sexta-feira, 30 de julho de 2021

 

Como cuidar de um pomar de goiabeira para controlar o ataque do nematoide-das-gralhas

 

O cultivo de goiabeira nas mais diversas regiões do país, sofre com a constante ameaça do nematoide-das-galhas, que pode provocar desde a perda de produtividade até a morte das plantas. Quando infecta as goiabeiras, o nematoide também abre caminho para um fungo de solo, chamado de Fusarium Solani, que se aproveita da oportunidade e acelera o processo de definhamento e morte das plantas.

O principal sintoma são as galhas que surgem na raiz da planta atacada. Causa bronzeamento dos bordos foliares, amarelecimento e desfolhas. Para controlar a praga é preciso fazer uma destruição total com fogo de todas as partes vegetais de plantas atacadas. Revolver o solo, umedecê-lo e realizar à solarização, que é cobrir o solo com plástico transparente por dois meses. Aplicação de nematicidas fumegantes. Isolar as plantas sadias das doentes em relação ao suprimento de água. Aumentar a irrigação, a disponibilidade de nutrientes para as plantas doentes e não realizar poda drástica. Utilizar clones ou cultivares resistentes. Recomenda-se o uso de produtos registrado para as culturas.

Estes nematóides causam danos as plantas nas fases vegetativas, de floração e frutificação. Os Nematóides atacam as plantas hospedeiras logo após a eclosão, penetrando nas regiões de tecidos tenros. Após a alimentação, dá-se início a fase de desenvolvimento e reprodução. Quando em fase juvenil, a fêmea é móvel e, quando adulta, é imóvel. A fêmea madura produz uma massa gelatinosa, onde ela deposita entre 700 e 2.000 ovos. O ciclo ocorre entre 20 e 25 dias, em temperaturas que variam entre 28 e 32°C. Reprodução por partenogênese mitótica obrigatória.

 

Tudo sobre a Goiaba


Goiaba é o fruto da goiabeira, árvore da espécie Psidium guajava, da família Myrtaceae. O fruto é constituído de uma baga, carnoso, casca verde, amarelada ou roxa, com superfície irregular, cerca de 8 centímetros de diâmetro. Em seu interior há uma polpa rosada, branca ou dourada, contendo dezenas de pequenas sementes duras, mas que podem ser ingeridas sem problemas. Somente as variedades de polpas brancas e vermelhas são comercializadas.
As 4 sépalas da flor estão normalmente presentes em uma das extremidades da goiaba.
Existem duas variedades: a branca, de casca esverdeada e interior amarelo-esverdeado pálido e a vermelha, de casca amarelada e interior rosado.
Algumas moscas utilizam a goiaba para depósito de seus ovos. As larvas dessas moscas são popularmente chamadas de bicho-da-goiaba.
As goiabas são consumidas principalmente in natura ou em forma de doce, chamado goiabada. Compotas, geléias e sucos também são comuns. São muito ricas em vitamina C, com de 180 a 300 miligramas de vitamina por 100 gramas de fruta (mais do que a laranja ou o limão).
No Brasil, o maior produtor mundial de goiabas vermelhas, são produzidas frutas para a indústria (variedades “paluma” e “rica”, entre outras) e para consumo in natura (variedades “sassaoka” e “pedro sato”, entre outras), com a maior parte da produção concentrada no estado de São Paulo e no entorno do rio São Francisco (Nordeste), na região das cidades Petrolina/PE e Juazeiro/BA.
A goiaba não é ácida e, assim, pode substituir o tomate na confecção de molhos salgados e agridoces, mas sobretudo para pessoas com restrições à acidez deste último.
Essa fonte de saúde é utilizada em diferentes produtos derivados, tais como goiabadas, doces, compotas, sucos, sorvetes e molhos salgados e agridoces. Conhecida por ter muita vitamina C, apresentando a goiaba vermelha níveis dessa vitamina de 4 a 5 vezes superiores aos da laranja, possui quantidades razoáveis de vitaminas A e do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro.

De um modo geral, não tem muito açúcar e quase nenhuma gordura, sendo indicada para qualquer tipo de dieta e, de preferência, deve ser comida crua. É contra-indicada apenas para pessoas que tenham o aparelho digestivo delicado ou com problemas intestinais.

Fitoterapia

Uso medicinal
Em etnofarmacologia é usada para diarreias na infância. O chá, em bochechos e gargarejos, é usado para inflamações da boca e da garganta ou em lavagens de úlceras e na leucorréia.
AS folhas têm óleo volátil rico sesquiterpenos, entre eles o bisaboleno, além do dietoximetano e dietoxetano que dão o aroma dos frutos. O principal componente do óleo das sementes é o ácido linolêico.
O extrato aquoso do “olho” (broto) da goiabeira tem intensa atividade contra Salmonela, Serratia e Staphylococcus, grandes responsáveis pela diarréias de origem microbiana. A atividade é mais forte na variedade de polpa vermelha, e mais fraca nas folhas adultas e casca.

Benefícios da Goiaba

Combate a diarréia e o câncer, por causa do tanino e do
licopeno, presentes em sua composição. Vitaminas A, B2, C e Minerais: cálcio,
ferro e fósforo. Calorias: 42.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

 

Como aprender a usar o suporte forrageiro da palma para dar mais renda aos produtores de leite

 

A correta utilização da palma forrageira e as indicações de novas possibilidades de introdução da planta nas dietas de bezerras, novilhas e vacas, pode contribuir significativamente para a manutenção da atividade pecuária no Semiárido, promovendo mais renda e produtividade para o produtor rural. Esse foi o tema de uma capacitação promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Pernambuco (Senar/PE).

O treinamento “Utilização da palma forrageira na alimentação de diferentes categorias do rebanho leiteiro: Uma troca de experiências”, conduzido pelo professor e pesquisador do Departamento de Zootecnia da UFRPE e doutor em Zootecnia, Marcelo de Andrade Ferreira, qualificou técnicos de campo e supervisores, que levam Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/PE a cerca de 900 produtores, responsáveis pela produção mensal de quatro milhões de litros de leite, na bacia leiteira do Estado.

De acordo com o pesquisador, a planta se destaca como a principal entre as alternativas de suplementação em regiões semiáridas, devido à capacidade de tolerar longos períodos de estiagem e manter alta produtividade, com excepcional valor nutritivo. Contudo, a cactácea deve ser tratada como uma cultura nobre e com tecnologias apropriadas.

Dietas à base de palma forrageira, devidamente balanceadas, reduzem a quantidade de alimento concentrado para determinadas categorias animais, possibilitando sua redistribuição. O fornecimento em associação com volumosos e fontes de nitrogênio, constitui premissas básicas para o melhor uso da palma forrageira.

Isso porque, a introdução da planta nos sistemas de produção de leite, pode ser feita em associação com outras espécies, permitindo ao produtor, integrar forrageiras disponíveis e de menor risco climático para a região como o sorgo para silagem e também restos de cultura e subprodutos da agroindústria como o bagaço de cana, este último disponibilizado pelas usinas de açúcar e álcool.

