O AGRO É MORTE! >> Bancada ruralista aprova “Pacote do Veneno”
A Comissão Especial da Câmara dos
Deputados que debate o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002, conhecido como
"PL do Veneno", aprovou nesta segunda-feira (25) o relatório apresentado
pelo deputado Luiz Nishimori (PR-PR), que argumentou por sua aprovação
no plenário.
Foram 18 votos favoráveis e nove
contrários ao texto, que, por ter sido analisado por uma Comissão
Especial, não precisa passar pelas comissões permanentes e pode ser
colocado na Ordem do Dia da Casa para votação definitva.
O projeto tem como objetivo
flexibilizar as regras para facilitar a adoção de novos agrotóxicos no
país. Caso seja aprovado na Câmara dos Deputados, deve passar ainda pelo
Senado e pela sanção presidencial.
De interesse do capital ruralista, a
proposta de nova legislação foi defendida como forma de “modernização
da agricultura”. Valdir Colatto (MDB-RS) defende a flexibilização na
liberação de novas substâncias: "o Brasil não tem dinheiro para
pesquisa. Temos que aproveitar as pesquisas feitas em outros países.
Todo remédio lançado no país é analisado pela Anvisa?", questionou.
Alessandro Molon (PSB-RJ), um dos
parlamentares contrários ao PL, contestou essa posição: “estão colocando
a lucratividade acima da saúde das brasileiras e dos brasileiros. Por
que não escrevem no relatório que produtos que causem câncer estão
proibidos?”, criticou.
Instituições de pesquisa científica, como o Instituto Nacional do Câncer e a Fundação Oswaldo Cruz, se manifestaram de forma contrária ao PL, por conta da associação entre agrotóxicos e doenças cancerígenas. O Ministério Público Federal também questionou a constitucionalidade da proposta, que impede que estados e municípios tenham legislações mais restritivas que a federal.
Instituições de pesquisa científica, como o Instituto Nacional do Câncer e a Fundação Oswaldo Cruz, se manifestaram de forma contrária ao PL, por conta da associação entre agrotóxicos e doenças cancerígenas. O Ministério Público Federal também questionou a constitucionalidade da proposta, que impede que estados e municípios tenham legislações mais restritivas que a federal.
A oposição, durante as reuniões da
Comissão, fez reiterados pedidos para que os parlamentares pudessem
ouvir as instituições de pesquisa científica. Com maioria na Comissão,
os ruralistas rejeitaram todos pedidos neste sentido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário