quinta-feira, 31 de março de 2022

 

CONTAG, Federações e Sindicatos convocam para mobilização nacional pela reestruturação do atendimento do INSS


No próximo dia 5 de abril a CONTAG, Federações e Sindicatos irão realizar uma mobilização nacional pela reestruturação do atendimento do INSS, com ações por todo o País e com forte atuação nas redes sociais e nas rádios em defesa da Previdência Social. “A Previdência Rural é uma importante política de distribuição de renda e de fortalecimento da economia local da grande maioria dos municípios brasileiros. Nesse sentido, não podemos ficar assistindo à desestruturação do INSS”, destaca a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues.

A mobilização é para garantir orçamento adequado para o funcionamento do INSS, agilizar o atendimento, revisar os processos indeferidos indevidamente, melhorar as plataformas INSS Digital e Meu INSS que estão apresentando muitos problemas e inconsistências, realizar concurso público para contratação de mais servidores e médicos peritos para agilizar a análise dos processos e atendimento à população.

“Quando a política de proteção previdenciária se fragiliza, ela impacta diretamente na subsistência de milhões de famílias, bem como reduz o seu papel estratégico e indutor do desenvolvimento socioeconômico de milhares de municípios brasileiros. Por isso, o momento atual exige maior reflexão e ações proativas, principalmente por parte do Governo no sentido de dar soluções para os problemas estruturais da previdência que afetam o atendimento à população”, destacou nota divulgada pela CONTAG.

“Com essa mobilização, esperamos que muitos dos problemas sejam solucionados para que a Previdência Social continue sendo uma política pública eficiente no atendimento digno da população”, espera o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

Nos próximos dias a CONTAG divulgará com detalhes as ações que serão realizadas em Brasília, nos estados e municípios.

Clique AQUI para baixar a nota que contextualiza os motivos da realização da mobilização nacional.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG

 

Crise na suinocultura e protesto de produtores em Santa Catarina

   

A crise na suinocultura catarinense levou milhares de produtores independentes à Praça Central de Braço do Norte, ontem, durante uma manifestação nacional organizada pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). No protesto  pacífico houve distribuição gratuita de 10 toneladas de carne suína à população.

Com cruzes, caixões e menções aos diversos envolvidos na cadeia produtiva do setor, a ação tem o objetivo de chamar a atenção sobre o alto custo de produção e a desvalorização do quilo do suíno vivo, além de mostrar a desvalorização do trabalhador rural que não tem seu produto valorizado de forma justa. Além disso, a mobilização visa tornar pública a indiferença política diante das demandas urgentes do setor.

Conforme levantamento da ACCS, o prejuízo atual do suinocultor independente passa dos R$ 300,00 por animal vendido. Hoje, o preço pago pelo quilo do suíno vivo é de R$ 5,00 e o custo de produção passa dos R$ 8,00. Esse cenário desesperador ocorre em meio aos recordes de exportação da carne suína e da lucratividade em ascensão das maiores agroindústrias do Brasil.

No intuito de incentivar o consumo de carne suína, os produtores independentes uniram forças e distribuíram 10 toneladas da proteína às pessoas presentes no manifesto. Mais de 200 suínos foram doados por suinocultores de todas as regiões produtivas, entidades representativas e parceiros do setor.

 

5 fatos que vão mexer com o Agro em Abril

Brasil deve se consolidar cada vez mais como protagonista no mercado internacional
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“As exportações do agronegócio seguem com desempenho impressionante!”, aponta o professor Doutor Marcos Fava Neves. Em fevereiro, o setor vendeu US$ 10,51 bilhões, o que representou aumento de 65,8% em relação ao mesmo mês de 2021 – estabelecendo um novo recorde para o segundo mês do ano.

“De acordo com as estimativas de longo prazo do USDA, o Brasil deve se consolidar cada vez mais como protagonista no mercado internacional de alimentos e bioprodutos. Por sua vez, nas carnes bovina e de frango, o Brasil deve manter sua liderança, exportando 3,69 milhões de t e 5,2 milhões de t, respectivamente. Dentro desse contexto, devemos ganhar pontos sobre os EUA e os preços tendem a uma acomodação ao longo dos anos, saindo dos elevados patamares encontrados hoje”, comenta Fava Neves.

Confira abaixo os “cinco fatos do agro” que, na visão do chamado “Doutor Agro”, merecem ser acompanhados no mês de Abril:

    1. A evolução da situação entre Rússia e Ucrânia, as negociações para um acordo e os inesperados resultados dos embargos em andamento sobre preços, fertilizantes e outras preocupações. É necessária muita cautela neste momento. Com todas as ações sendo tomadas por diversos países (ver quadro anexo), é provável que a oferta supere a demanda em algum tempo e derrube os preços.
       
    2. Início do plantio da safra nos Estados Unidos e também na Ucrânia; vale lembrar que a Ucrânia é o quarto maior exportador global de milho, com 15% de participação. Problemas relacionados ao cultivo do cereal (e também do trigo) podem estressar ainda mais a cadeia de suprimento e os preços dos alimentos nos próximos meses.
       
    3. O progresso das exportações brasileiras do agronegócio. Em fevereiro, batemos novo recorde e a China segue com a escalada de importações de soja e carnes do Brasil. O contexto geopolítico global também tem alterado as dinâmicas do comércio global, e esta pode ser uma oportunidade para abertura de novos mercados.
       
    4. Rendimentos da colheita de soja no Brasil e do plantio do milho safrinha. Aparentemente, o cultivo de milho está com bom desenvolvimento, graças à antecipação do plantio neste ano.
       
    5. A evolução do quadro político e econômico no Brasil, especialmente observando as medidas tomadas para amenizar impactos na economia (política de preços de combustíveis e outros). 

quarta-feira, 30 de março de 2022

Oportunidade de empréstimo com menos burocracia para produtores rurais de todo o Brasil

   

Com a novidade, o cliente passa a ter uma ferramenta exclusiva para simular e obter empréstimos numa plataforma de internet. Os recursos disponíveis seríam de forma rápida, sem burocracia e totalmente digital. Esse serviço é o resultado de uma parceria entre a Orbia, maior marketplace do agronegócio do Brasil, com a Agrolend que passa a ofertar crédito para produtores rurais de todo o país diretamente pela plataforma.

Segundo os responsáveis, as taxas são mais competitivas e sem burocracia, o serviço já está disponível na plataforma da Orbia. “Temos na Orbia um ecossistema de soluções que abrange todos os passos do produtor, desde o momento de planejamento do plantio até a venda de commodities. Agora passamos a oferecer também uma solução de crédito ágil e bastante simples para apoiar nossos clientes”, explica Adriana Iwassaki, CFO da Orbia. “A ideia é que o produtor faça tudo de forma simples e digital, ganhando tempo em sua negociação e em suas compras”, diz.

A solução de crédito vai permitir que os produtores rurais se planejem na aquisição de defensivos e insumos já para a safra de 22/23, assim como para as seguintes. “Nossa visão é que o agro brasileiro pode ser tão moderno fora quanto dentro da porteira, por isso reforçamos a revolução digital na área de financiamento, atentos à crescente necessidade de crédito do setor. A sinergia da parceria com a Orbia vai permitir o alcance muito maior de produtores”, conta André Glezer, CEO e cofundador da Agrolend.

