sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Carne Bovina Mais Cara Abre Espaços Para Cortes Menos Conhecidos

 

Carne bovina mais cara abre espaço para cortes menos conhecidos nos supermercados

Peças normalmente destinadas a processamento, como aranha e bananinha, chegam ao consumidor com preços até 40% mais baixos

frigoríficos carne (Foto: Getty Images)


A expressiva alta no preço da carne bovina, em meio à perda de renda da população brasileira durante a pandemia, tem levado a uma mudança no açougue de alguns supermercados de São Paulo, principal mercado consumidor do Brasil.

Cortes até então destinados a produtos como carne moída e espetinhos estão sendo oferecidos in natura como alternativa às opções mais tradicionais, como coxão mole e acém – cuja alta em 2020 passou de 35% no varejo paulista, segundo acompanhamento do Instituto de Economia Agrícola do Estado (IEA).

“Nós temos observado um comportamento de maior consumo da aranha, ponta do peito e outros cortes que também têm boa qualidade, mas preço muito baixo”, aponta Rodrigo Mariano, gerente de gestão corporativa da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Segundo o economista, são cortes que não compõem a cesta de produtos analisada pelas instituições que calculam a inflação, como o IBGE e a FGV, mas que também subiram de preço no último ano. A diferença, contudo, está no valor absoluto dessas opções.

“O consumidor não tem a comparação anterior do preço da aranha bovina na cabeça dele. Quando ele chega no mercado e vê R$ 25,90 o quilo, leva porque faz a comparação com a carne que ele consumia. Se ele comparasse com quanto aumentou a aranha, talvez não consumiria”, reconhece Mariano.

Ele cita, ainda, cortes como a bananinha e o vazio, nomes incomuns de serem encontrados no açougue, mas obtidos de pedaços bem famosos, como o contra-filé e a maminha. No caso da aranha, a carne é obtida a partir da alcatra e, muitas vezes, é revendida pelos açougues.

“A peça é muito pequena e, muitas vezes, é usada como subproduto dentro da indústria, para carne moída, ou vendida para as indústrias de mortadelas, hamburgueres. Então, é um recorte industrial”, explica Paulo Belicanta, dono de frigorífico e presidente do Sindicato de Frigoríficos do Mato-Grosso (Sindifrigo-MT).

Segundo ele, a saída encontrada pelo varejo para contornar a retração no consumo de carne bovina após a forte alta dos preços é uma inovação singular. “É um caso tão específico e tão singular que eu mesmo não sei o que estou fazendo, dentro da minha empresa, com esse corte”, revela o empresário.

Alguns frigoríficos maiores, contudo, já ofereciam o corte. Caso da Marfrig, que comercializa o produto com marca própria em redes de atacado. “Esse corte sempre existiu, porém, é pouco encontrado em supermercados comuns, e, sim, em atacado-varejistas”, explica Luciano Borges, diretor comercial de atacado da empresa.

De acordo com ele, a disponibilidade dos produtos depende da região e do ponto de venda que o consumidor estiver. “Existe uma enorme variedade de cortes bovinos, mas nem todos são encontrados facilmente”, complementa o executivo.

Rodrigo Mariano, da Apas, diz que a iniciativa de apresentar esses cortes ao consumidor final é uma estratégia do próprio varejo, que viu o consumo retrair de forma expressiva no final do ano passado. São redes que possuem estrutura própria para desossa e, internamente, fazem essa separação.

Ele destaca, contudo, que essa movimentação deve ser transitória, uma vez que os preços desses cortes também tendem a subir conforme aumente o consumo. “Esse é um comportamento momentâneo porque, para ter mais cortes, precisa de mais bovinos. E o problema atual não é só de demanda da carne, mas da cabeça do boi”, conclui o economista.

Um Bom Manejo Ajuda o Agricultor a Evitar Perdas com o Clima

 

Um bom manejo pode ajudar o agricultor a evitar perdas com as mudanças no clima

 

 Os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) demonstraram que o clima do planeta está mudando e que a elevação da concentração dos gases de efeito estufa é a principal causadora. Por exemplo, a concentração de CO2 na atmosfera, que em 1960 era de 315 ppm, hoje está acima de 412 ppm, além da velocidade de aumento dessa concentração estar cada dia sendo acelerada.

A agricultura é uma atividade dependente de fatores climáticos e a mudança no clima pode afetar a produção agrícola de várias formas. Seja por alterar a frequência de eventos extremos, relacionados com os regimes térmico e hídrico, ou pelo aumento dos problemas causados por pragas e doenças, entre outros.

A partir dos relatórios do IPCC, começaram a ser desenvolvidos estudos relacionados às mudanças climáticas em diversos locais do mundo e seus potenciais impactos na agricultura. No Brasil, a Embrapa tem trabalhado em alguns projetos de pesquisa envolvendo a questão do aquecimento global e a adaptação de culturas às novas condições ambientais esperadas.

Com o passar dos anos, o clima foi mudando e causando impactos, tanto positivos quanto negativos, na produção de alimentos.  Anderson Santi,  pesquisador em mudanças do clima da Embrapa Trigo, destaca os trabalhos realizados sobre emissão e sequestro de gases de efeito estufa e quais os sistemas que melhor se adaptam à realidade brasileira: “O sistema plantio direto trabalha toda a questão de solo e de planta e, automaticamente, envolve o clima porque esse sistema absorve bastante carbono, por meio de um dos principais gases de efeito estufa que é o CO2”, diz.

Segundo Santi, se o sistema plantio direto for trabalhado de forma adequada, conforme as recomendações técnicas, quando é mantida cobertura vegetal, com palhada no sistema o ano todo, o agricultor estará retirando CO² da atmosfera e, indiretamente, colocando-o no solo. “Essa cobertura orgânica, com plantas vivas e restos culturais, visa a proteger o solo contra o impacto direto da chuva e do vento, que causam erosão. Além disso, a cobertura do solo auxilia na regulação da temperatura, que fica menor, e pode favorecer as plantas e também contribuir para menor evaporação da água e assim manter o solo úmido por mais tempo. Ou seja, trabalhar corretamente o manejo, protegendo e favorecendo a reciclagem de nutrientes e não somente fazendo o uso de uma única cultura o ano todo, é uma alternativa viável e eficaz no combate dos impactos relacionados com extremos climáticos” afirma.

Gilberto Cunha, agrometeorologista da Embrapa Trigo, reforça que a mudança do clima global não necessariamente traz só inconvenientes para a agricultura brasileira. “Em muitos aspectos, essa mudança, se usada com inteligência estratégica, pode trazer benefícios. Como exemplo bem conhecido, a inovação e a criação de novos negócios, como foi o caso da indústria de biocombustíveis, que se estabeleceu no rastro da onda da economia verde associada à mudança do clima”, afirma.

