Agrucultura
Conab vai vender parte de armazéns por subutilização, diz ministra
Conab é grande e antiga e que parte dessas estruturas será leiloada nos próximos meses por estar subutilizada
A ministra da
Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a rede de armazéns da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é grande e antiga e que
parte dessas estruturas será leiloada nos próximos meses por estar
subutilizada. Os comentários foram feitos durante cerimônia de posse da
nova diretoria da Conab, em Brasília, ocasião na qual a ministra também
destacou não haver no radar qualquer mudança radical na companhia. “Não
podemos ter empresas públicas com um patrimônio enorme, porque custa
mais caro mantê-lo do que a sua utilidade”, afirmou Tereza, em
referência aos armazéns.“Precisamos que a Conab dê atenção às
coisas para as quais ela é imprescindível, como trabalhar mais perto do
produtor, fazendo previsão de safra, estatísticas e prestando as
informações oficiais sobre o setor, que são ferramentas essenciais para
cuidarmos das políticas públicas”, disse a ministra, de acordo com nota
repassada pelo ministério. Para Tereza, deixou de fazer sentido a Conab
possuir tantas estruturas, uma vez que outros operadores dispõem de
opções mais ágeis para armazenagem e escoamento.O novo presidente da Conab, Newton Araújo
Silva, que tomou posse nesta quinta-feira, disse que a companhia tem
atualmente 178 armazéns, dos quais 67 estão subutilizados e, num estudo
preliminar, podem ser leiloados ou mesmo cedidos à iniciativa privada
por meio de permutas.Conforme dados no site da Conab, os
armazéns da companhia podem armazenar pouco mais de 2 milhões de
toneladas nas modalidades granel e convencional. “É preciso tirar essa
gordura da companhia para fazê-la se fortalecer”, disse Silva,
acrescentando que a desmobilização do patrimônio será rápida e ocorrerá
já nos próximos meses. Segundo ele, a Conab dispõe de orçamento de 1,5
bilhão de reais para equalização dos preços dos produtos da safra.
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