Existe, por parte dos produtores, uma grande preocupação com a proteína da dieta. Nesse sentido, o pesquisador ressalta que uma simples comparação entre o preço de dois produtos pode ocasionar enganos, que comprometam o desempenho animal e a rentabilidade dos sistemas. “Uma realidade clara é o preço pago por um saco de 50kg do farelo de soja. Não é nenhuma novidade que o valor praticado está elevado e o produtor, muitas vezes, recorre a insumos mais acessíveis, como o farelo de algodão, quando o correto é pagar pelo preço do nutriente, nesse caso a proteína, e não do produto”, defende.

“Ao questionarmos, por exemplo, se é mais vantajoso comprar 50kg de farelo de soja ao preço de RS135, ou 50kg de farelo de algodão por R$120, certamente a resposta mais lógica é a segunda opção.  Mas aí é que está o engano. Na verdade, o produtor estará comprando o kg da proteína bruta do farelo de soja a RS6, 14 e o do farelo de algodão a R$8,43”, explica Marcelo.

Atualmente, é mais lucrativo trabalhar com o farelo de soja, do que com o farelo de algodão, com base na tabela nutricional e valores cobrados por esses insumos. A dica é sempre acompanhar a movimentação de preços praticados no mercado, que tem variação constantemente.

Já no âmbito financeiro, o coordenador regional da ATeG do Senar/PE, Adriano Pontes, destaca que o investimento na implantação do palmal da cultura é relativamente alto, mas muito compensatório, a depender dos tratos culturais realizados pelo produtor desde o início do plantio, pois se trata de uma cultura perene e esses custos iniciais se diluem, observando benefícios a partir da segunda colheita.

Pontes alerta que, quanto menor for o custo de produção, mais rentável será a atividade. “Nos primeiros dois anos, é imprescindível que o pecuarista receba orientação técnica para conduzir todas as etapas e obter resultados importantes, como o rebanho bem nutrido e em máxima capacidade produtiva. Sem acompanhamento profissional, todo o investimento fica comprometido a ponto de precisar refazê-lo”, orienta.

O próximo treinamento está previsto para o dia 10 agosto e dará continuidade ao ciclo de capacitações, com a abordagem do tema “Plantio da Palma” pelo pesquisador do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Djalma Cordeiro.

 

CI
 
GRÃOS

Iniciativa quer aumentar consumo de feijão

A ideia é que esse projeto possa surtir efeito nas lavouras, onde as áreas plantadas estão diminuindo
Por:  

O Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE) e o Sebrae/PR trabalham juntos no projeto Viva Feijão. O  principal objetivo é retomar o consumo do grão, baseado em  números do Ministério da Saúde que apontam queda a cada ano.

Para o presidente do IBRAFE, Marcelo Eduardo Lüders, o feijão é uma causa social pelo seu impacto positivo. A grande maioria da população já sabe que feijão faz bem para saúde e, por esta razão, o projeto foca na versatilidade das novas receitas, rapidez de preparo, no orgulho do “prato feito”, barato e de rápido consumo para quem tem pouco tempo e ainda o fato de que é prazeroso e divertido estar com amigos, família ou mesmo colegas de trabalho degustando os feijões.

“Queremos reforçar um olhar especial para o feijão, como fonte de alegria, de saúde e de renda que é. E ainda podemos expandir esse universo, afinal mundialmente os Feijões foram reconhecidos nos últimos anos como o alimento do futuro e como a base do movimento da proteína das plantas. O feijão é um produto de exportação, podemos gerar excedentes depois de alimentar bem nosso povo”, reforça Lüders.

A iniciativa propõe oferecer 12 meses de mudança de paradigma sobre esse alimento.

Já estão envolvidas empresas do setor com mais de 10 variedades de feijões, com macarrão com farinha de feijão e arroz e uma indústria de farinhas de feijões e grãos especiais que está atendendo à demanda crescente para panificação, confeitaria e até pela indústria farmacêutica.

Produtores, empacotadores, indústrias, supermercadistas, varejo especializado em alimentos, donos de restaurantes e chefs de cozinha são convidados a incentivar e a promover novas experiências com o grão e explorar as suas variedades, juntando-se à iniciativa. A consequência de aumento da quantidade de feijão no prato se dará pela diversificação de variedades como os feijões Rajados, Vermelhos, Brancos e Fradinhos.

A ideia é que esse projeto possa surtir efeito nas lavouras, onde as áreas plantadas estão diminuindo até no Paraná, que é o maior produtor do Brasil. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na safra 2020/21 o país plantou 2.938 milhões de hectares, avanço pequeno de 0,4%. Já a produção estimada é de 3.009 milhões de toneladas, queda de 6,6%.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 

Banco Central cria Bureau Verde e sinaliza o futuro do crédito rural

Advogada avalia que regulamentação servirá de parâmetro para padronizar análises atreladas a critérios ESG (ambientais, sociais e de governança)

Não tem como pensarmos no futuro do agronegócio se não levarmos em consideração o futuro do crédito que o financia, o qual está avançando cada vez mais atrelado às demandas globais de adequações socioambientais e finanças verdes.

É neste sentido que o Banco Central do Brasil, totalmente alinhado à agenda global de sustentabilidade e, seguindo os preceitos do NGFS (Network for Greening the Financial System), anunciou a criação de um Bureau Verde.

  

A regulamentação, que foi objeto da consulta pública nº 82/2021, traz importantes diretrizes para o crédito rural, onde o Banco Central atua como agente regulador do Sistema Financeiro Nacional (SFN).

No entanto, não é só o crédito rural que será afetado e beneficiado, visto que, utilizando-se da política de Open Banking, a ideia é que qualquer parte interessada, desde que autorizada pelo(a) produtor(a) rural, poderá ter acesso às informações dos financiamentos e das classificações do empreendimento agrícola, dentro das diretrizes do Bureau.

Com isso, podemos dizer que a nova regulamentação afetará, diretamente, o mercado de crédito rural e, indiretamente, neste primeiro momento, o crédito privado voltado para o agronegócio (agroindústria, tradings, cooperativas, etc.).

O Bureau Verde, em resumo, vai trazer critérios de sustentabilidade aplicáveis na concessão do crédito e, também, a classificação de empreendimentos dentro destes parâmetros. Desta forma, teremos 3 tipos de classificação:

a) Empreendimentos que não poderão ser financiados com crédito rural (ex.: Imóveis onde houve desmatamento ilegal; autuação por trabalho análogo à escravidão etc.);

Leia mais análises e opiniões no Vozes do Agro

b) Empreendimentos que poderão ser financiados com crédito rural, mas que configuram risco socioambiental (ex.: Imóveis com embargos de sobreposição, etc.);

c) Empreendimentos financiados com crédito rural que poderão ser classificação de operação sustentável (ex.: Agricultura de Baixo Carbono; outorga de Água; utilização de energia renovável, etc).

