quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Embrapa implanta quintais produtivos no Ceará e Rio Grande do Norte

Projeto objetiva fazer com que famílias de pequenos produtores possam viver a partir da fabricação de doces, geleias e compotas
A Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria com as Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Ceará e do Rio Grande do Norte, vai executar o projeto "Implantação de quintais produtivos, captação e uso racional da água como estratégias de desenvolvimento sustentável da propriedade familiar no semiárido do nordeste brasileiro". A ação consiste em fazer com que as famílias de pequenos produtores possam obter seu sustento a partir da fabricação de doces, geleias e compotas artesanais. A matéria-prima dos produtos deverá ser originada a partir da implantação dos quintais produtivos nas propriedades.
Na fase inicial do projeto, os municípios de Quixeramobim (CE), Aracati (CE), Currais Novos (RN) e Caraúbas (RN) serão contemplados com seis quintais produtivos. "Será construído um calçadão com 200m² e uma cisterna com 52 mil litros. A ideia é que essa cisterna abasteça os quintais produtivos que vão contar com 30 fruteiras, entre elas acerola, goiaba, sapoti, caju e manga", revela o coordenador do projeto, João Bosco Cavalcante.
Juntamente com a implantação das cisternas serão realizados oito cursos de boas práticas agrícolas, oito cursos para fabricação de doces e geleias e um curso de gestão administrativa, financeira e mercadológica nas propriedades familiares. As capacitações e a construção das cisternas ocorrerão ao longo deste mês.

Presidente do IBGE pede apoio do Mapa para realização do censo agropecuário 2017

Paulo Rabello de Castro tratou do assunto durante reunião com Blairo Maggi


Rabello (à esq. de Blairo): censo exige mais de 82 mil pesquisadores (Antonio Araujo) 

O censo agropecuário 2017 foi o tema da reunião do ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Paulo Rabello de Castro, nesta quarta-feira (5). Durante a audiência, foi discutida a importância da coleta de dados para transformar as estatísticas do IBGE em planejamento para a agropecuária.
Realizado a cada cinco anos, o último censo agropecuário ocorreu entre 2006 e 2007, juntamente com o censo demográfico.
O presidente do IBGE destacou a importância do levantamento, que também é feito em países como Estados Unidos, Austrália e Canadá, e pediu apoio ao ministro para garantir recursos para o censo. “A realização de um censo é uma verdadeira operação de guerra. São necessários mais de 82 mil funcionários temporários”, disse Rabello.

Blairo Maggi reconheceu a necessidade da atualização dos dados para os programas de apoio aos produtores e se comprometeu em ajudar.  A partir do censo agrícola, é possível detectar problemas de conservação e preservação ambiental; áreas de conflitos; inventariar as riquezas agrícolas do país; saber o número de empregos gerados pelo setor e projetar a infraestrutura para o escoamento da produção.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

IPC-S desacelera e fecha setembro em 0,07%, segundo FGV

Inflação 2016

Principal influência para o resultado do mês veio do grupo Alimentação, que passou de 0,11% para uma queda de 0,14%

 O grupo Transportes apresentou desaceleração de 0,02% para -0,11%
O grupo Transportes apresentou desaceleração de 0,02% para -0,11%

Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que o custo de vida começa a dar algum alívio ao brasileiro. O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) terminou com variação de 0,07% em setembro. O número é 0,11 ponto percentual menor que o registrado na última divulgação.
Com esse resultado, o indicador acumula alta de 5,29% no ano e de 8,10% nos últimos 12 meses. De acordo com a pesquisa, cinco de oito grupos pesquisados apresentaram desaceleração nos preços.
A maior contribuição partiu do grupo Alimentação, que passou de 0,11% para -0,14%. Nessa classe de despesa, a FGV destacou o comportamento do item frutas, cuja taxa passou de 4,44% para 0,24%.
Os grupos que também apresentaram desaceleração foram os Educação, Leitura e Recreação (0,39% para -0,02%), Transportes (0,02% para -0,11%), Despesas Diversas (-0,28% para -0,32%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 0,34%).
Produtos que ficaram mais baratos
Entre os produtos, a FGV ponderou que contribuições relevantes vieram de queda de preços em salas de espetáculo (0,79% para -2,77%), tarifa de ônibus urbano (0,33% para -0,04%), cigarros (-0,77% para -1,04%) e perfume (-0,30% para -1,03%).
Fonte: Portal Brasil,

