sexta-feira, 30 de abril de 2021

NE Terá Programa de Ampliação de Agricultura Irrigada

 

Nordeste terá programa de ampliação de agricultura irrigada

Mapa e BNB lançam Profinor, programa que vai oferecer crédito facilitado para produtores instalarem ou modernizarem sistemas de irrigação e assistência técnica

 

Você sabia que 100% da produção nacional de melão está localizada no Nordeste do Brasil? E que 80% das frutas exportadas são cultivadas nessa região? Esses resultados têm larga relação com a agricultura irrigada, tendo vários de seus polos baseados no desenvolvimento dessa tecnologia.

Para estimular o crescimento da agricultura irrigada no Nordeste, norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)  e o Banco do Nordeste (BNB) lançaram, nesta quinta-feira (29), o Programa de Fomento à Agricultura Irrigada no Nordeste (Profinor).

O programa tem como meta ampliar a área de agricultura irrigada na região em 80 mil hectares até 2024, além da modernização de 8 mil hectares de sistemas de irrigação obsoletos.

>> Veja aqui a live de lançamento do Profinor

A promoção do desenvolvimento sustentável ocorrerá por meio de crédito aos produtores rurais para que possam instalar ou trocar equipamentos de irrigação por outros mais eficientes e também instalar sistemas de energia alternativa.  

“A partir da linha de crédito criada pelo BNB, os pequenos e médios produtores rurais da região poderão agora ter acesso facilitado tanto a recursos para a implantação ou expansão de projetos de irrigação e drenagem, como também à assistência técnica necessária para que seus projetos sejam economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis”, destacou a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) na live de lançamento.

A ministra acrescentou que a missão do Mapa é oferecer ao Nordeste “as mesmas condições da produção agropecuária do Centro-Sul”. “Conciliaremos aumentos de produtividade e diversificação da produção com incrementos na renda e na qualidade de vida do produtor, além de benefícios incontestes para o meio ambiente”.

Recursos

Produtores rurais e empresas da Região Nordeste, do norte de Minas Gerais e do norte do Espírito Santo que tenham interesse em implantar a agricultura irrigada ou que precisem modernizar ou expandir o sistema de irrigação poderão contar com R$ 900 milhões em crédito por meio do Profinor. Os recursos são provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), BNB Agro Inovação e Pronaf, com taxas de juros que variam de 4,38% a 4,78% ao ano, dependendo do porte do produtor (pequeno, médio e grande) e com bônus de adimplência. O crédito será operacionalizado pelo Banco do Nordeste.

“Temos grandes celeiros no Nordeste e precisamos dar dinamicidade a esses polos de desenvolvimento com a produção agrícola pelo emprego de novas tecnologias, melhoria de processos e concessão de outorgas. Que possamos melhorar a produtividade e o agronegócio do Brasil olhando para o Nordeste”, ressaltou o presidente do BNB, Romildo Rolim.

Os itens que poderão ser financiados pelo Programa são: aquisição de sementes e mudas para cultivos irrigados; implantação das culturas sob irrigação; aquisição de insumos para áreas irrigadas; aquisição de equipamentos de irrigação, bombas e sistemas de adução de água; construção de barramentos e açudes para acúmulo de água para irrigação; financiamento de sistemas/equipamentos para manejo da agropecuária irrigada; sistema de energia de fontes alternativas e convencionais; custeio agrícola.

Para o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, o programa atende aos anseios de produtores do Nordeste. “Temos terras muito produtivas e condições de duplicar as áreas irrigadas para transformar o Nordeste numa região empreendedora e moderna”.

No caso da contratação de assistência técnica específica para agricultura irrigada, serão priorizados os territórios definidos dentro do AgroNordeste, programa do Mapa para alavancar cadeias produtivas da região. 

Área irrigada

Dados do Censo Agropecuário de 2017 e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) mostram que a área irrigada no Brasil é de aproximadamente 7 milhões de hectares, o que corresponde a 3% da área agricultável. A relação média mundial entre área irrigada e agricultura de sequeiro é de 20%, no Brasil esse índice é de apenas 10% da área plantada, ou cerca de 8,2 milhões de hectares.

Existem 55 milhões de hectares, ocupados atualmente pela agricultura de sequeiro e por pastagens, aptos para irrigação, de acordo com pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo – Esalq/ USP, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Foto: iStock/Mapa


No Profinor, o produtor rural, com apoio de extensionistas, definirá em qual lavoura pretende colocar sistema de irrigação. Uma das cadeias produtivas a serem beneficiadas é a de frutas, como lavouras de manga, uva e banana e citrus. O potencial para a produção de frutas com alto valor agregado é grande, e ainda há espaço para incrementar a partir da irrigação do solo, bem como o desenvolvimento social, econômico e ambiental.

“Acreditamos que com ciência e tecnologia vamos mudar o cenário do Nordeste brasileiro, levando a riqueza do agro. Fazer agricultura irrigada inteligente atendendo ao binômio de produção com sustentabilidade”, disse o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo.

Participaram do evento o secretário-adjunto de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação e diretor do AgroNordeste, Cleber Soares; o diretor substituto do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação, Gustavo Goretti;  o secretário executivo substituto do Ministério do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, que representou o ministro Rogério Marinho; e o superintendente do Banco do Nordeste, Luiz Sérgio.

Mercado Volante da Cobal

 

 "Mercado Volante COBAL"

Uma carreta que trazia esperança de abastecer as despensas dos trabalhadores do DF e de todo o Brasil, em lugares distantes.
Geralmente uma vez por semana, encostava em alguma cidade.
A Companhia Brasileira de Alimentos--COBAL, foi criada pelo governo João Goulart em 1962.
Postado por Fernando Caldas. 