Cabe destacar que, seguindo o que já havia sido previsto no artigo 78-A do Código Florestal, não será permitido o financiamento, através de crédito rural, de áreas que não estejam devidamente inscritas no CAR (Cadastro Ambiental Rural), bem como as que tiverem seus cadastros cancelados por qualquer irregularidade.

"O Bureau traz práticas de compliance já aplicadas pela agroindústria na análise e concessão de crédito, com a diferença de que não haverá exceções para empreendimentos com irregularidades grave"


Para integrar a base de dados que será utilizada pelo Bureau Verde, o Banco Central integrará informações das seguintes instituições: a) Serviço Florestal Brasileiro; b) Agência Nacional de Águas (ANA); Ministério do Meio Ambiente (MMA); IBAMA; ICMBio; Funai e INCRA. Criando, assim, um ambiente de consolidação e uniformização de diretrizes, bem como de transparência das informações sobre os financiamentos.

Mas, afinal, o que mudará dentro da porteira? De certa forma, o que o Bureau traz, são práticas de compliance já aplicadas pela agroindústria na análise e concessão de crédito, com a diferença de que não haverá exceções para empreendimentos com irregularidades graves.

Por isso, aqui cabe aquela expressão que tanto gostamos de repetir no Agro: “boi que chega cedo, bebe água limpa!”. E o que isso quer dizer? Quanto antes o(a) produtor(a) se antecipar na regularização da situação jurídica da fazenda, seja ela própria ou objeto de posse (arrendamento / pareceria), maiores chances ele terá de ter acesso não só ao crédito rural em si, mas, a depender do caso, às linhas de crédito mais atrativas e voltadas para empreendimentos sustentáveis, além de poder ser elegível na emissão de títulos verdes.

 

Sistema Nacional de Meteorologia prevê frio intenso em partes do país nos próximos dias

Com a entrada de uma nova e intensa onda de frio, as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e sul da região Norte devem ter queda de temperatura entre os dias 28 de julho e 1° de agosto. Também há previsão de geadas amplas
Com as atualizações dos principais modelos numéricos de previsão do tempo de hoje (26) e as análises dos Meteorologistas do Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), persiste a previsão de que a partir de amanhã (27) as temperaturas entrem em declínio acentuado no Rio Grande do Sul. Com o deslocamento da frente fria, a chuva ainda está prevista para os três estados da Região Sul até amanhã e também deverá atingir o sul do Mato Grosso do Sul; posteriormente no dia 28 (quarta-feira), deverá ocorrer no Sudeste (leste de São Paulo com maiores volumes), sul de Minas Gerais, e na sequência, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Ainda no dia 28, a presença de um ciclone extratropical no Oceano Atlântico, intensificará os ventos no litoral da Região Sul e também favorecerá a incursão de umidade nas serras gaúcha e catarinense. A combinação de umidade com o ar frio poderá favorecer à ocorrência de chuva congelada e/ou queda de neve nas áreas de maior altitude.

Além da Região Sul, o ar frio predominará por toda a Região Sudeste, Centro-Oeste e sudoeste da Amazônia Legal entre os dias 28 e 31/07, ocasionando mais um episódio de Friagem. Já no período de 30/07 a 01/08, o ar frio deverá avançar também pelo sul da Bahia e partes do interior da Região Nordeste (declínios de temperaturas entre 6ºC e 4°C, especialmente nas áreas de maior altitude).

Geadas

Já há indícios de ocorrências pontuais na região da Campanha Gaúcha, na fronteira com o Uruguai, na madrugada do dia 27 (terça-feira). Já na madrugada do dia 28 (quarta-feira), há previsão de geadas amplas, que podem chegar à forte intensidade em algumas áreas, em todo interior do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além do sul e sudoeste do Paraná e, com menores chances, de forma mais pontual e de menor intensidade, entre o noroeste do Paraná e o extremo sul do Mato Grosso do Sul. 

No dia 29/07, há previsão de geada ampla em praticamente toda a Região Sul, sul do Mato Grosso do Sul e sudeste de São Paulo (com intensidade variando de moderada a forte). Também não se descarta episódio pontual de chuva congelada nas áreas de maior altitude da Serra da Mantiqueira (divisa entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro - região de Itatiaia);

Já no dia 30/07 a previsão de geada se entende para todo o estado de São Paulo, sul, Campo das Vertentes, oeste, Triângulo e Alto Paranaíba em Minas Gerais (área de divisa com São Paulo - Serra da Mantiqueira, poderão ter intensidade moderada a forte). Também poderá ocorrer de forma mais isolada no sul de Goiás.

A previsão de geadas pode ser consultada na Plataforma de Monitoramento de possíveis Geadas no Brasil

As previsões detalhadas e os Avisos Meteorológicos Especiais podem ser acessadas nos seguintes endereços: https://portal.inmet.gov.br/ e http://alert-as.inmet.gov.br/cv/

 

O que fazer para assegurar uma boa limpeza de ovos nos galinheiros caipiras

 

São as boas práticas, com técnicas simples de manejo diário que permitem uma produção de aves poedeiras, para que os produtores obtenham ovos naturalmente limpos.  Alguns exemplos dessas práticas são a limpeza diária dos bebedouros e comedouros, alimentação balanceada e limpeza periódica dos ninhos.

A pesquisadora da Embrapa Meio-Norte, Teresa Viola, reforça a importância do manejo correto, o  que aumenta a sustentabilidade e a segurança alimentar dos ovos produzidos na propriedade. A manutenção da condição natural de limpeza dos ovos desde o momento da postura até a comercialização é um desafio para produtores e técnicos, uma indicação simples e robusta de qualidade.

Fezes, penas, terra e outras sujeiras aderidas à casca do ovo indicam descuido ou alguma falha no sistema de produção. Essas sujidades podem-se transformar em uma preocupante fonte de microrganismos que contaminam o interior do ovo e o ambiente externo. A produção de ovos seguros envolve uma série de medidas preventivas que se iniciam na criação das aves, mantendo-as saudáveis, bem-nutridas e em ambiente adequado ao bem-estar animal. A prevenção da contaminação dos ovos é um requisito fundamental, mas é importante considerar também o papel do consumidor.

A maneira mais eficaz de prevenir doenças relacionadas com ovos é saber como comprar, armazenar, manusear e, especialmente, preparar os ovos ou os alimentos que os contêm. O objetivo principal é estimular os pequenos produtores na melhoria do sistema de produção dos ovos caipiras, considerando ser esse um processo contínuo e gradativo para a produção de um alimento seguro e saudável ao consumidor, com boa geração de renda para o produtor.

terça-feira, 27 de julho de 2021

 

A variação constante no preço de insumos faz com que a pecuária de leite vive momentos de incertezas

 

Alimentar o rebanho está mais caro. O custo do alimento concentrado para rebanhos leiteiros tem apresentado forte elevação internacional. A mistura concentrada (milho mais farelo de soja na relação de 70% e 30%) chegou a US$ 0,34 por kg em maio, uma elevação de 51,4% em relação a média de 2018-2020. Considerando que milho e soja são commodities, cotados em dólar, a cotação atual da moeda americana no Brasil não alivia o problema. O dólar chegou a ficar abaixo dos R$ 5,00 em junho, abrindo uma janela interessante para compra, mas retornou ao patamar anterior, encarecendo novamente os insumos. Dados do ICPLeite (Índice de Custo de Produção de Leite da Embrapa) apontam que, em junho, a compra e produção de volumosos apresentou uma variação de 7% e a alimentação concentrada, 3,85%.