O pesquisador também faz menção ao selo de sustentabilidade que a agricultura brasileira pode alcançar com a adoção predominante do sistema plantio direto. “Nas nossas áreas que estão em cultivo, da nossa produção pecuária ser baseada em pastejo direto pelos animais e da possiblidade de intensificação do uso da terra, sem a necessidade de abertura de novas fronteiras agrícolas em áreas intocadas, a partir da integração de sistemas de produção, a exemplo da Integração entre Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF). Além das inúmeras possibilidades abertas pela nova bioeconomia, em que os nossos recursos naturais, pela diversidade de espécies, podem nos conferir um diferencial competitivo relevante”, diz.

Outro aspecto destacado por Cunha é que, efetivamente, está chovendo mais no sul do Brasil. “Isso, especialmente para os cultivos de verão, no caso da soja, tem sido benéfico, inclusive para a incorporação de novas áreas cultivadas com essa oleaginosa na metade sul do Rio Grande do Sul, onde, historicamente, chovia menos”, conclui.

O grande desafio para as instituições que lidam com ciência, tecnologia e inovação para agricultura, finaliza Cunha, “é criar a capacidade de adaptação das plantas cultivadas, seja pela via da mudança genética, com biologia avançada, ou por meio de novas práticas de manejo que confiram maior resiliência aos nossos sistemas agrícolas para lidar com um clima em evolução permanente. O caminho é o da ciência!”

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Oportunidade para Comprar Lotes Agrícolas em Projetos de Irrigação na Bahia

 

Oportunidade para quem quiser comprar lotes agrícolas em projeto de irrigação na Bahia

 

Os interessados em adquiri lotes agrícolas em projeto público de irrigação na Bahia, já podem fazer suas inscrições. Podem participar, pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir um lote agrícola nos projetos públicos de irrigação mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). A Codevasf está disponibilizando para venda, por meio de processo licitatório, oito unidades parcelares empresariais no Projeto Público de Irrigação Formoso, setor H, situado no município de Bom Jesus da Lapa (BA). O recebimento da documentação e da proposta de compra do lote ocorre no próximo dia 24 de fevereiro.

A licitação será realizada de forma presencial na sede da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, em Bom Jesus da Lapa, no modo de disputa fechado, com regime de execução por preço unitário e critério de julgamento pelo maior oferta.

Para participar, as pessoas físicas e jurídicas interessadas devem atender às exigências do edital de licitação da Codevasf N.º 01/2021, entre elas a comprovação de regularidade junto às Fazendas Federal, Estadual e Municipal e de qualificação técnica e econômico-financeira. Não será permitido a participação de empresas consorciadas. Os proponentes poderão apresentar proposta financeira para aquisição de uma ou mais unidades parcelares, desde que haja compatibilidade com a sua capacidade econômico-financeira. Pessoas físicas e jurídicas que já ocupam lotes agrícolas em projetos públicos de irrigação implantados pela Codevasf também poderão participar da licitação.

O preço mínimo por hectare para áreas irrigáveis estabelecido no edital da licitação é de R$ 10.136,42. A Codevasf está ofertando um total de 461,9680 hectares irrigáveis do Projeto Público de Irrigação Formoso.

A oportunidade de iniciar um empreendimento em um dos projetos de irrigação da Codevasf com a garantia de usufruir de toda uma infraestrutura instalada é destacada pelo diretor da Área de Gestão de Empreendimentos e Irrigação da Codevasf, Napoleão Casado. “Os projetos públicos de irrigação mantidos pela Codevasf em diversos estados nordestinos são sinônimo de um ótimo investimento com retorno garantido. Temos a expertise no Brasil em implantação e gestão de empreendimentos de irrigação e contamos com uma moderna infraestrutura, modelo para outros empreendimentos do tipo. Os vencedores da licitação, sejam pessoas físicas ou empresas, terão total segurança quanto ao sucesso do seu empreendimento e serão parceiros da Codevasf para o desenvolvimento regional do Médio São Francisco baiano”, afirmou.

O edital da licitação e outros documentos do processo licitatório podem ser encontrados no endereço eletrônico https://licitacao.codevasf.gov.br/licitacoes/2a-superintendencia-regional-bom-jesus-da-lapa-ba/licitacoes-lei-13-303-2016/editais-publicados-em-2021/edital-no-01-2021/.

Agricultura Sustentável

 

Agricultura sustentável

Governo Federal institui sistema para monitorar Plano ABC 2021/2030

Sistema reforça compromissos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas e avança no monitoramento e adoção das tecnologias para o novo Plano ABC

O governo federal publicou nesta segunda-feira (25) o Decreto 10.606 que institui o Sistema Integrado de Informações do Plano Setorial para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (SIN-ABC) e também o Comitê Técnico de Acompanhamento do Plano Setorial para consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (CTAB).

Os colegiados serão responsáveis por monitorar o novo Plano ABC, que irá incorporar novas tecnologias e orientações para o avanço da agricultura de baixa emissão de carbono no país.

“O monitoramento será integrado e permitirá ao Mapa identificar a adoção das diferentes tecnologias de produção preconizadas pelo Plano ABC e sua contribuição no combate e no enfrentamento às mudanças do clima. Reunindo os dados provenientes de estudos avançados e dados de execução direta do Plano ABC, permitirá o contínuo aperfeiçoamento da política pública”, afirma a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini.

Como parte importante do SIN-ABC, a Plataforma ABC, coordenada pela Embrapa, avança na adoção de mecanismos de MRV (monitoramento, registro e verificação) que podem fortalecer o mercado de finanças verdes no Brasil.

Caberá ao Mapa coordenar o SIN-ABC. O Comitê Técnico é composto por representantes do Mapa, Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações, Ministério do Meio Ambiente, Banco Central, Observatório ABC e do setor agropecuário privado. De acordo com o decreto, convidados de outros órgãos e instituições poderão participar das reuniões, sem direito a voto. 

O decreto é parte da revisão da nova fase do Plano ABC 2021/2030, trazendo uma estrutura mais moderna e integrada de discussão dos avanços e adoção das tecnologias sustentáveis de produção. “O governo brasileiro reafirma seu compromisso com a agricultura de baixa emissão de carbono e a transparência das informações do novo plano ABC”.

O decreto atende as diretrizes da Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, que instituiu a Política Nacional de Mudanças sobre o Clima (PNMC) e criou os regramentos para implementação do Plano ABC.

“O sistema está mais participativo, vai reforçar a sustentabilidade do agronegócio e a promoção de uma agropecuária mais resiliente à mudança do clima”, destaca Mariane Crespolini.

Plano ABC

Em dez anos, o Plano ABC colheu resultados positivos. Quase 50 milhões de hectares em todo o país já adotam tecnologias preconizadas pelo plano, como integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto e fixação biológica de nitrogênio, de acordo com pesquisa científica realizada pela Embrapa e pelo Lapig/UFG.

O volume de financiamento para a agricultura sustentável ultrapassa R$ 20,8 bilhões e já existem mais de 26,8 milhões de hectares de pastagens degradadas recuperadas.

