segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

 

Um kit especial para ampliar o uso de cultivares de capim adaptados a várias regiões do pais

   

Em parceria com a Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras (Unipasto), a equipe de transferência de tecnologia da Embrapa Gado de Corte difunde as cultivares de capins pelas regiões produtoras de gado de corte do País por meio do envio de Kits Agrostológicos, que têm como objetivo orientar a implantação de campos agrostológicos, proporcionando um padrão mínimo tanto à implantação quanto à condução das forrageiras.

“A necessidade de criarmos esse material nasceu em 2018, para atendermos a crescente demanda das instituições. Tínhamos solicitações para implantação dos campos em universidades, escolas agrícolas, associações, por exemplo. Até o final de 2023 contabilizamos mais de 60 campos espalhados pelo Brasil, que não somente divulgam como também incentivam a utilização das plantas forrageiras desenvolvidas pela Embrapa”, celebra Marcelo Castro, analista da Empresa e gestor do Setor de Implementação da Programação de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Corte.

No Kit são enviadas 14 cultivares – Brachiaria brizantha cv. Marandu, Brachiaria brizantha cv. Xaraés, Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã, Brachiaria brizantha cv. BRS Paiaguás, Brachiaria spp. cv. BRS Ipyporã, Panicum maximum cv. Tanzânia, Panicum maximum cv. Mombaça, Panicum spp. cv. Massai, Panicum maximum cv. BRS Zuri, Panicum maximum cv. BRS Tamani, Panicum maximum cv. BRS Quênia, Estilosantes Campo Grande, Estilosantes Bela e Feijão Guandu BRS Mandarim.

As sementes vão acondicionadas individualmente em saquinhos identificados, junto ao Manual de Implantação e Manejo e as placas de identificação, tudo sob os cuidados da pesquisadora Alexandra Oliveira. O custo de envio, no início de responsabilidade da Unipasto, hoje fica a cargo das instituições que recebem o Kit.

Castro explica que o estabelecimento de um campo agrostológico segue a mesma lógica da implantação de uma pastagem. Sendo assim, o primeiro passo para o preparo da área é conhecê-la, ou seja, é necessário realizar uma análise do solo, com a devida orientação técnica. Após essa análise, é feita a recomendação de correção. Correção finalizada, é hora da adubação de formação, com insumos aplicados antes da gradagem de nivelamento, para garantir a incorporação ao solo.

Após essas etapas, é feita a medição e a demarcação dos canteiros, com estacas e barbante. Os especialistas da Embrapa, Joaquim Castilho e Haroldo Queiroz, que acompanham, pessoalmente, a implantação dos campos próximos a Campo Grande (MS), recomendam a construção de canteiros de 3,0 x 4,0 metros, por facilitar o manejo e possibilitar boa visualização das forrageiras. Entre os canteiros, um corredor de pelo menos um metro precisa ser deixado. (Foto à direita, campo instalado em Juruena-MT).

Eles detalham que a profundidade dos sulcos de semeadura deve ser de 2 a 5 cm para o Panicum, de 3 a 6 cm para as Braquiárias, de 1 a 3 cm para o Estilosantes e de 3 a 6 cm para os Feijões-guandu; e a taxa de semeadura dependerá do valor cultural da semente. Os canteiros exigem manejo de formação e de manutenção para garantir a formação e a persistência do campo agrostológico.

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