Durante a reunião mensal de conjuntura do Centro de Inteligência do Leite, da Embrapa, pesquisadores e analistas da instituição se viram diante da pergunta: “Quando os preços que integram os custos de produção irão começar a cair?” A conjunção de commodities agrícolas em alta com desvalorização do Real não tornam fácil esta resposta. O ICPLeite contabilizou uma alta de 39% nos últimos 12 meses finalizados em junho. O concentrado subiu 68%. “Para agravar a situação, a falta de chuva  no Centro-Sul do país comprometeu a produção do milho safrinha”, diz o pesquisador da Embrapa, Glauco Carvalho. Ele demonstra preocupação com a alta significativa e diz não ver perspectivas de os custos de produção começarem a cair. “Além do atraso no plantio da safra de grãos e das poucas chuvas, mais recentemente, geadas em importantes regiões produtoras de milho safrinha afetaram a oferta”.

Quanto ao produtor, o analista Denis Rocha diz que as margens lucro continuam apertadas, mas houve uma melhoria no último mês. Em junho, o produtor recebeu R$ 2,20 pelo litro de leite, com registro de altas consecutivas desde abril. “Essa tendência de alta é explicada pela menor disponibilidade do produto no mercado atacadista, devido à entressafra, o alto custo de produção e a menor entrada de leite via importações”, explica Rocha. Em relação a 2020, o analista lembra, no entanto, que nesse período do ano passado, o governo pagava um valor maior de auxílio emergencial, devido à pandemia, o que acabou elevando o consumo e aumentando o preço dos produtos, garantindo uma melhor margem de lucro para o setor produtivo naquele momento. O momento atual, segundo Rocha, é mais complexo devido às altas taxas de desemprego, embora o mercado de trabalho siga em recuperação devido ao arrefecimento da pandemia.

Crédito Instalação beneficia 371 famílias assentadas no Ceará

Aplicação de crédito no assentamento Fazenda Macaco em Itapipoca (CE)

Assentada Lucelita, do PA Fazenda Macaco, realizou o sonho com o auxílio da modlaidade Fomento Mulher

No Ceará, 371 famílias foram beneficiadas com a concessão de modalidades do Crédito Instalação no primeiro semestre deste ano. Investimento de cerca de R$ 1,98 milhão no desenvolvimento de atividades produtivas nos assentamentos, com destaque para as iniciativas de geração de renda sob responsabilidade das agricultoras familiares.

A modalidade Fomento Mulher é a responsável pela maior parte dos recursos aplicados, com aproximadamente R$ 1,12 milhão. Nos seis primeiros meses de 2021, a regional beneficiou 225 mulheres assentadas, com o pagamento de R$ 5 mil para cada uma delas investir em atividades produtivas, entre agricultura, artesanato e comércio.

Apoio Inicial foi a segunda modalidade mais aplicada no estado até o momento, beneficiando 69 famílias assentadas. Cada uma recebeu R$ 5,2 mil que foram investidos na compra de alimentos, equipamentos a serem utilizados na produção ou ainda em bens duráveis de uso doméstico. O pagamento foi em torno de R$ 358 mil reais.

Já na modalidade Semiárido, 40 famílias foram atendidas com R$ 5 mil cada, somando R$ 200 mil no total.As modalidades Fomento (R$6,4 mil) e Habitacional (R$ 34 mil), beneficiaram, 31 e seis famílias, respectivamente. Os recursos investidos nas áreas de reforma agrária são da ordem de R$ 198 mil para o Fomento e R$ 102 mil para o Habitacional (primeira parcela).

De acordo com o superintendente do Incra/CE, Luiz Fernando Castro de Paula, o Crédito Instalação assegura às famílias da reforma agrária a possibilidade do desenvolvimento de atividades produtivas diversas, o que é fundamental nestes tempos tão difíceis.

Sabemos que as aplicações não têm seguido o ritmo habitual, mas é louvável o esforço de nossos servidores para viabilizar o volume de créditos, que considero expressivo, apesar das enormes dificuldades impostas pela pandemia”, frisou o superintendente.

Fomento Mulher

Em junho, 31 mulheres do assentamento Fazenda Macaco, receberam o Fomento Mulher. Localizado em Itapipoca (CE), litoral Oeste do estado, a área possui 79 famílias assentadas. Em 2017, 18 mulheres do assentamento receberam o crédito. Outras 15 ainda aguardam uma reavaliação do Incra. As mulheres beneficiadas recentemente com o Fomento Mulher optaram por investir na criação de animais como galinhas, porcos e gado.

Antônia Montenegro Oliveira Freitas, conhecida com Lucelita, reside na área desde 1997 e foi uma das beneficiadas. Trabalhando com criação de frangos, para o abate e para venda dos ovos, Lucelita revelou que o seu sonho só se realizou agora com o recebimento do Fomento Mulher.

Sempre sonhei em ter uma vaca para o sustento de nossa família. Além do meu esposo, moram comigo, duas filhas, um genro e cinco netos. O nosso consumo de leite é muito grande e a despesa era alta porque tínhamos que comprar. Quando recebi o crédito comprei minha vaca e realizei meu sonho”, revelou, explicando que o animal está prenhe e em breve já terá bezerrinhos.

Muito feliz por ter recebido o crédito, Lucelita explica que investiu R$ 3 mil na compra da vaca, usou mil reais para fazer uma cerca com arame e guardou o restante para investimentos futuros.

Assessoria de Comunicação do Incra/CE

 

 

Ministra representa Brasil em evento da ONU que irá debater os sistemas alimentares globais

Tereza Cristina vai participar de painéis e reuniões bilaterais durante a Pré-Cúpula dos Sistemas Alimentares, em Roma
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Ministra participa do painel Achieving Zero Hunger: Nutritiously and Sustainably
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Ministra participa do painel Achieving Zero Hunger: Nutritiously and Sustainably
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Ministra participa da sessão de abertura da Pré-Cúpula dos Sistemas Alimentares
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Ministra participa do painel Achieving Zero Hunger: Nutritiously and Sustainably

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) está representando o governo brasileiro na Pré-Cúpula de Sistemas Alimentares, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) entre os dias 26 e 28 de julho, em Roma. Ela vai participar de painéis e reuniões bilaterais para debater o aprimoramento dos sistemas alimentares a nível global.

No primeiro dia do evento, a ministra participa do painel Achieving Zero Hunger: Nutritiously and Sustainably, que promoverá um diálogo sobre soluções para a erradicação da fome no mundo. Está prevista também a presença da ministra no Primeiro Fórum de Ministras da Agricultura das Américas, evento promovido pelo Instituto Interamericano para Cooperação para a Agricultura (IICA).