Mesa Redonda sobre Desenvolvimento e Agricultura Familiar








FOTO: Arquivo CONTAG



Nos próximos dias 06 e 07 de outubro, acontece no CESIR/CONTAG, uma importante Mesa Redonda sobre Desenvolvimento e Agricultura Familiar.

Entre os objetivos em debate na Mesa, estarão:

*Avaliar as mudanças ocorridas no campo brasileiro nos últimos 20 anos, tendo por ponto de partida o PADRSS e o surgimento da Agricultura Familiar nos anos 90, produto da Pesquisa CUT/CONTAG - organizacional, tecnológica, geopolítica, ambiental, etc;

* Discutir perspectivas para o campo brasileiro e apontar caminhos para ação do Movimento Sindical nos próximos 10, 20 e 30 anos – O que queremos para o campo brasileiro? Quem vai ficar no campo? Haverá espaço para o sindicalismo? Qual será o papel do Movimento Sindical (CONTAG/FETAGs/STTRs)?;

*Debater os espaços e os valores da Agricultura Familiar no Desenvolvimento do Brasil – Qual o espaço da Agricultura Familiar? É possível tornar a Agricultura Familiar protagonista do DRSS? É possível relacionar Agricultura Familiar com qualidade de vida? Quais agriculturas existem? O que é o ‘moderno’ e o que é ‘atrasado’ no campo? É subversiva a opção por continuar no campo? Como trabalhar com os mais pobres do campo?;

* Refletir e harmonizar as questões importantes do desenvolvimento rural brasileiro – qual o rumo do desenvolvimento que tomamos nos últimos 20 anos?

Para reforçar o debate, além da Diretoria, Coordenações Regionais e Assessoria da CONTAG, estarão presentes professores(as) e pesquisadores(as), com trabalhos nas temáticas: Desenvolvimento Rural, Agricultura Familiar e Territorialidade.

A partir do debate dos dois dias, será criado um espaço de reflexão coletiva permanente na CONTAG, com objetivo de instituir um grupo de aprofundamento teórico e analítico sobre as grandes questões do desenvolvimento rural, a fim de elaborar estratégias de ação para o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR).


