Safra brasileira de laranja deve diminuir 15% em 2018/19, diz USDA
O total entregue à indústria
processadora em 2018/19 ficará em 302 milhões de caixas, 19,2% abaixo
das entregas do ciclo anterior.
A
safra brasileira de laranjas deve atingir 425 milhões de caixas de 40,8
kg em 2018/19 (julho a junho), recuo de 15% em relação às 500 milhões
de caixas previstas para o ciclo de 2017/18, estima o Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em relatório. O total entregue à
indústria processadora em 2018/19 ficará em 302 milhões de caixas,
segundo o órgão, 19,2% abaixo das entregas do ciclo anterior.
Após
a ampla produção da temporada em curso, o estresse nas árvores tende a
fazer com que seja colhido um volume menor de frutas no ano seguinte,
para recuperar o vigor vegetativo da planta. Além disso, a primeira
florada da safra 2018/19 foi parcialmente danificada pelo tempo seco que
prevaleceu em setembro, particularmente no norte das regiões de
produtivas. Uma segunda florada ocorreu recentemente em quase todas as
regiões em desenvolvimento.
Com relação à safra 2017/18, o USDA relata que "a
estimativa atual foi revisada para cima, de 471 milhões de caixas para
500 milhões, por causa doo aumento no tamanho das frutas cultivadas na
área comercial de São Paulo e no oeste de Minas Gerais", destaca o
documento.
Suco
Com
maior disponibilidade de frutas, a produção total de suco de laranja -
considerando o concentrado e congelado (FCOJ) e o não concentrado e não
congelado (NFC) - está estimada em 1,372 milhão de toneladas na safra de
2017/18, crescimento de 59,7% ante 2016/17. Na mesma linha, as
exportações do período devem bater 1,255 milhão de toneladas, avanço de
30,4% em comparação com a temporada passada. Segundo o USDA, parte da
elevação nos embarques se deve ao aumento nas compras dos Estados
Unidos, após a passagem do furacão Irma, neste ano, que afetou a
produção americana da Flórida. Para 2018/19, a expectativa é que a
fabricação brasileira de suco de laranja alcance 1,152 milhão de
toneladas, redução de 16%. Já as exportações devem diminuir 9,4% no
período, para 1,137 milhão de toneladas.
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