Devem ser realizadas ainda reuniões bilaterais com ministros de países europeus e representantes de organismos internacionais, como a vice-chefe da ONU, Amina Mohammed e o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu.

“Nesses encontros, pretendo ressaltar que não há uma solução única para a sustentabilidade dos sistemas alimentares e que a imposição de modelos alheios às realidades locais não funcionará. Pelo contrário, poderá resultar em mais fome e escassez. É essencial portanto, que a Cúpula reconheça a diversidade de caminhos para sistemas alimentares sustentáveis”, explica a ministra.

Tereza Cristina também estará presente em evento para divulgar as 16 mensagens-chave definidas pelos países da região no âmbito do IICA, com a participação de outros ministros da América Latina e Caribe.

Em relação à produção agrícola brasileira, a ministra irá mostrar as políticas de fomento à produção sustentável, como o Plano de Agricultura de Baixo Carbono, o Programa de Aquisição de Alimentos e o Código Florestal. Serão promovidos debates sobre a possível formação de coalizões sobre temas de interesse para o Brasil, como merenda escolar e o combate a perdas e desperdícios.

Também participam da delegação do Mapa a Roma o Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro, o diretor de Regularização Ambiental do Serviço Florestal Brasileiro, João Adrien, e o assessor especial Fernando Zelner. A delegação brasileira deve contar ainda com membros dos Ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, do Meio Ambiente e da Cidadania.

A Pré-Cúpula precede a Cúpula dos Sistemas Alimentares (Food Systems Summit, ou FSS, na sigla em inglês), que está marcada para setembro, durante a semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas. O evento pretende acelerar esforços para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio da transformação dos sistemas alimentares rumo à sustentabilidade.

O governo brasileiro tem participado das consultas e discussões para a preparação da Cúpula a partir da coordenação entre os Ministérios das Relações Exteriores; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Saúde; da Cidadania; do Meio Ambiente; e de outros órgãos governamentais.

Programa

Confira as principais participações da ministra Tereza Cristina na Pré-Cúpula de Sistemas Alimentares, em Roma. 

Os horários são locais (+5h em relação ao Brasil). A programação poderá ser acompanhada pelo site do evento

Dia 26/7

9h - Plenária de Abertura. Tema: Uma visão ousada para o aprimoramento dos Sistemas Alimentares.
Local: Plenary Hall

11h30 - Sessão Paralela: Achieving Zero Hunger: Nutritiously and Sustainably
Local: Green Room
Ministra fará intervenção

15h - Cerimônia Oficial da Pré-Cúpula
Local: Plenary Hall

18h - I Foro de Ministras e Secretárias de Agricultura do hemisfério (organizado pelo IICA)
Local: Embaixada do Brasil

Dia 27/7

10h30 a 18h – Reuniões bilaterais

19h30 - Side Event IICA “Los sistemas alimentarios: una visión desde la agricultura de las Américas
Local: Embaixada do Brasil

Dia 28/7

11h30 - Plenário Síntese
Local: Plenary Hall

15h – Plenária de Encerramento
Local: Plenary Hall

 

ESG na Agricultura e Pecuária

O ponto de partida do ESG no agronegócio é o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que estão diretamente relacionados a Agenda 2030 da ONU.

Para a compreensão dos métodos para atingimento das metas propostas, é interessante assistir a apresentação de Johan Rockström e Sukhdev, feita no Stockholm EAT Food Forum (2016), avaliando os ODS ao agronegócio.

A ideia principal, é mostrar para as organizações do agro acerca da correlação direta e prática dos objetivos e suas nuances. Com relação ao objetivo 14 “Vida debaixo d’agua”, cujo o Brasil é o quarto maior produtor de Tilápia no mundo, podemos correlacionar com os problemas climáticos (Objetivo 13 “Ação Climática”) devido à emissão dos Gases do Efeito Estufa (GEE) colocam em risco os mares, oceanos, rios, lagos e, consequentemente, a alimentação das pessoas e do bem estar dos animais.

Diante desse cenário, chegamos ao objetivo número 15 “Vida sobre a Terra”, com a necessidade de saber usar o solo corretamente e sempre buscar preservar os recursos naturais, para diminuir a destruição de florestas, empobrecimento do solo  e outros problemas relacionados.

A Conscientização sobre o uso dos recursos naturais também vale para o uso da água, visto que 70% do abastecimento é endereçado à agricultura e à pecuária, segundo dados recentes da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). Sendo assim,é extremamente importante o racionamento e o uso consciente, o que nos leva ao objetivo número 6 “Água Limpa e Saneamento”.

O Objetivo número 3 “Boa saúde e bem-estar”, relaciona os alimentos no sentido nutricional (desde a produção até o consumdor final), ou seja, com “Consumo e Produção Responsável”, objetivo número 12, podemos contornar este problema para atender também o objetivo número 1 de “Erradicação da pobreza” e número 2 “Fome Zero”.

Assim sendo, a ideia principal do artigo, é mostrar que os argumentos correlacionados com a ação trazem uma noção maior da realidade, sendo essa a principal proposta dos ESG, ou seja, diminuir assimetrias e conflitos de interesses internos e ajudar a empresa a trazer resultados positivos que impactam por meio dos investimentos advindos de pessoas e empresas que avaliam o potencial disponível no relatório de sustentabilidade.

segunda-feira, 26 de julho de 2021

CCIR Já Disponível Para Emissão

 

O aplicativo SNCR desenvolvido pelo SERPRO possibilita ao proprietário de imóvel rural a emissão do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR.


O Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) é o documento emitido pelo Incra que é indispensável para transferir, arrendar, hipotecar, desmembrar, partilhar (divórcio ou herança) e obter financiamento bancário. Os dados constantes são exclusivamente cadastrais, não legitimando direito de domínio ou posse.


O aplicativo pode ser utilizado tanto para proprietários do tipo pessoa física ou jurídica. O certificado é emitido em formato pdf, sendo necessário um leitor para visualizar este tipo de arquivo.


Após a emissão do CCIR, será exibido um botão para copiar o código de barra do certificado gerado para facilitar o pagamento via instituição bancária. Esse botão ficará disponível apenas para os documentos com pendência de pagamento.


O CCIR gerado pela aplicação mobile é idêntico ao gerado via sistema WEB.

 

Programa gratuito oferecerá capacitação aos pequenos e médios produtores para os temas de integridade e compliance

No agronegócio, a pauta de integridade tem enfoque especial no que se refere à agregação dos temas sustentabilidade e responsabilidade social, ambiental e ética

Fortalecer a integridade e a promoção de esforços de compliance em pequenas e médias empresas do setor do agronegócio. Esse é o objetivo principal da Jornada Agro Íntegra, que começou nesta quinta-feira (22), organizado pela instituição Alliance for Integrity em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Organização de Cooperativas do Brasil e com o apoio da Apex-Brasil.

