Parlamentares avisam ao Planalto como querem prorrogar o auxílio emergencial
Integrantes
do Palácio do Planalto foram avisados nesta segunda-feira (17), após
reunião de líderes no Senado, que parlamentares defenderam, no encontro,
a prorrogação do auxílio emergencial em mais uma parcela de R$ 600 e as
outras, em R$ 300.
O auxílio, criado durante a pandemia para auxiliar a população mais vulnerável, terminará no fim de agosto.
Porém, a ala política do governo trava uma guerra nos bastidores com a
ala econômica, comandada por Paulo Guedes, ministro da economia, para
prorrogar a ajuda no maior valor.
A equipe econômica argumenta que a conta não fechará — e assessores
políticos do presidente defendem que Jair Bolsonaro não perca o apoio
que angariou em redutos como cidades do Nordeste, exatamente por conta
do auxílio.
Apesar de dizer que não está preocupado com 2022, o pano de fundo da
ampliação da base de apoio é exatamente a próxima eleição presidencial.
Nos bastidores, ministros e líderes ouvidos pelo blog nesta
segunda-feira (17) afirmam que o presidente pediu uma solução para
Guedes.
A ideia da ala política é prorrogar o auxílio e, depois, iniciar a
transição para o chamado Renda Brasil, uma espécie de Bolsa Família
repaginado, mas que ainda não foi criado e precisa ser aprovado pelo
Congresso.
Após a reunião de ontem, ministros afirmam que o presidente deve tomar
uma decisão sobre a prorrogação do auxílio — e o seu valor — a qualquer
momento.
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