Com a solução da Agrolend já disponível na plataforma da Orbia, será possível contratar crédito na palma da mão ao final da jornada de compra no marketplace. A análise é feita sem burocracia, apenas com o número de CPF do cliente. Além disso, a assinatura é toda feita de forma digital e as taxas bastante competitivas. “A proposta de valor da Agrolend é levar uma nova experiência para o produtor rural na tomada de crédito, sem burocracia, 100% digital e na velocidade que o produtor precisa”, explica Glezer.

Em geral, uma solicitação de crédito na Agrolend pode ter duração de até 5 dias, a partir do pedido até o recebimento. Em um modelo tradicional, em que o agricultor precisaria ir pessoalmente a uma instituição financeira, o tempo chega a ser 20 vezes maior.

 

 

Técnica ajuda ovinocultores no manejo e seleção de pastos mais nutritivos

Elomir Mourão - A técnica de micro-histologia fecal permite informações mais amplas sobre a identificação de espécies pastejadas

A técnica de micro-histologia fecal permite informações mais amplas sobre a identificação de espécies pastejadas

  • Micro-histologia fecal pode auxiliar ovinocultores no manejo da pastagem para melhorar a nutrição dos rebanhos.

  • Técnica usa métodos laboratoriais para comparar as fezes dos animais com as espécies de plantas mais consumidas por eles.

  • Com isso, orienta produtores a evitar desnutrição e superpastejo, mantendo o bem-estar animal.

  • Estudo da Embrapa no Ceará conseguiu identificar as espécies que compõem cerca de 70% da dieta dos animais, em condições extensivas.

  • Pelas similaridades climáticas, os resultados podem ser estendidos a outras regiões da Caatinga, contribuindo para a sustentabilidade dos sistemas de produção.

  • O impacto desse tipo de manejo contribui para evitar alterações nesse bioma, que agravam a desertificação e as mudanças climáticas.

  • A micro-histologia tem mostrado bons resultados também com outras espécies de animais domésticos, como bovinos, equinos e bubalinos no Pantanal.

Uma técnica de análise de composição de fezes de animais pode ajudar ovinocultores a aumentar a eficiência da nutrição dos rebanhos. A micro-histologia fecal é usada para  comparar as amostras de fezes de ovinos com as de plantas da pastagem local, contribuindo para a identificação mais precisa das espécies selecionadas e consumidas por eles em sistemas extensivos. Além disso, orienta decisões dos criadores sobre manejo de pastagens para evitar problemas como deficiência de nutrientes e superpastejo (concentração de animais em uma área acima da capacidade permitida pelo pasto). Tudo isso com a vantagem de não comprometer o bem-estar dos animais.

A técnica de micro-histologia fecal, que usa lâminas com as amostras para análise via microscópio, permite informações mais amplas sobre a identificação de espécies pastejadas. Pesquisa coordenada pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) em área experimental na Fazenda Lagoa Seca, em Cariré (CE), analisou amostras locais por três anos e conseguiu identificar as espécies que compõem cerca de 70% da dieta dos animais, em condições extensivas, onde saem para pastejar durante o dia e que espécies selecionam para se alimentar. A região observada integra a área da chamada Depressão Sertaneja, correspondente a 38,5% da Caatinga brasileira, servindo de referência a territórios de grande produção de ovinos no Semiárido brasileiro, como o Sertão dos Inhamuns (CE), também localizado nesse tipo de área.

“O trabalho desenvolvido no Ceará pode ser extrapolado para outros estados nordestinos. Conforme o zoneamento agroecológico do Nordeste brasileiro, esse tipo de região é similar no Semiárido brasileiro em termos de caracterização botânica. Pela identificação das espécies vegetais presentes em áreas caracterizadas como Depressão Sertaneja é possível utilizar os dados da pesquisa para prever a oferta de nutrientes aos ovinos”, afirma o pesquisador da Embrapa Marcos Cláudio Pinheiro Rogério, que liderou a equipe da pesquisa.

A pesquisa observou o consumo de 22 diferentes espécies de plantas forrageira e identificou nove “espécies-chave” que compõem 70% da dieta dos ovinos, em função do valor nutritivo e da palatabilidade pelos animais. Foram elas: estilosantes, barba de bode, grama-seda e grama-touceira, no período seco; ervanço, cabeça branca, sabiá e, novamente, a barba-de-bode, no período de transição; capim-panasco, marmeleiro e, novamente, sabiá, no período seco do ano. Como nos sistemas pecuários da Caatinga a principal base alimentar dos ovinos é a pastagem nativa ou natural, que pode compor até 90% do consumo dos animais, esse tipo de informação é importante para permitir o planejamento e uso das áreas de uma propriedade rural, conforme a oferta de nutrientes, e contribui para a sustentabilidade dos sistemas de produção.

Outro benefício da técnica de micro-histologia fecal é a acurácia dos seus resultados “A técnica permite identificar organelas e estruturas celulares vegetais específicas nas fezes dos animais. Isso traz um diferencial importante: o que de fato foi consumido a pasto. Essa já é uma condição excelente para avaliação de pastejo animal na Caatinga, por exemplo, que tem ampla variedade de espécies vegetais”, explica Pinheiro Rogério.

O pesquisador também destaca o fato de a técnica não ser invasiva, permitindo a observação científica sem prejudicar o bem-estar dos animais. “Outras técnicas que avaliam a proporção de espécies forrageiras ou partes de plantas efetivamente consumidas são invasivas. Pode ser necessária uma intervenção cirúrgica ou a observação do pastejo dos animais por períodos de 24 horas, por exemplo, que, além de laboriosas, interferem no consumo animal e em seu bem-estar. O fato de não ser invasiva, a não ser por ocasião da coleta fecal em animais amostrais por três dias, permite que o animal pasteje naturalmente, sem a necessidade da intervenção humana”, acrescenta.

Planejamento alimentar 

As características da técnica de micro-histologia fecal permitem obter outras informações importantes, como saber quais partes das plantas foram consumidas e a avaliação do pastejo mesmo que outras espécies animais estejam na área, pois a identificação é feita a partir das fezes de cada espécie animal. Tais vantagens fazem que os resultados obtidos a partir do uso da técnica possam orientar o planejamento alimentar e as tomadas de decisão pelos produtores rurais.

“Em avaliações realizadas com ovinos sob pastejo na Caatinga em propriedade rural parceira da Embrapa, por cerca de três anos, foi possível identificar que os ovinos consomem nove espécies principais, considerando os períodos chuvoso de transição chuvas-seca e seco. Assim, por modelagem matemática, fica mais fácil predizer qual consumo de nutrientes pode ocorrer em uma determinada área a partir da observação das espécies presentes. É possível, inclusive, predizer o tipo de suplemento (em termos de nutrientes adicionais) que deve ser fornecido aos animais em cada área de pastejo na Caatinga”, ressalta Pinheiro Rogério.

