Ministério recebe pauta de reivindicações da Contag para a próxima safra
Trabalhadores rurais
Entidade pede R$ 35 bilhões para o Pronaf em 2019/2020 e ministra diz que valores ainda estão sendo negociados
A
ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o
secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando
Schwanke, receberam nesta quinta-feira (28) pauta de reivindicações da
Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e
Agriculturas Familiares) para o Plano Safra 2019/2020. Representantes da
entidade reivindicam que a verba destinada ao Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) suba dos cerca de R$ 31
bilhões da atual safra para R$ 35 bilhões, garantindo R$ 5,2 bilhões
para equalização no Pronaf Crédito. Dos R$ 35 bilhões, a Contag sugere
R$ 16 bilhões para custeio, R$ 16 bilhões para investimento e R$ 3
bilhões para habitação rural.
Tereza Cristina recebeu a pauta de
reivindicações das mãos do presidente da Contag, Aristides Veras dos
Santos, e disse que está começando agora as negociações sobre os valores
que serão destinados ao crédito rural na próxima safra. A ministra foi à
reunião acompanhada do vice-presidente de Agronegócios do Banco do
Brasil, Ivandré Montiel, que afirmou que o banco está à disposição dos
agricultores familiares. A carteira de crédito do BB para pequenos
produtores está na casa de quase R$ 40 bilhões, o que mostra a
importância que a instituição dá a esse setor da economia, observou. “O
lugar do agricultor familiar é no Banco do Brasil”, disse Ivandré.
O secretário Schwanke disse que o ministério vai analisar a pauta da
Contag e que, em março, haverá nova reunião com a entidade para discutir
cada item da pauta de reivindicações. “A reunião inaugurou uma rodada
de conversas e negociações para o Plano Safra 2019/2020. É uma
determinação da ministra Tereza Cristina iniciar o diálogo e receber
planos e pleitos de cada entidade para que o Ministério possa analisar e
fazer o melhor Plano Safra possível, alinhado com as demandas da
produção e que realmente atenda a agricultura familiar no Brasil”,
comentou.Também está entre as reivindicações da Contag a consolidação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, garantindo a universalização da Ater nos próximos cinco anos, e a implantação de uma política de convivência com o semiárido. A entidade também pede a recriação de uma coordenação para as mulheres rurais na secretaria do ministério, com o objetivo de destinar recursos específicos para elas, e um reforço na participação da juventude rural na produção orgânica.
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