Novas técnicas para ajudar a melhorar a produção de milho no Brasil
Na safra 2019/2020, o Brasil superou o volume de 100 milhões de toneladas de milho. Desse total, 74 milhões de toneladas são provenientes da segunda safra, semeada após a colheita da soja. Embora esse resultado seja impactante, condições climáticas adversas, principalmente na região centro-sul, reduziram o potencial produtivo do milho safrinha neste ano agrícola. Na safra 2020/2021, o cenário climático pode ser ainda mais severo, com a presença do fenômeno conhecido como La Niña, que influencia a distribuição de chuvas em todas as regiões do Brasil.
O pesquisador Emerson Borghi, da Embrapa Milho e Sorgo, diz que neste início de safra “muitas áreas em quase todos os estados produtores de soja das regiões Centro-Oeste e Norte já estão sofrendo com o atraso de chuvas e tendo o plantio muito prejudicado. Em algumas regiões, para recuperar a área cultivada, o produtor está tendo que trabalhar quase 24 horas por dia para conseguir plantar a soja”.
Plantios tardios aumentam o risco de chuvas ou geadas na hora da colheita da soja e, com isso, ocorre maior atraso na implantação do milho safrinha. Mas os problemas no plantio da soja não são causados apenas pelos atrasos. Produtores do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins têm iniciado o plantio da soja antes do período chuvoso ou imediatamente após a primeira chuva.
Os produtores esperam, com isso, realizar o plantio do milho safrinha mais cedo, logo após a colheita da leguminosa. Essa prática, entretanto, pode prejudicar não só a germinação e a emergência da planta de soja – já que a semente não encontra água suficiente no solo –, mas também a própria produtividade da cultura.
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