De acordo com o pesquisador, isso possibilita que os produtores rurais possam identificar áreas de melhor oferta de nutrientes na propriedade, utilizar as áreas conforme as categorias produtivas de cada animal, realizar um planejamento alimentar bem subsidiado de informações de ordem nutricional para garantir o atendimento das exigências nutricionais de seus rebanhos e adquirir insumos alimentares suplementares conforme a necessidade.

O uso da técnica para o planejamento e avaliação da necessidade de suplementação foi objeto da tese de doutorado em Ciência Animal pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) do professor Wanderson Carvalho, que desenvolveu pesquisa de campo na Fazenda Lagoa Seca, no projeto em parceria com a Embrapa. No experimento com 40 ovelhas, entre fevereiro de 2015 e agosto de 2017, Wanderson estimou uma suplementação média de 350 gramas de alimento concentrado por animal a cada dia como ideal para maior recuperação e manutenção de peso e condição corporal desde o parto ao desmame das ovelhas, a partir da realidade observada de consumo em campo na área.

“Quando se identifica, quase na totalidade, a composição da dieta do animal no campo e em qual período essas plantas servem de alimentação para as ovelhas, isso facilita o desenvolvimento de uma série de estratégias para suplementação. Conhecendo as plantas, você vai chegar à composição e, a partir daí, saber qual nutriente é essencial para repor naquela fase, com base no que o animal está consumindo, saber que estratégias pode adotar: fornecimento de alimento suplementar, produção de silagem no período de escassez da forragem, por exemplo. A técnica serve de ponto inicial para que se tenha sucesso no processo de produção de ovinos”, destaca Wanderson, que é professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI).

O impacto desse tipo de manejo pode evitar alterações em áreas de Caatinga que agravem a desertificação e contribuam para as mudanças climáticas

Manejo da Caatinga

O conhecimento das espécies mais pastejadas e seu potencial de nutrientes também pode orientar o manejo da vegetação da Caatinga, com adoção de técnicas para favorecer o aproveitamento de nutrientes dos recursos alimentares locais. Segundo Wanderson Carvalho, é possível, para o produtor rural, elaborar um plano de manejo do pasto baseado na informação sobre o que os animais consomem, gerada a partir do uso da técnica de micro-histologia fecal.

“Se os animais consomem uma determinada espécie no período chuvoso em grande quantidade e uma área contém muito essa espécie, o produtor, no período anterior, pode fazer isolamento daquela área, para que no período chuvoso a área disponibilize o máximo daquela espécie para o animal. Outras estratégias são as técnicas de manejo da pastagem que já são conhecidas e implementadas na Caatinga. Usar o rebaixamento, para proporcionar o desenvolvimento de espécies que são mais pastejáveis, mais selecionadas pelos animais. Ou o raleamento, para tirar espécies menos pastejáveis, no ponto de sustentabilidade do ecossistema, e proporcionar que o animal tenha acesso mais fácil a essas espécies”, exemplifica o professor.

Com esse potencial de informação à disposição, é possível minimizar problemas como a escassez da oferta de alimento por falta de planejamento, além de evitar o superpastejo, que pode prejudicar a sustentabilidade de ecossistemas, pois espécies consumidas em excesso podem ter sua rebrota dificultada para os próximos ciclos de produção. “Baseando-se nas exigências nutricionais de cada categoria, podemos otimizar a utilização das áreas de forma sustentável, evitando o superpastejo, e ajustar o suplemento para que os efeitos aditivo e substitutivo dessa suplementação sejam perfeitamente adaptáveis a cada área, a cada propriedade”, destaca Pinheiro.

Segundo ele, no Semiárido brasileiro a técnica já vem sendo disseminada por meio de capacitações para produtores e técnicos de territórios atendidos por projetos e programas da Empresa. Ele frisa que os resultados podem orientar um manejo que evite prejuízos ambientais. “O impacto desse tipo de manejo pode evitar alterações em áreas de Caatinga que agravem a desertificação e contribuam para as mudanças climáticas. Os prejuízos causados pela desertificação são quase sempre irreversíveis e isso impacta fortemente os produtores de ovinos no bioma”, alerta.

Técnica aplicável para outras espécies animais 

A técnica da micro-histologia fecal usada para as pesquisas com nutrição de ovinos já é adaptada a partir da experiência a outras espécies animais, sendo de amplo potencial para a pecuária brasileira. “Essa técnica foi inicialmente implantada pelo pesquisador Rodiney Mauro, atualmente na Embrapa Gado de Corte (MS), que trabalhava com dieta de capivaras. Para esse trabalho foi montada uma coleção de referência das principais forrageiras consumidas por essa espécie que serviu de base para ampliar o seu uso para outros animais domésticos (bovinos, cavalos e ovinos)”, lembra a pesquisadora Sandra Santos, da Embrapa Pantanal (MS).

Sandra colaborou com a equipe da Embrapa Caprinos e Ovinos para a adaptação da técnica à pesquisa com espécies ovinas no Semiárido brasileiro. “Essa técnica tem ampla utilização. Quando associada ao uso do NIRS fecal (técnica de infravermelho também utilizada para análise de amostras de fezes na nutrição animal, em soluções tecnológicas como o AssessoNutri) possibilita estimar melhor a qualidade da dieta. No Pantanal, essa técnica já foi utilizada para a identificação da dieta de diversos animais domésticos: bovinos, equinos, ovinos e bubalinos. Em relação aos animais silvestres já foi empregada na análise da dieta de pecarídeos – como porco monteiro, cateto e queixada - tatu, ema, veado-campeiro, capivara, cervo, felinos, iguana, entre outros”, ressalta ela.

Os resultados de uso da micro-histologia fecal para diferentes espécies, em pesquisas da Embrapa Pantanal e parceiros, possibilitaram a formação do banco de dados Delta Diet. Trata-se de um guia prático ilustrado para identificação da dieta de animais, com programa que pode ser descompactado e instalado em qualquer computador.

 CI

 

Brasil importa menos fertilizante neste ano

Um possível fator de influência para uma importação nessa ordem pode ter sido o cenário de incertezas
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As importações brasileiras de fertilizantes acumuladas de janeiro e fevereiro foram de 5,3 milhões de toneladas, pouco abaixo do acumulado do ano anterior quando foram importadas 5,7 milhões de toneladas dos produtos. Os dados constam no Boletim Logístico da Conab.

Um possível fator de influência para uma importação nessa ordem pode ter sido o cenário de incertezas em relação ao abastecimento de fertilizantes do principal fornecedor: a Rússia. Neste contexto, no intuito de atender uma demanda de adubo para a cobertura do milho 2ª safra e de algodão, sobretudo no caso de produtores que não conseguiram adquirir de forma antecipada o insumo, houve essa boa movimentação no mercado de fertilizantes, para o período em questão, tanto que o valor médio dos fertilizantes importados em fevereiro/22 foi de US$ 553,64/tonelada, ou seja, US$ 57,00/tonelada a mais que a média de janeiro.

Do total das importações brasileiras de fertilizantes acumuladas até o momento, cerca de 29% adentraram pelos portos do Arco Norte e 30% pelo Porto de Paranaguá, corroborando com o descrito anteriormente, visto que o Arco Norte atende boa parte do Mato Grosso, enquanto Paranaguá atende o estado do Paraná -, dois maiores produtores de milho 2ª safra do país.