Nota do Blog: Me lembro com saudades do mercado volante da cobal. Os preços eram excelentes, principalmente os Secos e Molhados. Hoje, nem para o produtor rural a cobal dispõe desse serviço. Tempos bons.



 

CI
 
PRIMEIRO TRIMESTRE

Veja os preços dos principais produtos agropecuários

Pesquisadores analisaram os 15 principais produtos agropecuários
Por:  

Nesta quinta-feira (29.04) o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou uma análise sobre Mercados e Preços Agropecuários, O documento apresenta o acompanhamento dos preços domésticos e internacionais e o balanço de oferta e demanda dos 15 principais produtos agropecuários brasileiros, que são os mais representativos para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário, para a balança comercial e para o abastecimento do mercado doméstico. 

As maiores valorizações em janeiro, fevereiro e março de 2021 em relação aos três primeiros meses de 2020 foram na soja (94,2%), no algodão (66,3%), no milho (61,7%), no boi gordo (52,4%) e no trigo (51%).

De acordo com o Ipea, as principais commodities agropecuárias continuaram sendo impactadas pelo câmbio e pela alta dos preços internacionais. No entanto, o câmbio também teve efeitos adversos sobre as culturas brasileiras que dependem de insumos importados, já que encarecem o custo de produção. A China e os países asiáticos seguem como os principais destinos das exportações brasileiras e a demanda aquecida e os estoques baixos explicam parte da alta dos preços internacionais. A queda na renda das famílias e a redução no funcionamento de bares e restaurantes são fatores que podem ter contribuído para a redução da demanda interna e, consequentemente, para a queda dos preços domésticos do arroz, do leite, das carnes suína e de frango, além dos hortifrutícolas. Em relação à oferta doméstica, as restrições de disponibilidade que impulsionaram os preços do milho, do café, dos etanóis, dos bovinos e dos ovos devem ser mantidas no próximo trimestre.

A soja segue sendo o principal produto do agronegócio brasileiro. Para 2021, há expectativa de recorde nas exportações, que devem chegar a 85,6 milhões de toneladas, o que corresponde a aproximadamente 50% das exportações mundiais. No caso do milho, há tendência de alta nos preços em virtude do clima seco que atrasou a semeadura do produto. Há cenário favorável a partir do segundo semestre, caso o clima contribua para a evolução da segunda safra, com produção que corresponde a mais de 2/3 da oferta nacional.

Apesar das exportações brasileiras de café arábica terem crescido 30,5% em março deste ano frente ao mesmo período de 2020, há expectativa de alta oscilação nos próximos meses por conta do início da colheita da safra 2021-2022 no país. A falta de chuvas em algumas regiões do país e os efeitos da bienalidade negativa explicam a estimativa de queda de 32,4% na produção deste tipo de café, que representa 77% da produção nacional.

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e a China é um importante destino do item (uma vez que o país importou em 2020 um volume superior às necessidades de consumo interno). Isso pode fazer com que o país diminua as compras externas este ano.

No caso do arroz, há expectativa de retomada do consumo no segundo trimestre de 2021, após as vendas aquém do esperado nos primeiros meses do ano. No cenário mundial, o aumento na demanda da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos pode ser a razão para a alta dos preços internacionais a partir de março de 2020.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Ampliação da Área Livre da Praga da Mosca das Frutas Aumenta as Exportações

 



 

RN: ampliação da área livre da praga mosca-das-frutas pode aumentar exportações


IDIARN
RN terá mais municípios aptos a atender as exigências dos países importadores

O projeto, apresentado pelo IDIARN ao MAPA, trata da ampliação da Área Livre da Praga Mosca-das-fruta (Anastrepha grandis) – ALP que hoje é composta pelos municípios de Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Baraúna, Assu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Porto do Mangue e Upanema, e somam uma área de 8.409 km².

A partir de hoje a área livre da praga incluirá também os municípios de Apodi, Governador Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Macau, Pendências, Jandaíra e Pedro Avelino, e passa agora a ter 15.077 km, praticamente dobrando a área produtiva e apta a exportação.

"Essa conquista é muito importante para o produtor potiguar e todo o setor, pois assim teremos mais municípios aptos a produzir para o mercado de exportação, atendendo assim às exigências dos países importadores que caracterizam a espécie Anastrepha Gandis como praga quarentenária, impondo assim restrições fitossanitárias às importações de frutos de melão, melancia, abóbora e pepino.

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN é o responsável por garantir as ações de monitoramento dentro da área livre. Essas ações servem para garantir a certificação fitossanitária de origem nas áreas de plantio, assegurando a ausência da praga mosca-das-frutas dentro da área autorizada para exportação, além de também garantir a realização dos acordos internacionais de exportação de frutos frescos de melão e melancia, assegurando os mercados conquistados pela fruticultura do Estado. Em virtude de atender às normas internacionais, em setembro do ano passado, o Rio Grande do Norte exportou sua primeira carga de melão para a China. No total, foram três toneladas do melão pele de sapo, produzido em Mossoró, um dos municípios da área livre da mosca-das-frutas.

“O projeto é de extrema importância para a economia do Rio Grande do Norte, visando a consolidação do mercado chinês para a exportação do melão potiguar, além de incentivar novos ciclos de geração de emprego no Estado”, afirmou Mario Manso, Diretor-geral do IDIARN.

