Em tempos de missão cumprida, a de Bolsonaro era kamikaze
O banimento de Jair Bolsonaro das próximas eleições não surpreendeu. Presumia-se há meses até o placar de 5×2 dessa decisão, no curso de uma briga, que virou pessoal, com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele se meteu nisso ciente de que levaria a pior: ninguém se dá bem esmurrando ponta de faca. Mesmo vitorioso em 2022, com dois ministros por nomear, o mais provável é que o TSE hoje estaria decidindo por anular a sua reeleição.
Depuração
A curiosa inclusão do general Braga Netto na ação tinha a exata intenção “depuradora” de cassar os dois, para tirar o bolsonarismo do poder.
Missão suicida
Certo de que a briga não tinha mais volta, Bolsonaro parece ter assumido como “missão camicase” o enfrentamento sem tréguas ao STF e TSE.
Não é o fim do mundo
Bolsonaro disse há dias que a inelegibilidade “não é o fim do mundo”. Ele parece achar que o TSE o livrou da “obrigação” de concorrer em 2026.
Liderança retomada
A estratégia será a de se colocar como vítima de perseguição, ficando liberado para falar sem freios à metade do País que votou nele em 2022.
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