terça-feira, 6 de novembro de 2018

Integração da lavoura com a pastagem, bom para ambas


O título deste artigo sinaliza os potenciais benefícios da prática de integrar as atividades de lavoura com as de pecuária no processo produtivo agrícola, favorecendo a oferta de grãos, carnes e fibras a um custo mais baixo, dado o sinergismo que se estabelece entre a lavoura e a pastagem. O sistema integração lavoura-pecuária (ILP) é praticado desde os primórdios da agricultura, mas sem o apoio da pesquisa, que só iniciou trabalhos efetivos na área a partir dos anos 90. A pesquisa ainda é pouca por causa do alto custo dos experimentos (necessidade de muitos animais e extensas glebas de terra) e à sua longa duração.

A ILP é um sistema de produção agrícola que envolve a rotação de culturas agrícolas - em geral grãos - com pastagens, resultando em melhoria das características físicas e químicas do solo, além do aumento da sua atividade biológica e a quebra do ciclo de pragas e doenças das culturas tradicionais. Outra vantagem do sistema, é o de permitir a diversificação da produção e o uso mais racional de insumos, máquinas e mão-de-obra na propriedade. 
No Brasil, o Sistema ILP tem como objetivos principais a recuperação de pastagens degradadas, a melhoria das condições físicas e biológicas do solo, a produção de forragem para alimentação animal, a redução dos custos de produção e o aumento da diversificação de atividades agrícolas.

Uma das modalidades de ILP bastante conhecida e difundida é o sistema Santa Fé, representado pelo consórcio de uma cultura produtora de grãos (geralmente ‘o milho), com uma forrageira - via de regra, uma braquiária - para a produção de pasto na entressafra ou de cobertura morta para apoiar o sistema de plantio direto. Para evitar a competição da forrageira com a lavoura, o sistema recomenda estabelecer a forrageira alguns dias depois da lavoura, ou semeá-la a uma profundidade maior que as sementes da cultura ou, ainda, usar um herbicida supressor na forrageira para retardar o seu desenvolvimento.
Boa parte das pastagens brasileiras apresentam de médio a alto grau de deterioração, e recuperá-las pelos métodos tradicionais de preparo do terreno, calagem e fertilização é muito oneroso, o que faz da estratégia de recuperar a pastagem em conjunto com o consórcio de culturas de grãos, uma alternativa econômica e eficiente. O sistema associa o baixo risco da atividade pecuária, com a possibilidade de alta rentabilidade na produção de grãos.

Os produtores rurais dificilmente são igualmente eficientes nas atividades agrícola e pecuária. Por essa razão, ou eles se dedicam à agricultura ou são pecuaristas, o que dificulta a execução da ILP com perfeição. Mas esse cenário de dedicação exclusiva a uma ou outra atividade tem mudado nos últimos tempos e cada vez mais produtores rurais estão apostando na integração de ambas as atividades, principalmente os pecuaristas, ansiosos por recuperar a um custo menor suas pastagens de baixo rendimento.
Apesar de ser mais difícil para um pecuarista se adaptar ao sistema de ILP, isso poderia ser facilitado por meio de arranjos contratuais entre pecuaristas e agricultores, onde um cuida das plantas e o outro dos animais, resultando em benefício para ambos. Já existem iniciativas em andamento, onde o pecuarista cede gratuitamente a terra com pastagem degradada para o agricultor recuperá-la e devolvê-la com pastagem melhorada. O lucro do agricultor fica por conta dos grãos colhidos na fase de recuperação da capacidade produtiva do solo e o pecuarista ganha pelo posterior aumento da produtividade das pastagens melhoradas.

Com a integração lavoura-pecuária ganha o agricultor, cuja lavoura aumenta a produtividade de grãos e fibras após um ou mais anos de pastagem e ganha o pecuarista, cujos animais produzirão mais carne após um ou mais anos de lavoura. Esta alternância interrompe a sobrevivência de pragas e doenças, principalmente nas lavouras.