Crescimento nas Exportações do Algodão Brasileiro

 

Crescimento nas exportações do algodão brasileiro

 

O aumento foi de 58%  para as exportações de algodão em março/21. O setor algodoeiro brasileiro segue avançando e quebrando marcas históricas. Durante março, o Brasil registrou um novo recorde de exportações de algodão, com as vendas externas totalizando 221.948 toneladas da pluma, 58% acima do volume embarcado no mesmo mês de 2020, tornando-se o melhor mês de março da história dos embarques. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em seu relatório de safra.

Nos primeiros oito meses da temporada de exportações 20/21, os embarques chegaram a 1,943 milhão de toneladas de algodão, com destaque para China, que reassumiu o primeiro lugar do ranking de maiores compradores com 57,6 mil toneladas importadas no mês de março/21, seguida pelo Vietnã. Ainda que em quinta posição no ranking nacional de hectares destinados ao cultivo de algodão (23.032), Mato Grosso do Sul segue na liderança da produtividade, juntamente com a Bahia. Ambos estados estimam uma produtividade de 300 arrobas por hectare na safra atual. Segundo a Ampasul – Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão, isso se deve ao nível tecnológico investido pelos agricultores e a condição climática favorável na principal região produtora do estado.

“Os números de produtividade e qualidade demonstram que estamos no caminho certo. Assim como todos os setores, passamos por um período difícil com a pandemia, mas com muito empenho, trabalho e dedicação, os produtores têm superado cada obstáculo, contribuindo para essa marca histórica de exportação de fibras do Brasil. É sempre bom lembrar que vai além de produzir e exportar qualidade e quantidade, somos [Brasil] o maior produtor ofertante de algodão sustentável do mundo”, ressalta o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann.

Os dados divulgados pela Abrapa, integram o documento: Relatório de Safra – Principais indicadores da temporada de exportações de algodão 2020/2021. O material divulgado ainda apresenta previsões atualizadas da safra em andamento, apontando que o país pode alcançar um outro recorde histórico, chegando a 3,5 bilhões de dólares de superávit na balança comercial do algodão, até o final da temporada de exportações.

Caatinga é Fonte de Oportunidades Para Produtos e Alimentos Diferenciados

Dia Nacional da Caatinga

Com biodiversidade única, Caatinga é fonte de oportunidades para produtos e alimentos diferenciados

Mapeamento aponta espécies com potencial para fabricação de cosméticos naturais. Um dos destaques é a cera de carnaúba

Com cerca de 844.453 Km², a Caatinga representa aproximadamente 70% da área da Região Nordeste e 10% do território nacional.

O bioma abriga em torno de 28 milhões de pessoas, nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão e parte da faixa norte de Minas Gerais. Nas comunidades indígenas, os primeiros habitantes da região a chamavam assim porque na estação seca a maioria das plantas perde as folhas, prevalecendo na paisagem a aparência clara e esbranquiçada dos troncos das árvores. Daí o nome Caatinga, que significa “floresta branca”.

Localizado na região semiárida, a Caatinga, é o único bioma exclusivamente brasileiro, com fauna e flora diversificadas e diversas espécies endêmicas, isto é, que só ocorrem nesse bioma. De acordo com especialistas, a flora da Caatinga é uma fonte interminável para a elaboração de produtos baseados na biodiversidade, com um enorme potencial, por exemplo, para a fabricação de fitoterápicos e fármacos.

O bioma abriga três espécies vegetais com potencial para mercados diferenciados, de acordo com mapeamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Extrato de melão de São Caetano, extrato de arnica e cera de carnaúba estão entre as 26 cadeias de valor identificadas pelo projeto ArticulaFito - Cadeias de Valor em Plantas Medicinais, o maior mapeamento de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias já realizado no Brasil. Os três produtos - com origem no Rio Grande do Norte (RN) - são considerados promissores para o mercado de cosméticos naturais.

A coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Carvalho Costa, que é pesquisadora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), explica que cadeias de valor são sistemas produtivos que utilizam de forma sustentável recursos da sociobiodiversidade e contribuem com a conservação ambiental, o desenvolvimento econômico e a redução de desigualdades.

Por terem agricultores familiares e povos e comunidades tradicionais em suas bases produtivas, essas cadeias agregam valores étnicos, históricos, sociais, culturais e ambientais aos seus produtos. Assim, o fortalecimento das cadeias de valor de produtos da sociobiodiversidade representa grande oportunidade para o desenvolvimento econômico local, a partir de ações que integrem produção sustentável e geração de renda, aliando conservação da biodiversidade e empoderamento social das populações extrativistas e dos agricultores familiares”, afirma.

No bioma, também são obtidos alimentos importantes para a vida dos catingueiros e para as economias locais, como o umbu, o licuri, o caju, a mangaba, o mandacaru, o maracujá-da-caatinga, o mel extraído de vários tipos de abelhas nativas, entre outros.

Árvore da vida

Conhecida em muitas regiões como a “árvore da vida”, a palmeira da carnaúba, que aparece representada na bandeira de alguns estados do Nordeste, não recebeu esse reconhecimento apenas pela sua abundância e importância nas paisagens, mas também pelo seu potencial diversificado, uma vez que tudo na carnaúba pode ser aproveitado - tronco, frutos, folhas, palmito, raízes e sementes - para alimentação, artesanato, cosméticos e produtos farmacêuticos.

O pó cerífero da carnaúba é o produto de maior importância econômica, sendo base para a produção de diferentes tipos de cera, utilizadas em diversos segmentos da indústria - automobilística, de tintas, vernizes, limpeza, eletroeletrônica, cosméticos, alimentos, dentre outros.



