terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

 

Composição da ração para suínos exige cuidados com o rolão de milho e restos de abatedouros

   

Esse tipo de alimento pode ser usado em granjas e pequenos criatórios. A recomendação dos técnicos da Embrapa Suínos e Aves é de que o milho triturado com palha e sabugo pode ser usado em até 50% nas rações de matrizes em gestação. Para essa categoria de suíno, é recomendado seu uso em virtude do efeito benéfico da presença da fibra bruta na dieta.

A inclusão pode ser de 5% para animais em crescimento, 10% para terminação e lactação e 15% para animais de reposição. Comparação entre milho integral e triturado com ou sem palha e sabugo.  A maior dificuldade no uso do milho triturado com palha e sabugo é a mistura do ingrediente na ração. Por causa do teor de fibra, a densidade é alterada e a mistura é dificultada especialmente em misturadores verticais. O processo de moagem também requer mais energia e o rendimento da moagem é reduzido em até 30%.

Os pesquisadores da Embrapa, alertam,no entanto, para os cuidados que devem ser tomados pelos produtores ao tentar utilizar ossos frescos de bovinos e sobras de abatedouros de aves na alimentação dos suínos. Ossos de bovinos, sobras de abatedouros de aves, assim como outros subprodutos de origem animal (restos de carne, de ossos, de sangue, de fígado), só podem ser utilizados na alimentação de suínos ou de outras espécies se passarem por um processo de esterilização e redução de partículas. Dessa forma, eliminam-se os microorganismos patogênicos, como as salmonellas, que provocam diarréia, e outros germes causadores de doenças transmissíveis de uma espécie para outra, como tuberculose, aftosa e outras.

Resíduos de carne, sobras de abatedouros e ossos frescos devem ser cozidos sob pressão em autoclave, à temperatura de 100 ºC por 30 minutos, no mínimo e, em seguida, prensados e moídos. Esses produtos podem ser utilizados na formulação de rações como fonte de proteína, de cálcio e de fósforo. Sua composição, porém, é extremamente variável de acordo com o material incluído.

Os ossos podem também ser queimados em fornos apropriados, obtendo-se como resultado a farinha de ossos calcinada. A farinha de ossos autoclavada é produzida pelo cozimento dos ossos sob pressão em autoclave, e posterior secagem e moagem. Ambas podem ser utilizadas como fonte de cálcio e de fósforo nas formulações. A composição aproximada é a seguinte: · farinha de ossos autoclavada: 12,8% de proteína, 11,3% de gordura, 29,8% de cálcio e 12,49% de fósforo total; · farinha de ossos calcinada: 34% de cálcio e 17% de fósforo.

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