O drama do agricultor brasileiro para enfrentar o El Niño que se aproxima


el niño 1O fenômeno climático pode interferir na distribuição das chuvas e consequentemente no desenvolvimento e na produtividade das lavouras no ciclo 2018/2019. Nesse sentido, o agricultor precisa estar preparado e atento para seguir um programa de manejo fitossanitário correto e alcançar uma boa produtividade.
O El Niño, que é um fenômeno de aquecimento do oceano Pacífico equatorial que, no Brasil, acaba provocando chuvas intensas no sul e seca no nordeste. “Está previsto a ocorrência de El Niño a partir de novembro e dezembro, podendo atuar ao longo do verão. Não deve ser tão forte como o registrado em 2015/2016, que foi o mais intenso dos últimos anos. Desta vez, é um fenômeno mais fraco e de curta duração”, explica o agrometeorologista da Climatempo João Castro.
O El Niño pode deixar as chuvas irregulares no Centro-Oeste. Esse fenômeno faz com quem em uma mesma propriedade as chuvas atinjam de forma satisfatória somente uma parte da área plantada. No Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), esta irregularidade pluviométrica pode ser mais acentuada. Já na região Sul, a situação é oposta, com possibilidade de chuvas acima da média, principalmente no Rio Grande do Sul. O El Niño também pode deixar as temperaturas mais elevadas em todo o país em comparação com a primavera e o verão anteriores.
Apesar de ser um El Niño de fraca intensidade, há motivos para o agricultor se preocupar. “O produtor rural precisa prestar atenção às tendências de curto prazo (15 dias), mas também não pode descuidar da previsão de longo prazo, para que sejam tomadas decisões importantes no momento certo” afirma Castro.
Com a alteração do regime de chuvas, o produtor de soja  deve ficar mais atento ao manejo fitossanitário da lavoura. “A estiagem favorece a incidência de pragas, plantas daninhas e doenças de final de ciclo, por isso o produtor deve ser assertivo no momento do plantio e ficar atento ao bom tratamento de sementes e a utilização de fungicidas eficientes e com diferentes mecanismos de ação, determinante para o alto rendimento”, afirma Sérgio Abud, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

“Para o controle de plantas daninhas de difícil controle, é importante rotacionar herbicidas com diferentes ingredientes ativos para evitar problemas de resistência aos produtos”, explica Hélio Cabral Costa, gerente de marketing soja da BASF.

O queijo de búfala da ilha do Marajó é feito de forma artesanal e rico em substâncias para a saúde

queijo de búfala 1Originário da Ilha do Marajó que fica a 87 km de Belém do Pará e ocupa uma área de 50 mil quilômetros quadrados, o queijo de búfala é feito totalmente de forma artesanal e é considerado um símbolo do Marajó. Além do destaque para o cenário paradisíaco da ilha, a região foi contemplada pela presença do animal que possui uma força descomunal: búfalo. O animal é o símbolo do Marajó, fornecendo tradição, carne, couro e leite. O leite que é transformado em queijo, receita centenária e diferenciada, motivos pelo qual ganham força no estado do Pará.
Para preservar essa a tradição realizada há mais de 200 anos na região, alguns agricultores e produtores rurais se dedicam com entusiasmo à produção do queijo de búfala. É o caso de Marcus e Cecília Pinheiro iniciaram na Fazenda São Victor, a produção de queijo do Marajó. Marcus explica que o queijo do Marajó é produzido de forma simples, mas preservando a qualidade e os benefícios de uma alimentação saudável, uma vez que não têm conservantes, e com 100% de leite de búfala, fatores que justificam a qualidade deste produto, que pode ser facilmente encontrado em supermercados e restaurantes do Estado.
“A produção do queijo inicia geralmente no dia anterior, através da filtragem e desnate do leite, sendo utilizados em média sete litros de leite de búfala para fabricação de um quilo de queijo do Marajó. Em seguida, ele é levado para um tanque no qual fermentará espontaneamente. Horas depois é efetuado o corte da coalhada e eliminação do soro. A etapa seguinte (que pode se repetir até quatro vezes) é a retirada da acidez, e nessa fase, é preciso acrescentar leite à massa, que posteriormente será aquecida espremida. Nesse estágio, o queijo adquire consistência e é realçado na cor branco”, explica Marcus.
Na fase final do processo, Cecília garante que alguns manejos são cruciais para garantir a qualidade e sabor do queijo. “Algumas etapas são efetuadas até que, na fase final, é aplicado o resfriamento para posteriormente, a moagem da massa, que é aquecida de novo e com o uso de uma colher é agitada até a fusão atingir a consistência desejada. Na sequência, enformamos em recipientes próprios e embalamos à vácuo”, complementa.

