e o distanciamento social. "Lembramos que a retomada gradual das atividades econômicas não suspende a proibição de aglomerações, prática de esportes coletivos e festas. Isto ainda não é permitido e o sistema de segurança irá atuar para garantir o avanço na retomada das atividades e a saúde coletiva. O Pacto pela Vida continua", disse Araújo.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS

O secretário adjunto da Saúde Pública (Sesap), Petrônio Spinelli, confirma que há no RN nesta terça-feira 46.427 casos suspeitos de pessoas com Covid-19, 30.010 confirmados, 1.034 óbitos (3 nas últimas 24 horas) e 167 óbitos em investigação.

Há nos hospitais das redes públicas e privadas 731 pessoas internadas, sendo 372 em leitos críticos. A taxa de ocupação geral é de 93,7% de leitos críticos, sendo que no Oeste (Mossoró) e em Guamaré este índice chega a 100%. O percentual continua próximo da totalidade em Natal (97,3%), mas reduz em Caicó (79,3%) e em Pau dos Ferros (63%).

Na fila de regulação, 30 pacientes esperam leitos de UTI e há 10 vagas disponíveis. "A população precisa entender que as condições que fizeram a melhoria ainda tímida da pressão por leitos e redução da taxa de transmissibilidade do vírus só podem ser sustentadas se o isolamento for mantido. A responsabilidade é de todos", encerrou Spinelli.

Condições climáticas diminuem em curto prazo os riscos dos gafanhotos migratórios invadirem o RS





Paulo Lanzetta - Gafanhoto migratório poderá voltar a voar se temperaturas se elevarem na região Sul e tem um tempo de vida média de dois meses. Embrapa junto ao Mapa, Secretaria Especial da Presidência da República e órgãos do setor de defesa fitossanitária estão em estado de alerta.
Gafanhoto migratório poderá voltar a voar se temperaturas se elevarem na região Sul e tem um tempo de vida média de dois meses. Embrapa junto ao Mapa, Secretaria Especial da Presidência da República e órgãos do setor de defesa fitossanitária estão em estado de alerta.
Entomologista da Embrapa fala das características do inseto e seu comportamento ao dar suporte técnico para plano de defesa fitossanitária no Brasil
 

O início da semana, entre os dias 22 a 27 de junho,é foi marcada por mensagens divulgadas em redes sociais e veículos de comunicação de ocorrência de uma nuvem de gafanhotos, que invadiram lavouras agrícolas argentinas. A grande preocupação do setor agropecuário brasileiro é a chegada dos insetos ao Brasil. Até a quinta-feira, dia 25, os gafanhotos estavam a 150 km de distância da fronteira brasileira. Já na sexta-feira, dia 26, o risco de invasão do inseto diminuiu em função das precipitações e principalmente da queda de temperatura. A Embrapa possui especialistas e está ajudando um grupo de entidades ligadas ao setor ao prestar informações técnicas do gafanhoto Schistocerca cancellata.
O entomologista Dori Edson Nava, representando o Núcleo de Fitossanidade da Embrapa Clima Temperado, unidade de pesquisas localizada em Pelotas/RS, tem prestado inúmeras entrevistas e esclarecimentos sobre o fato para veículos de comunicação, a nível nacional e internacional. Ele tem colaborado em explicar como isso ocorreu, como é o comportamento do inseto, e quais ações estão sendo adotadas pelos órgãos responsáveis pela defesa fitossanitária para atender o setor agropecuário e da população em geral.
Riscos de Invasão
Segundo o pesquisador, até a quinta-feira, dia 25, os dados recebidos eram que a nuvem de insetos estava estacionada ´na Argentina, na província de Corrientes e ao norte da província de Santa Fé. Com o vento vindo da direção Sul, a tendência era de a nuvem se deslocar para o centro de Santa Fé e para Córdoba. A presença de uma frente fria, que chegou nesta região, mudou a direção dos ventos, soprando do Norte. "Hoje, dia 26, o que se tem de previsão é que teoricamente eles estariam estacionados sobre as províncias citadas e dificilmente levantariam voo, uma vez que a temperatura está abaixo de 20ºC e, portanto, fazendo com que tal fenômeno de formação da nuvem não volte a acontecer", declarou.
Temperaturas quentes
Nava explica que as temperaturas elevadas são um estímulo para que o inseto  realize essa migração. “A migração é estimulada pela falta de alimento, aliada com temperaturas próxima de 30°C, pois eles precisam aquecer o corpo. Como as temperaturas máximas devem se manter abaixo de 20º C, o risco diminui consideravelmente", diz.
Regiões com possibilidade de invasão
Caso haja essa migração dos gafanhotos, as regiões a serem atingidas no Brasil seriam a Fronteira Oeste do RS com a Argentina, nos municípios de Uruguaiana e São Borja, ou pela Fronteira Sul, mas antes seria necessário que o inseto invadisse o território uruguaio, para depois migrar para o Rio Grande do Sul, através de cidades fronteiriças como Quaraí e Santana do Livramento.