A produção de pó e da cera de carnaúba são atividades relevantes, especialmente nos estados do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. É a principal fonte de renda para milhares de trabalhadores rurais na época da seca, quando as atividades de extração do pó da carnaúba ocorrem com mais intensidade.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem buscado apoiar iniciativas que colaborem para que as organizações da agricultura familiar na Caatinga impulsionem a agregação de valor à sua produção e identifiquem melhores mercados que reconheçam a origem de seus produtos.

Carnaúba Sustentável

A Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, em parceria com a Cooperação Técnica Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, desenvolve, desde 2016, o Projeto Ação do Setor Privado sobre Biodiversidade (PBAB), com o apoio financeiro do Ministério Alemão de Meio Ambiente (BMU), no âmbito da Iniciativa Internacional pelo Clima (IKI).

Entre as ações apoiadas pelo projeto está a “Iniciativa Carnaúba Sustentável”, que visa integrar produtores, empresas e consumidores em uma aliança multi-stakeholders, envolvendo boas práticas de manejo e gestão em todas as etapas dos processos produtivos. A ideia é demonstrar como, na prática, é possível a parceria entre empresas de diferentes setores, com governo, sociedade civil organizada e cooperação internacional, em torno de objetivos comuns como, por exemplo, para promover a melhoria das relações de trabalho, de manejo dos recursos naturais e da qualidade da produção.

Como resultado da iniciativa, foram produzidos 12 vídeos e um manual que destacam a importância do manejo da carnaúba como espécie-chave para a sustentabilidade social, ambiental e econômica da Caatinga. O material apresenta, de forma direta e clara, recomendações sobre as melhores práticas para esta cadeia produtiva.

 

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Brasil e Japão Anunciam Colaboração Para Agricultura de Precisão

 

Brasil e Japão anunciam colaboração para agricultura de precisão e digital

A agricultura de precisão é importante ferramenta para aumentar a produtividade, reduzir custos e diminuir os impactos ambientais, sendo um dos pilares da agropecuária do futuro

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o governo japonês, por meio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), realizarão projeto de desenvolvimento colaborativo na área de agricultura de precisão e digital. O documento de registro de discussões foi assinado pelo secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo, e o chefe da JICA no Brasil, Masayuki Eguchi, em reunião nesta terça-feira (27), em Brasília.

A partir de um entendimento mútuo, ambas as partes acordam em estabelecer o "Projeto de Desenvolvimento Colaborativo da Agricultura de Precisão e Digital para o Fortalecimento do Ecossistema de Inovação e a Sustentabilidade do Agro Brasileiro”, tendo como pilares a inovação e a sustentabilidade no agronegócio brasileiro. A agricultura de precisão faz uso da tecnologia para planejar a produção agrícola, reduzir custos, aumentar a produtividade e diminuir os impactos ambientais, sendo um dos pilares da agropecuária do futuro.

“Brasil e Japão são parceiros de longa data. O trabalho conjunto permitiu que o Brasil se tornasse o líder da agricultura tropical mundial e, hoje, avançamos na agricultura do século XXI, que tem como missão preservar produzindo”, declarou o secretário Fernando Camargo ao lembrar a parceria com o país asiático para a conquista do Cerrado e o desenvolvimento tecnológico da produção no Centro-Oeste brasileiro.

O chefe da JICA, Masayuki Eguchi, destacou o papel do Brasil como fornecedor de alimentos para o mundo de forma sustentável, atendendo mais de 1 bilhão de pessoas. “Este projeto é muito importante para nós e para o mundo, já que o Brasil é o fornecedor mundial de alimentos e temos a perspectiva de aumento populacional, além de ser potencial produtor de bioenergia”.

Eguchi ainda reforçou a confiança na parceria, já que a cooperação é a primeira assinada pela JICA desde o início da pandemia do coronavírus.



As discussões que culminaram com a assinatura do documento de início do projeto estratégico foram iniciadas ainda em 2018, explicou o secretário-adjunto Cleber Soares. “É uma honra estarmos aqui hoje, comungando esforços para a agricultura de precisão no Brasil, haja vista a pujança do Estado japonês em tecnologia digital e de sustentabilidade”. 

A JICA prevê uma visita técnica ao Japão, no segundo semestre de 2021, para elaboração de subsídios para o projeto definitivo.

A agência japonesa atua com projetos de cooperação no Brasil há 62 anos. Dez de seus projetos no país são voltados à agricultura e abrangem temas de irrigação e sistemas agroflorestais.

Participaram ainda do evento a diretora do Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária do Mapa, Sibelle Silva; os representantes da agência japonesa Shinji Sato e Nobuyuki Kimura; e o coordenador-geral da Agência ABC, Yuri Wofsi. O pesquisador da Embrapa Ricardo Inamasu também acompanhou a reunião de forma on-line.

Estabilidade no Mercado do Leite

 CI

 

Estabilidade no mercado do leite

Aumento dos custos de produção preocupa o setor produtivo
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O mercado de lácteos apresentou recuperação em março, com os principais produtos do mix de comercialização registrando valorização significativa. Com isso, valor de referência do leite – usado como parâmetros nas negociações entre produtores e indústria – teve alta de 3,52%, fechando março em R$ 1,6247. Já nas três primeiras semanas de abril, o setor entrou em estabilidade, com projeção de que o mercado chegue ao fim do mês com alta de 1,12% em relação a março. Os dados foram apresentados em reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústria de Leite do Paraná (Conseleite-PR), realizada nesta terça-feira (27), por videoconferência. 

Em março, a alta foi generalizada. O leite UHT, por exemplo, teve valorização de 7,25% e o spot, de 9,68%. Nos queijos, o muçarela – principal produto do mix de comercialização – veio em alta de 1,53%, enquanto prato, parmesão e provolone também ganharam preço: 2,38% 2,51% e 0,82%, respectivamente. Outros derivados, como bebida láctea, iogurte e doce de leite também registraram movimento de alta. A exceção foi o leite em pó, cujos preços recuaram. 