O queijo de búfala tem muitos nutrientes. O leite de búfala tem 59% a mais de cálcio que o leite de vaca, alto teor de proteína (10% mais proteína do que o leite derivado de vaca). Vitaminas A e C também são encontradas em quantidades significativas. Considerado mais gordo e proteico, tem em média 8% de gordura e 30% a menos de colesterol, contribuindo consideravelmente à saúde vascular. Além disso, contém potássio, que é um bom vasodilatador e pode ajudar a baixar a pressão arterial e prevenir o desenvolvimento de aterosclerose e outras complicações coronárias. Outra comprovação favorável do leite de búfala é a indicação do dobro da quantidade de CLA (Ácido Linoleico Conjugado) – substância anticancerígena, que atua ainda, sobre os efeitos secundários da obesidade, arteriosclerose, diabetes.


Seara e 16 instituições assinam Termo de Posse do Comitê de Conflitos Fundiários



 
 
Com o objetivo de mediar, conciliar e solucionar, de forma justa e pacífica, os conflitos em matéria rural, 17 instituições irão assinar o Termo de Posse e Compromisso do Comitê Estadual de Resolução de Conflitos Fundiários Rurais (CERCFR). A solenidade será realizada nesta terça- feira (06), às 11h, na Governadoria, Centro Administrativo do Estado.
 
De acordo com decreto de março deste ano, a coordenação do Comitê ficará sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara), e será composto por representantes do Gabinete Civil, Sesed, Sethas, Sape, PMRN, PGE, Incra, ALRN, OAB, Fetarn, Fetraf, Ufersa, UFRN, Coeduci, MST e sociedade civil.
 
"Estamos em um momento conjuntura onde existe a necessidade premente de acreditar e intensificar o diálogo como elemento fundamental para superação de conflitos, que envolve partes interessadas, pessoas e instituições. Por isso, a relevante importância da criação do comitê, que se pautará na mediação observando as diretrizes da preservação do direito à vida e à dignidade humana; a observância dos direitos sociais à moradia e ao trabalho e da função social da propriedade", explica o secretário Raimundo Costa.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

 Idiarn: Órgão lança segunda etapa da campanha contra febre aftosa






Algodão

Algodão: exportação cai 2,91% em volume e sobe 5,91% em receita

No acumulado dos dez primeiros meses de 2018, o Brasil exportou 502,1 mil toneladas de algodão
     
O Brasil exportou em outubro 163,0 mil toneladas de algodão, 2,91% menos que em igual período do ano passado, quando foram embarcadas 167,9 mil toneladas. Em receita, as vendas externas da pluma renderam US$ 282,8 milhões, 5,91% acima dos US$ 267 milhões faturados em outubro de 2017.

Conforme os dados divulgados nesta tarde de quinta-feira, 1, pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), em relação a setembro o resultado é positivo, com aumento de 124,5% no volume (72,6 mil toneladas em setembro/2018) e 121,8% na receita (US$ 127,5 milhões em setembro/2018).

No acumulado dos dez primeiros meses de 2018, o Brasil exportou 502,1 mil toneladas de algodão, com receita de US$ 870,7 milhões.
O preço médio da tonelada de algodão exportada em outubro foi de US$ 1.735,20, ante US$ 1.757,00 em setembro deste ano e US$ 1.590,60 em outubro do ano passado.

Milho

Ciep autoriza 100 mil toneladas de milho para o Vendas em Balcão da Conab

Ciep autorizou a venda de até 100 mil toneladas de milho em grãos, para atendimento aos pequenos criadores de aves, suínos, bovinos, ovinos e caprinos
O Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) autorizou a venda de até 100 mil toneladas de milho em grãos, para atendimento aos pequenos criadores de aves, suínos, bovinos, ovinos e caprinos, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A Resolução nº 3, com data de 15 de outubro, foi publicada nesta quarta-feira (31) no Diário Oficial da União. O quantitativo é válido para a venda em todo o país, nas unidades da Companhia que operam o Programa de Vendas em Balcão (ProVB).

Os limites para compra permanecem os da resolução de fevereiro de 2018, que estabelece 10 toneladas para as regiões Nordeste e Norte, e de 14 toneladas para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul por beneficiários/mês. Já o preço para a venda será baseado nos valores do mercado atacadista local.
A venda dos estoques de milho pelo ProVB só pode ocorrer com a autorização do Ciep, mas com a grande demanda pelo milho da Conab no programa ao longo deste ano, a Companhia já havia atingido o limite máximo de venda que havia sido autorizado anteriormente, de 200 mil toneladas.