Guerra Rússia e Ucrânia – Impactos no agronegócio brasileiro sob a ótica da logística nacional

No último dia 24 de fevereiro, a Rússia ordenou a invasão da Ucrânia, tendo como principal motivo o interesse daquele país em fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN, dado que essa aliança militar vem se estendendo pelo Leste Europeu, sendo entendido pelo governo de Vladimir Putin como uma séria ameaça à Rússia, vez que acredita que os Estados Unidos e os demais parceiros estão usando a aliança para cercar o país, já que a OTAN possui atividades militares no Leste Europeu.

Além disso, o governo russo acredita que a Ucrânia, por ter uma grande população de etnia russa, além de vínculos sociais e culturais com a Rússia, pode ser o ponto de partida para o reestabelecimento da zona de influência da antiga União Soviética. Contudo, além dos conflitos geopolíticos, a guerra entre Rússia e Ucrânia vem impactando diversos setores da economia mundial, entre estes as cadeias produtivas do agronegócio.

A Rússia é o quarto maior produtor e segundo maior exportador de trigo no cenário mundial, responsável por 15,75% das exportações mundiais do cereal, junto com a Ucrânia respondem por 25,60% de todas as exportações de trigo. A Ucrânia é o quarto maior exportador de milho, junto com os Estados Unidos, Brasil e Argentina respondem por 86,5% do total de exportação desse grão no mundo.

Segundo a Associação Internacional de Fertilizantes – IFA (sigla em inglês), a Rússia posicionou-se como o segundo maior país exportador de potássio, seguido por Belarus como terceiro, e, também, um forte aliado nessa guerra com a Ucrânia. A produção de fertilizantes na Rússia possui empresas entre as maiores produtoras de fertilizantes mundiais, como a PhosAgro, Uralkali, Acron e a Eurochem (apesar de ter sua base na Suíça possui um número expressivo de minas e indústrias na Rússia). A Rússia também configura como o terceiro maior país produtor de nitrogenados. Outro ponto de destaque é que a Rússia também está entre os maiores produtores de gás natural e petróleo -, o que impacta diretamente nos preços internacionais dos combustíveis.

 

Assaltantes Destrói Agencia do Banco do Brasil em Lajes do Cabugi

 

A Cidade de Lajes do Cabugi na Região Central  do Rio Grande do Norte viveu mais um momento de pânico e terror na madrugada desta quarta feira (30), ladrões explodem mais uma vez a agencia do Banco do Brasil no centro da cidade.

Ainda não sabe a quantia de dinheiro levado pelos os assaltantes. Na saída a quadrilha botou da viatura da Polícia Militar estacionada em frente a delegacia.

Mais uma vez a população de Lajes e região ficará sem o funcionamento dos serviços do Branco do Brasil, da última vez passou-se quase um ano fechado deixando a população no prejuízo... A polícia foi acionada e estão no encalço dos bandidos.

 

Preço do trigo volta a cair

Cenário pode levar produtores a aumentar a área destinada ao cereal no País, porém, o alto custo de produção pode limitar esse avanço
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Depois de subirem por praticamente duas semanas seguidas, os valores internos do trigo voltaram a cair nos mercados de balcão e disponível, acompanhando a desvalorização do dólar frente ao Real, que, vale lembrar, reduz a paridade de importação e favorece a compra externa do cereal.

Conforme os dados do boletim informativo do Cepea, no entanto, apesar do recente enfraquecimento dos valores, as médias estaduais de março já atingiram as máximas nominais históricas da série do Cepea, iniciada em 2004. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário pode levar produtores a aumentar a área destinada ao cereal no País, porém, o alto custo de produção pode limitar esse avanço. 

terça-feira, 29 de março de 2022

 

Cacau é fonte de renda e preserva o meio ambiente em assentamentos da Bahia

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Assentamentos baianos produtores de cacau preservam o meio ambiente 

A casca madura varia do amarelo-ouro aos tons avermelhados. A polpa em forma de cacho envolve as amêndoas e tem um sabor adocicado e levemente ácido. Assim é o cacau, fruto que é a principal matéria-prima de uma das iguarias mais amadas do mundo - o chocolate. Além disso, é fonte de renda da agricultura familiar e, na maioria dos assentamentos baianos, conserva o meio ambiente.

Em 26 de março é a data comemorativa deste fruto, que é cultivado em 98 áreas de reforma agrária na Bahia, espalhadas pelos territórios de identidade do Litoral Sul e Baixo Sul e que totalizam 57 mil hectares de terras. Este quantitativo corresponde a 13,5% de todos os assentamentos do Estado.

Neles, vivem 3,9 mil famílias que cultivam 17 mil hectares de lavouras cacaueiras. Em grande maioria, a produção é por meio da “cabruca”, que é um sistema agroflorestal em que as árvores nativas são usadas para sombrear os cacaueiros. Assim, as plantações quase sempre estão entranhadas pelas florestas.

O agrônomo do Incra/BA, Edmundo Barbosa, confirma que a cacauicultura predominante na Bahia é a de cultivo em sistemas agroflorestais, o que requer o uso intenso da mão de obra, algo que a agricultura familiar dispõe. “Esses assentados cacauicultores exercem práticas produtivas capazes de conciliar a produção de alimentos com a conservação ambiental. E são responsáveis pela prestação de serviços ambientais valiosos para a sociedade”, acrescenta Barbosa.

Em 2021, Barbosa publicou uma Dissertação de Mestrado sob o tema “Assentamentos Agroflorestais do Sul da Bahia na Agenda 2030”, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus (BA). O servidor pontua ainda que a produtividade dos assentamentos se encontra na média do último Censo Agropecuário, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Beneficiamento
Os produtores de cacau em áreas de reforma agrária que se reúnem em cooperativas e associações têm colhido frutos positivos. A adoção da produção orgânica também é um ponto que se sobressai entre os agricultores familiares e assentados da região.

Um bom exemplo é a Associação do Projeto Agrícola Dois Riachões, que reúne 108 assentados, de oito áreas de reforma agrária, situadas nos municípios de Ibirapitanga, Maraú, Santa Luzia e Ubaitaba.

Essas famílias são garantidas como produtoras de orgânicos pelo Sistema Participativo de Garantia (SPG) e certificadas pela Rede de Agroecologia Povos da Mata. “A nossa produção chega a 25 toneladas de cacau por ano”, conta o agricultor associado, Luciano Silva.

O assentamento Dois Riachões, em Ibirapitanga, que faz parte da cooperativa, inaugurou em 2018 a primeira fábrica de chocolate orgânico e nibs (fragmentos de cacau fermentado e triturado), em área de reforma agrária. Os produtos também foram batizados de Dois Riachões.

Bahia Cacau
Um selo importante no mercado de chocolates da agricultura familiar é o Bahia Cacau. Pertence à Cooperativa da Agricultura Familiar da Bahia (Coopfesba) que tem uma agroindústria desde 2010 e, atualmente, está em fase de certificação para orgânicos. A cooperativa é composta por agricultores familiares e 22 assentados das áreas de reforma agrária Etevaldo Barreto, Vila Isabel e Loreta Valadares - situadas no município de Ibicaraí.

