Como aumentar a produção de carne e melhorar a qualidade do couro na criação de ovinos e caprinos
Para a maioria das regiões brasileira, as ovelhas deslanadas principalmente da raça Santa Inês e suas cruzas, são recomendadas como matrizes para a produção de carne e couro. Quanto aos reprodutores, os das raças exóticas ou especializadas para a produção de carne tais como a Dorper, Suffolk e Texel, são as mais indicadas.
Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Pecuária Sudeste, constataram que o cruzamento de ovelhas brasileiras sem raça definida (SRD) e deslanadas, que não tem lã, com carneiros das raças Santa Inês, Suffolk e Dorper aumenta a produtividade e a qualidade da carne e da pele de cordeiros. Alguns dos resultados obtidos com esses cruzamentos são: crias com alta velocidade de crescimento, maior ganho de peso em confinamento e alta qualidade de carcaça, carne e pele.
Um dos fatos que impulsiona a pesquisa é o crescimento do mercado consumidor de carne ovina no Brasil, ainda inferior a um quilo por habitante/ano, mas em crescente expansão. A produção e a oferta de carne ovina não têm aumentado na mesma proporção da demanda. A procura pelo couro de ovelhas no mercado de calçados devido à sua boa qualidade e a elevada resistência à tração e ao rasgamento também favorece os estudos relacionados aos cruzamentos entre raças lanadas e deslanadas.
É importante ter bons pastos, com capins adequados para os animais e algumas instalações para prevenir o ataque por predadores como cães e raposas. Mas antes de iniciar a criação, o produtor deve buscar orientações com especialistas da sua região.
A vantagem é que a criação de ovinos envolve menos riscos e o manejo é mais simples, portanto, compatível com qualquer tamanho de propriedade inclusive aquelas de características familiares, avaliam os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Rui Machado e Sergio Novita Esteves.
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