quarta-feira, 31 de janeiro de 2018



Menos milho não significa preço maior

Quebra de 5,5 milhões de toneladas, uma baixa de 5,6% do total
     
A produção brasileira total de milho da safra 2017/18 deverá ter uma quebra de 5,5 milhões de toneladas, o que representa baixa de 5,6% do total, caindo de 97,84 MT da safra 2016/17 (recorde) para 92,35MT (segunda maior safra da história). Mesmo assim, os preços não deverão aumentar significativamente, projeta a T&F Consultoria Agroeconômica.

Isso porque esta quebra de 5,5 MT será quase toda compensada pelo aumento de 11,98 MT nos estoques iniciais, que passaram de 6,94MT na safra 2016/17 para 18,93MT na safra 2017/18. Segundo a T&F, esse fator permitirá que os estoques finais da safra 2017/18 cresçam para 23,17MT, recorde absoluto, significando 25,1% da safra, contra a média de 14,86% dos últimos 5 anos.
“Todos sabemos que estoques elevados significam preços baixos e esta é a tendência dos preços no Brasil, a menos que se promova a redução destes estoques, via aumentos nas exportações”, afirma o analista Luiz Fernando Pacheco.
QUEDA NO PARANÁ
Na primeira safra, houve uma queda de 35% na área plantada de milho no Paraná, que caiu de 513.627 plantados no ano passado para 333.153 hectares plantados este ano. Com isso o Deral está projetando uma redução de 39% na produção, que cai de 4,92 milhões de toneladas para 3,0 milhões de toneladas, ou seja, 1,9 milhão de toneladas de milho a menos que serão colhidas.

Para safra 2017/2018, o Deral está trabalhando com média de 9 mil/kg/ha de produtividade. Essa média pode ser considerada elevada no Estado e revela os ganhos conquistados ao longo das últimas safras: “Existem vários casos de produtores colhendo entre 15 mil e 16 mil quilos por hectare”. 
De qualquer modo, espera-se condições climáticas mais favoráveis para o início da colheita da primeira safra de milho, em fevereiro, o que poderá estancar possíveis perdas previstas para a cultura, acrescentou o técnico do Departamento de Economia Rural do PR. 

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