O mix de produtos produzidos sob a marca Bahia Cacau engloba bombons com recheios de jaca, umbu, goiaba, cupuaçu e abacaxi, além de barras de chocolate com concentrações de cacau variadas. Segundo o presidente da Coopfesba, Osaná Crisostomo do Nascimento, que é assentado no Etevaldo Barreto, a agroindústria surgiu da necessidade de fortalecer a produção cacaueira e da cadeia do cacau para assentados e pequenos agricultores.

As três áreas de reforma agrária da Coopfesba foram contempladas pelo Incra. “Tanto o Crédito Instalação como a assistência técnica foram importantes para o desenvolvimento da cooperativa. Boa parte desses recursos foi aplicada na melhoria das lavouras cacaueiras”, frisa Nascimento.

História
Até os anos de 1980, a cultura cacaueira era símbolo de poderio dos coronéis, detentores de grandes extensões de terras no Litoral Sul da Bahia. Esses tempos de abonança foram retratados em algumas obras de Jorge Amado e de Milton Santos.

Mas tudo mudou quando o fungo da vassoura de bruxa se espalhou pelas lavouras cacaueiras. A produção caiu vertiginosamente e, com ela, veio as falências dos empreendimentos rurais. A recuperação das lavouras só foi possível bem mais tarde com o desenvolvimento da técnica da clonagem, que produziu mudas de cacaueiros mais resistentes a este fungo.

Assessoria de Comunicação Social do Incra

CI

 

Final da La Niña segue na incerteza

Projeções divergem em relação ao final do fenômeno
Por:  

De uma coisa é certa, estamos sob o regime de La Niña praticamente desde meados do inverno de 2020. O último período com um El Niño ativo foi entre os trimestres de agosto, setembro e outubro de 2018 até maio, junho e julho de 2019. Passamos por um breve período de neutralidade climática entre maio e agosto de 2021, que mal surtiram efeito sobre a atmosfera. 

Também conhecido como El Niño Oscilação Sul (ENOS), o fenômeno rege o padrão das chuvas e temperaturas em praticamente todas as áreas do país e de maneiras diferentes de acordo com a época do ano. 

Nas últimas atualizações, de diversos centros de monitoramento ao redor do planeta, as condições para o fim do fenômeno ainda são incertas e graduais. São poucas as projeções que apontam para um final repentino do fenômeno e mesmo que ocorra, as condições atmosféricas demoram para responder a esta mudança de padrão.

Uma das definições para o estabelecimento da neutralidade climática na região equatorial do Oceano Pacífico é que a média das temperaturas fiquem acima de -0.5°C por pelo menos três meses. Do gráfico acima, nota-se que a previsão para essas temperaturas continuem abaixo deste limiar até pelo menos maio, junho e julho, e não apresentando uma elevação tão expressiva até pelo menos o trimestre de setembro, outubro e novembro. 

Dos registros históricos, desde 1950 que estas temperaturas são registradas, o maior período de La Niña ocorreu entre abril de 1973 até maio de 1976 com uma breve janela entre julho a outubro com temperaturas dentro da neutralidade climática, mas mesmo assim apresentando 0.4°C abaixo da média.

A permanência de La Niña pode influenciar as safras de inverno como trigo, canola, cevada e aveia branca na metade sul do país neste ano de 2022. Mas vale a ressalva de que, mesmo em uma condição de de La-Niña no mesmo do ano passado, 2021 teve recordes de safra de inverno.

Material exclusivo elaborado pela equipe Agrotempo*


 

 

 


segunda-feira, 28 de março de 2022

 

Instituto Nacional de Meteorologia emite dois alertas de chuvas intensas no RN

Chuvas fortes atingem o RN desde a madrugada de sábado (26). Previsão do Inmet é de que 147 cidades sofram com chuvas intensas que podem chegar a um acumulado de até 100 mm por dia.

Por g1 RN


Avenida 4, no Alecrim, com alagamento — Foto: Pedro Trindade

Avenida 4, no Alecrim, com alagamento — Foto: Pedro Trindade

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas em todo o Rio Grande do Norte deste domingo até 10h de segunda-feira (28).

Os dois alertas são de escalas diferentes. Um deles tem grau de severidade de "Perigo", o segundo numa escala de três níveis, e atinge 147 cidades do estado. O outro é de "Perigo potencial" e atinge as outras 20 cidades (veja a lista dessas cidades).

Níveis de chuvas

Grau de severidade
Perigo potencial (amarelo) Situação meteorológica potencialmente perigosa. Cuidado na prática de atividades sujeitas a riscos de caráter meteorológico. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e não corra risco desnecessário.
Perigo (laranja) Situação meteorológica perigosa. Mantenha-se muito vigilante e informe-se regularmente sobre as condições meteorológicas previstas. Inteire-se sobre os riscos que possam ser inevitáveis. Siga os conselhos das autotidades.
Grande perigo Situação meteorológica de grande perigo. Estão previstos fenômenos meteorológicos de intensidade excepcional. Grande probabilidade de ocorrência de grandes danos e acidentes, com riscos para a integridade física ou mesmo à vida humana. Mantenha-se informado sobre as condições meteorológicas previstas e os possíveis riscos. Siga as instruções e conselhos das autoridades em todas as circunstâncias e prepare-se para medidas de emergência.

A maioria das cidades do estado (as 147 que estão no alerta de perigo) podem sofrer chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou até 100 milímetros por dia, além de ventos entre 60 e 100 km/h.

Já as outras 20 cidades (do risco de perigo potencial) têm chuvas de até 50 milímetros por dia e vento de até 60 km/h.

O Inmet alerta ainda que as chuvas que vão atingir a maioria das cidades do estado podem causar risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas.

Alertas do Inmet para este domingo e segunda-feira — Foto: Divulgação

Alertas do Inmet para este domingo e segunda-feira

Em caso de rajadas de vento, a recomendação é não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas e não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

Se possível, o órgão recomenda ainda desligar aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

Qualquer orientação ou auxílio, devem ser contatados a Defesa Civil (telefone 199) e o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Chuvas intensas

Neste fim de semana, Natal, Mossoró e várias outras cidades do estado tiveram chuvas intensas, que causaram transtornos em diversos locais, com pontos de alagamento, água invadindo casas e também destruindo ruas.

Chuvas causaram transtornos nesta manhã em Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

Chuvas causaram transtornos nesta manhã em Natal 

"As condições meteorológicas seguem favoráveis com a atuação da Zona de Convergência Intertropical e a elevação da temperatura dos oceanos,” explicou o chefe da unidade de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.

Houve registros de alagamentos ainda em Macaíba, Goianinha e Baía Formosa, todos ligados a sistemas de drenagem que não suportaram a grande quantidade de água.

Equipes de alerta

O Governo do Rio Grande do Norte decidiu manter equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Caern de plantão para apoiar municípios diante das fortes chuvas.

Em Natal, o prefeito Álvaro Dias se reuniu na noite de sábado com o gabinete de crise e determinou que equipes das secretarias fiquem de plantão nas próximas horas. Em caso de emergência os natalenses devem acionar o 190 da Defesa Civil.