Outro destaque é o desenvolvimento da certificação “Carne Carbono Neutro”. Produtos com o certificado já estão disponíveis nas gôndolas dos supermercados e é garantia de que o gado é criado com manejo adequado das pastagens e em áreas com árvores plantadas (integração lavoura-pecuária-floresta), que neutralizam o metano exalado pelos animais, além de conferir maior bem-estar animal.

 

CI
 
PECUÁRIA

Qualidade da carne demanda cuidados em toda a cadeia

Todos esses cuidados começam com o bem-estar dos animais
Por:  

De acordo com Elaine Bedeschi, que é gerente de Qualidade da Divisão Beef da Marfrig Global Foods, a qualidade da carne depende de cuidados de ponta a ponta da cadeia. Ela escreveu um artigo que foi publicado pela CarneTec Brasil. 

“O bom manejo pré-abate deve começar no embarque na fazenda. O envio de lotes homogêneos, o trabalho tranquilo dos peões, sem correrias desnecessárias e sem cães ameaçando os animais, é importante para evitar o estresse do animal. Um ponto de atenção se refere ao embarcadouro, que não deve terminar em rampa, mas ser projetado para ter um último lance horizontal, pois isto evita com que os animais batam a garupa na entrada do caminhão boiadeiro, o que gera perda nesta região de cortes nobres”, comenta. 

O transporte também deve ter a atenção redobrada e ser feito nos horários mais frescos do dia. “O caminhoneiro tem de ter consciência de como ele pode interferir no bem-estar e qualidade do que transporta. A Marfrig, por exemplo, investe em treinamento dos condutores de veículos boiadeiros e, hoje, há um contingente satisfatório de motoristas bem preparados, para os quais estímulo e reconhecimento ajudam a manter esse ciclo positivo para a qualidade da carne”, completa. 

“Importante destacar que as condições de bem-estar dos animais interferem na qualidade da carne. Os animais não devem ser submetidos a situações de estresse, que consomem grandes níveis de glicose. O ácido lático produzido após o abate é o que causa acidez no músculo e permite uma série de reações necessárias para o processo de transformação de músculo em carne.  Quando as reações subsequentes, que correspondem à degradação natural das fibras musculares por enzimas presentes no próprio músculo, não se processam adequadamente, temos uma carne de baixa qualidade, ou seja, escura, dura e seca”, conclui. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Contaminação por Micotoxinas Causa Prejuízos na Criação de Cavalos

 

A contaminação por micotoxinas causa prejuízos na criação de cavalos

 

As micotoxinas são substâncias tóxicas e consideradas algo natural, resistente e invisíveis ao olho nu. O problema está justamente aqui, por ser algo natural, as micotoxinas podem ser encontradas em diversos locais como na pastagem, nas rações, nas forragens e até nos materiais utilizados para as “camas” do animal.

“Hoje, há centenas de tipos de micotoxinas e o verão é a estação “perfeita” para se desenvolverem. Portanto, é importante garantir que o local de armazenagem da silagem, forragem, fenos, pré-secados e rações esteja sempre livre de umidade e não deixar produto exposto à temperatura elevada”, explica a médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi, Claudia Ceola .

Os equinos são animais sensíveis às contaminações por fungos, como a micotoxina. O que o criador precisa entender é que esta contaminação é séria e pode trazer muitos prejuízos para o desempenho do animal e para o custo da produção.

O consumo de micotoxinas, mesmo que em baixos níveis, gera um impacto muito grande na saúde animal e consequentemente nos custos da criação. Uma vez que o cavalo é intoxicado, pode apresentar reduções significativas na imunidade, na taxa de prenhez, na eficiência produtiva e reprodutiva, além de poder causar perdas embrionárias e, em casos mais extremos, levar o animal a óbito.

A contaminação por micotoxinas em éguas pode provocar gestação prolongada, abortos, separação prematura do córion, placenta espessada, retenção de placenta, redução no consumo do alimento, cólicas, morte embrionárias e atraso nas taxas de prenhes. Nos potros, causa baixa transferência de imunoglobulina, potros fracos, aumento nos índices de pneumonia de aspiração e de casuística de natimortos e mortes súbitas.

Para evitar que o animal seja contaminado, é imprescindível oferecer um complemento nutricional balanceado para uso com forragens. Além destes complementos serem naturais, ou seja, à base de uma cepa específica de levedura, consegue ligar a maioria das micotoxinas existentes e excretá-las do organismo animal, proporcionando maior segurança à dieta. Este tipo de complemento proporciona incremento calórico e proteico à dieta, vitaminas, macro minerais e micro minerais de fontes nobres, como o Cobre e o Zinco Quelatados e o Selênio Orgânico.

Governo Libera de uma só vez Auxílio para mais de 196 mil brasileiros

 

Governo pagará de uma só vez auxílio para mais 196 mil brasileiros

 

O governo federal vai pagar, na próxima quinta-feira (28), mais de R$ 248 milhões de auxílio emergencial para 196 mil pessoas. A portaria do Ministério da Cidadania foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União, após análise das contestações e revisões decorrentes de atualizações de dados governamentais.

O grupo de beneficiários inclui cerca de 191 mil pessoas que contestaram a suspensão do benefício no site da Dataprev, entre 7 e 16 de novembro e entre 13 e 31 de dezembro de 2020, além de 5 mil pessoas que tiveram os pagamentos reavaliados em janeiro de 2021. Elas receberão de uma só vez todas as parcelas a que têm direito.

De acordo com o ministério, entre as 196 mil pessoas, há 8,3 mil que receberão a segunda, a terceira, a quarta e a quinta parcelas do auxílio emergencial. Outras 40,9 mil pessoas receberão as três últimas parcelas. Uma terceira faixa, de quase 68,1 mil cidadãos, receberá a quarta e a quinta parcelas. Por último, 78,3 mil vão embolsar somente a quinta parcela.

Os recursos serão depositados na poupança social digital da Caixa e já estarão disponíveis no dia 28, tanto para movimentação por meio do aplicativo Caixa Tem, quanto para saques e transferências para outros bancos.

Compras pela internet

Com o Caixa Tem é possível fazer compras na internet e nas maquininhas em diversos estabelecimentos comerciais, por meio do cartão de débito virtual e QR Code. O beneficiário também pode pagar boletos e contas, como água e telefone, pelo próprio aplicativo ou nas casas lotéricas, e transferir os recursos sem o pagamento de tarifas.

Para o saque em espécie, é preciso fazer o login no aplicativo Caixa Tem, selecionar a opção “saque sem cartão” e “gerar código de saque”. 

Depois, o trabalhador deve inserir a senha para visualizar o código de saque na tela do celular, com validade de uma hora. Esse código deve ser utilizado para a retirada do dinheiro, que pode ser feita nas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui ou mesmo nas agências.

