Os possíveis efeitos do El Niño forte previsto por cientistas para 2023
A última vez que o El Niño se formou foi em 2016 — e seus efeitos foram sentidos em todo o mundo.
Esse fenômeno climático contribuiu para o aumento recorde das temperaturas globais, a perda de florestas tropicais, o branqueamento de corais, a geração de incêndios florestais e o degelo polar.
Agora os cientistas acreditam que o fenômeno vai acontecer novamente — e alertam sobre a possibilidade de um El Niño forte se formar nos próximos meses. Além disso, está ocorrendo um aquecimento “acentuado e inesperado” dos oceanos — e, combinados, esses eventos poderiam levar as temperaturas globais a níveis recordes entre 2023 e 2024.
Mas o que sabemos sobre esse fenômeno e por que é preocupante?
Eventos extremos
O El Niño é um fenômeno climático natural — não causado pela atividade humana — do qual há referências desde, pelo menos, o final do século 19.
“El Niño é basicamente uma mudança na força e direção dos ventos alísios que sopram do leste para o oeste no Oceano Pacífico, o que faz com que a água quente encontrada na parte ocidental do Oceano Pacífico se mova para a região central e oriental do Pacífico”, explica Ángel Adames Corraliza, professor de ciências atmosféricas da Universidade de Wisconsin, nos EUA
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