terça-feira, 30 de maio de 2023

 

A tendência da produção de peixes no Brasil

   

O Brasil é um dos países com maior potencial mundial de crescimento da piscicultura em águas continentais. Isso se deve ao fato de possuir não apenas a maior reserva de água doce do mundo, mas também uma grande oferta de grãos para produção de rações e uma cadeia produtiva já bem estruturada.  Empresas que atuam há décadas em outros segmentos de proteína animal – como aves e suínos – agora investem na cadeia da tilápia como forma de diversificar seus investimentos. Na região oeste do Paraná, algumas cooperativas de agricultores já são grandes produtores de tilápia, operando no mesmo sistema de verticalização utilizado na produção de frango de corte. Além da produção já consolidada, há perspectiva de crescimento da demanda, tanto no mercado interno quanto no externo.

O consumo de pescado no Brasil ainda é baixo – cerca de 9,5 kg por habitante ao ano–; no entanto, espera-se um aumento a longo prazo. Com relação às exportações, a perspectiva é de aumento de volumes, principalmente de produtos congelados de tilápia. Há uma tendência de crescimento do número de países importadores à medida que novos mercados se abrem. Por exemplo, várias empresas exportadoras de tilápia já possuem a certificação Halal, que dá acesso a diversos mercados em países islâmicos.

Mesmo com enorme potencial, a avaliação científica é de que a piscicultura brasileira é uma atividade com menos de uma década de existência e enfrenta diversos gargalos importantes, como alto custo de produção, alta burocracia nos processos de licenciamento ambiental e necessidade de tecnologias para produzir espécies nativas.

Para Pedroza, o setor produtivo está gradativamente ampliando suas estruturas. “Além disso, a Embrapa é uma das instituições que vem realizando pesquisas para minimizar gargalos tecnológicos, por meio de ações como análise genética da   Plataforma  Aquaplus ), tecnologias para melhoria da qualidade da alimentação, reprodução e melhoramento genético de espécies nativas e plataformas digitais para inteligência em aquicultura”, relata.

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