Agência Brasil

Recuperação Judicial do Produtor Rural

 

RECUPERAÇÃO JUDICIAL DO PRODUTOR RURAL

Com a atual crise que vivemos, a recuperação judicial pode ser a última salvaguarda jurídica do produtor rural. Saiba como funciona e como pedir!

A atual crise mundial trouxe sérias consequências para a economia de todo o planeta, com perdas financeiras em muitos setores. Já no agronegócio, mesmo sofrendo consequências menos intensas quando comparado a outros setores, os prejuízos também foram sentidos. Para enfrentar esse momento, a recuperação judicial, prevista na lei 11.101/2005, representa um importante instrumento de salvaguarda.

Ela vem ajudando o produtor rural a enfrentar esse momento sem que ele seja obrigado a encerrar suas atividades.

Mas você sabe o que é a recuperação judicial? Sabe também como o produtor rural pode adotar esse instrumento jurídico para se manter na ativa e se reestruturar em tempos de crise? Conversamos com o Dr. Caius Godoy (Dr. Da Roça), advogado e sócio na AgroBox Advocacia em Agronegócios e temos as respostas.

O que é Recuperação Judicial?

Prevista na lei 11.101/2005 ora em vigência, a recuperação judicial é caracterizada como um importante instrumento de salvaguarda para o produtor rural que porventura passa por uma crise econômico-financeira, tal qual estamos vivenciando em decorrência da Covid-19.

Para o Dr. da Roça, esse é um instrumento adotado para evitar o encerramento precoce de suas atividades ou que a mesma sofra sérias consequências de uma inadimplência não resolvida, inclusive com provável perdimento de bens.

Podemos resumir a Recuperação Judicial como uma forma de processo judicial visando que empresas que estejam passando por dificuldades financeiras literalmente fechem suas portas (falência)”.

A empresa consegue isso mediante a apresentação de um plano aonde será estabelecido de qual forma ela pretende se recuperar, e com o objetivo de renegociar e alongar os prazos com os seus credores para o cumprimento das suas obrigações.

A Recuperação Judicial permite que devedor e credor sofram bem menos os efeitos de uma crise e possam assim continuar exercendo a sua função social. Podemos resumir como “um acordo que é intermediado pela justiça”, complementa.

O interessante é que essa forma de processo também pode ser aplicada aos Produtores Rurais, que podem ter os mesmos benefícios quando comparados às demais categoria da sociedade.

Quando e como produtores rurais podem solicitar sua recuperação judicial?

Estando dentro das exigências vigentes, Dr. da Roça explica que toda e qualquer empresa ligada ao agronegócio com exceção das dispostas na Lei 11.101/05 podem pedir a Recuperação Judicial.

Não existe um momento na vida da empresa para solicitar, independente de qual seja o motivo, gestão, crise e/ou outros. A dificuldade financeira que pode resultar em uma falência tem como “solução” jurídica a Recuperação Judicial, que junto a um advogado especializado, se viabiliza”.

Em recente entendimento do STJ (Superior Tribunal de Justiça) foi definido que os Produtores Rurais não precisam de um registro na Junta Comercial, condição exigida pela Lei 11.101/05, para solicitar a sua Recuperação Judicial.

Não há obrigação nem a necessidade de se comprovar os dois anos de inscrição. Essa comprovação deve ser realizada simplesmente pela sua atividade rural, o que no meu entendimento é justo, já que para o Produtor Rural exercer suas atividades esse registro nunca havia sido exigido. Como sabemos, em sua grande maioria os Produtores Rurais exercem suas atividades na Pessoa Física”.

Passa a passo para solicitar a recuperação judicial por produtores

Entendida a necessidade de solicitar a recuperação judicial do seu negócio, cabe ao produtor seguir um passo a passo até conseguir esse processo.

Em um primeiro momento, junto a um consultor/advogado, é preciso ter um cenário bem detalhado e o mais completo possível de toda situação financeira do devedor (produtor rural) e a partir disso, propor o chamado Plano de Recuperação Judicial. “É nele que serão expostas as maneiras encontradas para sanar os problemas e se recuperar”, completa.

A partir daí, existirão diversas etapas que irão ocorrer entre o peticionamento do pedido da Recuperação Judicial e a etapa mais delicada, que é cumprimento desta.

Por apresentar muitos detalhes, é extremamente importante o auxílio de profissionais experientes na área para que o Plano seja realmente executável e tenha grandes chances de êxito”, segue o especialista em direito do agronegócio.

Por fim, precisamos entender que a Recuperação Judicial é um procedimento complexo e longo que envolve profissionais experientes nesta área, funcionários e fornecedores.

Todos devem ter o mesmo compromisso, que é realmente recuperar esse Produtor Rural e/ou empresa relacionada ao Agro para que a mesma possa continuar a cumprir com a sua finalidade social, trazendo realização e satisfação a todos”, finaliza o Dr. da Roça

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

NE Recebe Incentivo Financeiro para Aumentar a Produção de Caprinos e Ovinos

 

Nordeste recebe incentivo financeira para aumentar a produção de caprinos e ovinos

 

A produção de caprinos e ovinos no Semiárido brasileiro ganha novo incentivo a partir do convênio entre Embrapa e Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que garantirá R$ 426 mil em recursos para desenvolvimento de atividades na Bahia, Paraíba, Pernambuco e Piauí, fortalecendo a rede de inovação dos polos do programa Rota do Cordeiro (coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional). O Termo de Execução Descentralizada (TED) para a cooperação já foi assinado.

Os recursos, financiados pela Sudene, serão utilizados para ações de melhoramento genético, sanidade animal, nutrição animal, segurança alimentar de rebanhos e capacitação de técnicos nos polos de atuação do programa, além da instalação de um núcleo avançado da Embrapa Caprinos e Ovinos no estado da Bahia. “É um prazer estabelecer esta parceria com a Embrapa para melhor fomentar pesquisa e desenvolvimento. Espero que seja a primeira de muitas”, afirmou o superintendente da Sudene, Evaldo Cruz Neto, que também levantou a possibilidade de, no futuro, lançar edital específico de financiamento para pesquisas relacionada às atividades de caprinocultura e ovinocultura.

As ações beneficiarão produtores rurais dos polos do Vale do Itaim (PI), Vale do Jacuípe (BA), Cariri Paraibano/Sertão Pernambucano, selecionados pelo estágio de organização que alcançaram a partir da infraestrutura de abate em funcionamento ou de coleta/processamento de leite caprino. Todos eles possuem também cooperativas de produtores estruturadas, que colaboram nos processos de inovação em outros projetos e programas com participação da Embrapa.

“Com o apoio da Sudene, teremos uma oportunidade de exercer um fomento qualificado, fazendo convergir políticas públicas para territórios onde caprinocultura e ovinocultura são atividades relevantes”, destacou o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim. Além da Rota do Cordeiro, os agricultores dos territórios selecionados também integram outros programas e políticas públicas, como o AgroNordeste (coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o InovaSocial (parceria entre Embrapa e BNDES).