Avenida Felipe Camarão em Mossoró registrou pontos de alagamento — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Avenida Felipe Camarão em Mossoró registrou pontos de alagamento 

Cidades com chuvas de perigo potencial (as demais tem chuvas com risco de perigo):

  1. Arez
  2. Baía Formosa
  3. Brejinho
  4. Canguaretama
  5. Espírito Santos
  6. Goianinha
  7. Jundiá
  8. Lagoa D'Anta
  9. Montanhas
  10. Nísia Floresta
  11. Nova Cruz
  12. Passa e Fica
  13. Passagem
  14. Pedro Velho
  15. Santo Antônio
  16. São José de Mipibu
  17. Senador Georgino Avelino
  18. Tibau do Sul
  19. Várzea
  20. Vila Flor

 

O Brasil está exportando mais genética avícola

  

O crescimento das exportações brasileiras de genética avícola no primeiro bimestre de 2022, chegou a US$ 26,079, números 21,3% superior ao obtido no mesmo período do ano passado, com US$ 21,499 milhões. O levantamento é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).  Do total exportado no bimestre, US$ 16,353 milhões resultaram das vendas de pinto de 01 dia, resultado 13% maior que o registrado em 2021, com US$ 14,468 milhões. A outra parte refere-se à ovos férteis, com receita de US$ 9,726 milhões, número US$ 38,3% superior ao realizado em 2021, com US$ 7,032 milhões.

Apenas no mês de fevereiro, o resultado das vendas do setor chegou a US$ 13,302 milhões, número 65,5% maior que o registrado no segundo mês de 2021, com US$ 8,038. Deste total, US$ 8,162 milhões correspondem a pinto de 01 dia, saldo US$ 76,5% maior que o realizado no mesmo período do ano passado, com US$ 4,625. Já o de ovos férteis foram US$ 5,141 milhões, número 50,6% maior que o realizado em fevereiro de 2021, com US$ 3,414.

Entre os destinos de exportações, a Colômbia se destacou entre os importadores de pinto de 01 dia, com 24% do resultado em dólares do total exportado no bimestre, seguido por Bolívia, com 18% e Peru, com 17%. Já entre os países importadores de ovos férteis, Senegal foi o destaque com 38% da receita em dólares no bimestre, seguido por México, com 33%, e Paraguai, com 14%.

“A demanda internacional por genética avícola do Brasil segue em elevação, em especial, nas nações das Américas e África. Em um momento com ocorrências de Influenza Aviária em diversos países produtores, o país ganhou competitividade por nunca ter registrado a enfermidade em seu território”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

 

Em sua primeira edição, Projeto Experiências do Brasil Rural beneficia cerca de 150 famílias que vivem no campo

As inscrições da segunda edição do Projeto estão abertas até o dia 1º de abril de 2022, quando oito roteiros turísticos serão selecionados


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério do Turismo (MTur) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) apresentaram os resultados da 1ª edição do Projeto Experiências do Brasil Rural. O Projeto Experiências do Brasil Rural foi lançado em 2020 com o objetivo de impulsionar produtos e serviços da agricultura familiar associados ao turismo, de forma a proporcionar vivências inovadoras aos visitantes, diversificar a oferta turística nacional e gerar alternativas de renda no campo, a partir da formatação e do posicionamento de roteiros.

Participaram da primeira edição do projeto a Rota Amazônia Atlântica, do Pará; a Terra Mãe do Brasil, Seus Caminhos, Segredos e Sabores, da Bahia; o Agroturismo do Espírito Santo; a Rota do Queijo Terroir Vertentes e a Rota Gourmet das Terras Altas da Mantiqueira, em Minas Gerais; o Caminhos do Campo, em Santa Catarina; a Ferradura dos Vinhedos e o Roteiro Farroupilha Colonial, no Rio Grande do Sul.

Ao longo de quase 10 meses, os roteiros turísticos selecionados foram acompanhados pela equipe técnica do projeto em atividades de diagnóstico, capacitação e mentorias, oficinas para formatação de experiências turísticas memoráveis, validação e apoio à comercialização. 

A primeira edição do projeto contemplou as cadeias produtivas do queijo, vinho, cerveja e frutos da Amazônia, beneficiou cerca de 150 famílias, criando mais de 70 produtos de experiências turísticas memoráveis, incluindo vídeos promocionais e catálogos de experiências.

“É uma iniciativa que nos mostra como a política pública impacta na vida do cidadão. Como o seu Sacaca, de Perimirim, da Rota Amazônia Atlântica, que aprendeu com o projeto, mas também ensinou muito. Histórias que inspiram a fazer cada vez melhor. E, para isso, contamos com a parceria valorosa do Mapa e da UFF. No nosso governo uma das marcas registradas é a parceria entre os diferentes órgãos, sempre em busca de um objetivo comum: fazer o bem ao nosso povo”, disse o secretário do MTur, Fábio Pinheiro, durante a live de anúncio dos resultados, realizada nessa quinta-feira (24).

Na oportunidade, Pinheiro anunciou oficialmente a 2ª edição do projeto, que está com edital de seleção aberto até o dia 1º de abril. “Na segunda edição, daremos atenção especial às cadeias produtivas do café, da cachaça, da farinha de mandioca e do mel, ampliando a estruturação de experiências turísticas no âmbito do turismo rural e gastronômico e garantindo que os turistas tenham uma experiência cada vez melhor”.

O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Cândido, ressaltou que o projeto contribui para ampliar a renda do pequeno produtor. “É uma oportunidade e uma inovação para o agricultor familiar, que é capacitado para preparar o seu produto para o turismo, para receber o turista e até para hospedá-lo em sua propriedade rural”.  

Segundo o coordenador de Integração Acadêmica da UFF, André Brandão, a iniciativa trouxe contribuições também para a universidade. “Uma parceria que redundou num trabalho de pesquisa e extensão, com resultados muito concretos para segmentos da sociedade nacional e, em especial, segmentos que estão articulados nessa inter-relação entre turismo e agricultura familiar. Trouxe também resultados acadêmicos importantes para a UFF, seja no que concerne à produção de conhecimento, seja no que concerne a produção docente e discente”.

>> Clique aqui para conhecer os roteiros e conferir os vídeos promocionais  

Participaram também da divulgação dos resultados a diretora do Departamento de Inteligência Mercadológica e Competitiva do Turismo do MTur, Nicole Facuri; e o coordenador do projeto, Osíris Marques.

Atividades desenvolvidas    

Para cada um dos roteiros atendidos foram realizados diagnósticos em quatro dimensões - Experiência, Hospitalidade, Qualidade Técnica e Gestão & Marketing -, avaliadas por meio de questionários e oficinas virtuais, que subsidiaram a construção de planos de ação.

Em seguida, na etapa de “Qualificação dos Roteiros”, foram realizados dez minicursos de capacitação, totalizando uma carga horária de 200 horas aula, além de atividades de mentoria, que somaram 200 horas de atendimento individualizado para os agricultores familiares.

Os participantes do projeto contaram, ainda, com os seminários virtuais “Visões de Mercado”. Foram quatro palestras com empreendedores da área e representantes do mercado, que apresentaram conteúdos inovadores sobre turismo rural.