Culturas agrícolas em risco
O pesquisador informa que todas as culturas de grãos (arroz, milho, soja, feijão) já foram colhidas no Estado gaúcho e o que há é o cultivo de cereais de inverno, onde as plantas ainda são pequenas. "Nosso grande problema seriam áreas de pastagens que são usadas para produção pecuária", destacou. Conforme ele, o gafanhoto possui cerca de 400 hospedeiros e irá se alimentar de plantas cultivadas e nativas. "Ele não irá selecionar, ele irá atacar o que houver de material vegetal disponível, devido ao hábito voraz do inseto. A perda da pastagem ao que tudo indica será total no local onde os insetos pousarem", explica.
Preparação dos produtores
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), junto com as Secretarias de Agricultura dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina publicaram no Diário Oficial a portaria 201, de 24/06/2020, que se refere ao estado de emergência fitossanitária, o qual prevê a elaboração de um plano para controle, tanto da utilização de inseticidas – em caráter de urgência – quanto a métodos de aplicação. “Caso a nuvem seja muito extensa, há a necessidade de realização de aplicações com uso de aviões agrícolas, pois provavelmente ao pousar o gafanhoto irá ocupar áreas acidentadas geograficamente", observa.
A Embrapa, através de seus pesquisadores, está disponibilizando o conhecimento técnico-científico para as entidades envolvidas neste planejamento de emergência fitossanitária. “Estamos prestando informações sobre o inseto, suas características e comportamento para que os métodos de controle e as formas de aplicação sejam adequadas e eficientes”, destaca.
A Embrapa possui uma coletânea de insetos para estudo e suporte técnico-científico no seu controle, que está armazenada e disponível para pesquisadores, no Laboratório de Entomologia. Nessa vitrine há exemplares desse gafanhoto migratório, que foi coletado em 1947, em Pelotas, quando o município teve uma invasão da nuvem de gafanhotos. Esse exemplar foi coletado pelo Dr. Andrej Bertels e está armazenado na coleção entomológica Andrej Bertels.
A nuvem de gafanhotos
É uma nuvem estimada em 10 km2, e que se encontra no momento estacionada. Com as condições climáticas desfavoráveis para os gafanhoto voltarem ao processo de migração, o que ocorrerá com os gafanhotos é que morrerão pelas práticas de controle, ou serão fonte de alimento para predadores, ou irão se dispersar localmente, podendo formar nuvens menores ou mesmo se reproduzirem nesse local. “Dificilmente, com temperaturas baixas haverá migração. Mas é necessário o monitoramento dessa nuvem, porque caso volte a subir a temperatura, eles voltarão a voar”, alerta.
A nuvem é considerada um fenômeno natural, embora extraordinário pelo fato de ocorrer de tempos em tempos. O local onde surgiu o gafanhoto foi no Tchaco Argentino e parte da Bolívia, sendo monitorada pelas autoridades fitossanitárias, as quais observaram o crescimento da população do gafanhoto. “Esse crescimento culminou em 2019. Como esse tipo de gafanhoto tem o hábito de se agregar, ele voa em grupos e formam essas nuvens. Provavelmente, o nível populacional desse inseto aumentou em função das condições climáticas favoráveis (altas temperaturas e pouca chuva, o suficiente para o crescimento das plantas que serviram de alimento). Assim, com uma grande quantidade de insetos, culminou com a falta de alimento e com as altas temperaturas, e ainda, as secas registradas nessa área, houve a necessidade deles migrarem em busca de alimento e condições para procriação, essa combinação de alta população, falta de alimento e condições climáticas favoráveis desencadeou o processo migratório”, argumentou.