Em cada um dos polos, serão desenvolvidas ações voltadas para as realidades locais. No Vale do Itaim (PI), polo com comercialização regular de 200 animais vivos por semana e com história de associativismo consolidada e inclusão de jovens e mulheres nas atividades produtivas, será implementado um programa de melhoramento genético de animais de corte e uma unidade de apoio laboratorial para serviço de assessoria nutricional que, em parceria com o IFPI, ajudará também na capacitação de estudantes locais.

Em Jacuípe (BA), com tradição de ovinocultura de corte, com abate de cerca de 300 animais por semana e frigorífico administrado por cooperativa, serão implementados plano de controle de doenças dos rebanhos e um programa específico para controle de verminoses, para minimizar as perdas produtivas e colaborar com programas de melhoramento voltados para obtenção de animais padronizados para as características do mercado.

Já no polo do Cariri Paraibano/Sertão Pernambucano, onde está localizada a maior bacia leiteira caprina do país, com 14 laticínios que processam leite de cabra e mais de 1500 produtores que têm na caprinocultura seu meio principal de sustento, a atenção será para a segurança alimentar dos rebanhos, com uso dos recursos para implantar Unidade de Referencia Tecnológica em ILPF e testes de cardápio forrageiro – estratégia de combinação de plantas forrageiras adequadas à realidade local.

Os recursos da cooperação também servirão para capacitação de técnicos nos três polos e para estruturar um núcleo avançado da Embrapa Caprinos e Ovinos, que ficará sediado em Cruz das Almas (BA), na Embrapa Mandioca e Fruticultura. A instalação desse núcleo visa facilitar a presença da Embrapa em diversas ações nos polos da Rota do Cordeiro nos estados do Piauí, Pernambuco e Bahia, melhorando a prospecção e o atendimento às demandas desses territórios.

Nota do Blog: O nosso RN, apesar de ser um grande produtor, fica de fora desse programa.

69% dos Beneficiados do Auxílio Emergencial não Encontram Nova Fonte de Renda

 

69% DOS BENEFICIADOS PELO AUXÍLIO EMERGENCIAL NÃO ENCONTRARAM NOVA FONTE DE RENDA



Pesquisa Datafolha ainda mostra que apenas 38% dos brasileiros fizeram reserva para quando a ajuda financeira acabasse


 

69% dos brasileiros beneficiados pelo auxílio emergencial não encontraram outra fonte de renda para substituir a ajuda financeira do Governo Federal. O balanço foi divulgado pela pesquisa Datafolha nesta segunda-feira (25).


A análise foi realizada por telefone entre os dias 20 e 21 de janeiro, com 2.030 pessoas, em todo o país. 


Desses, apenas 38% economizaram dinheiro para quando o benefício acabasse. O levantamento ainda mostra que 89% já parou de receber o dinheiro.

 

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.


O auxílio entrou em vigor no mês de julho, inicialmente de R$ 600 e, a partir de outubro, quando foi estendido até dezembro, no valor de R$ 300.

Controle das Verminoses em Ovinos Vai Além da vermifugação

 

CI
 
PECUÁRIA

Controle da verminose em ovinos vai além da vermifugação

O controle da verminose nos ovinos nem sempre é simples
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O controle da verminose nos ovinos nem sempre é simples, mas algumas medidas podem ser eficazes na prevenção e redução dos casos na propriedade.

Ovinos e caprinos são susceptíveis aos vermes em todas as suas fases de produção. A verminose é um problema grave e muitos produtores acabam desistindo da atividade por conta dos prejuízos. De acordo com a pesquisadora Simone Niciura, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), isso acontece porque é o problema sanitário mais frequente nas criações. “Quando não é controlada, ocorrem altas taxas de mortalidade nos rebanhos, principalmente dos cordeiros ou de raças mais sensíveis ou menos adaptadas aos trópicos. Além disso, há perdas produtivas, causadas pela diminuição no ganho de peso e no crescimento dos animais e queda na produção”, explica a pesquisadora.

O controle é ineficaz, na maioria dos casos, porque a estratégia utilizada é baseada sobretudo no tratamento com vermífugos. No entanto, com o passar do tempo, os vermes adaptam-se e tornam-se resistentes, principalmente pelo uso frequente e inadequado desses produtos.

Diferentes medidas podem ser utilizadas pelos ovinocultores para reduzir os casos de verminose na fazenda. O uso de ovinos mais resistentes é uma opção. “Esses animais toleram maior carga parasitária e não apresentam as mesmas perdas produtivas observadas nos ovinos mais sensíveis aos vermes. Isso pode ser obtido pela identificação e seleção de animais mais resistentes (e descarte de ovinos mais sensíveis), assim como pelo uso de raças mais resistentes na criação de animais puros ou para os cruzamentos”, conta Simone.

Outra maneira é a redução da contaminação das pastagens por meio da roçada para exposição dos parasitas ao sol, aumento do intervalo de tempo até a utilização do pasto novamente e, ainda, uso da pastagem para criação de outra espécie animal antes da nova introdução de ovinos. 

A nutrição também é importante. O produtor precisa fornecer alimentação adequada à necessidade de cada categoria. Animais com dieta precária ficam mais vulneráveis ao agravamento dos sintomas causados pela verminose.

A pesquisadora recomenda que os pecuaristas tenham cautela e façam a vermifugação apenas dos ovinos que realmente precisam ser tratados, ao invés de tratar todo o rebanho indiscriminadamente. Segundo ela, além disso, para que os vermífugos continuem a funcionar por um período maior, antes que os vermes desenvolvam resistência, deve-se utilizá-los de maneira correta. É essencial a identificação dos animais e o controle dos ovinos vermifugados. A dose do anti-helmíntico depende do peso e da indicação do fabricante, seguindo as recomendações da bula. O ideal é que o produtor tenha uma balança na propriedade para evitar super ou subdosagem. Dessa forma, a resistência no rebanho pode ser adiada e as perdas produtivas reduzidas.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Os Riscos da Degradação de Pastagens

 

Os riscos da degradação de pastagens em várias regiões do Brasil

 

A pecuária bovina brasileira é praticada predominantemente à pasto. Segundo dados do Mapbiomas, entre 1985 e 2018, a área de pastagens no País cresceu 43%, passando de 128 para 183 milhões de hectares. Estima-se que 70% dessa área, cerca de 130 milhões de hectares de pastagens, apresentem algum grau de degradação, situação que causa perdas na produção e prejuízos para os produtores rurais, nas diferentes regiões.

Pesquisas da Embrapa indicam que no contexto amazônico existem, aproximadamente, 15 milhões de hectares de pastagens degradadas. A principal causa do problema é a Síndrome da morte capim-braquiarão (cultivar marandu), doença que ocorre no Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, em áreas com solos mal drenados.

