Pecuária
Desmama precoce em pecuária de corte aumenta prenhez em mais de 20%
Além de melhorar a receita da propriedade, é possível proporcionar mais sustentabilidade ao sistema de cria com menor número de matrizes “vazias”
Por:
Embrapa
Além de melhorar a receita da propriedade, é possível proporcionar mais sustentabilidade ao sistema de cria com menor número de matrizes “vazias”, reduzindo o custo ambiental por quilo de bezerro produzido. “A desmama precoce é uma ferramenta que oferece sustentabilidade ao processo, eficiência e otimização. Ao fim, o aumento na prenhez compensa o custo da alimentação”, afirma Luiz Orcírio.Bom retorno financeiro Na propriedade, os pesquisadores avaliaram também os impactos da implantação das tecnologias: desmama precoce, suplementação de bezerros e vacas, Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e ferramentas de gestão para verificar a viabilidade do sistema. Eles estimaram o índice de BCR, que relaciona os custos e benefícios do sistema, em R$1,70, ou seja, para cada real investido no sistema intensificado, o produtor cobriu o investimento e ainda recebeu 70 centavos de retorno líquido.A receita da propriedade foi formada pela venda de touros e vacas gordas para abate, novilhas, bezerros e bezerras. O principal produto foi a venda de bezerros, cuja receita correspondeu a 47% do total da entrada de caixa. No mesmo ano, foram comercializados mais de 1,4 mil animais: 416 vacas e 11 touros para abate, 734 bezerros e 284 bezerras. A receita chegou a ultrapassar R$ 1,7 milhão.“Melhorando a produtividade anual de bezerros, a cadeia inteira tem um bom reflexo porque essa é a base de todo o sistema. A taxa de natalidade passou de índices inferiores a 60% para quase 90% com a realização da desmama”, pontua Gomes. Ele destaca, porém, que esses números foram atingidos com a implantação da desmama associada às tecnologias que integram o pacote de intensificação proposto pela equipe de pesquisa, como a IATF e a suplementação alimentar dos animais. O produtor que realiza a cria passa a fazer maior receita com categorias de fêmeas prontas para abate (vacas e novilhas gordas), mudando o perfil do negócio de maneira significativa.
Além de melhorar a receita da propriedade, é possível proporcionar mais sustentabilidade ao sistema de cria com menor número de matrizes “vazias”, reduzindo o custo ambiental por quilo de bezerro produzido. “A desmama precoce é uma ferramenta que oferece sustentabilidade ao processo, eficiência e otimização. Ao fim, o aumento na prenhez compensa o custo da alimentação”, afirma Luiz Orcírio.Bom retorno financeiro Na propriedade, os pesquisadores avaliaram também os impactos da implantação das tecnologias: desmama precoce, suplementação de bezerros e vacas, Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) e ferramentas de gestão para verificar a viabilidade do sistema. Eles estimaram o índice de BCR, que relaciona os custos e benefícios do sistema, em R$1,70, ou seja, para cada real investido no sistema intensificado, o produtor cobriu o investimento e ainda recebeu 70 centavos de retorno líquido.A receita da propriedade foi formada pela venda de touros e vacas gordas para abate, novilhas, bezerros e bezerras. O principal produto foi a venda de bezerros, cuja receita correspondeu a 47% do total da entrada de caixa. No mesmo ano, foram comercializados mais de 1,4 mil animais: 416 vacas e 11 touros para abate, 734 bezerros e 284 bezerras. A receita chegou a ultrapassar R$ 1,7 milhão.“Melhorando a produtividade anual de bezerros, a cadeia inteira tem um bom reflexo porque essa é a base de todo o sistema. A taxa de natalidade passou de índices inferiores a 60% para quase 90% com a realização da desmama”, pontua Gomes. Ele destaca, porém, que esses números foram atingidos com a implantação da desmama associada às tecnologias que integram o pacote de intensificação proposto pela equipe de pesquisa, como a IATF e a suplementação alimentar dos animais. O produtor que realiza a cria passa a fazer maior receita com categorias de fêmeas prontas para abate (vacas e novilhas gordas), mudando o perfil do negócio de maneira significativa.
“A técnica é efetiva em todo o Brasil,
ainda que seja preciso avaliar questões de logística e gestão para sua
aplicação, mas ainda é a forma mais barata de melhorar o desempenho
reprodutivo de todo o gado, por meio da suplementação dos bezerros”,
analisa o pesquisador da Embrapa.
Programa Mais Precoce
O resultado integra o arranjo + Precoce,
conjunto de projetos de pesquisa no qual o experimento se insere.
Executado desde 2014 pelos pesquisadores da Embrapa Gado de
Corte e Embrapa Pantanal, a proposta busca alinhar-se aos problemas
enfrentados pela cadeia do novilho precoce. Uma das soluções geradas
pelo programa é a prática IATF + Cio, que adota o uso de bastões
marcadores para auxiliar a identificação de cio e a aplicação de
hormônio (GnRH) no momento da inseminação artificial por tempo fixo
(IATF). Além disso, resultados indicam também que a suplementação
aglomerada, em mínimos grânulos, oferece menor empedramento e perdas nas
chuvas, chegando a 16% quando comparada ao material em pó
comercializado pela maioria das empresas de nutrição animal.
A iniciativa tem como instituições
parceiras a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),
Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Estadual de Londrina
(UEL); a Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) e a
Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce (ASPNP).
Em 2019, a equipe disponibilizará uma
plataforma web com os dados de vários sistemas de produção do novilho
precoce, permitindo ao usuário simular qual será o retorno econômico
desses sistemas em sua própria realidade.
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