quinta-feira, 1 de junho de 2023

 

Uma semente de limão Tahiti com produtividade superior e novas sementes de laranja

  

É o novo limão Tahiti BRS EECB IAC Ponta Firme que apresentou produtividade 242% superior à média alcançada no estado de São Paulo, a maior do Brasil. Além disso, a citricultura brasileira ganha novos materiais importantes, duas variedades de laranja além do limão Tahiti. A laranjeira BRS IAC FCC Alvorada é multifuncional podendo ser destinada a suco ou consumo in natura. Já a Navelina XR é a primeira laranjeira resistente à bactéria causadora do amarelinho (clorose variegada dos citros, CVC).

As três variedades cítricas são resultados de pesquisa em parceria entre a Embrapa , a Fundação Coopercitrus Credicitrus ( FCC ) e o Centro de Citricultura Sylvio Moreira ( CCSM ) vinculados ao Instituto Agronômico ( IAC ). “Nossa parceria com a Embrapa é antiga e importante para a citricultura brasileira. Essa cadeia produtiva passa por grandes desafios fitossanitários e precisa de novos materiais. São materiais muito importantes que aumentam a amplitude genética e, principalmente, a produtividade. Por isso, nós da Fundação, estamos muito felizes e orgulhosos por participar desse trabalho”, relata o responsável técnico da FCC, Marcelo Bassi.

O lançamento das variedade será durante a 48ª Expocitros e a 44ª Semana da Citricultura, que acontece até 2 de junho, em Cordeirópolis, São Paulo. Em comum acordo entre as três instituições, a laranjeira-doce precoce BRS IAC FCC Alvorada, a laranjeira-de-umbigo Navelina XR e o limoeiro BRS EECB IAC Ponta Firme passaram pelo Registro Nacional de Cultivares, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa ) , que concederia “paternidade” das variedades a apenas uma das instituições. No entanto, os investigadores acreditam que elas não estão protegidas, o que facilita o acesso pelo produtor. “São acessos antigos que carregam o esforço de muitas aplicações e nós entendemos que o lançamento deveria ser em conjunto. Inclusive, são materiais que já estão sendo cultivados pelos produtores em pequena escala”, explica Eduardo Augusto Girardi, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura(BA) e coordenador da Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT) Cinturão Citrícola, sediada no Fundecitrus, em Araraquara (SP).

O novo limão taiti foi inicialmente, uma variedade indicada para as regiões centro, norte e noroeste do estado de São Paulo, preferencialmente em áreas irrigadas. Além do citrumelo Swingle, os outros porta-enxertos indicados são os trifoliatas Flying Dragon e comuns, a tangerineira Sunki BRS Tropical, os limoeiros Cravo e Volkameriano e os citrandarins Indio e San Diego.

Precoce na entrada de produção, a variedade produz, de forma natural, sem nenhum tratamento, mais frutos no segundo semestre quando irrigada. A produtividade do novo limão impressiona, pois tem alcançado média de 80 toneladas por hectare enquanto a média no estado de São Paulo, de acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 33 t/ ha em 2021.

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