Replicada para outras localidades, a metodologia de zoneamento de risco de morte de pastagens indica as áreas com solos susceptíveis ao encharcamento, fator que tem contribuído para orientar a tomada de decisão dos produtores rurais. No Mato Grosso, estado detentor do maior rebanho bovino do País, com 29 milhões de cabeças, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo da Embrapa identificou mais de dois milhões de hectares de pastagem com algum estágio de degradação e indicou alto risco de ocorrência da Síndrome da morte do capim-braquiarão em 27,2% dos solos.

A predominância da pecuária bovina à pasto no território nacional impõe a necessidade de adoção de tecnologias para manter as áreas produtivas. Além de bem adaptadas às condições de clima e solos de cada região, as gramíneas resistentes podem ser cultivadas com diferentes leguminosas, especialmente com o amendoim forrageiro. A planta é persistente em solos com baixa capacidade de drenagem, rica em proteína bruta (entre 18% e 25%) e tem capacidade de capturar do ar e fixar na pastagem até 150 quilos de nitrogênio, por hectare, o correspondente a 330 quilos de ureia, em função da sua associação com bactérias que vivem na terra.

Estudos realizados com pastagens consorciadas com essa leguminosa, em sistema de cria e engorda, em propriedades rurais do Acre, confirmaram aumento de até 46% na produtividade do rebanho, em relação ao desempenho animal em pastos puros. “O consórcio com amendoim forrageiro ajuda a tornar o pasto mais produtivo e melhora a sua qualidade nutricional, em função da adubação natural e do aporte proteico, resultando em ganhos na produtividade do rebanho e economia para o produtor rural. No entanto, para garantir resultados eficientes na pastagem, essa prática deve ser aliada a procedimentos adequados de manejo, como o pastejo do gado sob rotação, para descanso e recuperação das forrageiras”, explica o pesquisador da Embrapa, Judson Valentim.

“É possível tornar a atividade pecuária mais produtiva e atender a exigências legais especificas do setor. A adoção de alternativas tecnológicas para intensificação sustentável desses sistemas gera benefícios em cadeia. Ganham os produtores, com o aumento da produtividade e lucratividade dos rebanhos; ganham as regiões, com o desenvolvimento econômico proporcionado pelos investimentos no segmento pecuário; e a população global, com uma produção mais limpa que favorece a manutenção e conservação de áreas nativas”, destaca o pesquisador da Embrapa.

Consulta Pública Sobre Regras Para Fabricação de Queijo Artesanal

 

Consulta pública sobre regras para fabricação de queijo artesanal vai até 24 de janeiro

A proposta é estabelecer boas práticas agropecuárias para as queijarias

Queijo do Serro 

A consulta pública,  pelo  Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), para colher as sugestões sobre as regras na fabricação de queijo artesanal vai até o dia 24 de janeiro de 2021. A Portaria de nº 186, publicada no Diário Oficial da União no dia 11 de dezembro de 2020, estabeleceu prazo de 45 dias para a coleta de sugestões sobre a proposta de instrução normativa.

A proposta elaborada pela Secretaria de Defesa Agropecuária e Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação tem como objetivo determinar as boas práticas na preparação de queijos artesanais – seguindo um modelo de protocolo com atributos de identificação e qualidade do queijo artesanal para a concessão do Selo Arte.

As sugestões tecnicamente fundamentadas devem ser encaminhadas pelo Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá fazer um cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Garantia Safra

 

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GARANTIA-SAFRA

Benefício do Garantia-Safra será pago até 30 de janeiro

Pagamento já começou para quase 22 mil agricultores familiares prejudicados pela estiagem em Minas Gerais

 Vinte e um mil, novecentos e oitenta e sete agricultores familiares de 68 municípios, do Semiárido mineiro, já estão aptos a receber o pagamento do Programa Garantia-Safra, do período 2019/2020. O pagamento do benefício que começou na última segunda-feira (18/1) e segue até o dia 30/1, será feito em parcela única de R$ 850. A data pode variar, dentro do período citado, pois depende do Número de Identificação Social (NIS) de cada agricultor. Ele obedece o calendário de pagamento de outros benefícios sociais como por exemplo, o Bolsa-Família.

“Podem receber os agricultores que se inscreveram em setembro ou outubro e pagaram o valor de R$ 17. É necessário que o município também tenha aderido ao programa, assim como o Estado, uma vez que se trata de uma iniciativa do governo federal, mas realizada em parceria com os governos estaduais, municipais e agricultores familiares. Em Minas Gerais nós temos 100 municípios inscritos. Por enquanto, saiu para os 68 municípios que já comprovaram as perdas”, explica a coordenadora técnica estadual do Programa Garantia-Safra, Eunice Ferreira dos Santos.

Em função da pandemia da covid-19, o governo federal vai continuar pagando de uma vez, o que normalmente é dividido em cinco frações de R$ 170. A Portaria nº 2, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que determina o pagamento do benefício, também foi publicada na última segunda-feira.

Têm direito a receber o benefício os agricultores com renda mensal de até um salário mínimo e meio, que plantaram entre 0,6 a 5 hectares, de produtos como feijão, milho, arroz, mandioca e algodão, e tiverem perdas comprovadas, por estiagem ou excesso de chuva. O prejuízo deve ser igual ou superior a 50% da produção. É necessário que o agricultor possua a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa.

O Garantia-Safra é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O objetivo é garantir a segurança alimentar de agricultores familiares da Região Nordeste do país e de parte de Minas Gerais, em municípios do Norte, Vale Jequitinhonha e alguns do Vale do Mucuri.

Agricultores aprovam benefício

A maior parte dos agricultores familiares do Semiárido mineiro, contemplados pelo Garantia-Safra, comemora o auxílio que ajuda a amortecer os impactos da seca na região. O recurso é usado, principalmente, para repor gastos com as atividades agrícolas e a compra de alimentos para a família e para os animais de criação da propriedade.

Carlos Antônio Araújo, da comunidade rural de Calhau, no município de Montes Claros, Norte do Estado, está entre os contemplados. “É um benefício muito bom. Ajuda muito a nossa região. Por exemplo, como não temos trator para fazer a gradeação da terra, pagamos o serviço do nosso bolso e repomos com o dinheiro do Garantia-Safra. Também podemos comprar sementes para plantar”, enaltece. Além de cultivar em sua propriedade, Carlos Antônio planta como meeiro em terras de outro produtor.

Conhecido como Carlinhos, o lavrador costuma plantar de 1,5 a 2 hectares de milho, feijão e mandioca, todo ano, na esperança de ter uma boa colheita. “A gente gasta muito na plantação. Plantamos porque está no sangue e a gente não aguenta ficar sem essa tarefa, mas a seca castiga muito. Aqui quando a gente colhe milho, não colhe feijão. Quando colhe feijão, não colhe milho. E assim vai”, explica.