Comissão Pedagógica Nacional do Pronera analisa propostas de novos cursos



Integrantes da Comissão Pedagógica Nacional (CPN) do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) participaram nesta quinta (29) e sexta-feira (30), em Brasília (DF), da terceira reunião ordinária deste ano com objetivo de avaliar e aprovar novos cursos para públicos atendidos pelo Incra – a exemplo de acampados, assentados e quilombolas.
A restrição orçamentária determinada a todos os órgãos federais pelo Poder Executivo, como forma de equilibrar as contas públicas, foi a principal dificuldade para aprovação de novos cursos apontada pelos participantes da reunião, entre os quais servidores do Incra, professores universitários e de institutos federais de educação, além de representantes de movimentos sociais.
O representante da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento do Incra, César Aldrighi, afirmou, na abertura do encontro, que a direção da autarquia está buscando formas de viabilizar tanto a execução dos cursos existentes, como a implantação de novos. “A manutenção e melhoria no Pronera é um sentimento arraigado no Incra, pois os resultados obtidos na educação e qualificação do público atendido deixam claro que estamos no caminho certo. As dificuldades podem ser superadas pela união do Incra, instituições de ensino e movimentos sociais”, disse Aldrighi.
Para o coordenador Geral de Educação do Campo e Cidadania do Incra, Iradel Freitas da Costa, o desenvolvimento do campo e a educação devem andar juntas. “A agricultura familiar só vai se desenvolver se a população rural tiver conhecimento, educação acessível e de qualidade. Com as parcerias entre Incra, universidades e público atendido o Pronera vai evoluir mais ainda”, assegurou Costa, que é agricultor familiar e professor licenciado de escola no assentamento Barreiro – localizado no município de Limeira do Oeste (MG).
O professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) Jonas Duarte destacou a importância do Pronera para o interior do Brasil e acrescentou que os profissionais presentes à reunião estão pensando no que é melhor para a educação no campo e a reforma agrária. Já o professor da Universidade de Brasília (UnB) Rafael Villas Bôas comentou que a educação no campo consegue estabelecer vínculos fortes entre as instituições de ensino e os movimentos sociais.
O representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Edgar Kolling, fez um resgate histórico da atuação dos movimentos sociais na defesa de uma educação no campo de qualidade e inclusiva. “Historicamente a força do Pronera, da educação no campo, está na quantidade de estudantes participantes do Programa, viabilizado pelas parcerias do governo com universidades e movimentos sociais”, ressaltou.
Pronera
Nos seus 18 anos de existência, o Pronera já atendeu 167,6 mil alunos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e formou 9,1 mil no Ensino Médio. Também graduou no Ensino Superior 5,3 mil pessoas, viabilizou cursos de especialização a 1,7 mil graduados, além de pós-graduação em Residência Agrária a outras 1,5 mil pessoas.
CPN
A Comissão Pedagógica Nacional – composta por 40 representantes de movimentos sociais e sindicais do campo, de universidades públicas e do Incra – coordena as atividades didático-pedagógicas do Pronera, definindo e propondo indicadores de desempenho e instrumentos de avaliação dos cursos, além de apoiar e orientar os colegiados executivos estaduais.
São ainda atribuições da Comissão emitir parecer técnico-pedagógico dos projetos, avaliar e acompanhar em conjunto com as superintendências regionais do Incra as ações do Pronera nos estados. Outra tarefa importante é a articulação de parcerias para ampliar e implementar cursos do Programa.

Incra realiza auditoria em certificações de imóveis rurais de todo o Brasil


Comitê Nacional de Certificação é composto por servidores do Incra de vários locais do país
 
O Incra está realizando auditoria nos processos de certificações do georreferenciamento de imóveis rurais de todo o Brasil, com objetivo de monitorar, controlar e assegurar que sejam verdadeiras as informações prestadas pelos cerca de 10 mil profissionais credenciados, junto à autarquia, para executar tais trabalhos. Um relatório com detalhamento da auditoria deve ser divulgado até o fim de 2016. 
 
Considerando a complexidade do trabalho – já que há no Brasil um total de 5,7 milhões de imóveis rurais, sendo que aproximadamente 4,8 milhões destes são propriedades particulares -, e o mercado de compra e venda de terras é constante, com desmembramentos e remembramentos de áreas no país, o Incra criou o Comitê Nacional de Certificação e Credenciamento (CNC), enquanto que nas suas 30 superintendências também foram formados Comitês Regionais de Certificação (CRC). A auditoria realizada pelos referidos comitês, faz parte das ações da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Instituto, por meio da sua Coordenação Geral de Cartografia.
 
O trabalho dos comitês, na auditoria, consiste em verificar por meios eletrônicos e físicos eventuais inconsistências de dados inseridos pelos técnicos contratados por proprietários rurais no Sistema de Gestão Fundiária (Sigef) - criado pelo Incra para automatizar a certificação de imóveis rurais.
 
Normalmente o processo para obter a certificação eletrônica de georreferenciamento de imóvel rural inicia com o técnico contratado por proprietário da terra indo a campo realizar a coleta de dados georreferenciados da área (conforme a Norma Técnica para Georreferenciamentos de Imóveis Rurais – NTGIR e seus manuais); em seguida essas informações são inseridas pelo técnico no Sigef (com uso de um certificado digital); na sequência, o sistema faz eletronicamente análise das informações com destaque para a não sobreposição de áreas de outros imóveis, sendo emitido no mesmo instante o documento de certificação – caso não haja nenhuma inconsistência. Se houver sobreposição de áreas com imóveis públicos não certificados o técnico pode abrir pedido de requerimento de análise, sendo enviada eletronicamente a solicitação para Incra, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
 