Na parcial de abril – principalmente ao longo da última semana –, o movimento perdeu força e o mercado lácteo entrou em tendência de estabilidade. Um exemplo disso são os preços do leite pasteurizado, que avançaram 0,70%. O muçarela foi a exceção positiva, que manteve uma nova alta. O UHT, por sua vez, perdeu parte da valorização, em razão de as indústrias terem aumentado a produção deste derivado em abril.  

“O mercado se recuperou em março, mas agora, em abril, está andando de lado. A tendência é de estabilidade”, resumiu a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Vânia Guimarães, uma das responsáveis pelo levantamento. 

Conjuntura internacional 

Além do cenário do leite no mercado interno paranaense, o Conseleite-PR trouxe informações sobre a conjuntura internacional. Enquanto commodities agrícolas, como soja e milho, acumulam altas acentuadas desde maio do ano passado, o setor lácteo teve variação bem menor e chegou a sofrer quedas nos dois primeiros meses de 2021. Na prática, isso significa que os custos de produção estão bastante elevados, o que vem comprometendo a renda do produtor. 

“O leite vai na contramão do que acontece com as commoidites. É algo impressionante e que vem sendo agravado pelos recentes problemas climáticos ocorridos no Brasil e nos Estados Unidos, que provocou quebra de safra”, observou o professor José Roberto Canziani, também da UFPR. 

Presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi, acrescentou que essa dinâmica preocupa o setor produtivo e que, em razão disso, os produtores devem ficar de olho no desenrolar deste cenário. “Isso incomoda o setor não é de hoje. É historicamente. Embora os preços nominais tenham aumentado, os custos de produção aumentaram ainda mais. É uma realidade que o setor tem que enfrentar com transparência, diálogo e união”, disse Volpi, que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Orientação para Formar Pequeno Plantio de Cana na Propriedade

 

Orientações para formar um pequeno plantio de cana na propriedade

 

Uma vantagem da cana-de-açúcar é o fato de ser uma forrageira vertical e, por isso, não necessitar de grande espaço na propriedade para ser cultivada. Além disso, a formação de um canavial é fácil e não exige muitos gastos. Formar um canavial na própria propriedade é uma boa opção para quem precisa garantir a alimentação do rebanho bovino no período seco do ano, quando as pastagens estão mais fracas e, por isso, menos nutritivas para os animais.

Combinada com a uréia, a cana-de-açúcar é uma opção de grande poder nutritivo para ser usada na alimentação animal. A localização, o tamanho do canavial e as variedades a serem plantadas são alguns dos fatores que podem melhorar a produção da cana-de-açúcar. Portanto, o produtor deve ficar atento a esses processos. O pesquisador Rodolpho Torres, da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora – MG) explica ainda que a correção do solo é fundamental e que a calagem é importante para o cultivo pois esse processo é fonte de cálcio para a cana.

Para aumentar a capacidade de produção, a escolha das espécies de cana-de-açúcar a serem cultivadas deve ser feita cuidadosamente, e com a ajuda de um técnico especializado, que vai levar em conta as condições locais de relevo e fertilidade do solo.

Outra observação importante é quanto ao período de plantio. A recomendação é plantar as variedades de maturação média ou tardia entre setembro e novembro. Nesse caso, a colheita será no período de seca seguinte. Já as variedades de maturação precoce devem ser plantadas de janeiro a março. Assim, a colheita vai ser no período seco do ano seguinte.

Como Desenvolver a Caprinocultura Mesmo com o CAE

 

CI
 
PRODUÇÃO

Como desenvolver caprinocultura mesmo com CAE

A artrite encefalite caprina (CAE), é uma doença viral que acomete cabras e bodes
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A artrite encefalite caprina (CAE), doença viral que acomete cabras e bodes e causa inúmeros problemas, afetando sua produção. Entre eles os animais podem desenvolver artrite, pneumonia, mastite, emagrecimento progressivo e, nos animais jovens, a encefalomielite (inflamação no cérebro e medula). Trata-se de uma síndrome degenerativa progressiva lenta que não tem cura.

Caprinocultores brasileiros têm conseguido manter a produção de leite mesmo com a doença positiva nas cabras. Isso é possível graças às boas práticas de manejo. Para isso, são fundamentais medidas como o monitoramento constante do rebanho por meio de teste sorológico semestral para o diagnóstico da doença e a separação dos animais doentes. 

Antes a primeira medida era abater os animais doentes. Hoje deve ser considerado apenas para evitar o seu sofrimento. A ocorrência de CAE deve ser notificada ao Ministério da Agricultura. Os maiores impactos econômicos da doença são a diminuição do tempo de vida produtiva dos animais, redução da produção leiteira e do período de lactação. Ela também promove maior predisposição às infecções bacterianas. 

Um grupo de dicas separados por pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) pode ajudar o criador. Cuidados nutricionais, sanitários, reprodutivos e descarte orientado são algumas das medidas recomendadas. No entanto, haverá perdas na produção e na qualidade do leite. Veja as dicas:

Nas unidades diagnosticadas com CAE em produção intensiva com ordenha mecânica:
- Separar as crias ao nascer;
- Fornecer colostro de cabra aquecido a 56ºC por uma hora;
- Implantação do banco de colostro que deve ser aquecido antes de ser congelado;
- Fazer o aleitamento artificial dos cabritos com leite de vaca pasteurizado;
- Realizar semestralmente o teste sorológico.