Ele conta que a região está há duas semanas sem chuvas e prevê que, se não chover nos próximos dias, a tendência é perder a maioria das plantações. “Se esse ano cair de três a quatro 'chuvadas' teremos uma expectativa boa, mas se não, a colheita será de apenas 40%. No ano passado, na hora de produzir, tivemos perda total de milho e feijão”, revela.

Em Salinas, no Norte de Minas, o agricultor familiar Antônio Gilberto dos Santos, da Fazenda Canela D’Ema Alecrim, admite também que, sem o Garantia-Safra, a família ficaria desamparada. Segundo ele, o município sofre com estiagens prolongadas, que destroem as lavouras, há uma década. Com a próxima parcela de R$ 850, Antônio Gilberto planeja comprar milho para alimentar as galinhas. As aves são criadas para o sustento do grupo familiar, que também costuma plantar milho, feijão, mandioca e algumas hortaliças.

“O Garantia-Safra ajuda muito, muito mesmo, é uma mão na roda pra gente comprar o milho das criações, pois há dez anos estamos perdendo lavouras”, afirma. Segundo Antônio Gilberto, ele está com uma lavoura formada pelo plantio de quinze quilos de milho, que comprou com recursos próprios, subsidiados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, do qual é sócio. “Alguns pés já estão começando a soltar pendões e estão bonitos, mas tem uma parte da roça que está morrendo. A seca aqui é brava. Tem hora que até os pastos das criações morrem. Não escapam não. A temperatura está dando 28, 29, 30 ou mais graus. Quente, quente”, repete.

Sem perder a esperança, no entanto, o agricultor de Salinas afirma que há cerca de 25 dias não chove no município, mas que, “se Deus quiser, chega a hora e a gente acerta”. Bem-humorado, revela que também cria “uns porquinhos, porque de vez em quando é bom limpar as barbas”.

Brasil

Mais de 197 mil agricultores familiares, em 249 municípios de oito estados brasileiros, receberão o pagamento do Garantia-Safra referente à safra 2019/20. Neste mês, receberão o pagamento, agricultores de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Piauí. O montante autorizado chegará a mais de R$ 168 milhões.

Na prática, União, estados e municípios, além do próprio agricultor, pagam uma quota-parte para que, no caso de perda de safra, o trabalhador seja reembolsado com um benefício anual e possa ter o risco social diminuído

domingo, 24 de janeiro de 2021

REutilização de Água Para Irrigar Hortaliças

 

A reutilização de água para irrigar hortaliças passando por uma nova Estação de tratamento de esgoto

 

Os pesquisadores da Embrapa obtiveram resultados parciais promissores ao analisar o padrão de qualidade da água residuária a ser utilizada para irrigação das plantas. Trata-se do primeiro passo no processo de validação do modelo de estação de tratamento de esgoto (ETE) de baixo custo proposto por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Embrapa Hortaliças (DF), em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

Os ensaios avaliaram a qualidade da água residuária e estabeleceram comparações com a água proveniente de um córrego das proximidades dos campos experimentais. “Em todas as parcelas cultivadas com alface, independentemente da fonte da água de irrigação ou do sistema de produção, o resultado foi idêntico: não houve contaminação nem qualquer diferença nos índices de produtividade”, assegura o engenheiro ambiental Carlos Eduardo Pacheco, pesquisador da Embrapa.

Os plantios de alface foram irrigados por gotejamento porque a água residual entra em contato com o solo e não com as folhas, o que minimiza o risco de contaminação. “Quando se utiliza reuso de efluente tratado para irrigar hortaliças, por uma questão de segurança adicional, não se recomenda a irrigação por aspersão diretamente nas folhas, ainda que o efluente tratado apresente máxima qualidade”, adverte o pesquisador.

Além da verificação das duas fontes de águas para irrigação das alfaces, a pesquisa também testou a qualidade do solo e diferentes tipos de cobertura, sendo: solo nu como base de comparação, plantio direto com milheto, mulching plástico preto, e mulching plástico dupla face. Todos os sistemas apresentaram índices de produtividade semelhantes e plantas com qualidade microbiológica adequada ao consumo.

Não foi detectada em qualquer parcela a presença de coliformes termotolerantes nas alfaces colhidas, o que seria impedimento para a comercialização das hortaliças. Esse resultado preliminar já atesta a eficiência da qualidade da água gerada pela estação de tratamento.

A estação de tratamento possui uma configuração compacta e foi dimensionada para dar vazão a um fluxo de efluentes gerado por até 500 pessoas, o que equivale a um volume diário de 50 m3 (50 mil litros), tendo seu custo de implantação estimado em R$ 80 mil. “O sistema em questão apresenta um custo significativamente inferior aos modelos de tratamento de efluentes individuais, que geralmente atendem somente a uma família. Há a possibilidade de escalonar esse resultado para todas as famílias integrantes de uma comunidade, com a ETE dimensionada de acordo com o número de beneficiários. Ou seja, pode-se atender mais pessoas com um investimento comparativamente menor ao dos sistemas individuais”, analisa Heithel Silva, coordenador técnico do IICA-Brasil, que representa a instituição nessa parceria, juntamente com o agrônomo Rodolfo Daldegan, especialista em Projetos do mesmo instituto.

sábado, 23 de janeiro de 2021

Desmame de leitões Exige Cuidados e Melhoria na Suplementação Alimentar

 

O desmame dos leitões exige cuidados e melhoria na suplementação alimentar

 

O desmame dos leitões é uma das fases de produção em que o suinocultor deve ser mais cauteloso. Decisões tomadas neste período podem impactar diretamente na produção animal e, consequentemente, na qualidade da carne que chega à mesa do consumidor. As escolhas se iniciam já na opção de como será realizado o desmame: alojamento dos leitões em creches a partir da separação brusca de mãe e filhote ou fornecimento de ração em forma de papinha ou farelada durante a maternidade para que o animal se adapte gradualmente ao novo tipo de dieta.

Apesar de o tempo médio do desmame ser de 21 a 28 dias, a idade correta para iniciar a nova alimentação deve ser fundamentada no objetivo final do produtor. Se a meta for a criação do maior número de leitões ao ano, a amamentação deve ser interrompida mais cedo. O nutricionista animal da Quimtia, José Luiz Schneiders, afirma que existem consequências nessa escolha. “Mesmo com o auxílio de rações substitutas ao leite da matriz, leitões que são desmamados por volta dos 28 dias tem o desenvolvimento e a engorda melhores em relação aos que passaram por esse processo prematuramente”, explica.

Mesmo que a mudança de alimentação dos filhotes seja um momento de muito estresse para os animais, existem maneiras de amenizar a situação, como a inserção de uma dieta sólida enquanto ele ainda está sendo amamentado pela porca. Um dos caminhos para auxiliar nesse processo é oferecer rações com alta palatabilidade e digestibilidade.

“Tanto durante a fase de desmame quanto no pós, as rações devem ser desenvolvidas com ingredientes altamente digestíveis, com fontes nobres de proteína, relação ideal de aminoácidos, ingredientes lácteos e aditivos que auxiliam na saúde intestinal dos leitões”, conta Schneiders.