Na primeira fase da auditoria, que deve ser concluída até o fim de 2016, a meta é auditar cerca de 27 milhões de hectares – abarcando aproximadamente 880 imóveis rurais, de Norte a Sul do país. A auditoria do Incra busca verificar certificações feitas por profissionais contratados pelos proprietários rurais, como forma de identificar possíveis equívocos repetidos por tais técnicos e instrui-los na adequação dos procedimentos corretos. No caso de inconsistências, os profissionais têm 30 dias para apresentar documentação comprobatória do que foi declarado no Sigef na ocasião da certificação. Se a inconsistência permanecer no sistema uma equipe de profissionais do Incra vai a campo fazer vistoria no imóvel. Caso seja confirmada a irregularidade, o CRC cancela o certificado daquela área e informa ao proprietário e ao cartório de registro de imóveis.
 
Evolução tecnológica
Antes deste processo de automação de certificação de georreferenciamento, o técnico contratado, após ir a campo colher dados do imóvel rural, abria processo físico na superintendência regional do Incra onde a área estava localizada, com a seguinte documentação: requerimento para certificação de imóvel rural; Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); cópia de matrícula do imóvel emitida por cartório; declaração de respeito de limites; memorial descritivo; mapa detalhado do perímetro/limites da área; tabela de cálculo da área, azimute e coordenadas; planilha de dados cartográficos. 
 
Este processo de análise física dos pedidos de certificação era lento, gerando atrasos de vários meses para liberação do documento ou negativa.
 
Desde 23 de novembro de 2013, quando entrou em funcionamento o Sigef, a automatização do procedimento de certificação do georreferenciamento de imóveis rurais deu agilidade ao processo e eliminou entraves. O Sigef trouxe ainda ao processo de certificação transparência, segurança e integração de dados fundiários de outros órgãos - a exemplo da FUNAI, ICMBio e sobretudo, Cartório de Registro de Imóveis. 
 
 
Prêmio e-Gov
A importância do trabalho realizado pelo Sigef o levou a vencer o Prêmio e-Gov 2014, que é uma iniciativa da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) e do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. 
 
O e-Gov tem como objetivo reconhecer e incentivar o desenvolvimento de projetos e soluções de governo eletrônico na administração pública e divulgar ações que, com o uso da tecnologia da informação, visem a modernizar a gestão pública em benefício da população.
 
Legislação
A Lei 10.267, de 2001, atribuiu ao Incra a responsabilidade pela certificação de georreferenciamento de imóveis rurais, a partir de parâmetros apresentados pelo Decreto 4.449/2012. 
 
Essa mesma lei criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), que tem base comum de informações, gerenciada conjuntamente pelo Incra e pela Secretaria da Receita Federal, produzida e compartilhada pelas diversas instituições públicas federais e estaduais produtoras e usuárias de informações sobre o meio rural brasileiro.
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra

