Governo discute fortalecimento da caprinocultura com a UFRN
Estado já foi maior produtor de leite de cabra do Brasil e tem potencial para retomar a liderança
O Governo do Rio Grande do Norte participou nesta sexta-feira,
25, de uma importante discussão sobre o fortalecimento da caprinocultura
no Estado. Em uma reunião virtual, estiveram reunidos os secretários
estaduais Fernando Mineiro (Gestão de Projetos e Metas), Guilherme
Saldanha (Agricultura, da Pecuária e da Pesca) e Alexandre Lima
(Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar), ao lado de César
Oliveira, diretor do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural
do RN (Emater-RN). A convite da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ)/Universidade Federal do RN (UFRN), a equipe estadual conheceu detalhes do Projeto de Fortalecimento da Caprinocultura do RN desenvolvido pelas entidades. Coordenador do Projeto, Valdi Lima e sua equipe apresentaram o estudo “Fortalecimento da Caprinocultura de Criadores de Cabra Leiteira do Litoral e Agreste Potiguar” que traz um diagnóstico situacional da caprinocultura leiteira a partir de entrevistas com produtores de nove municípios dessas regiões. As informações do documento apontam a viabilidade de retomada e do crescimento desta atividade que tem forte participação da agricultura familiar, mas que se encontra em declínio, com uma redução de cerca de 30% nos últimos dez anos.
Em sua participação, Fernando Mineiro reafirmou estar à disposição para atuar como articulador entre os órgãos estaduais para colaborar no fortalecimento da caprinocultura. O gestor também destacou os investimentos do Governo Cidadão no fortalecimento da cadeia produtiva do leite no RN: “Estamos em fase avançada da execução do Edital de Leite e Derivados do Governo do Estado viabilizado pelo Governo Cidadão e pela Secretaria de Agricultura que está construindo, reestruturando, 39 queijeiras com um investimento de mais de R$ 20 milhões, viabilizados pelo acordo de empréstimo do Estado junto ao Banco Mundial”.
Alexandre Lima confirmou a união de esforços em prol da atividade: “Sei das dificuldades de quem cria animais, especialmente dos pequenos, de quem cria como sustento para a sua família. Estamos atentos e abertos ao diálogo”.
Sobre a escassez de insumos, um dos entraves da atividade relatada no estudo, o titular da Agricultura lembrou que “o RN é o maior fornecedor de raquetes de palma forrageira, essencial para as criações das pequenas propriedades. O Estado já tem esse olhar para a produção leiteira e pode ajudar a retomar a caprinocultura, gerando renda no semiárido”.
Liderança nacional
Segundo Valdi Lima, “o Rio Grande do Norte já foi o principal produtor de leite de cabra do Brasil, em 2006, quando chegava a 10 mil litros por dia. Perdemos a posição para a Paraíba e não chegamos mais a encabeçar a produção, o que sabemos que é possível”. César Oliveira disse que “a assistência técnica da Emater tem evoluído sua atuação no sentido de colaborar com o estudo da UFRN e com os cursos de zootecnia e agropecuária para atualizar a atividade caprinocultora. Estão disponíveis, por exemplo, os estudos de melhoramento genético, a aquisição e comercialização de matrizes e reprodutores, a implantação de estruturas para produção de sêmen e treinamento de pessoal”.
Participaram do evento a representante da Organização das Cooperativas do Estado do RN (OCB-RN), Fátima Pessoa; o diretor-adjunto da EAJ, professor Márcio Dias; e os integrantes do estudo: Anderson Palmeira, Biatriz Roberta, Carla Patrícia, Giordano Kairo, Livia Ribeiro, Madja Silva, Maria Cecília e Maria Peixoto. Uma nova reunião para avançar nas discussões ficou marcada para meados de julho.
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