A demanda suplementar de 100 mil toneladas mostrou-se necessária em virtude do contexto político e econômico do país, incluindo a paralisação dos caminhoneiros ocorrida entre maio e junho, que gerou impacto sobre o abastecimento do milho. Também houve aumento da procura pelo agravamento da seca na região Nordeste, com quebra de safra, redução da oferta e consequente aumento dos preços praticados nos mercados locais. Essa conjuntura ampliou consideravelmente a busca dos pequenos criadores pelo ProVB.
Com esta nova autorização do Ciep, a Companhia retomará as operações em todo o país. A Conab já programou novas operações de frete para dar continuidade ao abastecimento de milho no país, dando prioridade às regiões que possuem forte demanda ou que estejam com os estoques reduzidos.



Horário de verão

Horário de verão aumenta a produtividade no campo

Com o ajuste nos relógios, os produtores conseguem estender a sua rotina de trabalho
     
O horário de verão de 2018 inicia na primeira hora deste domingo (4). À meia-noite, os moradores de 10 estados e do Distrito Federal devem adiantar o relógio em uma hora. O horário adiantado em uma hora em relação ao horário normal ficará em vigor até a meia noite do dia 15 de fevereiro de 2019. O ajuste vale para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal). 

Com o ajuste nos relógios, os produtores rurais conseguem estender a sua rotina de trabalho e principalmente para aqueles que têm objetivo de plantar ou colher em sua propriedade, pois o dia na percepção do ser humano dura um pouco mais, favorecendo ao produtor, o que nem sempre acontece na zona urbana.
Diante disso, na zona rural o inicio do horário de verão faz com que os trabalhadores do campo passem a ter uma maior produtividade, com o aumento de 1 hora do sol, e também possa gerar um aumento de renda para os colaboradores de fazendas, que podem estender seu horário até às 20 horas, horário que relativamente acontece o pôr do sol. O gestor administrativo especialista em finanças e produtor rural, Frederico Victor Franco, ressalta que é preciso respeitar as leis trabalhistas e horas de descanso do trabalhador rural, para evitar questões e ocorrências trabalhistas futuras.
Frederico acrescenta que, na bovinocultura, é importante lembrar que os bovinos são animais de hábitos e rotinas, e a luz do dia é uma referência. Assim sendo, se ocorrem mudanças bruscas ou inesperadas na rotina do animal, como a mudança do horário de alimentação no horário de verão devido à mudança da rotina do tratador, isto vai gerar o estresse no bovino e consequentemente a perda de peso na carcaça e desempenho. Já na produção de leite, as vacas leiteiras por serem mais sensíveis e ter um ritmo regrado da ordenha em duas vezes por dia, sendo ela feita pela manhã e pela tarde, a mudança de horário vai ocasionar a de produtividade de até 14% em comparação a produção normal.

Para minimizar as perdas é necessário que o produtor encaixe o tempo dessa mudança gradativamente. No horário tradicional a ordenha ocorre às 5h, já no horário de verão ela deverá ser feita às 6h no primeiro dia. No segundo dia em diante, vai diminuindo os horários sendo as 5h50, 5h40, até chegar às 5h novamente, mas sempre acompanhando se o animal não está perdendo produtividade. O mesmo deve ser feito na ordenha da tarde e também na alimentação, e quando finalizar o horário de verão, realizar da mesma maneira a alteração gradativa dos horários até a adaptação do animal.
Nas granjas, o horário de verão exige um cuidado maior também, pois para manter a média de produção diária, é preciso de maneira urgente adaptar a mudança no relógio ao horário biológico das galinhas. Todavia, como o horário de trabalho muda, os colaboradores devem ter atenção nos cochos, principalmente para não faltar água e ração e consequentemente ocorrer à morte o animal ou perda de produção.
O horário de verão já não é tão eficaz na economia de energia devido à mudança no perfil do consumo da população brasileira. No passado, as pessoas e empresas encerravam suas atividades do dia com a luz do sol ainda presente, e atualmente as pessoas possuem o horário de trabalho mais flexível que facilitam a mudança. Outro fator que diminui a eficácia é o aumento de o uso de eletrodomésticos e equipamentos, como o ar-condicionado devido à alta temperatura no período, que também afeta diretamente no aumento de consumo de energia.