A pauta de integridade encontrou no agronegócio um enfoque especial no que se refere à agregação dos temas sustentabilidade e responsabilidade social, ambiental e ética. A Jornada Agro Íntegra oferecerá capacitação gratuita a pequenas e médias empresas e cooperativas do setor agro sobre integridade e compliance.

“Não há mais como desvincular as pautas, que cada vez mais estão convergindo para o movimento ESG que ganha força no mercado. Uma pauta setorizada para uma jornada íntegra é mais do que justificada, inclusive quando se trata do agro que foi o pilar de sustentação do País neste momento de pandemia”, destacou a ministra Tereza Cristina na abertura da Jornada Agro Íntegra, ao citar ações já desenvolvidas pelo Mapa como o Selo Mais Integridade. O movimento ESG (Environmental, Social and Corporate Governanceenvolve práticas ambientais, sociais e de governança

Em 2020, o agronegócio representou 48% de todas as exportações brasileiras e mais de 26% do PIB nacional. O destaque do setor foi lembrado pelo ministro da CGU, Wagner Rosário, que defendeu a iniciativa de compliance e integridade para a área do agro como “uma iniciativa que tem um poder muito grande de construção de soluções para a integridade, transparência, capacitando e permitindo que as empresas do setor cresçam neste ramo”.

Para o presidente da Organização de Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes, o programa permitir trazer soluções efetivas para os anseios de uma nova geração que daqui a pouco estará à frente das empresas.

“As novas gerações querem coisas novas. Os insumos mais raros, nesse mundo moderno, são os valores, conceitos e ética, gerando uma desconfiança global no futuro. E esse programa irá trazer a resposta para esse público. A integridade é um valor e um valor de futuro”, afirmou Lopes. 

As cooperativas do setor são responsáveis por mais de 50% de tudo o que é produzido pelo agro brasileiro, formando uma base sólida de pequenos e médios produtores, além de modelos de produção familiar.  

Jornada Agro Íntegra

O programa, que acontece de forma virtual até o dia 9 de dezembro, tem o objetivo de fortalecer as práticas de integridade e compliance em pequenas e médias empresas (PMEs) e cooperativas do setor agropecuário.

Os participantes terão a oportunidade de acessar, gratuitamente, conteúdo, treinamentos, mentorias especializadas e ferramentas práticas para lidar com os desafios relacionados ao tema integridade, proporcionando com que seus empreendimentos se tornem mais transparentes e competitivos.

Saiba mais sobre a Jornada Agro Íntegra

Em alta no mundo corporativo, o compliance tornou-se imperativo para o desenvolvimento das empresas e significa estar em conformidade com normas, leis, regulamentos, políticas e diretrizes estabelecidas. Tem como finalidade garantir relações éticas em negócios e instituições.

A Alliance for Integrity é uma iniciativa uma iniciativa global de ações coletivas comissionada pelo Ministério Federal Alemão de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) e implementada pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Foi criada para promover e para fortalecer um comportamento de compliance e integridade no setor privado. Para atingir este objetivo, a iniciativa promove ações coletivas de todos os atores relevantes dos setores privado e público e da sociedade civil e oferece soluções práticas para fortalecer essas capacidades nas empresas e em sua rede de fornecedores.

Ainda participaram da cerimônia virtual de abertura da Jornada Agro Íntegra a representante da Alliance for Integrity Márcia Muniz e ministro na Embaixada da República Federal da Alemanha em Brasília, Marc Bogdahn.

 

A pecuária no Semiárido pode ter mais produtividade com o bom uso da forragem

 

A melhoria da produção pecuária no Semiárido, usa uma técnica que possibilita adequar a produção de alimentos às necessidades dos rebanhos, em todas as categorias produtivas para diferentes espécies de ruminantes. O uso de forragens conservadas na dieta dos animais tem se tornado uma prática cada vez mais comum, tanto em sistemas intensivos, como semi-intensivos, em que o pasto durante determinada época do ano não é capaz de fornecer os nutrientes em qualidade e quantidade suficientes para alimentar os animais.

A eficiência do uso de silagem na nutrição do rebanho depende da qualidade de silagem, e esta, por sua vez, depende de atributos como: qualidade da planta, da contribuição das porções vegetativas, estádio de maturidade na colheita, dentre outros.

 

Algodão deve sustentar preços no ano

Vários fatores irão restringir a oferta interna e garantir preços em patamares elevados
Por:  

Apesar do início da colheita, o cenário brasileiro e mundial do mercado de algodão deverá ser de sustentação dos preços durante o ano de 2021. Em relação ao mercado internacional, é previsto uma recuperação do consu-mo e aumento da produção para a safra 2021/22, mas deverá haver queda de 4% nos estoques finais. É o que aponta o boletim AgroConab, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Os preços do petróleo em elevados patamares e a instabilidade climática em importantes regiões produtoras dos EUA também deverão contribuir para esse cenário. Já em relação ao mercado interno, o panorama, também, é de redução dos estoques de passagem para o final de 2021. O forte ritmo das exportações, o dólar valorizado, a recuperação da economia brasileira e as elevadas taxas de comercialização antecipadas da pluma, irão restringir a oferta interna e garantir preços em patamares elevados no decorrer do ano.

Em 2021, exceto no mês de janeiro, o Brasil bateu recordes mensais de exportação. Diante da grande produção da safra 2019/20, de 3,0 milhões de toneladas de pluma, o Brasil se tornou um exportador regular, com volumes vendidos aos exterior elevados mesmo no momento final da entressafra. No acumulado do mês de junho, se-gundo o Ministério da Economia, o país embarcou 100,61 mil toneladas de pluma. Essa quantidade, apesar de 12,70% menor do que o exportado no mês anterior, maio, é 77,43% superior ao exportado em junho de 2020 e 193,74% acima da média do mês de junho dos últimos 5 anos.

Em relação ao consumo interno, em virtude do avanço da vacinação, do menor isolamento e da retomada verifi-cada da economia brasileira, projeta-se a demanda doméstica em 715 mil toneladas, volume 5,15% superior ao projetado no levantamento anterior. Já em relação aos estoques finais, a perspectiva é de que 2021 termine com cerca de 1,39 milhão de toneladas, queda de 21,40% em relação ao final de 2020. Esse cenário de menor oferta interna deverá manter os preços no mercado doméstico elevados e proporcionar boa rentabilidade ao produtor de algodão.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

 


     

    Governo institui nova política de convivênci com a seca

    ASSECOM


    Com a presença de representantes de entidades de trabalhadores e produtores rurais, a governadora Fátima Bezerra assinou decreto nesta quarta-feira (21) instituindo o Comitê Estadual de Convivência com o Semiárido do Rio Grande do Norte, que vai elaborar o plano de ação integrado para mitigação dos efeitos da estiagem. O plano contempla medidas emergenciais e, ao mesmo tempo, iniciativas estruturantes, preparando o Estado para que nos próximos eventos climáticos os efeitos sejam minimizados.