Soja e milho, âncoras da agricultura brasileira

Estudo sobre produção agrícola municipal foi feito pelo Mapa, com base em pesquisa do IBGE
Soja e milho foram as lavouras que mais impulsionaram a agricultura brasileira em 2015. Entre os municípios, o líder foi São Desidério, no oeste baiano, com crescimento de 23,2% no valor da produção, que chegou a R$ 2,8 bilhões no ano passado, graças principalmente à cultura de algodão. A segunda posição ficou com Sorriso (MT), maior produtor nacional de soja e milho, com faturamento bruto da atividade rural estimado em R$ 2,5 bi.
As informações constam de estudo divulgado nesta segunda-feira (3) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O trabalho é baseado na pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2015, feita anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão avaliou 63 culturas, 34 das quais tiveram aumento na quantidade produzida e 29 apresentaram queda.
Em 2015, a área plantada com lavouras temporárias e permanentes (grãos, frutas, café, cacau, cana-de-açúcar) foi de 76,8 milhões de hectares, 567 mil hectares a mais que em 2014. A safra de soja, segundo o IBGE, chegou a 97,5 mi de toneladas (aumento de 12,3% na comparação com a anterior). A colheita de milho alcançou 85,3 mi t (acréscimo de 6,8%). Soja, milho, cana e café ocuparam 60,2% da terra cultiva.
“O ano passado foi de recorde de produção no Brasil”, diz o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques. Pelos cálculos do IBGE, apenas a colheita de grãos totalizou 209,7 mi t. Já os números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam uma safra de 207,8 mi t em 2015. Os municípios que mais se destacaram na atividade agrícola são de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Produtividade
De acordo com Gasques, os municípios que aparecem nas 20 primeiras posições do ranking nacional, em diferentes culturas, também estão à frente em produtividade. O rendimento médio das lavouras de milho, por exemplo, foi de 5.536 kg/ha. Em Jataí (GO), a média foi de 7.274 kg/ha; em Sorriso, 6.600 kg/ha; e em Montividiu (GO), 7.811 kg/ha. “Ou seja, todos bem acima da média da produtividade do país”, reforçou.
Situação semelhante ocorreu com a cultura de feijão, cuja produtividade média nacional alcançou 1.079 kg/ha em 2015. Em Água Fria (GO), o rendimento médio chegou a 2.289 kg/ha; em Paranapanema (SP), 3.360 kg/ha; em Capão Bonito (SP), 3.500 kg/ha; em Luziânia, 2.800 kg/ha, e em Cristalina, 2.491 kg/ha.
Gasques destaca ainda que os 20 maiores municípios em produção de soja foram responsáveis por 17,8% do valor bruto da produção (VBP) em 2015. Na cadeia do milho, os municípios que ocupam até a vigésima posição no ranking nacional produziram 19% do VBP do grão. Esse percentual foi de 25% no feijão e de 77% no algodão.

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Climatologia Trimestral




O trimestre OND é marcado pelo aumento gradual da atividade convectiva no Brasil Central – área que compreende desde o oeste do Amazonas, passando pelo norte do Mato Grosso até Minas Gerais. No sul dos Estados do Amazonas e Pará e no norte do Mato Grosso, os totais acumulados no trimestre podem chegar a 800 mm. No leste da Região Centro-Oeste e em grande parte do Sudeste, predominam totais pluviométricos entre 500 mm e 700 mm. Os sistemas frontais e a configuração da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) são os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelo aumento das chuvas nestas áreas. Na Região Nordeste, ainda predomina o período de estiagem e os totais acumulados são mais baixos, entre 25 mm e 100 mm, no norte do Piauí e na maior parte dos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Na Região Sul, as frentes avançam mais rapidamente e ocorre uma diminuição das chuvas especialmente no sul do Rio Grande do Sul, onde são esperados acumulados trimestrais entre 200 mm e 400 mm. Neste período do ano, as temperaturas máximas são mais elevadas na Região Nordeste, entre 28ºC e 34ºC, e mais amenas no leste das Regiões Sul e Sudeste, onde os valores podem variar entre 20ºC e 28ºC. Nas áreas serranas das Regiões Sul e Sudeste, a temperatura mínima ainda pode chegar a 10ºC. As climatologias de precipitação e temperaturas máxima e mínima, no Brasil.

