Trabalhadoras rurais levantam questões no XI Congresso Brasileiro de Agroecologia |
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As mulheres do campo, florestas e águas estão entre as principais defensoras e praticantes da agroecologia, pois preservam e compartilham saberes fundamentais para as práticas agroecológicas. Por isso, a secretaria de Mulheres da CONTAG e diretoras da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Estado de Sergipe (Fetase) participam do XI Congresso Brasileiro de Agroecologia, realizado nos dias 4 a 7 de novembro na Universidade Federal de Sergipe (UFS). O tema do XI CBA é Ecologia de Saberes: Ciência, Cultura e Arte na Democratização dos Sistemas Agroalimentares, que “parte da compreensão de que a Agroecologia se constrói a partir da interação virtuosa entre prática, ciência e política. Ao formular um questionamento radical ao regime agroalimentar neoliberal dominado por corporações do agronegócio, orienta processos de transformação dos sistemas agroalimentares na busca da construção da soberania alimentar e da sustentabilidade socioecológica. Nossa esperança está no exercício da ecologia dos saberes, no reconhecimento e diálogo entre as diversas formas de existência”, explica a organização do congresso. A secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, participou de dois momentos do Congresso: coordenando e fazendo parte do diálogo da Plenária das Mulheres, na tarde do dia 4, e contribuindo para análise de conjuntura no espaço dos movimentos sociais, na tarde do dia 5 de novembro, com a Frente Brasil Popular e o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA). “Sem dúvida, esse espaço promove o encontro de várias experiências e torna-se espaço de resistência para os movimentos sociais e para a academia. Estamos resistindo a todos os retrocessos que são consequências do avanço desse projeto neoliberal que defende armas, violência, criminalização dos movimentos, agrotóxicos, ataques aos povos do campo, floresta e águas, o avanço do latifúndio, das mineradoras e diversos grupos econômicos que não têm interesse no desenvolvimento social do Brasil, além de negligenciar o cuidado com o meio ambiente”, reforça Mazé. A dirigente apontou ainda a importância da continuidade dos debates promovidos pela Marcha das Margaridas em todo o seu processo formativo e também com a Plataforma Política, que indica os rumos das ações coletivas das mulheres na direção de um Brasil com soberania popular, democracia, justiça e livre de violência. “Temos que enfrentar cortes nos orçamentos das políticas públicas para a agricultura familiar, para as políticas de agroecologia que não avançam, a exemplo do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que foi uma conquista da Marcha de 2011. A partir dos debates da Plataforma Política vamos construir outras alternativas de avanço, com o objetivo de reconfigurar o campo político”, afirma a secretária de Mulheres da CONTAG. |
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FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG |
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
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