Aumenta o Interesse dos produtores de leite por animais da raça guzerá
Primeira raça de zebuínos a chegar ao Brasil, ainda no século 19, o guzerá vive um momento de renovado interesse entre os pecuaristas do país. A procura por sêmen da raça tem crescido continuamente desde 2018, especialmente no segmento do leite, e nos quatro primeiros meses de 2021 apresentaram um pico de demanda.
“Nossas vendas de guzerá leiteiro aumentaram 59% de janeiro a abril de 2021, percentual que é o dobro do crescimento do mercado de inseminação artificial como um todo no Brasil este ano”, comenta o médico veterinário Antônio Garcia, gerente de produto da CRV, pioneira em inseminação artificial no país, mercado em que domina mais de 50% das vendas de sêmen de guzerá de leite.
Do ponto de vista zootécnico, segundo ele, a procura se dá pela combinação da capacidade produtiva e da rusticidade do guzerá. “É um animal que oferece grande produção leiteira e que aguenta as condições brasileiras, como as temperaturas elevadas”, explica o gerente da CRV. Em comparação, as raças europeias são mais exigentes em termos de conforto para que se garanta uma boa produção leiteira.
Outro fator é que, no cruzamento de raças, o guzerá transfere muito bem suas características de estrutura da raça. “Mais e mais produtores hoje buscam o guzolando (cruzamento entre guzerá e holandês) porque, se nascerem fêmeas, elas terão boa produção leiteira e, no caso de nascerem bezerros, os animais podem ser revertidos para o corte devido à capacidade de ganho de peso do animal”, exemplifica Garcia. “Toda cria dá lucro”, resume ele.
Nota do Blog: Aqui em nosso RN, a maior referência na criação de Guzerá, é o Agropecuarista Alexandre Wanderlei, na Fazenda Barra da Cruz, município de Angicos Zona Rural do Cabugí.
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