Variedades de banana criadas no Brasil serão utilizadas em plantios da Costa Rica
A ação faz parte do projeto conjunto de melhoramento de banana Cavendish para resistência à raça 4 Tropical do fungo Fusarium oxysporum f.sp. cubense (FOC R4T), responsável pela doença murcha de Fusarium, a mais destrutiva da cultura e ainda sem controle definitivo. A ação faz parte das comemorações do dia em que a Corporación Nacional Bananera (Corbana), entidade reguladora oficial da banana na Costa Rica, completou 50 anos. Com objetivo de melhorar a qualidade da produção no país, os diploides melhorados de bananeira – parentes ancestrais das variedades atuais – são introduzidos no cardápio de variedades para plantio naquele país e foram encaminhados pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA).
O projeto é financiado com recursos da Corbana e tem duração de cinco anos em sua primeira fase. “Nossos diploides serão utilizados em esquemas de melhoramento na Costa Rica, visando obter sementes com base genética Cavendish, que, após cultivo in vitro dos embriões, darão origem a plantas/progênies, as quais serão avaliadas quanto ao seu potencial agronômico e de mercado, além do desafio na presença da R4T”, afirma o pesquisador Edson Perito Amorim, coordenador do projeto pela Embrapa.
Segundo Amorim, além dos diploides, a bananeira tipo Maçã BRS Princesa, resistente à raça 1 de Fusarium, desembarcou na Costa Rica, visando validação comercial para exportação. Cabe destacar que a Costa Rica é um dos maiores exportadores de banana da América Central. A banana é o primeiro produto agrícola de exportação do país, apesar de menos de 1% do território nacional ser dedicado à produção da fruta. “Essa é a segunda ação coordenada com foco na internacionalização da banana Maçã Princesa. A primeira foi com o IITA [International Institute of Tropical Agriculture] em 2017, para uso local na África”, explica Amorim.
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