Emparn prepara programação especial para a Festa do Boi 2016


ASSECOM/SAPE

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) já iniciou os preparativos para sua participação na Festa do Boi 2016. Este ano, uma programação especial está sendo montada para levar informações tecnológicas aos produtores rurais. O evento acontece de  8 a 15 de outubro, no Parque a Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.    
Durante todo período da festa a equipe técnica da Emparn estará atuando na fazenda modelo com exposição de animais nos currais; plantação de culturas como feijão, sorgo, milho e girassol; laboratório de analises de solo, água, plantas e adubos; projeto da palma forrageira, além de exposição de material informativo sobre as pesquisas desenvolvidas pela Emparn no escritório rural.
De segunda a sexta-feira a Emparn receberá a visita das caravanas de agricultores familiares e estudantes, ocasião em que ocorre a transferência de conhecimento entre os técnicos e pesquisadores e os visitantes.
Também haverá comercialização de pintos caipira de um dia oriundos do projeto Pró-Ave, desenvolvido na estação experimental da Emparn em Caicó. O objetivo é oferecer uma alternativa de renda para os pequenos criadores. “Durante o evento, vamos dar ênfase ao projeto, com ampla divulgação”, declara o presidente da Emparn, Alexandre de Medeiros Wanderley.
Já o Laboratório da Emparn vai receber material para análises durante o evento. A realização das análises terá preços mais baixos do que os cobrados normalmente pelo laboratório. O equipamento realiza análises em matrizes diversas (águas, efluentes, solos, sedimentos, plantas, rações e adubos), procedendo a identificação e interpretação dos resultados obtidos para diversos fins, como a caracterização necessária ao planejamento correto do uso no consumo humano, agrícola, industrial e ou em uma avaliação ambiental.
CARTILHAS - Ainda está previsto o lançamento de novas cartilhas (dentre os títulos: Produção de Galinhas Caipiras; Desempenho de Cabras Leiteiras no Semiárido Brasileiro Alimentadas com Cactáceas Nativas e Introduzidas; Sistema de Exploração Misto de Caprinos da Raça Canindé na Zona Semiárida do Rio Grande do Norte; Indicações para Adubação de Culturas em Solos do Rio Grande do Norte) em data a ser definida de acordo com o calendário de eventos da Sape.
Na noite do domingo (9) acontecerá o tradicional Leilão “Emparn e Convidados", com a oferta de animais da alta qualidade genética, e de animais premiados nas pistas de julgamentos.

Projeto Segunda Água leva capacitação a produtores em Carnaúba dos Dantas


EMATER/Carnaúba dos Dantas

A Emater-RN realizou na última quinta-feira (29) uma oficina sobre renques e barramentos, destinada a agricultores beneficiados pelo Projeto Segunda Água, no Sítio Pedra Branca, município de Carnaúba dos Dantas.
 
O evento contou com a presença de 10 produtores, de 10 localidades diferentes (Sítios Salitre, Lajedo, Ermo, Picotes, Pedra Banca, Xique-Xique, Pinturas, Currais, Carnaúba e Boa Sorte).
 
Os participantes aprenderam, em momentos de teoria e prática, como construir renques e barramentos, tecnologias que ajudam a frear a erosão do solo, permitindo a retenção da matéria orgânica - o que favorece a fertilidade dos terrenos.
 
As orientações foram repassadas pelo facilitador Cleiton José de Oliveira, extensionista rural da Emater-RN. Participou da organização, também, a engenheira florestal e assessora regional de convivência com o semiárido em Currais Novos, Ana Maria Cordeiro.
 
PROJETO SEGUNDA ÁGUA
 
O Projeto Segunda Água tem como objetivo promover a conservação, preservação e reconstituição dos agroecossistemas naturais, através da construção de Unidades Técnicas Demostrativas (UTDs) como barragens subterrâneas, renques, barramentos assoreadores, cacimbões, hortas e pomares.
 
Com suas ações em prol da revitalização do meio ambiente nativo, o Segunda Água possibilita o desenvolvimento econômico, social e ambiental dos agricultores familiares, de maneira sustentável.
 
RENQUES EM CONTORNO
 
Os renques são implantações simples, realizadas em nível e com espaçamento determinado pela declividade do terreno. Servem como balizadores para realizar plantio em curva de nível.
 
Os renques diminuem o escoamento superficial das águas da chuva, enriquecendo o solo pelo acúmulo de matéria orgânica e, assim, reduzindo a erosão, possibilitando a regeneração da vegetação nativa.
 
BARRAMENTO ASSOREADOR
 
O barramento é uma tecnologia feita com pedras arrumadas de forma transversal ao leito de pequenos riachos, que ajuda a conter a erosão causada pela água das enxurradas, através do acúmulo de solo fértil e matéria orgânica.
 