Para os animais se adaptarem de forma mais tranquila às mudanças, o foco não deve ser apenas na nutrição, mas também no ambiente em que serão inseridos e no manejo sanitário necessário. Leitões adoecidos não consomem ração e, ainda que venham a se alimentar, os nutrientes recebidos são direcionados ao combate da doença e não seu desenvolvimento, o que prejudica a produção.

Sanidade Animal de Caprinos e Ovinos

 

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SANIDADE ANIMAL

Programa inicia diagnóstico de doenças visando melhorar a sanidade de caprinos e ovinos

O material será coletado em mil caprinos e mil ovinos
Por:

Uma equipe formada por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos e da Fundação de Apoio ao Instituto Federal da Paraíba (Funetec) realiza, a partir desta semana, um trabalho de verificação das condições de sanidade dos rebanhos da região de Pintadas (BA). Os profissionais visitarão cerca de 60 propriedades, durante 15 dias, onde farão a coleta de sangue nos animais. A atividade faz parte do Programa AgroNordeste, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que tem Embrapa e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)/Projeto Dom Hélder Câmara entre as instituições parceiras.

O material será coletado em mil caprinos e mil ovinos, de aproximadamente 60 propriedades do município de Pintadas e adjacências, em um raio de 100 km, indicadas por representantes do FrigBahia, frigorífico especializado na produção e comercialização de carnes especiais de cordeiros e cabritos. De acordo com o pesquisador da Embrapa Rizaldo Pinheiro, serão diagnosticadas oito doenças, a fim de verificar a sanidade dos rebanhos. Além disso, será feito um banco de DNA, que poderá ser utilizado para melhoramento genético e para pesquisa de micro-organismos.

Levantamento de resistência à verminose

Outra atividade realizada será a capacitação de uma equipe da Funetec e do FrigBahia para a coleta de fezes dos animais e envio das amostras para análise na Embrapa, com o objetivo de verificar a resistência dos rebanhos da região à verminose. A partir do final do mês de janeiro, serão agendadas outras visitas para coletar esse material e realizar o exame ocular Famacha em cerca de 40 propriedades do território da Bacia do Jacuípe (BA).  Ainda em 2021, serão feitos testes da vacina contra a verminose nos rebanhos da região.

Programa AgroNordeste

O programa AgroNordeste envolve os nove estados do Nordeste e Minas Gerais, contemplando 230 municípios. O público-alvo é de pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda têm dificuldades para expandir o negócio. 

O Programa é liderado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e desenvolvido em parceria com a Embrapa e instituições como Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)/Projeto Dom Hélder Câmara, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar),  o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

IDIARN Informa quem não Vacinou ou Declarou o Rebanho na 2ª Etapa...

 

COMUNICADO - IDIARN emite comunicado sobre a 2ª etapa da campanha para declaração do rebanho

Devido a pandemia do novo coronavírus, o atendimento do IDIARN está sendo realizado até às 13 horas.


Fonte: Assessoria de Imprensa Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN

 

Ação para Diadnosticar Doenças em caprinos e Ovinos no Semiárido

 

Mapa e Embrapa iniciam ação para diagnosticar doenças em caprinos e ovinos no Semiárido e melhorar sanidade de rebanhos

Pesquisadores irão visitar propriedades e coletar material dos animais para exames

A partir desta semana, 60 propriedades do município de Pintadas (BA) e entorno receberão a visita de uma equipe formada por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos e da Fundação de Apoio ao Instituto Federal da Paraíba (Funetec) para verificação das condições de sanidade dos rebanhos da região. A ação está inserida no Programa AgroNordeste, liderado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e visa promover a inovação tecnológica em microrregiões onde a produção de caprinos e ovinos é a principal fonte de renda.

A iniciativa também ocorre no âmbito do Projeto Dom Helder Câmara (PDHC), desenvolvido pelo Mapa, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), e cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), cujo objetivo é reduzir os níveis de pobreza e de desigualdades no Semiárido, qualificando os produtores para desenvolverem uma produção sustentável e a replicação de boas práticas.

“Essa parceria com a Embrapa visa superar, por meio da inclusão tecnológica e social, os principais desafios à produção sustentável de carne, leite e seus derivados de caprinos e ovinos, contribuindo para o aumento da renda no Semiárido. É uma iniciativa que prevê a capacitação de produtores, a troca de conhecimentos, a ampliação do acesso ao mercado dos produtos, entre outras atividades focadas no fomento dessas cadeias produtivas que têm um grande potencial de desenvolvimento”, ressalta o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke.

Atividades

Durante 15 dias, os profissionais farão a coleta de sangue nos animais em um raio de 100 km. O material será coletado em mil caprinos e mil ovinos de propriedades do município, indicadas por representantes do FrigBahia, frigorífico especializado na produção e comercialização de carnes especiais de cordeiros e cabritos. Serão verificadas a presença de oito doenças, a fim de verificar a sanidade dos rebanhos. Além disso, será feito um banco de DNA, que poderá ser utilizado para melhoramento genético e para pesquisa de microorganismos.

Uma equipe da Funetec e do FrigBahia será capacitada para a coleta de fezes dos animais e envio das amostras para análise na Embrapa, com o objetivo de verificar a resistência dos rebanhos da região à verminose.

A partir do final do mês de janeiro, serão agendadas outras visitas para coletar esse material e realizar o exame ocular Famacha em cerca de 40 propriedades do território da Bacia do Jacuípe (BA). Ainda em 2021, serão feitos testes da vacina contra a verminose nos rebanhos da região.

Profissionalização

O diretor do Departamento de Estruturação Produtiva da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, José Paulo de Almeida, lembra que nos últimos dez anos, a população de caprinos e ovinos na Região Nordeste cresceu consideravelmente, demonstrando a alta adaptabilidade da atividade à região e à cultura local. “Com o crescimento, veio também a necessidade de um processo de profissionalização destas atividades”, destaca.

A parceria firmada entre a Secretaria e a Embrapa Caprinos e Ovinos tem como objetivos: a promoção da inovação tecnológica em microrregiões onde a produção de caprinos e ovinos é a principal fonte de renda, com capacitação à distância e presencial de produtores; uso de ferramentas de comunicação para intercâmbio de soluções tecnológicas; e a agregação de valor e acesso ao mercado de produtos da caprinocultura e ovinocultura.

O orçamento total previsto para as ações é de R$ 1,180 milhão.

AgroNordeste

Lançado pelo Mapa, em 2019, o AgroNordeste tem o propósito de impulsionar o desenvolvimento econômico, social e sustentável do meio rural da região. O programa, que envolve os nove estados do Nordeste e Minas Gerais, contemplando 230 municípios, conta com a participação de várias instituições parceiras. O público-alvo é de pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda têm dificuldades para expandir o negócio.