Nas unidades diagnosticadas com CAE em produção semi-intensiva com ordenha manual:
- Separar as crias ao nascer, não deixando cabrito e mão juntos;
- Fornecer colostro de vaca ou artificial;
- Armazenar o colostro de vaca em garrafas de 250 ml e congelar a -20ºC;
- Fazer o aleitamento artificial dos cabritos com leite de vaca pasteurizado;
- - Realizar anualmente o teste sorológico.

Propriedades sem animais diagnosticados com CAE, tanto em produção intensiva com ordenha mecânica como em produção semi-intensiva com ordenha manual:
- Realização de dois exames sorológicos sensíveis em animais recém adquiridos, sendo o primeiro na chegada. Manter os animais em quarentena por 90 dias e introduzir os animais no restante do rebanho e somente após o segundo teste negativo.
- Suspender participação dos animais em exposições e feiras;
- Utilizar agulhas e seringas descartáveis;
- Esterilização de material cirúrgico e desinfecção dos tatuadores para uso em diferentes animais;
- Realização da ordenha começando pelas fêmeas de primeira cria, seguidas pelas adultas e por último as que já apresentaram mastite ou doenças infecto contagiosas.

A pesquisa busca ainda desenvolver um teste para a doença que seja mais rápido. Hoje os testes utilizados oficialmente para diagnóstico da doença, IDGA e ELISA, são sorológicos e dependem de resposta imunológica dos animais, isso impossibilita a detecção precoce da enfermidade. 

O PCR quantitativo (qPCR), também conhecido como PCR em tempo real. “Além de diagnóstico qualitativo, o qPCR permite quantificar a carga viral e é muito útil nos estudos de patogenia e transmissão e, portanto, no desenvolvimento de insumos para restringir a transmissão”, afirma a pesquisadora  da Embrapa Lucia Sider.

A CAE é pesquisada há mais de 25 anos pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) que reuniu as dicas no documento Orientações de controle da artrite encefalite caprina em rebanhos leiteiros: conviver mantendo a produção destinado a criatórios de diferentes portes e níveis de infraestrutura e que municia o produtor com medidas preventivas e de controle da doença. O documento na íntegra pode ser acessado aqui

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Um Capim Milagroso Usado na Lavoura e na Agroindústria

 

Um capim milagroso usado na lavoura e na agroindústria

 

É o capim citronela, uma planta com características de Inseticida natural, larvicida e repelente. Ele pode ser utilizado em pequenas plantações ou aproveitado para colheita e fornecimento para agroindústria de transformação vegetal. Segundo a engenheira agrônoma da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa/PB), Maria do Carmo dos Santos Lima, o cultivo da citronela é considerado de baixo custo e promove renda para o pequeno produtor rural .

Provavelmente as espécies de citronela originaram-se em Ceilão e sul da Índia, sendo hoje largamente cultivadas nas regiões tropicais. A espécie Cymbopogon nardus, conhecida como citronela do ceilão, inicialmente era cultivada em maior escala do que a Cymbopogon winterianus, conhecida como citronela de java.

A Dra Maria do Carmo diz que “O capim citronela não exige um solo muito fértil para sua produção. O cuidado maior é na hora da colheita”, é o que explica a engenheira. Segundo ela, o produtor deve seguir alguns passos para realizar a colheita. O primeiro deles é definir o período de colheita. É importante agendar o dia porque é uma forma de preparar a planta para a retirada. O produtor deve irrigar as plantas no dia anterior e fazer a retirada do material entre as 9 horas da manhã e meio-dia, horário de maior concentração dos princípios ativos da planta.

Depois disso, com a orientação de um especialista, o produtor vai obter o extrato da citronela para os diversos usos recomendado, quer seja como inseticida natural, ou como larvicida e repelente. O técnico também vai dizer, quanto tempo o extrato poderá ser conservado.

Vacinação Contra Aftosa Deverá ser Adiada no RN

 

Campanha de vacinação contra febre aftosa será adiada no RN; veja nova data


O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN informa que a primeira etapa da campanha de imunização contra a febre aftosa sofrerá alteração em seu calendário este ano. O pedido partiu da classe produtiva, através da Federação da Agricultura e Pecuária do RN (FAERN) e da Associação Norte Rio-Grandense de Criadores (ANORC), sendo encaminhado pelo Idiarn e acatado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que decidiu novamente ajustar as datas e adiar para junho o início da campanha.

A decisão leva em consideração a situação pandêmica que o Rio Grande do Norte vivencia, além disso, o adiamento garante a execução adequada do calendário de vacinação dos rebanhos neste momento atípico.

Nesta etapa, a vacinação é obrigatória para bovinos e bubalinos de todas as idades. O produtor cadastrado junto ao IDIARN deve adquirir sua vacina em uma das revendas autorizadas a comercialização, e, após isso, vacinar os animais e declarar o rebanho até 15 de julho em um dos escritórios do Idiarn, EMATER ou Secretarias Municipais de Agricultura.

O Rio Grande do Norte vem mantendo os altos índices de cobertura vacinal, mesmo durante o período de pandemia, garantindo o status de livre da febre aftosa com vacinação e a continuidade das ações para a retirada da obrigatoriedade da vacina.

Na segunda etapa da ação, em novembro de 2020, o Estado imunizou mais de 93,64% do rebanho, quando a vacinação é obrigatória somente para animais de 0 a 24 meses.

A febre aftosa é uma doença causada por vírus que provoca febre e aftas, principalmente na boca e entre os cascos dos animais, causando enorme perda na produção de leite e carnes.