Para o produtor rural, a mudança não afeta as contas de energia pelo fato do mesmo ter que adaptar sua produção e seus meios produtivos ao horário, o que mantem o consumo de maneira uniforme ou até mesmo maior, devido em alguns casos o mesmo estender o horário de trabalho de máquinas e equipamentos.
De acordo com balanço do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a economia em 2013 no Brasil foi de  R$ 405 milhões, ou 2.565 megawatts (MW), já em 2016 para R$147,5 milhões , queda de 63,5% na economia de energia em relação À 2013, sendo já uma economia muito abaixo do esperado. Assunto que foi analisado pelo governo em 2017, mas o horário de verão deverá ser mantido para os próximos anos devido ao aumento do faturamento no comércio e no turismo neste período.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia as regiões Norte e Nordeste não adotam o horário de verão, porque a hora adiantada é mais eficaz nas regiões mais distantes da Linha do Equador, onde há uma diferença mais significativa na luminosidade do dia entre o verão e o inverno.

Leilão da EMPARN - IMPERDÍVEL

Exposição de Animais do Recife – 2018


Exposição de Animais
Exposição de Animais do Recife

Parque do C ordeiro
A maior Exposição Agropecuária do Nordeste

Já é possível usar um tipo de sorgo para corte e para pastejo

sogo de corte e pastejoO chamado sorgo de corte/pastejo é uma planta de rápido crescimento vegetativo e estabelecimento, resistente à seca, que apresenta grande rusticidade e pouca exigência quanto à qualidade de solo, além da facilidade de manejo para corte ou pastejo direto, excelente valor nutritivo e alta produção de forragem. A planta é o resultado do cruzamento do sorgo Sudão com o sorgo Bicolor.
Segundo o pesquisador José Avelino Santos Rodrigues, nas fazendas brasileiras de produção de leite e carne a oferta de alimentos volumosos de boa qualidade é sazonal, tornando a produção instável. Além disso, é comum produtores adotarem um único sistema de produção de volumoso, que nem sempre é o mais adequado para sua propriedade e, algumas vezes, não apresentam uma relação custo/benefício adequada. Por essa razão, pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas / MG) recomendam o uso do sorgo corte/pastejo como opção, nutritiva e de baixo custo, para o fornecimento de forragem fresca ao gado bovino.
“Assim, o que hoje se preconiza na alimentação de gado leiteiro ou de corte, no Brasil, é o aproveitamento racional de mais de um recurso disponível na propriedade, cada um no seu tempo certo, com o objetivo de maximizar seu uso e manter a estabilidade da produção de forragem, de leite e da carne”, explica José Avelino. “Busca-se alongar o período de pasto ou de oferta de forragem fresca de alto valor nutritivo na propriedade, com a consequente redução do tempo de utilização dos recursos forrageiros disponíveis, tais como a silagem, cana triturada ou feno”, completa.
O uso do sorgo de corte de pastejo garante a estabilidade de produção de leite e de carne a um custo mais reduzido quando comparado à silagem e ao feno já que o animal é tratado no pasto. Além disso, o pesquisador destaca a qualidade nutritiva desse alimento: “Os híbridos que hoje nós temos no mercado, do sorgo Sudão com o sorgo Bicolor, chegam a 20% de proteína bruta a forragem de matéria seca. Isso é uma qualidade fantástica”. Mas para garantir que o alimento fornecido ao gado mantenha sua qualidade nutritiva é preciso escolher um bom híbrido além de fazer um bom preparo do solo.

Uma vez que o pasto esteja estabelecido com o sorgo de pastejo, o produtor não deve colocar os animais para pastejar antes que as plantas atinjam um metro de altura. Essa medida evita problemas de saúde, como o empazinamento (exesso de alimentação) e mesmo de intoxicação, já que algumas plantas podem produzir ácido cianídrico, uma substância venenosa.

Embrapa apresenta ao mercado tecnologias na área de produção e conservação de alimentos


