Cresce, entre as empresas, a opção de criar galinhas fora das gaiolas
O sistemas com galinhas livres de gaiolas já tem 142 empresas setores alimentício e hoteleiro no Brasil com compromissos públicos de não utilizar mais ovos e derivados originados de galinhas alojadas em gaiolas, conforme aponta o Observatório Animal, plataforma da Alianima, organização que atua na agenda do bem-estar animal. Em diferentes estágios de evolução, essas empresas vêm promovendo mudanças significativas em toda a cadeia de fornecedores para atingir esse objetivo em prazos distintos: até 2025 (maioria) ou, no máximo, até 2030.
O processo de transição para sistemas em que as galinhas são criadas soltas, com lotação controlada e aporte de elementos importantes, como poleiros, cama (para banho de terra/areia) e local para ninho. “A implementação de políticas efetivas de bem-estar animal é um grande desafio enfrentado pela indústria, por ser um processo que não apenas demanda uma gestão eficiente, mas que envolve toda uma complexidade no que tange à cadeia de produção, composta por produtores, empresas de equipamentos, logística, entre diversos outros importantes atores”, observa Patrycia Sato, médica veterinária e presidente da Alianima.
De acordo com ela, esse processo responde também a uma demanda do consumidor, cada vez mais preocupado com a origem da produção dos alimentos. Segundo o levantamento “Atitudes sobre animais de produção nos países do BRIC”, de 2018, com uma amostra de 1.027 entrevistados, 89% dos consumidores brasileiros consideram importante que os animais de produção sejam bem tratados. “Esses três casos são emblemáticos e servem de referência para outras empresas do setor que já estão em processo de transição ou planejam iniciar essa jornada. Não há outro caminho. Empresas que não adotarem padrões de bem-estar animal não têm futuro em um mercado consumidor cada vez mais consciente e exigente”, observou Patrycia.
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