Agricultura
Prohort mostra tendência de queda nos preços de frutas e hortaliças
Entre os destaques está o preço do tomate, que chegou a cair quase 40% em Recife e cerca de 30% em Brasília, Goiânia e Vitória, em julho
Por:
Mapa
Os preços das frutas e hortaliças devem
cair nos próximos dias. É que os produtos tiveram baixa de preços no mês
de julho nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país, o
que pode se refletir também nas compras de varejo, feitas pelo
consumidor direto. O grande destaque entre os produtos pesquisados foi o
tomate, que chegou a cair quase 40% no Recife e cerca de 30% em
Brasília, Goiânia e Vitória. A análise é do 8º Boletim Prohort,
divulgado nesta terça-feira (20), pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa).
Mesmo com a queda de preços na maioria dos
mercados, batata, cenoura e tomate ainda estão mais caros do que os
valores que apresentaram no mesmo período em 2018. A cebola, inclusive,
registrou altas de preços significativas, próximas ou acima dos 30%, em
todos os mercados analisados nesta edição. Os produtores são favorecidos
com os patamares de preços mais atrativos que compensam o cultivo, uma
vez que as cotações estão acima dos custos de produção.
Com relação à cenoura, a safra de inverno
deve intensificar a oferta aos mercados e diminuir os preços em agosto,
graças à região produtora de São Gotardo (MG), que envia grandes
quantidades da hortaliça à maioria dos mercados consumidores do país. Na
central de Brasília, o preço da cenoura registrou diminuição de 17,45% e
em São Paulo, 14,38%.
Por outro lado, a batata vem sofrendo
redução de oferta anualmente, sobretudo nesta safra de inverno, suprida
em grande parte pelos estados de Minas Gerais e Goiás. O maior destaque
na queda de preços ocorreu em Curitiba, onde a Ceasa local registrou
menos 22,19%. Ao contrário, o Rio de Janeiro teve uma pequena elevação
de 0,41%.
Frutas
A banana teve queda de preços na maioria
das Ceasas, o que ocorreu em razão do aumento da oferta e da baixa
qualidade do produto devido ao frio. A exceção foi a banana nanica, que
finalizou o mês com tendência de alta nas cotações.
A laranja também seguiu a baixa pelo
terceiro mês consecutivo, mas de forma menos intensa que no mês
anterior, além do aumento do volume comercializado na maioria das
Ceasas. A colheita das laranjas rubi, hamlin, westin e baía praticamente
acabou, e da laranja-pêra foi intensificada, direcionada tanto para as
indústrias produtoras de suco quanto para o varejo.
A melancia sofreu novamente queda de
preços nas roças, o que refletiu também nos entrepostos, em virtude da
grande produção de Uruana (GO) e da intensificação da colheita no
Tocantins, que aumentou a oferta em todas as centrais atacadistas.
Quem ficou na contramão dos preços baixos
foi o mamão que registrou trajetória de alta de preços em todas as
Ceasas. Isso porque, além de ter diminuído a oferta do produto, a
espécie papaya teve supervalorização e demorou mais a amadurecer por
conta do frio.
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