A representante da rota Amazônia Atlântica do Pará, Hortência Osaqui, relata a experiência de participar da primeira edição do projeto. “Foi único receber todas essas capacitações na nossa casa, com todo esse empenho profissional. Eu quero dizer que não foram feitas apenas experiências memoráveis, mas também experiências de transformação na vida das pessoas”.

Na etapa de “Desenvolvimento das Experiências”, o projeto realizou 64 oficinas, que resultaram na criação de 71 experiências turísticas, posteriormente validadas pelas equipes do MTur e da UFF durante as visitas técnicas aos roteiros.

Já na etapa de “Promoção e Apoio à Comercialização”, os representantes dos roteiros e seus empreendimentos participaram de dois eventos: Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris) e Festival de Turismo das Cataratas.

Para Fabiana Dickmann, representante da rota Caminhos do Campo, situada em Santa Catarina, o projeto trabalhou questões importantes e que nem sempre são lembradas. “Foi pensando em todos os detalhes quando escreveram esse projeto e a gente sentiu isso aqui na ponta. Nós, aqui no interior do estado de Santa Catarina, pudemos observar o quanto foi importante esse movimento. Foi pensado desde as bagagens que iam para os estandes das feiras até o momento da Cozinha Show, no qual recebemos os chefs de cozinha para fazer as atividades”.

>> Assista aqui a live de encerramento da 1ª edição do projeto Experiências do Brasil Rural

Inscrições abertas  

A segunda edição do Projeto, com as inscrições abertas até o dia 1º de abril de 2022, selecionará oito novos roteiros turísticos, que contarão com apoio técnico para estruturação dos destinos e empreendimentos, bem como a comercialização de produtos e serviços. O início das atividades com os roteiros está previsto para o mês de maio. Clique aqui para inscrever um roteiro e acompanhar todas as etapas do processo de seleção.

 CI

 

Uso de maturador oferece ganhos não só no início da safra canavieira

Maturador mantém níveis de sacarose da cana mesmo com chuva

Aplicação de maturador no período de 15 de setembro até meados de novembro tem o objetivo de manter os níveis de sacarose da planta

Para ser economicamente viável, o setor sucroenergético sempre valorizou o aumento da produtividade dos canaviais - medida em Toneladas de Cana por Hectare (TCH). No entanto, outra exigência passou a fazer parte do dia a dia do universo canavieiro – é fundamental elevar a qualidade da matéria-prima - mensurada em Açúcares Totais Recuperáveis (ATR).

Um dos pontos básicos para a maior concentração de açúcar é a maturação da cana. Segundo pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Carlos Alberto Mathias Azania, a maturação natural da cana ocorre a partir do momento em que a planta é exposta a dois fatores ambientais específicos: estresse hídrico e estresse térmico. 

Na região Centro-Sul a colheita da cana-de-açúcar se inicia entre o final de março e o início de abril e termina em novembro ou dezembro. Nessa janela mais ampla, há momentos em que o canavial que será colhido não se encontra em condições favoráveis para sua maturação natural. Por conta disso, usinas e agrícolas apostam no emprego dos maturadores para colher com produtividade, qualidade e alto rendimento, mesmo estando nas “pontas” da safra.

Para o pesquisador do IAC, a principal janela de aplicação dos maturadores é no início do ciclo, entre 15 de fevereiro e o final de abril. “Esse é um período bastante vegetativo para a cana, pois ainda não existem estímulos naturais para sua maturação. Os maturadores aplicados nesse momento irão diminuir seu ritmo de crescimento. A planta continuará seu processo de fotossíntese, porém, toda a energia produzida em forma de glicose e frutose não será convertida para produção de colmos ou de flores, mas para o acúmulo de sacarose. Dessa forma, é possível adiantar o início da moagem para o final de março ou começo de abril.”

No entanto, o pesquisador defende a aplicação de maturador em outras fases da colheita. Nos meses de maio e junho só deve ocorrer, segundo Azania, em regiões onde a pluviosidade permanece alta. Já nos meses de julho e agosto, a cana irá acumular naturalmente sacarose. E para manter esses níveis de sacarose da planta, que naturalmente volta a receber estímulos para crescer em função do retorno das chuvas, o indicado é aplicar o maturador de 15 de setembro até meados de novembro.

Fonte: Ihara

Produtores e usinas devem apostar em maturadores de ação rápida, como o produto da IHARA, que pode ser aplicado a partir de 15 dias antes da colheita

O grande desafio dos agricultores é se antecipar as condições climáticas que oscilam a cada ano e definir a melhor ferramenta e momento ideal para aplicação. No entanto, a grande questão é: qual tecnologia utilizar para promover maturação e manter o crescimento do canavial? A resposta está na velocidade de ação do maturador, pois isto facilita a tomada de decisão.

Fonte: Ihara

O consultor de desenvolvimento de mercado da IHARA, Thiago Duarte, ressalta a existência de duas tecnologias distintas para a maturação: produtos de ação lenta, que devem ser aplicados cerca de 45 dias antes da colheita, em pleno verão, comprometendo o crescimento da cana; e maturadores de ação rápida, como o RIPER, que pode ser aplicado a partir de 15 dias antes da colheita, preservando até 30 dias de pleno crescimento da cultura que assegurará maior produção de toneladas de cana e consequentemente maior quantidade de açúcar por hectare.

Fonte: Ihara

“O RIPER é um maturador altamente sistêmico, cuja principal característica é a flexibilidade de aplicação, podendo ser utilizado no início, meio ou final de safra. Além disso, ele pode ser posicionado de 15 a 45 dias antes da colheita, impactando o menos possível na produtividade e extraindo o máximo em TAH (Toneladas de Açúcar por Hectare).”

A recomendação de RIPER é de 75ml por hectare, sempre associado ao IHAROL GOLD, óleo mineral que potencializará a entrada do maturador dentro da folha da cana, possibilitando um maior retorno sobre o investimento, que pode chegar a R$ 6,00 para cada R$ 1,00 investido.

Fonte: CanaOnline

domingo, 27 de março de 2022

 

Novas variedade de batatas-doces coloridas e biofortificadas

   

As novas sementes são a BRS Cotinga, BRS Anembé e a BRS Nuti. A primeira é recomendada para processamento industrial na forma de chips, farinha, xarope de amido e outros produtos derivados; a segunda, para o mercado de mesa, em preparos culinários assados como purês, doces caseiros e pães; e já a terceira atende ambas as finalidades. Todas foram desenvolvidas pelos pesquisadores da Embrapa Hortaliças, em Brasília.

A pesquisadora Larissa Vendrame diz que os novos produtos, além de apresentar mais cores e nutrientes, tem o triplo da produtividade da média nacional. Segundo ela, a ideia de desenvolver batatas-doces coloridas e biofortificadas surgiu da demanda de produtores que tinham dificuldade de acesso a esse tipo de produto. “As variedades disponíveis no mercado apresentavam baixa produtividade, eram suscetíveis a pragas e doenças e, além disso, os produtores não conseguiam acesso a mudas de qualidade”, explicou.