Incerteza na Safra da Cana Pode Elevar o Preço do Açucar

 

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ESTIMATIVA

Incerteza na safra da cana pode elevar preço do açúcar

Os analistas preveem um déficit de açúcar para as safras 2020-2021 e 2021-2022
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A incerteza em torno da safra de cana no Brasil, principalmente por conta do tempo seco no Centro-Sul do país, pode dar espaço ao aumento de preços do açúcar nos próximos cinco meses, de acordo com informações S&P Global Platts. A empresa afirmou isso durante o evento virtual Platts Agriculture Week, realizado de 20 a 22 de abril. 

Nesse cenário, o preço do açúcar dobrou em 12 meses, passando de um dígito para o contrato futuro da Bolsa de Nova York em abril de 2020 para dois dígitos (cerca de 16,5 centavos por libra) em março de 2021. “Como o estouro da Covid-19 não teve grande impacto no consumo da commodity e, no último ano, vários eventos climáticos afetaram as safras, os preços foram favorecidos quando os fundos de investimento estavam comprando, o que levou o preço aos dois dígitos”, indicou, por meio de sua assessoria de imprensa. 

“Agora, de acordo com a S&P Global Platts, todos os olhos estão voltados para o Brasil. Abril está sendo um mês seco, o que geralmente é uma boa notícia para o início da temporada de moagem, mas o clima se tornou uma preocupação depois da época de entressafra mais seca em anos. Além disso, a questão energética também influencia as perspectivas de preço do açúcar, já que o etanol subiu de 12 para 14 centavos por libra em um contexto de aumento de preços da gasolina e do petróleo no último mês”, completa. 

Para finalizar, a S&P Global Platts Analytics revisou para baixo suas estimativas da safra de açúcar em todo o mundo devido não apenas ao contexto brasileiro, mas também devido à recente geada na Europa que afetou as primeiras beterrabas plantadas em março. Com isso, os analistas preveem um déficit de açúcar para as safras 2020-2021 e 2021-2022. 

domingo, 25 de abril de 2021

Vacinação Contra Aftosa Começa Dia 1de Maio

 

Campanha de vacinação contra febre aftosa começa dia 1º de maio

Deverão ser vacinados 170 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades, na maioria dos estados brasileiros  
 
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A primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa de 2021 começa no dia 1º de maio. Nessa etapa deverão ser vacinados bovinos e bubalinos de todas as idades, para a maioria dos estados brasileiros, conforme o calendário nacional de vacinação. Ao todo, espera-se imunizar cerca de 170 milhões de animais. 

Dos 21 estados que realizam a imunização dos animais neste período, no Amazonas e em Mato Grosso participam apenas os municípios que ainda não suspenderam a vacinação, enquanto no Espírito Santo ocorrerá para bovinos e bubalinos com até 24 meses de idade. 

As vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda. Devem ser usadas agulhas novas para aplicação da dose de 2 ml na tábua do pescoço de cada animal, preferindo as horas mais frescas do dia, para fazer a contenção adequada dos animais e a aplicação da vacina. 

Além de vacinar o rebanho, o produtor deve também declarar ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A declaração de vacinação deve ser realizada de forma online ou, quando não for possível, presencialmente nos postos designados pelo serviço veterinário estadual nos prazos estipulados. 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reforça que devem ser adotadas medidas de cuidado com a Covid-19 para a garantia da manutenção dos compromissos com as zonas reconhecidas como livre de febre aftosa com vacinação perante a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). 

Em caso de dúvidas, a orientação é procurar o órgão de defesa sanitária animal de seu estado.

sábado, 24 de abril de 2021

Pecuarista Deve fazer Consórcio de Pastagens no Inverno Para Produção de Leite

 

O pecuarista deve fazer consórcio de pastagens no inverno para produzir leite

 

Um erro dos pecuaristas nos últimos anos, é em vez de fazer a consorciação de pastagem, eles começaram a plantar uma única espécie de pastagem e a usar fertilizantes nitrogenados à base de petróleo para aumentar sua produção. Com o tempo, descobriu-se que essa técnica era extremamente prejudicial ao meio ambiente e também ao bolso do pecuarista: por se derivado do petróleo, os adubos nitrogenados são caros.

Por isso, a recomendação é um consórcio de pastagens de inverno para ajudar a melhorar a produção de leite. O pesquisador Daniel Montardo, da Embrapa Pecuária Sul, explica em que consiste a técnica da consorciação de pastagens: “é o manejo de uma área utilizando mais de uma espécie de gramíneas ou usando gramíneas e leguminosas, espécies que fixam nitrogênio no solo”. Com a consorciação, as pastagens são usadas por mais tempo e o produtor economiza nos gastos com adubação.

O pesquisador diz que para quem quer fazer a consorciação, deve observar as melhores épocas de plantio, como deve ser a densidade da semeadura, qual a qualidade das sementes usadas e como deve ser feita a ressemeadura natural. Outra coisa muito importante é a escolha das gramíneas e leguminosas manejadas no processo de consorciação que mais estão se adaptando a cada região do país.

Brasil Habilita 136 Estabelecimentos de Produtos de Origem Animal P/ Exportação

 

Brasil habilita 136 estabelecimentos de produtos de origem animal para exportação no primeiro trimestre

Apesar da pandemia, o Mapa vem mantendo suas atividades essenciais em funcionamento para assegurar a oferta de alimentos seguros para o Brasil e o mundo  

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No primeiro trimestre de 2021, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) habilitou 136 estabelecimentos sob o Serviço de Inspeção Federal (SIF) para exportar produtos de origem animal para países com exigências específicas. A ação representa o crescimento do Brasil no mercado internacional. 