 - As inscrições para o IV Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial vão até 5 de novembro
As inscrições para o IV Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial vão até 5 de novembro
Um conjunto de soluções desenvolvidas pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) para as áreas de conservação, embalagem e processamento de alimentos será apresentado ao mercado durante as Rodadas de Negócios Tecnológicos, que acontecerão nos dias 7 e 8 de novembro de 2018, durante o IV Workshop Nichos para o Setor Agroindustrial, no Sebrae de Fortaleza (CE).
As Rodadas de Negócios Tecnológicos têm como objetivo apresentar para as empresas inscritas no evento novas soluções tecnológicas para o mercado nacional e regional, fomentando oportunidades de novas parcerias e negócios.
As soluções geradas pela Embrapa contemplam o desenvolvimento de revestimentos comestíveis e biodegradáveis para produtos in natura, técnicas de baixo custo para aumentar a qualidade higiênico-sanitária de alimentos, óleos e essências de espécies da biodiversidade brasileira, pouco exploradas e reconhecidas comercialmente, mas que representam oportunidade e renda para os diferentes elos da cadeia produtiva de alimentos.
As tecnologias e os processos a serem apresentados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos no Workshop são:
- Revestimento biodegradável para conservação do coco verde: trata-se de um revestimento comestível, que pode prolongar, para até 40 dias, a vida útil do coco verde (variedade anão-verde). O uso dessa tecnologia mantém as características nutricionais do coco natural e a água dentro dele sem alteração de cor ou sabor. Os estudos foram realizados em parceria com uma aluna de doutorado da Unicamp. A tecnologia é simples e o produtor pode aplicar em sua propriedade.
- Extração do óleo da semente de maracujá: técnica para o aproveitamento dos resíduos gerados a partir do processamento do suco e da polpa de maracujá, levando em consideração que esses resíduos são matérias-primas com alto potencial de agregação de valor na forma de novos produtos. Esse óleo é de interesse de indústrias de cosméticos, alimentos e fitoterápicos. Por requerer certos cuidados para preservação das propriedades, os estudos focaram em processos para a melhoria da qualidade do óleo.
- Aplicação de revestimento comestível e embalagem para conservação do palmito pupunha: através da tecnologia, é possível aumentar a vida útil do palmito de pupunha minimamente processado para comercialização. O revestimento proporciona, ainda, a conservação das características sensoriais do produto. Além disso, foi desenvolvido em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), uma embalagem de cartão triplex, revestido com filme de polietileno em ambas as faces, que pode triplicar a vida útil do palmito que é de, no máximo, quatro a sete dias.
- Desidratação de pimentas: sistema de secagem para desidratação de pimenta dedo de moça, que possui controle da ventilação e temperatura, visando garantir um produto de qualidade.
- Construção de secador de bandejas para produção em pequena escala de frutas e hortaliças desidratadas: trata-se de um secador elétrico simples, de fácil operação, com capacidade para 30 quilos. O equipamento é de fácil construção e manejo, além de baixo custo.
Atuação da Embrapa em Nichos de Mercado
A atuação em Nichos de Mercado para o setor Agropecuário brasileiro é um dos grandes desafios tanto para a Embrapa quanto para o Sebrae. Atuando em conjunto, essas instituições buscam desenvolver soluções tecnológicas e modelos de negócios para segmentos de mercado diferenciados, com demandas e padrão de consumo específicos. Muitos nichos de mercado agropecuários acompanham grandes tendências globais, que se diferenciam pela qualidade, certificação e rastreabilidade de alimentos, modo de produção e de processamento, sustentabilidade ambiental, entre outras características somadas à diversidade de consumo.
Desde 2014, a Embrapa vem promovendo o workshop de nichos de mercado com rodadas de negócios com o objetivo de apresentar ao setor agropecuário a atuação da Empresa e seus ativos.
Nesta quarta edição do evento teremos a apresentação de cerca de 50 soluções tecnológicas da Embrapa nas rodadas de negócios nos segmentos de Alimentos, Biológicos, Biotecnologia, Nanotecnologia, Ornamentais e Cactáceas.
O IV Workshop contará também com painéis sobre temas de impacto para o setor agroindustrial, envolvendo palestrantes de expressão nacional e regional no debate sobre tendências de mercado, políticas públicas, potencialidades e gargalos legais e tecnológicos para nichos do setor. A programação  inclui rodadas de negócios tecnológicos, visitas técnicas e apresentação de casos de sucesso de produtos, processos e serviços resultantes de soluções tecnológicas que foram inseridas no mercado.
Serviço
Evento: IV Workshop Nichos de Mercado para o Setor Agroindustrial
Período: 7 e 8 de novembro de 2018
Local: Sebrae de Fortaleza (CE), situado à Avenida Monsenhor Tabosa, 777, Praia de Iracema, Fortaleza/CE
Site do evento: https://www.embrapa.br/workshop-nichos-de-mercado-2018
Faça sua inscrição até 5 de novembro: https://www.eventbrite.com.br/e/iv-workshop-nichos-de-mercado-para-o-setor-agroindustrial-tickets-50385834387
Embrapa Agroindústria de Alimentos