Arroz mais produtivo com aplicação de nova tecnologia
Para melhorar a produtividade das plantações de arroz, técnicas agrícolas são utilizadas pelos agricultores como o preparo adequado do solo, o uso de sementes de qualidade, o controle de pragas e doenças, a irrigação, o manejo integrado de plantas daninhas e a rotação de culturas Com isso é possível garantir uma produção eficiente e sustentável de arroz.
Nesse sentido, o planejamento antecipado e a escolha de sementes com alta qualidade genética têm importância fundamental no resultado e performance da lavoura. Para auxiliar nesse processo decisivo, a RiceTec criou o sistema produtivo FullPage. A tecnologia marca uma nova geração de sementes com tolerância a herbicidas do grupo químico das Imidazolinonas (IMI) para semente de arroz.
Desenvolvida para oferecer maior segurança financeira e alimentar, a tecnologia FullPage vem sendo utilizada nas lavouras brasileiras nas últimas três safras do grão. Entre os destaques desse sistema produtivo está a cultivar XP117 FullPage, que apresenta como principais características o alto potencial produtivo, ciclo médio/longo entre 125 a 130 dias, qualidade industrial, tolerância ao acamamento e eficiente resposta a adubação.
Os híbridos FullPage mostram uma melhora acentuada na tolerância aos herbicidas IMI, melhorando a resposta da cultura durante condições adversas de desenvolvimento (luminosidade e temperaturas baixas), garantindo a expressão de seu potencial genético. Esta característica confere ao produtor o benefício de uma maior flexibilização da aplicação dos herbicidas bem como do início da irrigação da lavoura.
A cultivar XP117 é fruto de um longo trabalho de pesquisa e melhoramento genético, que começou em 2007, com o engenheiro agrônomo e doutor em melhoramento genético Clauber Mateus Priebe Bervald, que há quase duas décadas atua como melhorista de linhagens restauradoras da RiceTec. Aos 42 anos, filho e neto de produtores rurais que se dedicam ao cultivo de arroz e trigo, Clauber é apaixonado pelo que faz. “Fui duas vezes para a Índia e percebi que 2/3 da população tinha como cultura básica alimentar o arroz. Percebi que o que eu fazia ajudava a alimentar o mundo. Não existe melhor propósito numa profissão como este”, enfatiza Clauber.
A criação de uma nova variedade demanda um período longo de pesquisas, em média 12 a 15 anos, desde o processo inicial de cruzamento até a identificação do tipo de arroz que atende as necessidades dos diferentes segmentos da cadeia produtiva.
O XP117 foi o primeiro de uma nova geração de híbridos desenvolvidos pela equipe de pesquisa da RiceTec, com ênfase na heterose produtiva do híbrido. “Nossa missão era criar uma nova cultivar que tivesse qualidade industrial, tolerância ao acamamento, mas acima de tudo potencial produtivo, e isso os números de produtividade alcançados no campo com essa cultivar provam que o objetivo foi atingido”, explica o melhorista de linhagens da RiceTec.
A performance do híbrido nas lavouras brasileiras, sobretudo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina vem superando as expectativas, como destaca Jorge Iglesias, diretor da Granja 4 irmãos. “O híbrido XP117FP mostrou excelente produtividade, mais precoce que os materiais mais utilizados e com boa qualidade de grãos”. Localizada em Rio Grande (RS), a propriedade conta com mais de 60 anos dedicados ao cultivo da orizicultura, sendo uma das primeiras a testar a nova tecnologia. “Na safra passada, testamos o XP117 em uma área e já identificamos um resultado diferenciado no talhão utilizado. A qualidade foi muito boa, um grão sem barriga branca, sem gesso, baixo índice de defeitos e boa cocção. E tudo isso foi confirmado na safra 2023/24”, completa Iglesias.
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