sábado, 11 de dezembro de 2021

 

Plantas especiais que facilitam a alimentação de abelhas nativas

   

Os cientistas brasileiros, da Embrapa, selecionam plantas para alimentar abelhas nativas, principalmente, na Amazônia. Foram selecionadas 52 espécies de plantas indicadas para compor o pasto meliponícola, ou seja, o alimento para criação de abelhas nativas da Amazônia. As espécies vegetais são apresentadas no Guia Ilustrado de Plantas para Meliponicultura na Amazônia. Essas informações ajudarão criadores de abelhas a planejar o plantio de espécies que ofereçam recursos florais que as abelhas sem ferrão necessitam para produzir mel, propólis e outros produtos.

O trabalho de pesquisa foi desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental (AM). A meliponicultura é a criação de abelhas sociais da tribo Meliponini, conhecidas como abelhas sem ferrão, abelhas nativas ou abelhas indígenas. A atividade, além de gerar renda para os meliponicultores por meio da comercialização dos diversos produtos das abelhas, também contribui para a conservação ambiental e incremento da produtividade agrícola com a otimização da polinização.

O Guia apresenta plantas herbáceas, arbustivas, arbóreas e trepadeiras. Para cada planta são apresentadas também informações sobre os recursos que oferecem para as abelhas, a distribuição geográfica, período de floração, fotos e outros dados de identificação. As plantas selecionadas têm em comum o florescimento em abundância. Além das ornamentais, como o amor-agarradinho (Antigonon leptopus), outras são de uso múltiplo e conhecidas entre frutíferas da Amazônia, como o tucumã (Astrocaryum aculeatum), a pupunha (Bactris gasipaes), araçá-boi (Eugenia stipitata), açaí-do-pará (Euterpe oleraceae), açaí-do-amazonas (Euterpe precatoria), jenipapo (Genipa spruceana), ingá (Inga edulis), entre outras.

Os pesquisadores destacam que o pasto meliponícola é um dos três pilares essenciais para o sucesso da meliponicultura. Os outros dois envolvem a escolha da espécie de abelha que será criada considerando suas características genéticas e ocorrência natural no local, e ainda o manejo adequado das colônias. “Cultivar plantas para fornecer alimento natural para as abelhas sem ferrão é determinante para uma boa produção de mel e para que as colônias permaneçam fortes e sadias”, destaca a pesquisadora. Além disso, ela acrescenta que proporcionar o pasto meliponícola também contribui na manutenção do serviço ambiental da polinização, favorecendo todos os insetos e demais animais que dependem de flores e frutos para sua alimentação e sobrevivência.

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