Previsão de chuvas acima da média para o Semiárido potiguar
II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Semiárido
do Nordeste do Brasil, realizada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária
do Rio Grande do Norte (EMPARN), contou com a participação de
pesquisadores e convidados de diversas instituições de vários estados do
Nordeste e instituições nacionais. E previsão é de inverno acima da
média no semiárido potiguar, para os meses de março, abril e maio.
As discussões do dia começaram com a apresentação do professor
Substituto do Departamento de Meteorologia da UFRN, Ronabson Cardoso
Fernandes, que mostros aos participantes do encontro o “Estudo
Estatístico da Influência e Raios Cósmicos na Precipitação Pluvial na
Região Norte e no Nordeste do Brasil”. Com gráficos e imagens de
satélites, o professor Ronabson Cardoso ilustrou a sua palestra para
mostrar a influência solar nas precipitações pluviais, sobretudo no
semiárido nordestino. Segundo ele, há evidências de que a atividade
solar menor ou maior tem influência na formação de nuvens.
Em seguida a Reunião Climática continuou com a apresentação das
condições pluviométricas e hídricas dos estados do Nordeste, pelos
representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia e Recursos Hídricos
e da representante do INMET , Andreia Ramos, que abordou a análise
climática feita pelo Instituto Nacional de Meteorologia para o Brasil,
os modelos utilizados e análise pluviométrica, e como essas informações
são trabalhadas junto aos centros estaduais. À tarde o meteorologista e
pesquisador do CPTEC/INPE-SP, Caio Augusto dos Santos Coelho. apresentou
um trabalho com o tema “Investigação das possíveis contribuições dos
oceanos Pacífico e Atlântico para a estação chuvosa do Norte do Nordeste
do Brasil em 2018”, com a apresentação dos campos de Grande Escala. O
meteorologista da EMPARN, Gilmar Bristot, apresentou um trabalho sobre
fatores, como a atividades solar, e sua relação com a ocorrência de
chuvas na região Nordeste.
Depois de todas as apresentações, os meteorologistas se debruçaram,
sobre as informações repassadas e com análise dos modelos
meteorológicos começaram a elaborar a previsão climática para o
semiárido nordestino. O resultado dessas discurssões será apresentado
amanhã, às 11h, antes da divulgação do boletim da quadra chuvosa, o
pesquisador da Emparn, Josemir Araújo Neves, fará uma palestra sobre a
“Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático
e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”. Esse é um dos mais
importantes investimentos que a Emparn vem executando para informatizar o
setor da meteorologia, que a a partir desse projeto vai disponibilizar
informações em tempo real, de clima, volume de chuva, umidade, entre
outras informações que vão auxiliar de forma direta o homem do campo.
Esse projeto também contempla a aquisição de melhores modelos de
previsão de tempo e clima o que dá mais precisão e credibilidade ao
trabalho realizado pela meteorologia da EMPARN.
No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido, engloba as
regiões Central, Oeste e quase toda região Agreste. No semiárido o
período de inverno vai de fevereiro a maio, com exceção da região
agreste onde o período chuvoso se estende até o mês de agosto. Média anual de chuva por região do semiárido:
* Central - 630.4 mm (74.9% da chuva ocorre no período de fevereiro a maio)
* Oeste - 778.4 mm (75.6% da chuva ocorre de fevereiro a maio)
* Agreste - 639.1 mm (83% da chuva ocorre no período de fevereiro a agosto)
Essa é a última reunião que vai definir como vai ser a quadra chuvosa no semiárido do Nordeste. Durante o encontro, os meteorologistas vão analisar e discutir o comportamento das condições oceânico-atmosféricas e qual a influência delas na ocorrência de chuva no semiárido, no período de março a maio, inverno na região. Na reunião anterior, realizada em janeiro pela Funceme, em Fortaleza/CE, a conclusão foi de que teríamos chuvas de normal a acima do normal para o período de fevereiro a abril de 2018.
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