Muito rastro e pouco pasto!
Estamos no meado do ano em curso, já descambando para 2022, e as precipitações pluviométricas este ano não foram generosas no nosso sertão potiguar. O que se imaginava, conforme os estudiosos, o ano seria tal qual foi o de 2020. Na área rural mais significativa do município de Fernando Pedroza, o pico do cabugi, não choveu o suficiente, para que o pequeno produtor colhesse pelo menos um pouco de feijão e milho, alimentos básicos para a sua sobrevivência e dos animais. Nem tão pouco nenhum barreiro, por pequeno que seja, não tira o ano. Uma situação muito difícil vai atravessar o produtor neste restante de ano.
Estive recentemente visita ao sertão do cabugi,(Fernando Pedroza) e como de costume fui até as dependências do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e pude constatar através de conversas com alguns, a situação que vai enfrentar este ano, essa laboriosa classe. Resumindo, a diretoria do Sindicato me informou que o órgão estava arrecadando alimentos para distribuir com os mais necessitados, pois quem plantou nada colheu. Fiquei bastante comovido com a situação dessas pessoas. Como de costume, fui ao Supermercado e adquiri um sacolão, a fim de ser doado com esses trabalhadores. Em conversa com a diretoria do órgãome alegaram que, quem está aposentado, ou recebe a bolsa família, auxílio emergencial, vai escapar.
O nosso município de Fernando Pedroza, foi excluído do Programa "Garantia Safra", a bastante tempo o produtor rural paga a sua contribuição, mas não recebe o seu seguro que lhe é devido.
O que mais me atormenta, é que não se ouve uma voz clamando por essas pessoas. Como dizia Luiz Gonzaga " e o nordeste continua a Deus dará".
É ano de muito rastro e pouco pasto.
Mas pelo menos o nosso querido e amado cabugi continua lindo e majestoso. Para a felicidade de todos que por lá transitam. Embora seus habitantes...
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