A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura autorizou, nesta sexta-feira (27/11), a venda de 42 novos agrotóxicos no Brasil, a maior parte delas com alto grau de risco ao meio ambiente, segundo classificação realizada pelo Ibama.
No total, são oito produtos com classe III, considerados perigosos ao meio ambiente; 19 produtos classe II, considerados “muito perigosos ao meio ambiente”; e um produto classe I, considerado “altamente perigoso ao meio ambiente”. Este último, um fungicida da Corteva indicado para as culturas de soja, milho, trigo e café.
Segundo a empresa, o principal uso do produto, que substituirá uma tecnologia já existente no país, será no combate à ferrugem asiática na soja. A substância é vendida há cinco anos no Paraguai e na Bolívia e, após o registro, aguarda apenas os cadastros estaduais para início da comercialização no Brasil.
“Antes de solicitar o registro de qualquer um de seus produtos, a Corteva realiza uma série de pesquisas para averiguar o desempenho de suas novas tecnologias, avaliando, inclusive, todo possível impacto ambiental. Dessa maneira, a companhia esclarece que, quando usado de acordo com as recomendações da bula, o Aproach Power não é perigoso ao meio ambiente”, afirma a companhia, em nota.
A avaliação de Potencial de Periculosidade Ambiental (PPA) conduzida pelo Ibama leva em consideração os impactos desses produtos em contato com solo, ar e água, bem como sua persistência no meio ambiente e danos à fauna e à flora. As análises levam em consideração estudos de toxicidade aguda.
Além da avaliação do Ibama, os registros também são submetidos à verificação da Anvisa, que classifica a toxicidade dos agrotóxicos para humanos. Nesse caso, a maior parte dos produtos registrados pelo Ministério da Agricultura são de categoria 5 e 4, consideradas improvável de causar dano agudo ou pouco tóxicos.
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