Dentre as vantagens apresentadas pelas novas cultivares está estabilidade de produção e a ampla adaptação a diferentes regiões de cultivo. “Sem contar com os compostos bioativos que elas possuem, que além de nutrir, fazem bem para a saúde humana, já que apresentam funções antioxidantes, reduzindo, assim o risco de doenças degenerativas e cardiovasculares, ressaltou.

A previsão é de que as novas cultivares de batata-doce estejam disponíveis para produção em meados de 2022, prazo em que os viveiristas licenciados já estarão comercializando as mudas. Com isso, o consumidor final poderá encontrá-las no mercado no início de 2023.

 

Em sua primeira edição, Projeto Experiências do Brasil Rural beneficia cerca de 150 famílias que vivem no campo

As inscrições da segunda edição do Projeto estão abertas até o dia 1º de abril de 2022, quando oito roteiros turísticos serão selecionados


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério do Turismo (MTur) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) apresentaram os resultados da 1ª edição do Projeto Experiências do Brasil Rural. O Projeto Experiências do Brasil Rural foi lançado em 2020 com o objetivo de impulsionar produtos e serviços da agricultura familiar associados ao turismo, de forma a proporcionar vivências inovadoras aos visitantes, diversificar a oferta turística nacional e gerar alternativas de renda no campo, a partir da formatação e do posicionamento de roteiros.

Participaram da primeira edição do projeto a Rota Amazônia Atlântica, do Pará; a Terra Mãe do Brasil, Seus Caminhos, Segredos e Sabores, da Bahia; o Agroturismo do Espírito Santo; a Rota do Queijo Terroir Vertentes e a Rota Gourmet das Terras Altas da Mantiqueira, em Minas Gerais; o Caminhos do Campo, em Santa Catarina; a Ferradura dos Vinhedos e o Roteiro Farroupilha Colonial, no Rio Grande do Sul.

Ao longo de quase 10 meses, os roteiros turísticos selecionados foram acompanhados pela equipe técnica do projeto em atividades de diagnóstico, capacitação e mentorias, oficinas para formatação de experiências turísticas memoráveis, validação e apoio à comercialização. 

A primeira edição do projeto contemplou as cadeias produtivas do queijo, vinho, cerveja e frutos da Amazônia, beneficiou cerca de 150 famílias, criando mais de 70 produtos de experiências turísticas memoráveis, incluindo vídeos promocionais e catálogos de experiências.

“É uma iniciativa que nos mostra como a política pública impacta na vida do cidadão. Como o seu Sacaca, de Perimirim, da Rota Amazônia Atlântica, que aprendeu com o projeto, mas também ensinou muito. Histórias que inspiram a fazer cada vez melhor. E, para isso, contamos com a parceria valorosa do Mapa e da UFF. No nosso governo uma das marcas registradas é a parceria entre os diferentes órgãos, sempre em busca de um objetivo comum: fazer o bem ao nosso povo”, disse o secretário do MTur, Fábio Pinheiro, durante a live de anúncio dos resultados, realizada nessa quinta-feira (24).

Na oportunidade, Pinheiro anunciou oficialmente a 2ª edição do projeto, que está com edital de seleção aberto até o dia 1º de abril. “Na segunda edição, daremos atenção especial às cadeias produtivas do café, da cachaça, da farinha de mandioca e do mel, ampliando a estruturação de experiências turísticas no âmbito do turismo rural e gastronômico e garantindo que os turistas tenham uma experiência cada vez melhor”.

O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Márcio Cândido, ressaltou que o projeto contribui para ampliar a renda do pequeno produtor. “É uma oportunidade e uma inovação para o agricultor familiar, que é capacitado para preparar o seu produto para o turismo, para receber o turista e até para hospedá-lo em sua propriedade rural”.  

Segundo o coordenador de Integração Acadêmica da UFF, André Brandão, a iniciativa trouxe contribuições também para a universidade. “Uma parceria que redundou num trabalho de pesquisa e extensão, com resultados muito concretos para segmentos da sociedade nacional e, em especial, segmentos que estão articulados nessa inter-relação entre turismo e agricultura familiar. Trouxe também resultados acadêmicos importantes para a UFF, seja no que concerne à produção de conhecimento, seja no que concerne a produção docente e discente”.

>> Clique aqui para conhecer os roteiros e conferir os vídeos promocionais  

Participaram também da divulgação dos resultados a diretora do Departamento de Inteligência Mercadológica e Competitiva do Turismo do MTur, Nicole Facuri; e o coordenador do projeto, Osíris Marques.

Atividades desenvolvidas    

Para cada um dos roteiros atendidos foram realizados diagnósticos em quatro dimensões - Experiência, Hospitalidade, Qualidade Técnica e Gestão & Marketing -, avaliadas por meio de questionários e oficinas virtuais, que subsidiaram a construção de planos de ação.

Em seguida, na etapa de “Qualificação dos Roteiros”, foram realizados dez minicursos de capacitação, totalizando uma carga horária de 200 horas aula, além de atividades de mentoria, que somaram 200 horas de atendimento individualizado para os agricultores familiares.

Os participantes do projeto contaram, ainda, com os seminários virtuais “Visões de Mercado”. Foram quatro palestras com empreendedores da área e representantes do mercado, que apresentaram conteúdos inovadores sobre turismo rural.

A representante da rota Amazônia Atlântica do Pará, Hortência Osaqui, relata a experiência de participar da primeira edição do projeto. “Foi único receber todas essas capacitações na nossa casa, com todo esse empenho profissional. Eu quero dizer que não foram feitas apenas experiências memoráveis, mas também experiências de transformação na vida das pessoas”.

Na etapa de “Desenvolvimento das Experiências”, o projeto realizou 64 oficinas, que resultaram na criação de 71 experiências turísticas, posteriormente validadas pelas equipes do MTur e da UFF durante as visitas técnicas aos roteiros.

Já na etapa de “Promoção e Apoio à Comercialização”, os representantes dos roteiros e seus empreendimentos participaram de dois eventos: Feira Internacional de Turismo de Gramado (Festuris) e Festival de Turismo das Cataratas.

Para Fabiana Dickmann, representante da rota Caminhos do Campo, situada em Santa Catarina, o projeto trabalhou questões importantes e que nem sempre são lembradas. “Foi pensando em todos os detalhes quando escreveram esse projeto e a gente sentiu isso aqui na ponta. Nós, aqui no interior do estado de Santa Catarina, pudemos observar o quanto foi importante esse movimento. Foi pensado desde as bagagens que iam para os estandes das feiras até o momento da Cozinha Show, no qual recebemos os chefs de cozinha para fazer as atividades”.

>> Assista aqui a live de encerramento da 1ª edição do projeto Experiências do Brasil Rural

Inscrições abertas  

A segunda edição do Projeto, com as inscrições abertas até o dia 1º de abril de 2022, selecionará oito novos roteiros turísticos, que contarão com apoio técnico para estruturação dos destinos e empreendimentos, bem como a comercialização de produtos e serviços. O início das atividades com os roteiros está previsto para o mês de maio. Clique aqui para inscrever um roteiro e acompanhar todas as etapas do processo de seleção.