Regularização fundiária: um dos caminhos para o crescimento do país
A
regularização fundiária é considerada a porta de entrada para que os
agricultores familiares em situação de insegurança jurídica, consigam
acessar as políticas públicas voltadas para o crescimento do setor. O
ano de 2017 foi marcado pelo empenho do Governo Federal em trabalhar em
prol desta ação. Como resultado desse esforço, mais de 12.500 títulos
foram entregues, beneficiando famílias de diversos estados do país.
Na
entrevista a seguir, o coordenador-geral de Regularização Fundiária da
Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA) da Secretaria Especial de
Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Humberto
Thomé, explica a importância da titulação e qual será o plano de
trabalho da pasta para este ano.
Qual a importância da Regularização Fundiária para o agricultor familiar?
A
regularização fundiária é o que podemos chamar de porta de entrada. Ela
garante a segurança jurídica para o agricultor familiar, que poderá ter
acesso ao crédito e às políticas públicas com tranquilidade. Com a
regularização, ele poderá ter a tão sonhada “terra para chamar de sua”.
Como está a atuação do governo?
Estamos
presentes em 16 estados. Já atendemos mais de 300 municípios ao longo
do processo, entregamos mais de 65 mil títulos até hoje. São mais de 140
mil unidades geocadastradas, ou seja, em processo de reconhecimento.
O
governo atual, tem sensibilidade pelo tema e entende que essa era uma
das necessidades do agricultor. Por exemplo, temos locais com pessoas
esperando há mais de 50 anos pelo título da propriedade e a
regularização tem conseguido mudar essa realidade.
Além
disso, o processo de regularização fundiária tornou-se uma ferramenta
importante no arcabouço de ações de reforma agrária desenvolvidas pelo
Governo Federal.
Como foi o ano de 2017 para a regularização fundiária e quais as expectativas para 2018?
Conseguimos
entregar mais de 12.500 títulos e fizemos nove novos convênios. Para
2018 a expectativa é de entregar mais de 25 mil títulos. Além disso,
mais de 40 mil unidades serão georreferenciadas. Assim, acredito que
dentro da realidade do país, a regularização está crescendo. Conseguimos
atingir nossas metas ano passado e para este ano iremos fazer ainda
mais.
O que mudou para a regularização fundiária em 2017?
Além
da regularização fundiária ter recebido o maior aporte de recursos em
toda a sua história, tivemos a publicação por parte do Secretário
Especial, Jefferson Coriteac, da Portaria nº 636, que visa garantir
maior dinamismo às parcerias do programa.
Essa
portaria veio para tirar um pouco da burocracia existente, aumentar o
leque de parcerias do programa por meio da possibilidade de podermos
conveniar direto com os municípios e destravar alguns processos
políticos que impediam que a regularização fundiária chegasse na ponta e
beneficiasse os agricultores e a população local.
Foi
aprovado ainda, o lançamento de uma chamada pública para capacitação e
fortalecimento da comercialização com os beneficiários das ações de
reordenamento agrário. Esta chamada visa dar mais dinamismo na
consolidação das propriedades que passaram pelo processo de
regularização fundiária ou acessaram o crédito fundiário, uma vez que
acreditamos que “o crescimento do país passa pela agricultura familiar”,
como diz nosso Secretário Jefferson Coriteac.
Qual o protagonismo da mulher do campo, no processo de regularização fundiária?
Durante
o processo de regularização temos incentivado que os títulos sejam
emitidos diretamente, em nome das beneficiárias ou no mínimo, em
conjunto com os beneficiários. Isso para trazer mais segurança a mulher
do campo.
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
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