Produtores investem em novo método de produção
O método consiste em um grande espaço físico coberto para descanso das vacas. O piso do galpão é coberto com maravalha (serragem de madeira). O principal objetivo é garantir aos animais conforto e um local seco para ficarem durante o ano. O aumento da produção é consequência da melhora na qualidade de vida do rebanho.
De acordo com o presidente da entidade, Adilson Delgado Rezende, apesar do sistema ter um alto custo de instalação, ele garante um excelente retorno para o produtor de leite. “O Sindicato Rural de Barra Mansa elaborou projeto de crédito para os produtores apresentarem aos bancos visando financiar os custos, tornando o investimento possível e contribuindo para o crescimento da produção”, contou
Já o médico veterinário Bruno Meirelles, responsável pelos animais da Fazenda Cafarnaum, no bairro Santa Clara, os resultados já são perceptíveis. “Em 45 dias de implantação do sistema, a nossa produção já subiu de 17 litros diários por vaca para 21 litros. Neste ritmo, nós acreditamos que, em seis meses, estaremos produzindo cerca de 30 litros diários por animal, o que significa um aumento de mais de 70% na produção diária por vaca”, comemorou.
Isso porque o sistema concilia a produção de leite e o fator ambiental, já que ele se baseia na ação de microrganismos que utilizam a matéria orgânica como substrato. O material da cama dos animais é trocado de tempos em tempos e, nessa mudança, o produtor pode usar o dejeto como adubo.
Mas, de acordo com o médico veterinário Francisco Carlos Guedes, instrutor do Sindicato Rural de Barra Mansa, as vantagens não param por aí. “Além da parte ambiental e produtividade, o ‘Compost Barn’ possibilita maior conforto e higiene para o rebanho, contribui para a redução de problemas nas pernas e cascos, diminui a contagem de células somáticas (CCS), aumenta a detecção de cio e colabora para a diminuição do odor e incidência de moscas”, esclareceu.
Outro grande incentivo para o uso do sistema é a manutenção. “Quanto mais produção, mais renda. O valor da instalação foi financiado pelo crédito rural que possibilitamos junto ao agente financeiro, podendo ser diluído no período de oito anos. Além disso, o custo da manutenção do sistema não é considerado alto. Tenho certeza que a junção de todos esses fatores contribui para o desenvolvimento do setor leiteiro em nossa cidade”, concluiu Adilson.
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