O programa de auxilio emergencial promovido pelo governo federal acabou dando um certo poder de compra para a população, que acabou impactando positivamente nos bolsos do produtor de leite, segundo o que afirmou o Rabobank, em seu relatório de perspectivas para o agronegócio brasileiro. No entanto, os custos altos ainda devem pautar o mercado no próximo ano.
“Assim, o aumento do preço ao produtor foi pronunciado em 2020, chegando em patamares recordes acima de R$2,20/litro pago em outubro. O incremento no preço ajudou a impulsionar a oferta de leite no segundo semestre, que deve apresentar crescimento de 1% a 2% para o ano todo. A indústria conseguiu repassar os preços em várias categorias no segundo semestre, ajudando a manter as margens em patamares adequados, o que trouxe certo alívio para o setor após um ano de 2019 com margens comprimidas. Porém, o cenário para 2021 apresenta incertezas em relação à demanda, produção e rentabilidade nos diversos elos da cadeia dos lácteos”, comenta o banco.
As projeções apontam para uma recuperação da economia brasileira ao longo de 2021, o que poderia trazer uma melhora gradativa do emprego e renda dos consumidores, mantendo o consumo de alimentos estáveis. “Porém, as projeções dependem de vários pontos bastante incertos, tais como o avanço da agenda de reformas no congresso nacional e do sucesso das vacinas, acrescentando dúvidas nas projeções sobre o futuro do desempenho da economia e demanda por alimentos. Também não há claridade com relação à prorrogação do programa de auxílio emergencial ou a sua substituição por outra plataforma, o que dificulta as projeções sobre o comportamento do consumidor em 2021, dado que o programa impulsionou as vendas de alimentos a partir de abril”, conclui.
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