Um zoneamento agrícola de risco climático para o Grão-de-bico
O documento indica períodos de semeadura e níveis de risco climáticos para a cultura do grão-de-bico tipo kabuli, em cultivos de sequeiro e irrigado, por município, considerando as características do clima, dos tipos de solos e ciclos das cultivares recomendadas para o Brasil. Responsável pelo trabalho, o pesquisador da Embrapa Hortaliças, Marcos Braga, afirma que todo o estudo foi realizado com o intuito de evitar que as adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis da cultura do grão-de-bico, minimizando as perdas agrícolas.
A cultura do grão-de-bico foi inserida no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) com fundamento em estudos coordenados pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) no âmbito da Rede Zarc, com o apoio do Mapa.
Os resultados do Zarc do grão-de-bico abrangem todo o território nacional. Todas as cultivares inscritas no Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Mapa estão aptas para o plantio. Entre elas estão os materiais desenvolvidos pela Embrapa Hortaliças: BRS Aleppo, BRS Cristalino, BRS Cícero, BRS Kalifa e BRS Toro.
O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permitir ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos. Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e ainda poderão ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.
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