quinta-feira, 11 de maio de 2023

 

Produtor Rural brasileiro vai poder fazer empréstimo em dólar

   

Já estão disponíveis recursos no montante de R$ 2 bilhões na linha BNDES Crédito Rural na modalidade com referencial de custo em dólar. A novidade foi anunciada pelo BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Segundo a direção do banco, a oferta decorre da alta procura por essa modalidade de crédito, entre os grandes agricultores brasileiros.

Para receber o crédito, o agricultor deve possuir receitas em dólar ou atreladas à moeda americana, de modo a minimizar riscos cambiais. Essa verificação será realizada pelo agente financeiro. O custo final partirá de aproximadamente 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais vão de 25 a 120 meses, com carência de até 24 meses. São condições extremamente competitivas se comparadas a soluções semelhantes disponíveis no mercado.

A linha de crédito foi lançada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o presidente do Banco, Aloizio Mercadante. “O governo do presidente Lula é um governo transversal, e todas as áreas trabalham para o benefício da população em políticas públicas. Estamos colocando recursos para a agropecuária brasileira continuar crescendo, se desenvolvendo e gerando emprego para toda a população brasileira”, comemorou o ministro Fávaro.

Segundo o BNDES, a linha, cujo protocolo de operações será aberto no dia 16 deste mês aos agentes financeiros credenciados a repassar os recursos do BNDES ao cliente final, apresentou perspectiva de demanda de crédito superior aos R$ 2 bi inicialmente previstos. Esse diagnóstico decorre de sondagens realizadas desde o primeiro dia da Agrishow com diferentes agentes financeiros participantes da Feira, realizada na última semana. Em apresentações iniciais da linha aos clientes finais, os parceiros identificaram uma procura significativa pelos recursos.

Voltada à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, a opção deve contribuir para aumentar a produtividade no campo, ao ampliar a atualização tecnológica da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas. “Esses R$ 4 bilhões têm custo zero para o Tesouro, oportunizando assim que o Tesouro possa gastar para outras linhas de financiamento para os pequenos produtores”, explicou o assessor especial do ministro, Carlos Augustin.

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