O gafanhoto
Segundo Nava, o gafanhoto é do filo Artropoda, classe Insecta, ordem Orthoptera e família Acrididae. A espécie se chama Schistocerca cancelatta. É conhecido como gafanhoto migratório sul americano, não tem cor vistosa, podendo ter uma tonalidade marrom escura. Chegam a medir cerca de 7 a 8cm, na fase adulta, já na fase jovem evoluem do tamanho de um mosquito até atingir entre 4 e 5cm. Podem viver cerca de dois meses. Os machos são menores que as fêmeas. Eles não são preocupação para o aparecimento de doenças, não trazendo seu contato prejuízos para os humanos. "Ele não ataca as pessoas. Pode ser, que caso a nuvem de gafanhotos pouse num povoamento ou cidade, ele cause transtorno para as pessoas andarem e para a movimentação dos veículos", esclarece. Esse gafanhoto passa por três estágios de desenvolvimento: ovo, ninfa (jovem) e adulto.
Ciclo de vida do inseto
As fêmeas fazem a postura no solo e os ovos são colocados numa espécie de estojo, chamado de ooteca (vários ovos colocados num mesmo local). Desses ovos, eclodem as ninfas. As ninfas têm cinco instares de desenvolvimento. Conforme avança o desenvolvimento das ninfas, há um aumento do consumo de folhas. Elas consomem mais folhas que os adultos. No estágio jovem eles não têm asas desenvolvidas mas possuem o terceiro par de pernas do tipo saltatório (a locomoção é por meio de saltos), por isso a partir do terceiro instar são chamadas de saltões, locomovendo-se por pequenas distâncias. É nessa fase que se deve fazer o controle. “Sempre na fase das ninfas e nunca na fase de adultos, porque esses emergem e acasalam  e se movimentam a longas distâncias, desfavorecendo as aplicações de inseticida. As fêmeas podem colocar entre 100 a 150 ovos durante sua vida", afirma o pesquisador.
Segundo ele, esses gafanhotos migratórios têm a capacidade de se agregar, diferentemente de outras espécies que vivem de forma solitária. Os adultos se alimentam de 400 espécies vegetais. Ao migrarem, os adultos podem chegar a percorrer cerca de 150 Km por dia, dependendo da velocidade do vento.
Controle dos gafanhotos
O controle desses gafanhotos deve ser preferencialmente realizado na fase jovem. Na fase adulta, as aplicações de produtos devem ser realizadas quando não estão em movimento. Existem inseticidas químicos e biológicos que podem ser utilizados para o controle. "Em muitos casos se utiliza aviões agrícolas para aplicação dos produtos devido aos locais que os mesmos ficam, normalmente em áreas de difícil acesso". Ele destaca que a aviação agrícola no Brasil surgiu em Pelotas/RS, quando o Estado foi atingido por uma nuvem de gafanhotos, da mesma espécie, vinda da Argentina, em 1947.
As unidades da Embrapa localizadas no Rio Grande do Sul, o MAPA (Superintendência do RS) e a Secretaria Especial da Presidência da República, estão em alerta máximo para, em caso de necessidade, prestar auxílio no combate da praga,  por meio de monitoramento via satélite, treinamento em práticas de aplicação de inseticidas e uso da aviação agrícola .