    "Governo é para sair na frente, se preparar para fazer o dever de casa na busca de solucionar os problemas que advirão e serão mais frequentes. É isso o que estamos fazendo. A seca tem que ser encarada com ações de convivência e é papel dos governos a implementação de políticas públicas que façam a região produzir de maneira segura e sustentável com o clima que temos. A falta de chuvas não deve ser vista como uma catástrofe. Catástrofe é a falta de preparo e de ação dos governos."

    Governadora Fátima Bezerra

    Fátima disse ainda que a proposta é trabalhar em conjunto com as prefeituras e governo federal.  Sobre a reclamação de trabalhadores e produtores rurais a respeito do preço do milho da Conab (acima de R$ 100 a saca de 60 quilos), ela informou que irá levar o assunto para discussão no Fórum de Governadores. O milho é um insumo importante na alimentação animal.

    Representando a Assembleia Legislativa, a deputada estadual Isolda Dantas lembrou que o comitê é resultado de uma iniciativa dela, aprovada pelo legislativo estadual. "É uma conquista da população do Semiárido potiguar e foi construída a partir de reivindicações da sociedade civil organizada".


    Comitê vai elaborar o plano de ação para mitigação dos efeitos da estiagem. Foto: Sandro Menezes/Assecom.

    Para o secretário estadual Alexandre Lima, do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (Sedraf), a política adotada pelo governo da professora Fátima Bezerra representa um novo marco para o Semiárido potiguar. Antes prevaleciam medidas pontuais, mas agora - reforçou ele - o governo se volta para ações de convivência, preparando o agricultor, o produtor rural para enfrentar esses eventos climáticos. "O Estado do Rio Grande do Norte está dizendo claramente que o paradigma é outro, que a convivência é o fio norteador da política pública a ser adotada. Não é uma mera peça de retórica, mas uma concepção que encara o Semiárido pelas suas potencialidades e não como uma região de pobres-coitados, de terra rachada."

    "Para se enfrentar e conviver com uma seca, sem perder o rebanho, o governo federal tem que ter uma participação forte, ajudando com crédito, sem burocracia. O Banco do Nordeste tem R$ 47 bilhões para aplicar no Semiárido brasileiro e está na hora de aplicar mais no setor primário. O Rio Grande do Norte está fazendo o seu dever de casa, e muito bem, mas é preciso que a bancada federal lembre ao presidente da República que há seca no Nordeste, que é preciso salvar o rebanho, ter crédito apropriado para a seca", cobrou o secretário estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Guilherme Saldanha.

    O presidente da Associação Norte-Rio-Grandense de Criados (Anorc), Marcelo Passos; o representante do MST, Hidelbrando Andrade; e Maria Cícera Franco, da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), elogiaram a iniciativa do governo. "É fundamental fortalecer essa política de Estado para que o RN possa mostrar, com muita sabedoria, como conviver com a seca, como produzir riqueza. E é por isso que o governo da senhora me seduz", disse Passos. "Isso é um salto de qualidade para nossos agricultores e agricultoras familiares", acrescentou Hidelbrando. “Temos experiência e alternativa de convivência no Semiárido e queremos que nossas tecnologias de produção sejam inseridas no comitê”, propôs Cícera.

    O comitê será formado por representantes do Gabinete Civil do Governo do Estado, Secretaria de Agricultura, Secretaria da Agricultura Familiar, Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Secretaria de Gestão, Metas e Relações Institucionais, IGARN, Emparn, Anorc, Fetarn, FAERN, Fetraf, MST, Marcha das Mulheres, Agência de Fomento do Rio Grande do Norte, Igreja católica. Os trabalhos serão coordenados pela Sedraf e Sape.


     

    Uma cultivar de bananeira própria para agricultura familiar

     

    Sua principal vantagem da nova cultivar é a resistência à sigatoka-amarela e ao mal-do-Panamá, duas das principais doenças da cultura da banana. A nova cultivar foi Lançada pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/BA), É a BRS Platina, uma cultivar de bananeira tipo Prata cujas características favorecem o aumento da produtividade e a diminuição dos custos de produção.

    A BRS Platina apresenta bom perfilhamento, porte médio e características, tanto de desenvolvimento quanto de rendimento, idênticas às da Prata Anã. Os frutos da nova variedade também parecem com os da Prata Anã em forma, tamanho e sabor, porém devem ser consumidos com a casca um pouco mais verde, à semelhança das variedades do subgrupo Cavendish. Além disso, deve ser colhida de acordo com o mesmo manejo adotado para Cavendish. É indicada para agricultura familiar e também para a agricultura orgânica, pois tem um manejo mais rústico, não sendo necessário manejo sofisticado. Como é mais resistente, permite ao agricultor utilizar menos agrotóxicos, o que torna o produto também mais seguro para o consumidor.

    A variedade já foi lançada em áreas produtoras do Rio Grande do Sul, da Bahia e de Minas Gerais. Foi desenvolvida em parceria com a Unidade Regional Norte de Minas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig (Nova Porteirinha/MG) e com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (Guanambi/BA).

     CI

     

    Conheça o mel que tem mais benefícios para saúde

    Produto conquistou reconhecimento com a Indicação Geográfica no Sul do país
    Por:  

    Você já ouviu falar no mel de Melato da Bracatinga? O produto é fabricado pelas abelhas a partir do líquido açucarado que um inseto chamado cochonilha produz ao se alimentar da seiva da bracatinga, uma espécie arbórea nativa do Brasil, com distribuição predominante na região Sul. Esse fenômeno ocorre apenas em áreas com altitudes acima de 700 metros no Planalto Sul Brasileiro.

    A cada dois anos, nos anos pares, os bracatingais são infestados por cochonilhas, que se fixam no tronco das árvores e se alimentam da seiva, excretando um líquido adocicado, o melato. Este mesmo líquido, que fica depositado nas partes externas da planta, é utilizado como matéria-prima pelas abelhas da espécie Apis mellifera e, a partir dessa associação, é elaborado o mel de melato de bracatinga.

    Estudos pioneiros com o mel demonstraram que ele possui características diferenciadas em relação aos méis florais e de melato de outras origens. Além da presença das enzimas das abelhas produtoras, contém enzimas derivadas das secreções das glândulas salivares e do intestino das cochonilhas, que promovem a coloração mais escura (âmbar), maiores teores nitrogênio e minerais, entre outras características.

    Mas seu grande diferencial são os efeitos benéficos à saúde devido à presença de compostos bioativos e potencial antioxidante. Destaque para a maior concentração dos aminoácidos livres serina, prolina, asparagina, ácido aspártico e ácido glutâmico.

    O mel de melato apresenta ainda menores quantidades de frutose e glicose e não cristaliza como o mel floral. Em Santa Catarina, 95% da produção desse mel é exportada.

    A produção do mel de melato da bracatinga no sul do Brasil se dá comumente entre os meses de dezembro a junho, o que corresponde aos períodos de maior escassez de néctar e pólen. Entretanto, geralmente no primeiro semestre dos anos pares se dá o estágio de cisto das cochonilhas, formando longos fios brancos por onde excreta o melato. 