Neste mesmo período foram abertos seis novos mercados para exportação de produtos de origem animal e três para exportação de produtos para alimentação animal. Um total de 20 certificados sanitários também foram acordados com os países para atualização de modelos vigentes e para abertura de mercados. 

Ainda sob estado de emergência em saúde pública, em decorrência da pandemia causada pela Covid-19, o Mapa vem mantendo suas atividades essenciais em funcionamento para assegurar a oferta de alimentos seguros para o Brasil e para o mundo. 

Registro de estabelecimentos 

Em 2021 foram concedidos 27 registros de estabelecimentos de produtos de origem animal para atuarem sob fiscalização do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O tempo médio de análise dos processos de registro de estabelecimentos foi de 11 dias. 

Na área de alimentação animal foram concedidos 619 registros de estabelecimentos, incluindo a migração de registro de estabelecimentos para o Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (Sipeagro). O tempo médio para análise dos processos de registro desses estabelecimentos foi de 43 dias. 

Atualmente, estão registrados no SIF 3.320 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados. Além de 2.415 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal que já estão com registro no Sipeagro. 

Registro de produtos 

Foram concedidos automaticamente registro para 24.359 produtos de origem animal nos primeiros meses de 2021. Também foram analisadas 2.534 solicitações de registro de produtos, com tempo médio de análise de 3 dias. 

Na área de alimentação animal foram deferidas 251 solicitações de registro e 582 cadastros de produtos para alimentação animal. 

Certificação sanitária 

Em relação à certificação sanitária, que assegura que os produtos e os sistemas de produção atendem a todos os requisitos acordados com os países para os quais o Brasil exporta seus produtos de origem animal, foram emitidos no primeiro trimestre 80.934 Certificados Sanitários Internacionais (CSI), 24.634 Certificados Sanitários Nacionais (CSN), 2.347 Guias de Trânsito (GT) e 78.269 Declarações de Conformidade de Produtos de Origem Animal (DCPOA). O tempo médio para emissão de certificados sanitários foi de 27h25. 

Licenças de importação 

O Mapa analisa previamente as solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se os produtos são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias, visando conferir mais segurança no controle oficial sobre os produtos importados que serão consumidos pelos brasileiros. 

Em 2021 foram analisadas 14.209 solicitações de LI, sendo em média 87% deferidas. O prazo estabelecido em legislação para as análises de LI é de 30 dias, porém o tempo médio de análise está atualmente em 4 dias. 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Recomendações para o Agricultor Produzir Ovos Caipira

 

Recomendações para o agricultor produzir ovos caipiras

 

O sucesso da incubação de ovos de galinhas caipiras depende de vários aspectos, entre os quais a boa alimentação de todas as aves do plantel, a rotina de coleta, a forma de acondicionamento e o processo de incubação dos ovos fecundados e os primeiros cuidados com os recém-nascidos.

O pesquisador Firmino José Vieira Barbosa, recomenda que além de providenciar alimentação adequada para as galinhas, o produtor precisa ter cuidados especiais com os ninhos, mantendo-os limpos e em um lugar sossegado. Depois da postura dos ovos, a atenção deve se voltar para a seleção, o tempo de incubação dos ovos e a forma de acondicioná-los.

No momento da seleção, os aspectos a serem considerados são tipo e  qualidade da casca, tamanho, peso e formato dos ovos. A etapa seguinte, incubação, pode ser natural – quando os ovos são chocados pela própria galinha -, ou artificial – quando é feita em chocadeiras. Depois, é preciso acondicionar os ovos fecundados, mantendo-os em condições especiais, com a temperatura controlada. “O momento do nascimento deve ser acompanhado de perto porque pode acontecer a incidência de algum inseto, como formigas, e também algum problema na casca que pode impedir que o pinto nasça com tranquilidade”, orienta o pesquisador  Firmino José.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Como Aumentar a Produção de Carne e Couro dos Ovinos e Caprinos

 

Como aumentar a produção de carne e melhorar a qualidade do couro na criação de ovinos e caprinos

 

Para a maioria das regiões brasileira, as ovelhas deslanadas principalmente da raça Santa Inês e suas cruzas, são recomendadas como matrizes para a produção de carne e couro. Quanto aos reprodutores, os das raças exóticas ou especializadas para a produção de carne tais como a Dorper, Suffolk e Texel, são as mais indicadas.

Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pecuária Sudeste, constataram que o cruzamento de ovelhas brasileiras sem raça definida (SRD) e deslanadas, que não tem lã, com carneiros das raças Santa Inês, Suffolk e Dorper aumenta a produtividade e a qualidade da carne e da pele de cordeiros. Alguns dos resultados obtidos com esses cruzamentos são: crias com alta velocidade de crescimento, maior ganho de peso em confinamento e alta qualidade de carcaça, carne e pele.

Um dos fatos que impulsiona a pesquisa é o crescimento do mercado consumidor de carne ovina no Brasil, ainda inferior a um quilo por habitante/ano, mas em crescente expansão.  A produção e a oferta de carne ovina não têm aumentado na mesma proporção da demanda. A procura pelo couro de ovelhas no mercado de calçados devido à sua boa qualidade e a elevada resistência à tração e ao rasgamento também favorece os estudos relacionados aos cruzamentos entre raças lanadas e deslanadas.

É importante ter bons pastos, com capins adequados para os animais e algumas instalações para prevenir o ataque por predadores como cães e raposas. Mas antes de iniciar a criação, o produtor deve buscar orientações com especialistas da sua região.

A vantagem é que a criação de ovinos envolve menos riscos e o manejo é mais simples, portanto, compatível com qualquer tamanho de propriedade inclusive aquelas de características familiares, avaliam os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Rui Machado e Sergio Novita Esteves.