quinta-feira, 22 de junho de 2023

 

Novas utilizações da nanoemulsão de cera de carnaúba para prolongar a vida útil de pimentão e tomate

EMBRAPA

Após se consolidar no mercado nacional e internacional para revestimento de manga e limão, a nanoemulsão de cera de carnaúba entra em nova fase com o seu uso ampliado para aplicação em pimentão e tomate. Versáteis pela diversidade de usos culinários, mas bastante sensíveis, os novos frutos podem ter a qualidade preservada e a vida prolongada em 10 dias, em média. Sem o revestimento, o tempo de prateleira é em torno de uma semana.

O pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos-SP), Marcos David Ferreira, um dos responsáveis ​​pelo desenvolvimento da tecnologia, explica que para algumas culturas, como as frutas, já existe uma estrutura de aplicação comercial de revestimentos, enquanto para outras, como as hortaliças de frutos, a exemplo de tomate e pimentão: “Estudos em laboratório já demonstraram os benefícios para a conservação dessas hortaliças, em especial tomate”, diz o pesquisador da Embrapa Instrumentação.

Mas ele também explica que a conservação do tomate e do pimentão está relacionada a vários fatores, como ambiente, variedade, entre outros. Para ambos, um dos pontos principais para a preocupação é a perda de massa”, diz Marcos David.

O pesquisador reforça a importância da aplicação da nanoemulsão de cera de carnaúba, capaz de cumprir o papel de um filme invisível ao revestir os frutos, uma alternativa para substituir o plástico. A tecnologia mantém as propriedades sensoriais do fruto, reduz a perda de água e proporciona maior brilho.

Lançada em 2019 na Hortitec, maior exposição técnica de horticultura, cultivo protegido e culturas intensivas da América Latina, a nanoemulsão de cera de carnaúba para revestimento de pimentão e tomate é uma das tecnologias da Embrapa que serão criadas na 28ª edição da feira, que vai ocorrerá de hoje até o dia 23 de junho, em Holambra (SP). Além de pimentão e tomate, o visitante poderá ver de perto frutos como laranja, manga e mamão com e sem revestimento no estande da Embrapa.

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