    Reconhecimento

    O produto conquistou, nesta semana, recebeu o registro de Indicação Geográfica, na espécie Denominação de Origem, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e atesta que um produto só tem aquelas características porque é produzido de determinada forma, ou porque tem notoriedade na produção. A Denominação de Origem parte do pressuposto de que as características geográficas (naturais e humanas) dessa região determinam a singularidade e a qualidade do produto.

    A IG do mel de Melato da Bracatinga abrange uma área de 134 municípios, sendo 107 de Santa Catarina, 12 do Paraná e 15 do Rio Grande do Sul. Everton Vieira, assistente de pesquisa da Epagri/Ciram, descreve que o mel de melato da bracatinga é um produto único, singular, que só ocorre em condições específicas de clima, altitude e condição geográfica. “Durante muito tempo esse produto não foi valorizado no país, mas a partir do envio de amostras para a Alemanha, houve o reconhecimento da qualidade desse mel típico da região do Planalto Sul Brasileiro”, relata.

    quarta-feira, 21 de julho de 2021

     

    Fomento Mulher movimenta economia local em municípios potiguares

    RN assentada Jatuarana

    A assentada Francineide da Costa investiu em uma lojinha de variedades no assentamento Jatuarana, em Bodó (RN). 

    A participação das mulheres do campo na economia e desenvolvimento rural está cada vez mais forte. Muitas delas trabalham na roça no período chuvoso e se reinventam durante a seca no sertão nordestino. Apostando nisso, a regional do Incra no Rio Grande do Norte liberou, somente este ano, 832 contratos de crédito, na modalidade Fomento Mulher do Crédito Instalação, o que totalizou cerca de R$ 4,1 milhões. Além de apoiar a produção feminina, o recurso ajuda a movimentar a economia local nos assentamentos do estado. 

    É o caso de Francineide da Costa, moradora do assentamento Jatuarana, no município de Bodó. Com o apoio do Incra/RN, a assentada recebeu R$ 5 mil e investiu na construção de uma lojinha de variedades que mantém no assentamento. Mensalmente, a beneficiária conta que tem um lucro de até R$ 2 mil. 

    "Meu ganho varia R$ 1,5 a 2 mil por mês, desse valor retiro uma parcela e o restante invisto em mercadorias novamente. Desde quando iniciei venho me organizando aos poucos e enfrentando os desafios e está dando tudo certo”, conta. 

    Francineide fala da importância do Incra na ascensão do seu negócio. "Ainda é pequena minha lojinha, mais esse Apoio Mulher foi ótimo, melhorou bastante as vendas. Antes eu saía de porta em porta oferecendo os produtos, depois que construí esse local para expor as peças as vendas aumentaram. E tudo isso graças ao credito oferecido pelo Incra". 

    Durante o período de chuvas, a principal cultura da família é de milho, feijão e mandioca. Segundo a assentada, o cultivo é apenas para o consumo. 

    A chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra/RN, Leilianne Gurgel, reafirma o compromisso da autarquia com as mulheres do campo no estado. "As mulheres são parte fundamental da estrutura familiar e são fundamentais na economia local, por isso é tão importante que haja dispositivos direcionados a elas”, destaca. 

    Fomento Mulher 

    O Fomento Mulher é uma das nove modalidades do Crédito Instalação. O benefício aplicado pelo Incra é direcionado para a implantação de projeto produtivo sob responsabilidade da mulher titular do lote no assentamento. O valor é de até R$ 5 mil, em operação única, por unidade familiar.

    Assessoria de Comunicação Social do Incra/RN

     

    Boas sementes de hortaliças ajudam a melhorar a renda dos agricultores familiares

     

    No Brasil, cerca de oitenta por cento das hortaliças são produzidas pela agricultura familiar. Isso reforça a importância que a produção de sementes de qualidade deve ter neste setor. Tendo acesso às sementes de cultivares de qualidade, com garantia de produtividade e sanidade, os pequenos produtores rurais podem sair de uma produção de subsistência, aquela para consumo próprio, para tentarem entrar no mercado de hortaliças frescas, ou de produtos minimamente processados.

    Esta é uma forma a se capitalizar e agregar valor ao seu produto. A Embrapa Produtos e Mercado participa das ações de fortalecimento da agricultura familiar, produzindo, junto com empresas parceiras, cultivares de diversos tipos de hortaliças.

     

    Incra

    Proprietários de imóveis rurais já podem emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural de 2021

    O CCIR comprova a inscrição das propriedades e posses rurais junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural, que é a base de dados do governo federal gerenciada pelo Incra na qual constam informações de áreas públicas e privadas

    A partir desta segunda-feira (19), está disponível para consulta e emissão o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) referente a 2021. O documento pode ser acessado pelos proprietários de imóveis rurais a partir de banner indicativo no site do Incra ou diretamente no endereço https://sncr.serpro.gov.br/ccir/emissao.

    Outro recurso é baixar, em dispositivos móveis - como smartphones e tablets - o aplicativo “SNCR Mobile”, disponibilizado no Google Play e na App Store.  

    A validade do CCIR 2021 está condicionada ao pagamento da Taxa de Serviço Cadastral, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), a ser impressa juntamente com o certificado. O valor depende do tamanho da área e deve ser quitado até 17 de agosto, sem cobrança de juros e correção, exclusivamente na rede de atendimento do Banco do Brasil. 

    No total, 6.799.659 imóveis rurais devem emitir o CCIR e pagar a taxa de serviço, cujo valor mínimo é de R$ 4,40 - para áreas com até 25 hectares. Débitos da taxa de anos anteriores serão cobradas no atual certificado. 

    Caso seja necessário imprimir segunda via do documento já quitado, não será preciso pagar novamente a taxa. 

    Importância 

    O CCIR comprova a inscrição das propriedades e posses rurais junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) - base de dados do governo federal gerenciada pelo Incra na qual constam informações de áreas públicas e privadas. 

    Titularidade, dimensão da área, localização, tipo de exploração realizada e classificação fundiária estão expressos no documento. A alteração em qualquer desses itens exige comunicação ao Incra, a ser procedida pelos proprietários via internet por meio da Declaração para Cadastro Rural (https://sncr.serpro.gov.br/dcr). 

    O CCIR constitui prova do cadastro do imóvel rural no SNCR. É indispensável para desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural e para homologação de partilha amigável ou judicial (sucessão causa mortis) de acordo com os parágrafos 1º e 2º do artigo 22 da Lei nº 4.947, de 6 de abril de 1966. 

    Sem a apresentação do CCIR, os proprietários, titulares do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóvel rural, não poderão, sob pena de nulidade, realizar as mencionadas operações. As informações constantes do CCIR são exclusivamente cadastrais e, nos termos do parágrafo único do artigo 3º da Lei nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, “não fazem prova de propriedade ou de direitos a ela relativos”.  

    A apresentação do certificado também é obrigatória quando o produtor solicitar crédito agrícola em bancos e instituições financeiras. 

    Dúvidas podem ser esclarecidas junto às unidades do Incra e Unidades Municipais de Cadastramento (UMC).