O barramento evita a formação de voçorocas (fenômenos geológicos que consistem na formação de grandes buracos de erosão causados pela água da chuva e intempéries em solos onde a vegetação não protege mais o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por enxurradas) e permite a composição do solo para plantio de culturas alimentícias, ou mesmo regeneração da vegetação nativa nas margens dos riachos.

O equilíbrio da palma

pe-de-palmaA Palma, planta que é uma verdadeira redenção para os pecuaristas nordestinos tem formas equilibradas e harmoniosas. Suas folhas se projetam para saciar a fome do gado em épocas de seca.  O internauta João Caetano, passou pelo agreste pernambucano e fez essa foto.
NOTA DO BLOG: Aqui na região central do estado, no município de Angicos, o produtor rural Alexandre Wanderlei, trabalha a tempos com o plantio de Palmas Irrigada na sua fazenda Barra da Cruz. O projeto está se estendendo por diversos municípios através da colaboração da EMPARN.

MMA assina convênio com a Paraíba


Paulo de Araújo/MMA
Soavinski e Fernandes: parceria
Objetivo é adequar o Plano Estadual de Recursos Hídricos com as diretrizes do governo federal. Região passa por uma das piores estiagens.


O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Soavinski, e o governo da Paraíba assinaram convênio, nesta sexta-feira (30/09), para a revisão do Plano Estadual de Recursos Hídricos. O objetivo é compatibilizar as diretrizes e os programas do governo estadual com as linhas de atuação definidas pelo governo federal, em especial o Ministério do Meio Ambiente a Agência Nacional de Águas (ANA).
Durante a assinatura do documento, Ricardo Soavinski afirmou que o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, quer acelerar os programas na área de recursos hídricos, para garantir segurança à população do Nordeste. Ele citou o exemplo do Programa Água Doce, coordenado pelo MMA, que possibilitou a instalação, até agora, de 1,2 mil dessalinizadores em quatro estados do semiárido. “O ministro adiantou que o programa deverá beneficiar outros municípios da região, diante dos bons resultados obtidos”, afirmou o secretário.
O presidente da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (AESA), João Fernandes da Silva, apontou, entre as prioridades para o estado, a continuidade do Projeto de Integração do Rio São Francisco e dos investimentos na área de infraestrutura hídrica, destacando a implementação de uma rede de adutoras que vem sendo construídas no estado, ampliando assim o número de habitantes atendidos com água de melhor qualidade.
SITUAÇÃO CRÍTICA
Ele também alertou para a situação crítica do açude de Boqueirão, no Cariri paraibano. Depois de cinco anos sem chuvas, o reservatório chegou ao pior nível de água já registrado, desde que a barragem foi construída. O açude de Boqueirão abastece Campina Grande e outras 18 cidades do agreste paraibano e a previsão é de que as águas da transposição do São Francisco só cheguem nessa região em 2017.
Os Planos de Recursos Hídricos estão previstos na lei que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), onde são caracterizados como “planos diretores que visam fundamentar e orientar a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento de recursos hídricos e que devem ser elaborados por bacia hidrográfica, por estado e para o país”.
REVISÃO
O PNRH para o período 2016-2020 está em fase de discussão. Nos dias 13 e 14 de setembro, em Brasília, 120 representantes de diversos órgãos do governo federal, estados e Distrito Federal, setores usuários de recursos hídricos e da sociedade civil apresentaram as prioridades para os próximos anos.
O documento final será submetido, em dezembro, ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Destacam-se a proposta de um plano de gerenciamento de riscos com ações preventivas e de contingência e atendimento a emergências para eventos extremos (secas e inundações), que estão aumentando com o aquecimento do clima e o apoio à elaboração de leis estaduais sobre o reuso da água.
Depois de aprovadas, as metas passam a orientar a atuação das instituições que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). O elenco de diretrizes foi definido por meio de consulta pública feita online pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) aos membros dos colegiados de recursos hídricos e à sociedade em geral, e colheu a contribuição de mais de 1,5 mil pessoas.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA):